quinta-feira, 25 de outubro de 2012

LIVRO DO PROFETA AMÓS

Amós, que significa “carregador de fardos”,  era um leigo, um “boieiro” em Tecoa, localizada cerca de 16 Km ao sul de Jerusalém onde era conhecido criador de ovelhas (1.1;7.14) e “colhedor de sicômoros” (v.14). A primeira atividade o identifica com os ricos, pois não se tratava de um simples pastor. Porém, a segunda, com os pobres, pois esse tipo de figo era alimento para os destituídos.  Foi assim que Deus, com muita propriedade, escolheu esse homem para falar aos ricos de Israel sobre os pobres, e a opressão praticada nesta terra.
 
Autoria: Amós (1.1)

Data: 780 a.C.

Tema: Justiça, Retidão e Retribuição Divina pelo Pecado. 
 

Contexto Histórico:
Os tempos eram de muita prosperidade. Israel, o Reino do Norte, era governado pelo dinâmico Jeroboão II. Ele alcançara sucessivas vitórias contra os vizinhos hostis de Israel e assumira o controle das rotas comerciais que levavam riqueza a Samaria. A terra era fértil, as chuvas caíam regularmente e os silos estavam abarrotados de grãos. Nesses anos dourados, foram erguidos majestosos prédios públicos, os ricos construíam espaçosas residências próximas aos centros litúrgicos populares, em Betel e Dã, onde podiam usufruir rituais esplêndidos que satisfaziam seus anseios pela pompa e ostentação. Todavia, por trás da superfície brilhante da sociedade, escondiam-se terríveis tragédias. Os ricos, em absoluta negligência à lei de Deus e para com os seus contemporâneos judeus, desalojaram fazendeiros de seus módulos hereditários de terra, acrescentando-os ao seu patrimônio pessoal. Os pobres eram os mais oprimidos ainda pelos mercadores que usavam de pesos injustos na compra e venda de cereais, ao misturarem casca às sementes de cevada. Aumentava gradativamente o número de pessoas que eram forçadas a venderem seus filhos e a si mesmas à escravidão. A justiça favorecia o autor do maior lance. As mulheres dos ricos aumentavam o luxo cada vez mais. Ninguém se importava com a angústia daqueles contra quem investiram buscando satisfazer seus próprios interesses. Numa linguagem dura e objetiva, o profeta expõe cada pecado e, assim fazendo, coloca em julgamento as injustiças onde quer que ocorram.
 

Mensagem:
A prosperidade de Israel servia apenas para aprofundar a corrupção da nação. Ao ser enviado a Betel, Amós proclamou a seguinte mensagem: “Arrependam-se ou pereçam”. Com isso o profeta foi expulso da cidade, e proibido de ali profetizar. Sua mensagem era advertir ao povo sobre o juízo divino, a não ser que se arrependessem da idolatria, imoralidade e injustiça.
 

Conteúdo:
O livro de Amós é basicamente uma mensagem de julgamento sobre as nações, oráculos e visões de julgamento divino sobre Israel. O tema central do livro é que o povo de Israel havia quebrado seu concerto com Deus. Como resultado, o castigo de Deus sobre eles por causa do pecado será severo. Amós começa com uma série de acusações contra os sete vizinhos de Israel, incluindo Judá, e, depois, ele acusa Israel (1.3-1.16). Cada nação estrangeira tem de ser castigada por ofensas especificas, seja contra Israel ou qualquer outra nação. Esse julgamento sobre as nações nos ensina que Deus é um Monarca universal. Todas as nações estão sob seu controle. Elas têm de prestar contas a Deus pelos maus tratos às outras nações e povos. Israel e Judá, todavia serão punidos porque eles quebraram seu concerto com Deus. A seção seguinte (3.1-6.14) é uma série de três oráculos ou sermões direcionados contra Israel. Eles incluem a ameaça de exílio. Uma terceira seção (7.1-9.10) é uma série de cinco visões e julgamento, em duas das quais Deus se retira. Finalmente, Amós promete restauração para Israel (9.11-15).
 

Propósito:
Parece que, pouco depois de Amós ser expressamente proibido de ali profetizar, ele volta a sua casa em Judá, onde escreve sua mensagem. Seu propósito era: (1) entregar ao rei Jeroboão II uma versão escrita de suas advertências proféticas; e (2) disseminar amplamente em Israel e Judá o oráculo da certeza do iminente juízo divino contra Israel e as nações em derredor, a não ser que estas se arrependessem de sua idolatria, imoralidade e injustiça. A destruição de Israel ocorreria três décadas mais tarde.
 

Esboços:  

Teológico de Oséias

I. JUÍZOS (1-2)
II. DENÚNCIA (3-6)
III. VISÕES (7-9)
 

Geral de Oséias

I. Autor e tema (1-2) 

II. Juízos contra as nações (2.3-2.16)
A. Síria (1.3-5)
B. Filístia (1.6-8)
C. Tiro (1.9-10)
D. Edom (1.11-12)
E. Moabe (2.1-3)
F. Judá(2.4-5)
G. Israel (2.6-16)
 

III. A denúncia de Israel (3.1-6.14)
A. Anúncio do juízo (3.1-8)
B. Ruína de Samaria (3.9-15)
C. Descaso de Samaria para com as advertências de Deus (4.1-13)
D. Samaria segue religiões falsas (5.1-27)
E. Samaria é indiferente para com o sofrimento do pobre (6.1-14)
 

IV. Visões de juízos (7.1-9.15)
A. A nuvem de gafanhotos (7.1-13)
B. O fogo (7.4-6)
C. O prumo (7.7-9)
D. Um inciante. Amós é acusado de perturbar a ordem pública em Betel (7.10-17)
E. Frutos de verão (8.1-14)
F. Deus junto ao Altar em chamas (9.1-10)
G. A restauração do futuro reino da justiça de Deus (9.11-15)
 

Referências:
Ø  BOYER, Orlando. Pequena Enciclopédia Bíblica. CPAD.
Ø  RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia. CPAD.
Ø  GILBERTO, Antônio. A Bíblia Através dos séculos. CPAD.

INJUSTIÇA SOCIAL – IGUAL EM TODO TEMPO?

Objetivo: Refletir sobre as desigualdades sociais.                                          
 
Material:
01 rolo de fita crepe ou durex colorido
01 caixa de chocolate 

Procedimento:
- Usando fita crepe ou durex colorido, façam um quadrado grande.
Solicitem para todos os alunos se posicionem ao redor deste quadrado.

- Falem: Este quadrado representa a sociedade, cujas leis definem igualdade de direitos e oportunidades para todos.
Peçam para que todos os alunos entrem no quadrado(todos os alunos devem caber dentro dele).

- Depois, façam um quadrado menor dentro do quadrado grande.

- Agora solicitem para que todos os alunos entrem no quadrado menor. Com certeza não caberá! Insistam aqueles que estão dentro ofereçam oportunidade de acesso para os demais.
Mas, é lógico, que por ser espaço pequeno não haverá a igualdade de acesso, permanecendo então a maioria no quadrado maior.
Para os que entraram no quadrado menor, distribuam 01 chocolate.

- Agora, perguntem para os dois grupos:
Como se sentiram diante deste exemplo de inclusão e exclusão social?
Agora, reflitam sobre este tipo de sociedade: uns poucos que podem e possuem muito, e, a grande maioria que sofre injustiça social.

- Agora falem: Isto que estamos refletindo na sociedade atual, também é o tema tratado no livro do profeta Amós. Então, vamos começar a analisar o que denuncia este profeta.

- Agora, deem prosseguimento ao estudo da lição, observando as orientações descritas na orientação pedagógica, pois há outras sugestões. 

por Sulamita Macedo.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

DEUS E AS NAÇÕES

Subsídio Teológico
Amós e Miqueias têm muito mais a dizer sobre a relação das nações com Israel e o seu Deus. Desde o início, ambos os livros deixam claro que a soberania do Senhor não está limitada a Israel, mas se estende a todas as nações. Amós começa com uma série de falas de julgamento contra as nações vizinhas de Israel (Am 1.3-2.3). Miqueias inicia com um retrato vívido da descida teofânica do Senhor para julgar as nações (Mq 1.2-4). Para estes profetas, o Deus de Israel é 'Senhor de toda a terra' (cf. Mq 4.13), que controla a história e o destino das nações (Am 9.7). De acordo com Amós 9.12, as nações 'são chamadas' pelo 'nome' do Senhor. A expressão aponta a propriedade e autoridade do Senhor sobre as nações como deixa claro o uso constante em outros textos bíblicos (cf. 2 Sm 12.28; Is 4.1).
A palavra usada nos oráculos de Amós 1 e 2 para caracterizar os pecados das nações diz respeito ao ato de rebelião contra a autoridade soberana. Em outros textos bíblicos, o termo é usado para referir-se a uma nação que se rebela contra a autoridade de outra (cf. 2 Reis 1.1; 2 Reis 3.5,7). Judá (Am 2.4,5) e Israel (Am 2.6-16) quebraram o concerto mosaico. Entretanto, por qual arranjo as nações estrangeiras eram responsáveis diante de Deus? Entre os crimes alistados incluem-se atrocidades em tempo de guerra, tráfico de escravos, quebra de tratados e profanação de túmulos. Todos estes considerados juntos, pelo menos em princípio, são violações do mandato de Deus dado para Noé ser frutífero, multiplicar-se e mostrar respeito pelos membros da raça humana como portadores da imagem divina (cf. Gn 9.1-7). É possível que Amós tivesse visto este mandamento noético no plano de fundo de um tratado entre suserano e vassalo, comparando o mandato às exigências ou estipulações de tratado. De modo semelhante, Isaías interpretou o crime de carnificina cometido pelas nações (Is 26.21) como violação da 'aliança eterna' (Is 24.5; cf. Gn 9.16) que ocasionaria uma maldição na terra inteira (cf. Is 24.6-13). A seca, um tema comum nas bíblicas e antigas listas de maldição mundial (cf. Is 24.4,7-9). No título da sua série de oráculos de julgamento, Amós também disse que o julgamento do Senhor ocasionaria seca (Am 1.2). Pelo visto, a seca compendiava as maldições que vinham sobre as nações por rebelião contra o Suserano. (ZUCK, Roy B. Teologia do Antigo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD. 2009, p.446).

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

QUESTIONÁRIOS DO 4° TRIMESTRE DE 2012

                                 (Os Doze Profetas Menores) 

 
Lição 03
1. Qual o assunto do livro de Joel?
R. O assunto do livro é escatológico, com ameaças e promessas.

2. Em que parte da Bíblia o Espírito Santo é textualmente chamado de Deus?
R. O Espírito Santo é chamado textualmente de “Deus de Israel” em 2 Samuel 23.2,3 e Atos 5.3,4.

3. Qual o nome do líder que após o Concílio de Niceia não aceitava a divindade do Espírito Santo?
R. Eustáquio de Sebaste.

4. Qual o significado do derramamento do Espírito Santo?
R. O “derramamento” do Espírito Santo é a expressão que a Bíblia usa para descrever o revestimento de alguém com o poder do mesmo Espírito.

5. Quais sãos os eventos introdutórios dos “últimos dias”?
      R. O primeiro advento de Cristo e o derramamento do Espírito Santo são eventos introdutórios dos “últimos dias” (At 2.17).

 

sábado, 20 de outubro de 2012

LIVRO DO PROFETA JOEL

Os desastres naturais geralmente são identificados como sendo “atos de Deus”. Na atualidade, sabemos que isso significa tão somente que não há ser humano capaz de manter controle sobre um evento em particular. Na época do Antigo Testamento, entretanto, muitos “desastres naturais” eram literalmente considerados atos de Deus, uma demonstração de sua soberania sobre acontecimentos naturais para deles extrair uma lição espiritual. Em parte alguma essa abordagem é referida de maneira mais significativa do que no livro de Joel, ao descrever o ataque fulminante de gafanhotos que destruíram a vegetação da terra, levando o povo de Deus à fome e os profetas a conclamarem todo o Israel ao jejum e oração (1.13,14). Além disso, a invasão de gafanhotos estimulara uma gloriosa visão das proximidades do Dia do Senhor. Nesse dia, Deus irá arregimentar exércitos estrangeiros conta a Palestina para promover uma devastação ainda mais terrível. Essa visão do julgamento futuro representa o cenário para a própria chamada de Deus ao seu povo: “Convertei-vos a mim de todo o vosso coração” (2.12). O livro de Joel termina com uma das mais densas promessas do Antigo Testamento. Seja o que for que o futuro imediato possa comportar, está chegando a hora em que Deus irá derramar o seu Espirito “sobre toda a carne”. Ele julgará as nações pagãs e abençoará sua antiga terra. 

Autoria: Joel (1.1).
Data: 840 a.C.
Tema: O Grande e Terrível Dia do Senhor. 
 

Contexto Histórico:
O profeta Joel (hb., Yoel), que significa “Jeová é Deus, quando jovem, conhecia o profeta Eliseu, e provavelmente, o profeta Elias. Era de Judá e ministrava no reinado de Joás, 2 Cr 24. Joel profetizou numa época de grande devastação de toda a terra de Judá. Uma enorme praga de locustas havia despido a zona rural de toda a vegetação, destruiu até as pastagens tanto das ovelhas como do gado, até mesmo tirou a casca das árvores de figo. Em apenas algumas horas, o que tinha sido um terra bonita, verdejante, havia se tornado um lugar de desolação e destruição. Descrições contemporâneas do poder destrutivo dos enxames de locustas confirma a descrição de Joel acerca da praga. A praga das locustas acerca do que Joel escreveu era maior que qualquer um jamais havia visto. Toda a safra foi perdida, e as sementes da safra para o plantio seguinte também foram destruídas. A fome e a seca se apoderaram de toda a terra. Tanto o povo como os animais estavam morrendo. Ela foi tão profunda e desastrosa, que Joel viu uma explicação: era o julgamento de Deus.

A Devastação dos Gafanhotos
Gafanhoto do Deserto
 
Testemunhos fidedignos comentam que os enxames de gafanhotos eram de tal monta que cobriam dezenas de alqueires, chegando, às vezes, a cobrir 50 Km de largura por 120 km de comprimento. Os insetos, depois de acabar com a lavoura e as plantas, entravam nas casas e em todos os lugares à procura de alimento. Tudo era consumido por eles. Um único enxame pode ter bilhões de gafanhotos. Eles alimentam-se ao amanhecer e ao entardecer, chegando a comer 3 mil toneladas de vegetação em um dia.
 

Mensagem:
A mensagem principal do livro de Joel é sobre a vinda do Senhor, onde haverá muita destruição vegetal, atmosférica e humana.  Embora fosse profeta de judá sua mensagem não é exclusivamente para Judá, mas para todos os habitantes da terra. Esta mensagem foi ocasionada por uma forte seca e uma devastadora praga de gafanhotos. O profeta viu esses acontecimentos como um castigo de Deus, por causa do pecado do povo. Ele, também, retratou esta invasão de gafanhotos como um exército, um prenúncio de uma grande campanha militar a ser desencadeada no Dia do Senhor. Assim, sua mensagem consiste em advertências sobre o juízo de Deus, apelo contra o afastamento do povo, conclamação a um arrependimento sincero, promessas sobre o derramamento do Espírito Santo e de bênçãos sobre restauração plena de Israel no fim dos tempos.  
 

Conteúdo:
O Livro de Joel está naturalmente dividido em duas seções. A primeira (1.1-2.27) trata do presente julgamento de Deus, um chamado ao arrependimento e a promessa de restauração. A segunda seção (2.28-3.21) explica que essa praga, horrível como ela pode ser, não é nada comparada ao julgamento de Deus que está a caminho. Este era um tempo em que não somente Judá, mas também todas as nações do mundo serão chamadas diante de Deus. Todavia, nós não podemos deixar de notar a mais notável seção desta curta profecia. Através do Espirito Santo, Joel olha centenas de anos à frente, para um tempo em que Deus irá derramar o seu Espírito “sobre toda a carne” (2.28). Isso será um prelúdio da devastação e julgamento do Dia do Senhor. Será um tempo em que todos os crentes sentirão a habitação do Espirito Santo e irão formar uma comunidade profética na terra. Será um tempo em que a profecia virá de jovens e velhos, de igual modo; quando tanto homens como mulheres irão profetizar. A salvação não será apenas a inigualável bênção sobre Judá. Será um tempo em que “todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (2.32).
 

Propósito
Joel falou e escreveu em virtude de duas recentes calamidades naturais, e da iminência de uma invasão militar estrangeira. Seu propósito era tríplice: (1) juntar o povo diante do Senhor numa grande assembleia solene (1.14; 2.15,16); (2) exortar o povo a arrepender-se e a voltar-se humildemente ao Senhor Deus com jejuns, choro, pesar e clamor por sua misericórdia (2.12-17); e (3) registrar a palavra profética ao seu povo por ocasião de seu sincero arrependimento (2.18—3.21). Pela sua linguagem clássica e elevada, depreende-se que era um homem culto e mestre entre seus contemporâneos. 
 

Esboços:

Teológico de Oséias
 
I. A PRAGA DE GAFANHOTOS (1.1-2.27)
II. O DIA DO SENHOR (2.28-3.21) 
 

Geral de Oséias 

I. A praga de gafanhotos (1.1-2.27)
A. Os gafanhotos (1.1-4)
B. A interpretação de Joel e suas advertências (1.5-20)
1. O despertar para o perigo (1.5-7)
2. O lamento (1.8-10)
3. O desespero (1.11,12)
4. O arrependimento (1.13-18)
5. O clamor a Deus (1.19,20) 

C. O “Dia do Senhor” está próximo (2.1-27)
1. A narrativa da invasão de um exército (2.1-11)
2. Um apelo para o arrependimento de coração (2.12-17)
a. A busca da misericórdia de Deus (2.12-14)
b. A busca da graça de Deus (2.15-17)
3. A resposta de Deus ao apelo de Judá (2.18-27) 

II. O compromisso de Deus para com o futuro de Judá (2.28-3.21)
A. Deus derramará o seu Espírito (2.28-31)
B. Deus salvará a todo aquele que invocar o seu nome (2.32)
C. Deus executarão julgamento (3.1-16)
D. Deus abençoará o seu povo (3.17-21)
 

Referências:
Ø  BOYER, Orlando. Pequena Enciclopédia Bíblica. CPAD.
Ø  RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia. CPAD.
Ø  GILBERTO, Antônio. A Bíblia Através dos séculos. CPAD.

A PROMESSA DO PAI



Objetivos: Refletir sobre o cumprimento das promessas divinas. Renovar a esperança e a fé nas promessas de Deus. 

Material: 01 folha de papel ofício dividida ao meio por um traço e caneta, para cada aluno. 

Procedimento:
- Perguntem o que significa a palavra “Promessa”.
  Segundo o Dicionário Michaelis é “1. Ato ou efeito de prometer. 2. Declaração pela qual alguém se obriga, pela fidelidade e pela justiça, a fazer ou deixar de fazer alguma coisa”. Há outros significados.

-Falem acerca da importância do cumprimento das promessas a nível terreno. Também reflitam sobre do incômodo causado quando há falhas nas promessas e o estado de felicidade promovido por uma promessa cumprida.
  Vocês já passaram por alguma dessas situações? Vocês ocasionaram ou foram vítima?

- Agora, afirmem: Deus não falha em suas promessas. Leiam Nm 23.19.

- Falem: Nesta lição, estamos estudando sobre o derramamento do Espírito Santo – uma promessa do  Pai, cumprida no Dia de Pentecostes. Leiam: Atos 1.4,5 e 8; 2.1-4, 14-18. Este é apenas um exemplo de suas promessas que se cumpriram.
 Vocês têm esperado por muito tempo por uma ou mais promessas divinas para sua vida? Vocês encontram-se desencorajados? Sem fé? Sem forças? Calma!
  Lembrem-se do que Deus já fez por vocês!
 Entreguem uma folha de papel ofício para cada aluno divida ao meio por um traço.

- Solicitem aos alunos que escrevam do lado direito as promessas ainda não foram cumpridas.

- Falem: Lembrem-se do que Deus já fez por você! Façam do lado direito da folha, uma lista das situações que Ele cuidou e providenciou socorro para você! Observem o quanto Deus já fez por vocês. Firmem-se em Suas promessas!

- Concluam, lendo:  2 Pe 3.9a e Sl 125.1
Por Sulamita Macedo

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

JOÁS, REI DE JUDÁ

Subsídio Histórico                                                                                        
[...] O verdadeiro descendente de Davi assentou-se no trono, e reinou durante quarenta anos (835-796). Visto que ele tinha apenas sete anos quando se tornou rei, ficou sob a tutela de Jeoiada, o sumo sacerdote, cuja autoridade sobre o jovem monarca estendia-se ao ponto de escolher suas esposas (2 Cr 24.3). Os anos de apostasia sob Atália atingiram a vida religiosa da nação. Particularmente grave era o fato de o templo e os serviços sagrados haverem sido abandonados. Joás, já no princípio de seu reinado, decidiu reformar e restaurar a casa de Yahweh (2 Rs 12.2,5). Portanto, incumbiu os sacerdotes e levitas de saírem a todas as cidades e vilarejos de seu reino a fim de obter as ofertas para a manutenção do templo. 
Embora o apelo resultasse no acúmulo de fundos, a obra tardou por alguma razão, e até o vigésimo terceiro ano de Joás (cerca de 814) não havia qualquer indício da obra. O rei Joás então ordenou ao sumo sacerdote Jeoiada que providenciasse a construção de um gazofilácio ao lado do grande altar, onde os sacerdotes depositariam as ofertas do povo. Um apelo foi feito por todo o reino para que trouxessem suas ofertas ao templo; e com alegria o povo ofertou (MERRIL, Eugene H. História de Israel no Antigo Testamento: O reino de sacerdotes que DEUS colocou entre as nações. 6.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, pp.384,86). 
 

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

QUESTIONÁRIOS DO 4° TRIMESTRE DE 2012

                               (Os Doze Profetas Menores)
 
Lição 02
1. Qual o assunto do livro de Oséias?
R. O assunto do livro é a apostasia de Israel e o grande amor de Deus revelado.

2. O que faz do casamento um símbolo de relacionamento entre Cristo e a Igreja?
R. A intimidade, o amor, a beleza, o gozo e a reciprocidade.

3. Que linguagem a expressão “e lhe falarei ao coração” lembra?
R. A linguagem de um esposo falando amorosamente à esposa.

4. Que palavra se corrompeu por causa da idolatria?
R. A Palavra “baal”.   

5. O que os deuses são hoje em Israel?
Uma repulsa nacional.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

LIVRO DO PROFETA OSÉIAS

Oséias, cujo nome significa “salvação”, é chamado “o mais gentil” dos profetas do Antigo Testamento. Ele foi convocado para uma das mais difíceis missões da história sagrada. O profeta desposou Gômer, que o trocou por uma série de amantes, rompendo, assim, o vínculo matrimonial que os unia. Não obstante, o amor de Oséias por sua esposa era tão grande que ele não conseguia abandoná-la. Quando seus caminhos devassos conduziram-na para a escravidão, seu marido comprou-a, trouxe-a de volta para o lar e a reconduziu para uma vida santa. Com essa maneira de agir, o profeta imita a própria experiência de Deus com Israel, Seu povo. Muito embora ligado ao Senhor num relacionamento de aliança, Israel abandonou-O ao persistir na idolatria, num estilo de vida adúltero, associado ao paganismo. Essa mesma idolatria, inclusive, acabaria por conduzir a nação também à escravidão, mas Deus, a exemplo de Oséias, também não conseguia deixar de amar Seu povo. Um dia, o Senhor também trará de volta para casa Sua gente humilhada, quando então será renovado o compromisso com Ele.
O livro de Oséias é extremamente tocante. Na medida em que sentimos o sofrimento do profeta, compartilhamos da mesma dor que Deus sente quando Seus amados lhe são infiéis. O verdadeiro amor de Deus, entretanto, não permitirá que nos afastemos dele.
 
 
Autoria: Oséias (1.1)                                        

Data: 760 a.C.

Tema: O Julgamento Divino e o Amor Redentor de Deus. 
 

Contexto Histórico:
Oséias, Amós e Miquéias viveram na mesma época. Com o profeta Isaías eles formam o quarteto do período áureo da profecia hebraica, entre 790 e 695 a.C. Oséias e Amós eram profetas do Reino do Norte, enquanto Miquéias profetizou em Judá.
Segundo Keil seu ministério durou de 60 a 65 anos. Isso parece ser confirmado pelo próprio texto sagrado: “Palavra do SENHOR que foi dita a Oséias, filho de Beeri, nos dias de Uzias, Jotão, Acaz, Ezequias, reis de Judá, e nos dias de Jeroboão, filho de Joás, rei de Israel” (Os 1.1). A soma dos anos desses quatro reis de Judá são 113 anos. Jeroboão II reinou 41 anos (2 Rs 14.23) entre 793-753. Se Oséias começou seu ministério no final do reinado de Uzias e alcançou pelo menos os primeiros anos de Ezequias fica claro que Oséias exerceu seu ministério por tempo prolongado. Foi ele um dos primeiros representantes da profecia clássica da nação hebraica.  
 
Mensagem:
Sua mensagem consiste no apelo contra o pecado, advertências sobre o juízo de Deus, o amor eterno de Jeová e a profecia sobre a restauração de Israel, no fim dos tempos.  
 
 
 
Conteúdo:
Oséias encabeça a lista dos Profetas Menores. Contém 14 capítulos e está dividido em duas partes principais. A primeira trata-se da biografia do profeta que retrata a história de seu povo, na sua geração (1 – 3); é o sumário do livro. A segunda parte trata do mesmo assunto de maneira mais ampla e detalhada. É o livro do amor de Jeová. Oseias é citado por nome em o Novo Testamento (Rm 9.25,26) e o livro em outras partes, como a profecia messiânica (11.1; Mt 2.15). 

Propósito:
A profecia de Oséias foi a última tentativa de Deus em levar Israel a arrepender-se de sua idolatria e iniquidade persistentes, antes que Ele entregasse a nação ao seu pleno juízo. O livro foi escrito com o objetivo de revelar: (1) que Deus conserva seu amor ao seu povo segundo o concerto, e deseja intensamente redimi-lo de sua iniquidade; e (2) que consequências trágicas se seguem quando o povo persiste em desobedecer a Deus, e em rejeitar-lhe o amor redentor. A infidelidade da esposa de Oséias é registrada como ilustração da infidelidade de Israel. Gômer vai atrás de outros homens, ao passo que Israel corre atrás de outros deuses. Gômer comete prostituição física; Israel, prostituição espiritual. 

Visão Panorâmica:
Os capítulos 1-3 descrevem o casamento entre Oséias e Gômer. Os nomes dos três filhos são sinais proféticos a Israel: Jezreel (“Deus espalha”), Lo-Ruama (“Não compadecida”) e Lo-Ami (“Não meu povo”). O amor perseverante de Oséias à sua esposa adúltera simboliza o amor inabalável de Deus por Israel. Os capítulos 4-14 contêm uma série de profecias que mostram o paralelismo entre a infidelidade de Israel e a da esposa de Oséias. Quando Gômer abandona Oséias, e vai à procura de outros amantes (cap. 1), está representando o papel de Israel ao desviar-se de Deus (4-7). A degradação de Gômer (cap. 2) representa a vergonha e o juízo de Israel (8-10). Ao resgatar Gômer do mercado de escravos (cap. 3), Oséias demonstra o desejo e intenção de Deus em restaurar Israel no futuro (11-14). O livro enfatiza este fato: por ter Israel desprezado o amor de Deus e sua chamada ao arrependimento, o juízo já não poderá ser adiado.


Esboços:

Teológico de Oséias
 
I. Uma Esposa Infiel, cap. 1-3
II. Um Povo Infiel, cap. 4-14
a. a denúncia dos pecados, 4-8;
b. a condenação é anunciada, 9-10;
c. a afirmação do amor, 1;
d. a disciplina, 2-13;
e. a restauração, 14. 

Geral de Oséias

I. O casamento de Oséias (1.1-3.5)
A. A mulher prostituta (1.1-2.1)
1. A Comissão de Oséias (1.1-2) 
2. A tragédia de Oséias (1.3-9)
3. O triunfo de Oséias (1.10-2.1)

B. O povo infiel (2.2-23)
1. Israel é indiciada (2.2-23)
2. Israel é punida (2.6-13)
3. Israel é renovada (2.14-23)
 
C. A restauração de Gômer e de Israel (3.1-5)
 

II. A mensagem de Oséias para Israel (4.1-14.9)
A. A acusação de Deus (4.1-7.16)
1. A quebra dos mandamentos (4.1-19)
2. O julgamento é certo (5.1-14)
3. A necessidade de arrependimento (5.15-6.3)
4. A restauração está longe (6.4-7.16)
 
B. A justiça de Deus (8.1-10.15)
1. Sua necessidade (8.1-14)
2. Sua natureza (9.1-10.15)

C. O amor de Deus (11.1-14.9)
1. A compaixão de Deus (11.1-11)
a. O passado (11.1-4)
b. O presente (11.5-7)
c. O futuro (11.8-11)
2. A angústia de Deus (11.12-12.14)
3. As opções equivocadas de Israel em resposta ao amor de Deus (13.1-16)
4. O triunfo da graça de Deus (14.1-9)
a. O arrependimento (14.1-5a)
b. A restauração (14.5b-9) 
 

Referências:
Ø  SOARES, Esequias. Visão Panorâmica do Antigo Testamento. CPAD.
Ø  RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005.
Ø  GILBERTO, Antônio. A Bíblia Através dos séculos. 22º ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.