quinta-feira, 31 de maio de 2012

QUESTIONÁRIOS DO 2° TRIMESTRE DE 2012

                             (As Sete Cartas do Apocalipse)


 
Lição 09
1. Como o Senhor se apresenta a igreja de Laodiceia?
R. Senhor Jesus se apresenta como o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus.

2. De acordo com a lição, o que é uma igreja verdadeiramente rica?
R. Uma igreja verdadeiramente rica é aquela que consagra ao Senhor preciosas almas.

3. Segundo a lição, o que caracterizava a mornidão espiritual de Laodiceia?
R. A igreja de Laodiceia faz-se indiferente a Deus e à sua palavra.

4. Se Adão logo após a queda percebeu-se nu, como o pastor de Laodiceia julgava-se?
R. Bem vestido e ornado.

5. Segundo a lição, como podemos encontrar o ‘colírio’ recomendado pelo Senhor?
R. Podemos encontrar o colírio nas Sagradas Escrituras.

sábado, 26 de maio de 2012

UMA CONVOCAÇÃO URGENTE AO FERVOR ESPIRITUAL

                                                  
                                                    APOCALIPSE 3:14-22


INTRODUÇÃO
1. De todas as cartas às igrejas da Ásia, esta é a mais severa. Jesus não faz nenhum elogio à igreja de Laodicéia.

2. A única coisa boa em Laodicéia era a opinião da igreja sobre si mesma e, ainda assim, completamente falsa.

3. A cidade de Laodicéia foi fundada em 250 a.C, por Antíoco da Síria. A cidade era importante pela sua localização. Ficava no meio das grandes rotas comerciais. Era uma cidade rica e opulenta.

4. A igreja tinha a cara da cidade. Em vez de transformar a cidade, ela tinha se conformado à cidade. Laodicéia era a cidade da transigência e a igreja tornou-se também uma igreja transigente. Os crentes eram frouxos, sem entusiasmo, débeis de caráter, sempre prontos a comprometerem-se com o mundo, descuidados. Eles pensavam que todos eles eram pessoas boas. Eles estavam satisfeitos com sua vida espiritual.

5. A igreja de Laodicéia é a igreja popular, satisfeita com a sua prosperidade, orgulhosa de seus membros ricos. A religião deles era apenas uma simulação.

6. A cidade de Laodicéia destacava-se por quatro características:
1) Centro bancário e financeiro - Era uma das cidades mais ricas do mundo. Lugar de muitos milionários. Em 61 d.C, foi devastada por um terremoto e reconstruída sem aceitar ajuda do imperador. Os habitantes eram jactanciosos de sua riqueza. A cidade era tão rica que não sentia necessidade de Deus.
2) Centro de indústria de tecidos - Em Laodicéia produzia-se uma lã especial famosa no mundo inteiro. A cidade estava orgulhosa da roupa que produzia.
3) Centro médico de importância - Ali havia uma escola de medicina famosíssima. Fabricava-se ali dois ungüentos quase milagrosos para os ouvidos e os olhos. 0 pó frígio para fabricar o colírio era o remédio mais importante produzido na cidade. 4) Centro das águas térmicas - A região era formada por três cidades: Colossos, Hierápolis e Laodicéia. Em Colossos ficavam as fontes de águas frias e em Hierápolis havia fonte de água quente, que em seu curso sobre o planalto tornava-se morna, e nesta condição fluía dos rochedos fronteiros a Laodicéia. Tanto as águas quentes de Hierápolis, como as águas frias de Colossos eram terapêuticas, mas as águas mornas de Laodicéia eram intragáveis.

I. O DIAGNÓSTICO QUE CRISTO FAZ DA IGREJA
• O Cristo que está no meio dos candeeiros e anda no meio dos candeeiros, sonda a igreja de Laodicéia e chega ao seguinte diagnóstico: A igreja tinha perdido seu vigor (v. 16-17), seus valores (v. 17-18), sua visão (v. 18b) e. suas vestimentas (v. 17-22). Vejamos o diagnóstico de Cristo.

1. Jesus identificou a falta de fervor espiritual da igreja - v. 15
• Na vida cristã há três temperaturas espirituais: 1) Um coração ardente (Luc 24:32); 2) Um coração frio (Mt 24:12), e 3) Um coração morno (Ap 3:16). Jesus e Satanás conhecem a maré espiritual baixa da igreja. Nada se informa sobre tentação, perseguição, negação, apostasia ou abalos nessa igreja.
• O problema da igreja de Laodicéia não era teológico nem moral. Não havia falsos mestres, nem heresias. Não havia pecado de imoralidade nem engano. Não há na carta menção de hereges, malfeitores ou perseguidores. O que faltava à igreja era fervor espiritual.
• A vida espiritual da igreja era morna, indefinível, apática, indiferente e nauseante. A igreja era acomodada. O problema da igreja não era heresia, mas apatia.
• Nosso fogo espiritual íntimo está em constante perigo de enfraquecer ou morrer. O braseiro deve ser cutucado, alimentado e soprado até incendiar.
• Muitos fogem do fervor com medo do fanatismo. Mas fervor não é o mesmo que fanatismo. Fanatismo é um fervor irracional e estúpido. É um entrechoque do coração com a mente. Jonathan Édwards disse que precisamos ter luz na mente e fogo no coração. A verdade de Deus é lógica em fogo.
• Muitos crentes têm medo do entusiasmo. Mas entusiasmo é parte essencial do Cristianismo. Não podemos ter medo das emocões, mas do emocionalismo.

2. Jesus identificou que um crente morno é pior do que um incrédulo frio - v. 15
• É melhor ser frígido do que tépido ou momo. E mais honroso ser um ateu declarado do que ser um membro incrédulo de uma igreja evangélica. A queixa de Jesus contra os fariseus era contra a hipocrisia deles. Alguém que nunca fez profissão de fé e tem a consciência de sua completa falta de vida moral é muito mais fácil de ser ajudado que algum outro que se julga cristão, mas não tem verdadeira vida espiritual.
• Uma pessoa morna é aquela em que há um contraste entre o que diz e o que pensa ser, de um lado, e o que ela realmente é, de outro. Ser morno é ser cego à sua verdadeira condição.
Jesus identificou que a autoconfiança da igreja era absolutamente falsa - v. 17
a) A tragédia do auto-engano (v. 17) - Laodicéia se considerava rica e era pobre. Sardes se considerava viva e estava morta. Esmirna se considerava pobre, mas era rica. Filadélfia tinha pouca força, mas Jesus colocara diante dela uma porta aberta. O fariseu deu graças por não ser como os demais homens. Muitos no dia do juízo vão estar enganados (Mt 7:21-23). A igreja era morna devido à ilusão que alimentava a respeito de si mesma.
b) A tragédia da auto-satisfação (v. 17) - A igreja disse: "Não preciso de coisa alguma". A igreja de Laodicéia era morna em seu amor a Cristo, mas amava o dinheiro. O amor ao dinheiro traz uma falsa segurança e uma falsa auto-satisfação. A igreja não tinha consciência de sua condição. A lenda de Narciso.
c) A tragédia de não ser o que se projetou ser e ser o que nunca se imaginou ser (v. 17c) - Estava orgulhosa do seu ouro, roupas e colírio. Mas era pobre, nua e cega.
• A congregação de Laodicéia fervilhava de freqüentadores presunçosos. Eles diziam: Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma. Os crentes eram ricos. Freqüentavam as altas rodas da sociedade. Eram influentes na cidade. A cidade era um poderoso centro médico, bancário e comercial.
• O orgulho de Laodicéia era contagioso. Os cristãos contraíram a epidemia. O espírito de complacência insinuou-se na igreja e corrompeu-a. Os membros da igreja tornaram-se convencidos e vaidosos.
• Eles achavam que estavam indo maravilhosamente bem em sua vida religiosa. Mas Cristo teve de acusá-los de cegos e mendigos nus. Mendigos apesar de seus bancos, cegos apesar de seus pós frígios e nus apesar de suas fábricas de tecidos.
• São mendigos porque não têm como comprar o perdão de seus pecados. São nus porque não tem roupas adequadas para se apresentarem diante de Deus. São cegos porque não conseguem enxergar a sua pobreza espiritual.

3. Jesus revelou que um crente morno em vez de ser o seu prazer, lhe provoca náuseas - v.16
• Você só vomita, o que ingeriu. Só joga fora o que está dentro. A igreja de Laodicéia era de Cristo, mas em vez de dar alegria a Cristo estava provocando náuseas nele. Uma religião morna provoca náuseas. Jesus tinha muito mais esperança nos publicanos e pecadores do que orgulhosos fariseus.
• Fomos salvos para nos deleitarmos em Deus e sermos a delícia de Deus. Somos filhos de Deus, herdeiros de Deus, a herança de Deus, a menina dos olhos de Deus, a delícia de Deus. Mas, quando perdemos nossa paixão, nosso fervor, nosso entusiasmo, provocamos dor em nosso Senhor, náuseas no nosso Salvador.
• Cristo repudiará totalmente aqueles cuja ligação com ele é puramente nominal e superficial. A igreja de Laodicéia desapareceu. Da cidade só restam ruínas. A igreja perdeu o tempo da sua oportunidade.

II. O APELO QUE CRISTO FAZ À IGREJA
1. Cristo se apresenta à igreja como um mercador espiritual - v. 18
Cristo prefere dar conselhos em vez de ordens - Sendo soberano do céu e da terra, criador do universo, tendo incontáveis galáxias de estrelas na ponta dos dedos, tendo o direito de emitir ordens para que lhe obedeçamos, prefere dar conselhos. Ele poderia ordenar, mas prefere aconselhar.
A suficiência está em Cristo - A igreja julgava-se auto-suficiente, mas os crentes deveriam encontrar sua suficiência em Cristo. "Aconselho-te que compres DE MIM...”.
Cristo se apresenta como mascate espiritual - Cristo se apresenta à igreja como um mercador, um mascate e um camelô espiritual. Seus produtos são essenciais. Seu preço é de graça. Há notícias gloriosas para os mendigos cegos e nus. Eles são pobres, mas Cristo tem ouro. Eles estão nus, mas Cristo tem roupas. Eles são cegos, mas Cristo tem colírio para os seus olhos. Cristo exorta a igreja a adquirir ouro para sua pobreza, vestimentas brancas para sua nudez e colírio para sua cegueira.
A preciosa mercadoria que Cristo oferece - O ouro que Cristo tem é o Reino do céu. A roupa que Cristo oferece são as vestes da justiça e da santidade. O colírio que Cristo tem abre os olhos para o discernimento.
• Cristo está conclamando os crentes a não confiarem em seus bancos, em suas fábricas e em sua medicina. Ele os chama à ele mesmo. Só Cristo pode enriquecer nossa pobreza, vestir nossa nudez e curar a nossa cegueira.

2. Cristo chama a igreja a uma mudança de vida - v. 19
Vemos aqui uma explanação e uma exortação: "Eu disciplino e repreendo a quantos amo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te".
Desgosto e amor andam juntos. Cristo não desiste da igreja. Apesar da sua condição, ele a ama. Antes de revelar o seu juízo (vomitar da sua boca) ele demonstra a sua misericórdia (repreendo e disciplino aqueles que amo).
Disciplina como ato de amor - A pedra precisa ser lapidada para brilhar. A uva precisa ser prensada para produzir vinho. Inegavelmente é porque anseia salvá-los do juízo final é que os repreende e disciplina.
• A base da disciplina é o amor. Porque ele ama, disciplina. Porque ama chama ao arrependimento. Porque ama nos dá oportunidade de recomeçar. Porque ama está disposto a perdoar-nos.
Arrepender-se é dar as costas a esse cristianismo de aparências, de faz de conta, de mornidão. A piedade superficial nunca salvou ninguém. Não haverá hipócritas no céu. Devemos vomitar essas coisas da nossa boca, do contrário, ele nos vomitará. Devemos trocar os anos de mornidão pelos anos de zelo.

3. Cristo convida a igreja para a ceia, uma profunda comunhão com ele - v. 20
Triste situação - Cristo, o Senhor da igreja, está do lado de fora. A igreja não tem comunhão com ele. Ilustração: o homem que não conseguia ser membro da igreja.
• Este é um convite pessoal - A salvação é uma questão totalmente pessoal. Enquanto muitos batiam a porta no rosto de Jesus, outros são convidados por ele. Cristo vem visitar-nos. Coloca-se em frente da porta do nosso coração. Ele bate. Ele deseja entrar. E uma visita do Amado da nossa alma.
Uma decisão pessoal - "Estou à porta e bato, se alguém abrir a porta entrarei...". Jesus bate através de circunstâncias e chama através da sua Palavra. Embora Cristo tenham todas as chaves, ele prefere bater à porta. A PORTA - a famosa pintura de Holman Hunt, Cristo batendo à porta, mas a porta não tinha maçaneta do lado de fora. Ilustração: O Pai e o Filho. O menino diz para o pai: eles não ouvem porque estão ocupados com outras coisas no quartinho dos fundos. Aqui vemos uma amostra sublime da soberania de Cristo e da responsabilidade humana.
A insistência de Jesus - "Estou à porta e bato”. De que maneira ele bate? Através das Escrituras, sermão, hino, acidente, doença. É preciso ouvir a voz de Jesus.
Um convite para cear - Que ele nos convide a vir e cear com ele é demasiada honra; mas que ele deseje participar da nossa humilde mesa e cear conosco é tão admirável que ultrapassa nossa compreensão finita. O hóspede transforma-se em anfitrião. Não somos dignos que ele fique embaixo do nosso teto e ele ainda vai sentar-se à nossa mesa? Somos convidados para o banquete do casamento do Cordeiro.

III. A PROMESSA QUE CRISTO FAZ À IGREJA - V. 14,21,22
1. Jesus tem competência para fazer a promessa - v. 14
Cristo é o Amém e a Testemunha Fiel e Verdadeira - Para uma igreja marcada pelo ceticismo, incredulidade, tolerância Jesus se apresenta como o Amém. Ele é a verdade, e fala a verdade e dá testemunho da verdade.
• Seu diagnóstico da igreja é verdadeiro. Seu apelo à igreja deve ser levado a sério. Suas promessas à igreja são confiáveis. Em face da vida morna e indiferente da igreja, Jesus é a verdade absoluta que tudo vê, tudo sonda, tudo conhece.
• Ele cumpre o que diz. Ele nunca é inconstante. É absolutamente consistente. Para uma igreja morna, inconstante, Cristo se apresenta como aquele é preciso e confiável. Jesus não apenas jura, ele é o próprio juramento. Entre ele e sua palavra simplesmente não se pode meter nenhum cunha.

2. Jesus tem autoridade para tornar a promessa realidade - v. 14
Cristo é o princípio da criação de Deus - Em face da vida caótica da igreja, Jesus é aquele que é a origem da criação. Como ele deu ordem aos caos do universo, ele pode arrancar a igreja do caos espiritual.

3. Jesus tem poder para conduzir os vencedores ao seu trono de glória - v. 21.22
• Quando Cristo entra em nossa casa recebemos a riqueza do Reino. Recebemos vestes brancas de justiça. Nossos olhos são abertos. Temos a alegria da comunhão com o Filho de Deus. Mas temos, também, a promessa que excede em glória a todas as outras promessas ao vencedor. Reinaremos com .ele.. Assentaremos em tronos com Ele. Um Trono é símbolo de conquista e autoridade.
• A comunhão da mesa secreta é transformada em comunhão de trono pública.
• Como Cristo participa do trono do Pai, também participaremos do trono de Cristo. Quando abrimos a porta para Cristo entrar em nossa casa, recebemos a promessa de entrar na Casa do Pai. Quando recebemos Cristo à nossa mesa, recebemos a promessa de sentarmos com ele em seu trono.

CONCLUSÃO
• Mas a história não termina aqui. Com o capítulo 4 de Apocalipse passamos da Igreja sobre a terra à igreja no céu. Os olhos de João são arrancados dos companheiros em tribulação para o trono do universo. Diante desse trono estão querubins, os anjos e a igreja glorificada. O livro da história está nas mãos do Cordeiro e nenhuma calamidade pode sobrevir à humanidade enquanto Cristo não quebrar os selos. Além disso, os ventos do juízo não recebem permissão para soprar sobre aqueles que foram selados pelo Espírito Santo. A segurança da igreja está garantida
• Assim, depois de combatermos aqui o bom combate e completarmos a nossa carreira, emergiremos da grande tribulação e não mais sofreremos. Iremos nos juntar à Igreja triunfante, na grande multidão que ninguém poderá contar, vinda de toda nação, tribo, povo e língua e ali estaremos com eles perante o trono de Deus. Ali nossas lágrimas serão enxugadas, depositaremos nossas coroas diante do trono e adoraremos Aquele que é digno, para sempre.
• Possa o Senhor nos ajudar a ouvir o que o Espírito diz às igrejas!

                                                                                               Por Hernandes Dias Lopes

O TERMÔMETRO

Objetivo: Refletir sobre a situação espiritual do cristão frio, morno ou quente.

Material:
01 copo de água fria(gelada ou natural)
01 copo de água quente
 01 copo de café quente(leve numa garrafa térmica)
01 copo com água morna
01 termômetro

Procedimento:
- Coloquem os 03 copos sob uma mesa ou peçam para 03 pessoas segurá-los.
- Falem: Vamos medir a temperatura de cada líquido. Usem o termômetro.
Copo 01(água fria): falem qual a temperatura registrada no termômetro e solicitem que alguém beba. Perguntem qual a sensação, gostou? Certamente a pessoa vai dizer que sim. Como é bom um copo de água fria num momento de sede!
Copo 02(água quente): falem qual a temperatura registrada no termômetro e solicitem que alguém beba. Creio que ninguém aceitará. Não deixem ninguém beber água quente.
Falem: Nós não conseguimos beber água quente, mas ela tem efeitos terapêuticos excelentes, além de fazermos com a água quente um delicioso café ou outras bebidas que são servidas quentes.
Sirvam neste momento um copo de café(quente) para a pessoa que estava com o copo de água quente. E agora, qual a sensação, gostou?
Copo 03(água morna): falem qual a temperatura registrada no termômetro e solicitem que alguém beba. Será que vai conseguir? Cuidado! Pode dar náusea e vômito!
- Leiam Ap. 3. 15 e 16. Em seguida, perguntem: O que a Bíblia nos adverte nestes versículos sobre nossa vida espiritual?
Devemos fugir da mornidão espiritual, e também da frieza, o ideal é sermos fervorosos!
- Agora, desenhem no quadro ou cartolina um termômetro com 03 indicações de temperatura: frio, morno e quente.
- Depois, perguntem: Quais características apresentam os crentes frios, mornos e quentes?
Aguardem as respostas.
- Para finalizar, leiam novamente Ap. 3. 15 a 16.
Por Sulamita Macedo.

LIÇÃO 09 - LAODICÉIA, UMA IGREJA MORNA

                                                             
                                                                            Ap 3.14-22



INTRODUÇÃO
A sétima e última carta do Apocalipse é dirigida à igreja de Cristo que estava em Laodicéia - uma das mais prósperas cidades da Ásia. Veremos que na época de Paulo, já havia uma igreja formada nesta cidade, e que por algum tempo fora assistida pelo obreiro Epafras. Observaremos que o conteúdo desta carta está contido de muitas referências a cultura local, que o Senhor usa para transmitir aos crentes laodicenses severas repreensões, afinal de contas, das sete igrejas, Laodicéia é a que estava em pior situação, pois eles haviam perdido seus principais bens: fervor, riqueza espiritual, visão e santidade. Por fim, Jesus lhes convoca ao arrependimento, a fim de que pudessem ser restituídos, e assim, alcançarem as promessas feitas aos que vencerem.


I - IMPORTANTES INFORMAÇÕES SOBRE A CIDADE
1.1 Nome. A forma grega da palavra Laodicéia é “Laodikia“, que significa “justiça do povo” dando a entender alguma forma de governo democrático. Esta cidade foi fundada por Antíoco II no terceiro século a.C., que lhe deu este nome em homenagem a sua esposa, Laodice. Na época havia outras cidades com este nome, no entanto, essa é chamada de Laodicéia de Lico, referindo-se a um rio afluente do Meander.

1.2 Localização. Era uma cidade da província romana da Ásia, a oeste daquilo que é atualmente a Turquia Asíática. Localizada, na área sudoeste da Frígia, ficava 10 km ao sul de Hierápolis e 16 km a oeste de Colossos. Devido à sua posição, era um centro comercial extremamente próspero, por isso, quando sofreu no ano 60 d.C. um grande terremoto, recusou ser reconstruída com o auxílio do Império Romano, alegando ter condições de reerguer-se por seus próprios recursos.

1.3 Religião. Em 29 a.C., as elites da Ásia Menor, em sinal de gratidão a Roma, pediram permissão a César Augusto para que pudessem cultuá-lo como se fora uma divindade. A partir deste precedente desenvolveu-se o costume de honrar o imperador como um deus, prática difundida em todo império. Domiciano, que provavelmente foi o imperador na época em que João escreveu o Apocalipse, gostava que seus súditos se dirigissem a ele como Dominus Et Deus Noster (Nosso Senhor e Deus).

1.4 Fonte de renda. A cidade devia sua considerável riqueza a uma combinação de comércio, bancos, manufaturas e a produção de uma fina e lustrosa lã, assim como à produção de bálsamo para os olhos. No entanto, apesar de tanta opulência a cidade tinha uma  desvantagem: nela não havia suprimento de água. A água que chegava até a cidade vinha através de canos de uma fonte que ficava a certa distância, e, provavelmente, chegava a seu destino morna o que naturalmente causava ânsia de vômito em quem ingeria.


II - COMO JESUS IDENTIFICA-SE A LAODICÉIA
Estando na rota natural de inúmeros viajantes e comerciantes, Laodicéia foi atingida pelo evangelho em data bem recuada, provavelmente quando Paulo estava morando em Éfeso (At 19.10), e talvez por intermédio de Epafras, que provavelmente foi um dos seus pastores: “Saúda-vos Epafras, que é dos vossos, servo de Cristo, combatendo sempre por vós em orações, para que vos conserveis firmes, perfeitos e consumados em toda a vontade de Deus. Pois eu lhe dou testemunho de que tem grande zelo por vós, e pelos que estão em Laodicéia, e pelos que estão em Hierápolis” (Cl 4.12,13). O apóstolo Paulo, inclusive, faz menção na epístola ao Colossenses de uma carta que ele enviara aos cristãos laodicenses (Cl 4.15,16).

2.1 O remetente. Já vimos que para cada igreja Jesus identifica-se de forma diferente como remetente da carta. Para Laodicéia Ele se revela da seguinte forma: “E ao anjo da igreja que está em Laodicéia escreve: Isto diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus” (Ap 3.14);

2.1.1 O Amém“. A palavra “amém” traz o significado de “assim seja“, “é assim“. Ela era usada na liturgia judaica e nos cultos de adoração como afirmação de fé na validade, ou veracidade da mensagem que era lida ou proferida. Ao ser aplicada a Cristo, esta palavra significa que Ele é a afirmação da Palavra de Deus (II Co 1.20);

2.1.2 “A testemunha fiel e verdadeira”. O dicionário Aurélio nos informa que a palavra “testemunha” significa: pessoa que viu ou ouviu alguma coisa ou que é chamada a juízo, para depor sobre o que viu ou ouviu. No caso, a igreja que estava em Laodicéia, não podia queixar-se de ser acusada injustamente, porque Jesus Cristo era a testemunha fiel (exata) e verdadeira (autêntica) que acompanhava o dia a dia da igreja, pois ele é onisciente (Ap 1.14) e onipresente (Ap 1.13).


III - LAODICÉIA, UMA IGREJA MORNA, POBRE, CEGA E NUA
Já vimos em outras lições que Éfeso perdera o amor, Pérgamo casara com o mundo, Tiatira tolerou o pecado, Sardes estava morta; e agora o Cristo que está no meio dos castiçais e anda no meio dos deles, sondou esta igreja e em sua carta deixou claro que a igreja de Laodicéia estava com a cara da cidade: orgulhosa e auto-suficiente, pois, ao invés de influenciar, tinha sido influenciada, e que apesar de pensarem estar bem, aos seus próprios olhos: “tu dizes“, não estavam aos olhos dEle “e não sabes que és“. Eis abaixo o seguinte diagnóstico dado por Jesus:

3.1 A igreja perdera seu fervor espiritual. O Cristo glorificado consegue detectar que aquela comunidade de cristãos o servia sem fervor, por isso afirma categoricamente: “Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; quem dera foras frio ou quente” (Ap 3.15). Jesus diz que a temperatura espiritual daquela igreja se encontrava idêntica a da água que eles recebiam, e que estava sentindo náuseas “Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca” (Ap 3.16). O crente em estado de mornidão é aquele que hesita entre dois pensamentos (I Rs 18.21); o coração está dividido (Os 10.2a); serve ao Senhor parcialmente (II Cr 25.2b) e é um bolo que não foi virado (Os 7.8b).

3.2 A igreja tinha perdido seus valores. Apesar de igreja alegar possuir riqueza “rico sou e estou enriquecido e de nada tenho falta” (Ap 3.17-a), porque a cidade possuía um importante centro bancário e de troca de moedas, o Senhor a reprova severamente dizendo: “és pobre” (Ap 3.17-b). “Supõe-se que a igreja estava desfrutando dessa aparente prosperidade porque ao contrário de Esmirna que se opunha ao culto ao imperador mesmo lhes custando a pobreza e a morte, os crentes de Laodicéia, pelo contrário, para evitarem a perseguição e não perderem seus bens, prestavam homenagem a Domiciano como um deus, alegando ser apenas por formalidade e não de coração” (CHAMPLIN, 2002, p. 432).

3.3 A igreja tinha perdido sua visão. A medicina de Laodicéia estava tão avançada ao ponto de descobrirem o unguento oftálmico que trouxe muitos benefícios para alguns tipos de enfermidades nos olhos. No entanto, Jesus lhes confessa abertamente: “és pobre, e cego” (Ap 3.17-b). Os cristãos tinham olhos apenas para os bens materiais, perdendo assim a visão do Reino, que dá primazia aos bens espirituais “Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam. Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam” (Mt 6.19,20)

3.4 A igreja tinha perdido suas vestimentas. Laodicéia também era famosa por sua indústria de lã e sua produção de excelentes peças de vestuários. Apesar disso, Cristo diz: “és pobre, cego e nu” (Ap 3.17-b). Como podemos ver, as vestes luxuosas dos crentes de Laodicéia não podiam cobrir sua nudez espiritual, tal qual as folhas de figueira não foram suficientes para cobrir a nudez do primeiro casal no Éden (Gn 3.7).


IV - EXORTAÇÕES E PROMESSAS
Diante do que foi exposto pelo Senhor Jesus aquela igreja na carta, percebemos que seu propósito era revelar a doença e mostrar a cura que consistia em: atender a sua repreensão (Hb 12.5); aceitar o seu castigo (Hb 12.6,7; I Co 11.32); ser zeloso (Tg 2.14) e se arrepender (Ap 3.19). Logo, podemos perceber que a situação não era irremediável e que cabia aqueles cristãos perceberem essa oportunidade de renovarem sua aliança com Cristo que os convida a comprar dele bens que o dinheiro não pode adquirir, mas que se pode obter por sua maravilhosa graça. Por isso, os aconselha, dizendo:

4.1 “…compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças” (Ap 3.18-a). Isso aponta para uma fé verdadeira que é mais preciosa que o ouro perecível (I Pe 1.7);

4.2 “…vestes brancas, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez…” (Ap 3.18-b). Que diz respeito a uma vida espiritual de pureza e santidade (Ap 3.4; 19.8);

4.3 “…e que unjas os teus olhos com colírio, para que vejas…” (Ap 3.18-c). Que indica a iluminação dos olhos do entendimento pela revelação da Palavra e do Espírito (Sl 19.8; Ef 1.18).


CONCLUSÃO
Como pudemos perceber, mesmo em meio a uma tamanha mornidão, orgulho, presunção e cegueira da parte da igreja de Laodicéia, o Senhor Jesus gentilmente deseja restaurar-lhes a comunhão perdida, dizendo que estava à porta e batia, indicando uma iniciativa; que desejava estar e cear com eles. Porém, para isso, deveriam cumprir a sua parte ouvindo a sua voz e abrindo a porta (Ap 3.20). Por fim, ainda diz que os vencedores seriam galardoados, reinando com ele no Milênio (Ap 3.21).




REFERÊNCIAS
  • STAMPS, Donald C. Biblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
  • SILVA, Severino Pedro da. Apocalipse, versículo por versículo. CPAD.
  • ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger. Comentário Bíblico Pentecostal. CPAD.
  • CHAMPLIN, R.N. O Novo Testamento Interpretado versículo por Versículo. HAGNOS.



quarta-feira, 23 de maio de 2012

Laodiceia

Subsídio Teológico

"Laodiceia era um rico centro de comércio. A prosperidade era a causa da mornidão daquela igreja. Eles haviam se tornado ricos e cheios de bens materiais. Com o dinheiro que já tinham, multiplicavam ainda mais suas posses. Estavam, agora, tão envolvidos com a vida material que eram induzidos a negligenciar a espiritual (Mt 13.22). Esta igreja não havia sofrido nenhuma perseguição. Não havia sido invadida pelas falsas doutrinas nem pelos falsos apóstolos. Para as outras igrejas, sua situação era excelente, ideal. Os cristãos de Laodiceia  haviam se tornado tão satisfeitos e eufóricos com as coisas que o dinheiro pode comprar, que foram levados a perder o desejo pelas coisas de DEUS. Infelizmente , não haviam aprendido ainda a 'viver em prosperidade' (Fp 4.12) Como resultado, sua satisfação era falsa por ignorarem as coisas de DEUS" (HORTON, Stanley M. Apocalipse. As coisas que brevemente devem acontecer. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2001, pp.57,58).

QUESTIONÁRIOS DO 2° TRIMESTRE DE 2012

                        (As Sete Cartas do Apocalipse)


 
Lição 08
1. Como a igreja de Filadélfia passou para a história?
R. Como a igreja do amor fraternal.

2. Segundo a lição, qual é um dos principais atributos de Cristo?
R. A santidade.

3. Como Filadélfia sabia tirar força da fraqueza?
R. Pela fé em Jesus Cristo ela sabia tirar forças da fraqueza.

4. O que Jesus alertou em sua carta à igreja de Filadélfia?
R. O Senhor Jesus alertou: “Eis que venho sem demora” (Ap 3.11).

5. Você ama a volta do Senhor?
R. Resposta pessoal.