sábado, 29 de junho de 2013

LIÇÃO 13 - EU E MINHA CASA SERVIREMOS AO SENHOR


Js 24.14-18,22,24


 INTRODUÇÃO
Ao longo deste trimestre vimos que a única configuração familiar reconhecida por Deus é a que é formada homem e mulher com o propósito de procriação. Aprendemos que a família é uma instituição criada por Deus antes mesmo de fundar a Igreja, pois o Senhor criou o casamento e, como decorrência deste, instituiu a família, pois quando o Senhor criou o homem e a mulher, já a tinha em mente (Gn 2.24). Essas instituições especiais (Família e Igreja), fruto da mente do Criador, têm sido terrivelmente atacadas pelas forças do mal. Analisaremos nesta lição, alguns exemplos de famílias que escolheram servir ao Senhor e veremos quais os resultados desta feliz escolha.


I - EXEMPLOS BÍBLICOS DE FAMÍLIAS QUE SERVIRAM AO SENHOR
A decisão de servir a Deus fielmente com a família obedecendo os preceitos de sua Palavra deve ser uma atitude mais firme possível. É necessário que uma série de atitudes sejam tomadas para que esse objetivo de servir ao senhor fielmente seja alcançado. É uma decisão que precisa haver firmeza de fé e de caráter nos membros da família, a começar dos pais que devem ser referencial para eles. Vejamos alguns modelos de famílias que serviram ao Senhor:
1.1 O exemplo de Noé. Noé tinha qualidades importantíssimas para um servo de Deus: era “varão justo” e “reto em suas gerações” (Gn 7.1). Além disso, ele tinha a “graça de Deus” (Gn 6.8). Com esses predicados, ele tinha o privilégio de “andar com Deus” (Gn 6.9). Um exemplo significante para os pais de família de hoje, que vivem num mundo cujas características morais são semelhantes às da época de Noé (Gn 6.11,12). Não obstante “todo mundo se corromper”, Noé soube dar exemplo à sua família, transmitindo-lhes os ensinamentos de Deus que os havia de livrar da destruição pelo Dilúvio (Gn 6.17). Serviu ao Senhor com sua casa, foi salvo e viu sua família escapar da destruição (Gn 6.18).
1.2 O exemplo de Abraão, Isaque e Jacó. Deus também sempre quis manifestar-se como o Deus da família. Ele se apresentou por diversas vezes como o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó. A Isaque ele dizia ser o Deus de Abraão, seu pai (Gn 26.24). A Jacó, dizia ser o Deus de seu pai Isaque e de seu avô Abraão, num convite para que o descendente andasse nos caminhos de sua família, sempre levando em conta o relacionamento. “Disse mais Jacó: Deus de meu pai Abraão, e Deus de meu pai Isaque…” (Gn 32.9).
1.3 O exemplo de Cornélio. Temos também o grande exemplo de Cornélio que era um pai e líder que junto com toda sua família ouviu a ministração da Palavra de Deus pelo apóstolo Pedro em sua casa, e que conduzia seus familiares sob as orientações das Escrituras. “E HAVIA em Cesaréia um homem por nome Cornélio… piedoso e temente a Deus, COM TODA A SUA CASA… e de contínuo orava a Deus… homem justo e temente a Deus, e que tem BOM TESTEMUNHO de toda a nação dos judeus… Então, chamando-os para dentro, OS RECEBEU EM CASA. ” (At 10.1,22,23).
1.4 O carcereiro de Filipos. Ele experimentou grande impacto na sua família em meio ao que parecia o fim para sua vida, quando pensou em suicidar-se, pôde ouvir a mensagem do evangelho poderoso de Jesus Cristo, através de Paulo e Silas na prisão daquela cidade. Abrindo as portas do cárcere, abaladas as estruturas do terrível edifício, o homem fez a pergunta que todos deveriam fazer: “Senhores, que é necessário que eu faça para me salvar?” (At 16.30-31). “E, levando-os à SUA CASA, lhes pôs a mesa; e, NA SUA CRENÇA EM DEUS, alegrou-se COM TODA A SUA CASA” (At 16.34).
1.5 O exemplo de Eunice. Uma mulher que soube educar sua família nos caminhos do Senhor Jesus Cristo. Paulo elogia a fé de Timóteo, transmitida principalmente por sua avó Lóide e por sua mãe Eunice (2Tm 1.5). Pode-se perceber, no texto, que a educação de Timóteo não era simplesmente intelectual. Sua mãe, Eunice, herdara a formação moral e espiritual de sua avó. Timóteo teve uma educação segura, fundamentada nos ensinos da Palavra de Deus. Exemplo edificante de uma família que cresceu vendo o ensino e o exemplo na liderança do seu lar. A educação de Timóteo foi destacada por Paulo em (2Tm 3.14-17).


II - SERVINDO A DEUS COM NOSSA FAMÍLIA
Deus deseja que, em cada lar, haja um ambiente espiritual que honre e glorifique o Seu Nome. Há diferença entre uma família que serve a Deus daquela que não serve. Diferença entre uma família que teme a Deus e anda nos seus caminhos daquela que não teme e não anda nos seus caminhos. Portanto, vale a pena servir a Deus, cumprir seus mandamentos e ser honesto nos dias atuais. Vejamos:
Ø  A Família que serve a Deus passa a pertencer a ele. Deus disse que a família que temesse-o e decidisse servilo, Ele mesmo a tomaria por possessão particular, pois, seria considerada família de Deus (Ml 3.14-17);
Ø  A família que serve a Deus passa a viver feliz. O Senhor prometeu que todos aqueles que decidissem servi-lo, temê-lo e respeitar o Seu nome, experimentariam “o sol da justiça, trazendo curas nas suas asas” (Ml 4.2) e saltariam de alegria e felicidade, assim como os “bezerros na estrebaria” que saltam de alegria e felicidade por terem sido amamentados e cuidados pela sua mãe;
Ø  A família que serve a Deus será salva. O profeta Malaquias anuncia que Deus tem um dia reservado para o grande julgamento final e esse dia “vem ardendo como fornalha e todos os soberbos e todos os que cometem impiedade serão queimados e não ficará nem raiz nem ramo” (Ml 4.1). Mas para aqueles que temem ao Senhor e o servem, para aqueles que já entregaram a sua vida nas mãos do Senhor e do Seu Filho Jesus, esses “não entrarão em julgamento, mas já passaram da morte para a vida” (Jo 5.24).


III - A FAMÍLIA QUE SERVE AO SENHOR E AMA SUA PALAVRA
A Palavra do Senhor nos apresenta dois casos bastante curiosos de duas famílias que deram diferentes valores para a Arca do Senhor. Deus deseja que, em cada lar, haja um ambiente espiritual que honre e glorifique o Seu Nome. Vejamos:

Ø  A família de Abinadabe. A Bíblia nos mostra que a família de Abinadabe não foi abençoada durante os 20 anos em que a arca permaneceu em sua casa.Então vieram os homens de Quiriate-Jearim, e levaram a arca do SENHOR, e a trouxeram à casa de Abinadabe… E sucedeu que, desde aquele dia, A ARCA FICOU em Quiriate-Jearim, e tantos dias se PASSARAM QUE ATÉ CHEGARAM VINTE ANOS…” (1Sm 7.1-2; 2Sm 1-4; 1Cr 13.1-7). Porque a família de Abinadabe não deu importância à presença de Deus em sua casa; não deu importância ao seu conteúdo, sua origem, seus significados e seus efeitos. É como se nos dias de hoje, tivesse perdido o sentido o culto da família, a participação nos estudos na EBD, o envolvimento com os grupos de evangelismo, a comunhão entre irmãos, a Mesa da Ceia do Senhor;
Ø  A família de Obede-Edom. A Bíblia também nos apresenta a casa de Obede-Edom, que ao contrário da casa de Abinadabe foi muito abençoada durante os três meses em que a Arca permaneceu em sua casa. “Por isso Davi não trouxe a arca a si, à cidade de Davi; porém a fez levar à casa de Obede-Edom, o giteu. Assim ficou a arca de Deus com a família de Obede-Edom, três meses em sua casa; e o Senhor ABENÇOOU A CASA de Obede-Edom, e tudo quanto tinha” (I Cr 13.13-14). Passaram-se três meses e chegou uma boa notícia aos ouvidos de Davi: “Abençoou o Senhor a casa de Obede-Edom, e tudo quanto tem, por AMOR da arca de Deus…”(II Sm 6.11-12).


IV - JOSUÉ E SUA FAMÍLIA COMO EXEMPLOS
Nossa família é o maior patrimônio que possuímos. Bens, diplomas e sucesso profissional perdem o significado sem a felicidade de sua família. Na verdade, nenhum SUCESSO compensa o FRACASSO na família. Não podemos construir nossa felicidade sobre os escombros da nossa família. Josué introduziu o povo de Israel na terra da promessa, deu testemunho diante de toda a nação que “ele e sua CASA serviriam ao Senhor” (Js 24.15). Nenhuma conquista pessoal de Josué diminuiu seu propósito de consagrar sua família a Deus. Muitas lições podemos extrair da vida de Josué, dentre elas:
Ø  Josué relembra ao povo a fidelidade de Deus (Js 24.3-13). Josué traz à memória do povo, um breve relato da história de Israel, desde a chamada de Abraão até a conquista de Canaã, com o intuito de demonstrar a fidelidade de Deus em cumprir suas promessas. Isto nos ensina sobre o dever que temos de transmitirmos às gerações futuras os feitos do Senhor e Sua fidelidade para com o seu povo (Dt 32.7; Jz 6.13);
Ø  Josué convoca o povo a temer e a servir ao Senhor (Js 24.14). Depois de ouvir o relato da história de Israel, o povo foi conclamado a lançar fora os ídolos e servir única e exclusivamente a Deus;
Ø  Josué leva o povo a tomar uma decisão (Js 24.15). Josué leva o povo a fazer uma escolha: se serviriam ao Senhor ou aos ídolos. Isto nos ensina que cada israelita tinha a liberdade de escolher a quem servir e adorar;
Ø  Josué apresenta-se como exemplo. “…porém eu e a minha casa serviremos ao Senhor” (Js 24.15). A despeito da decisão dos israelitas, Josué e sua família estavam determinados a servirem a Deus. Dessa forma, ele apresenta-se como exemplo e modelo para todo o povo;
Ø  Josué fez concerto com o povo “Assim, fez Josué concerto, naquele dia, com o povo e lho pôs por estatuto e direito em Siquém” (Js 24.25). A renovação do concerto entre o Senhor e Israel importou num duplo compromisso: 1) Deus prometeu cuidar do seu povo; e 2) Os israelitas comprometeram-se a servir unicamente ao Senhor Deus. Foi um pacto permanente e mútuo entre Deus e Israel.


CONCLUSÃO
Família, é o elo mais importante de uma sociedade. É nela aonde se desenvolve o caráter, a formação primária de educação, a conduta social de um indivíduo. A família é literalmente uma oficina, aonde forja o caráter das pessoas. A Bíblia nos desafia a uma vida de fé intensa em família. Que possamos, então dizer como Josué: “Eu e minha casa serviremos ao Senhor” (Js 24.15).


REFERÊNCIAS
ANDRADE, Claudionor de. Dicionário Teológico. CPAD.
STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
RENOVATO, A Família Cristã e os ataques do inimigo. CPAD. 

Por Rede Brasil de Comunicação

quinta-feira, 27 de junho de 2013

QUESTIONÁRIOS DO 2° TRIMESTRE DE 2013

                                     
                                     A Família Cristã do Século XXI: 
                              Protegendo seu lar dos ataques do inimigo
 


Lição 12

1. De acordo com a lição, que importância não se pode ignorar em relação a família?
R. A funcionalidade da igreja local junto a família.

2. Além de ser o elemento básico da funcionalidade da igreja, o que é a família?
R. É a extensão da igreja local.

3. Descreva a natureza humana da igreja.
R. A igreja é uma instituição composta de seres humanos dotados de sentimentos, desejos e volição.

4. Que bênção o salmo davídico pronuncia?
R. Irmãos e irmãs vivendo em paz é como a preciosidade do óleo que ungiu o sumo sacerdote Arão.

5. Você e a sua família se envolvem com a sua igreja local?
R. Resposta pessoal.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

LIÇÃO 12 – A FAMÍLIA E A IGREJA


Rm 16.1-5,7,10,11,13,15,24



INTRODUÇÃO
Tanto a família como a Igreja são instituições criadas por Deus, para fins específicos. A família tem como objetivo promover o bem estar, alegria, proteção e provisão, tanto para os cônjuges, como também para os filhos (Sl 128). Já a Igreja foi instituída para promover meios de adoração, pregação, ensino e comunhão cristã (At 2.42-47). Logo, uma depende da outra. O desejo de Deus é que o lar seja uma extensão da igreja, e a igreja, uma extensão do lar. Nesta lição, veremos as definições de família e Igreja e o paralelismo entre ambas; como a igreja coopera com a família; e como a família coopera com a igreja.


I - DEFINIÇÕES
1.1 Igreja. 
A palavra grega para Igreja é "ekklesia", que significa "uma assembleia de chamados para fora". O termo aplica-se a: todo o corpo de cristãos em uma cidade (At 11.22; 13.1); uma congregação (1Co 14.19,35; Rm 16.5); e a todo o corpo de crentes na terra (Mt 16.18; I Co 10.32; Ef 5.25,27,29,32; Cl 1.18,24). Geralmente, quando escrita com letra maiúscula (Igreja) refere-se ao corpo de Cristo; e, quando escrita com letra minúscula (igreja), refere-se a uma congregação ou a igreja local.

1.2 Família. 
No hebraico, o termo para família é mishpa, que significa literalmente “família”, “parentes” ou “clã” (Nm 11.10). No grego, o termo é oikos e significa “habitação”, “casa” (I Tm 5.4). Biblicamente, podemos dizer que família é o sistema social básico instituído por Deus no Éden, para a constituição da sociedade e perpetuação da raça humana (Gn 2.18-24).

1.3 Paralelismo entre Família e Igreja. 
A Bíblia nos mostra os paralelismos que existem entre estas duas instituições criadas por Deus, eis alguns: a Igreja é chamada de família de Deus (Ef 2.19); seus membros são chamados de irmãos (Rm 1.13; I Co 1.10; II Co 1.8; Gl 1.11; Ef 6.10; Fp 1.12; Cl 1.2; I Ts 1.4; II Ts 1.3); do ponto de vista espiritual, temos um só Pai (Rm 1.7; Ef 4.6; I Ts 3.13).


II – A IGREJA COOPERANDO COM A FAMÍLIA
A igreja coopera eficazmente com as famílias através da intercessão, visitas, aconselhamento e, principalmente, através do ensino das Sagradas Escrituras, tornando o lar um lugar alicerçado na Palavra de Deus. Vejamos.

2.1 Através da intercessão. 
Uma das principais atribuições da Igreja é interceder, ou seja, “orar em favor de outros e colocar-se diante de Deus no lugar de outra pessoa”. A Palavra de Deus nos exorta a “orar uns pelos outros” (Tg 5.16; Hb 13.18,19) e que devemos “fazer orações em favor de todos os homens” (1Tm 2.1-3). O apóstolo Paulo, por exemplo, não apenas orava pelas igrejas (Ef 1.16-18; 3.14-19) como também rogava as orações dos santos (Rm 15.30-32; 2Co 1.11; Ef 6.18-20; Fp 1.19; Cl 4.3,4; 1Ts 5.25; 2Ts 3.1,2). Encontramos na Bíblia alguns exemplos de orações e intercessões pela família, como Isaque, que pediu a Deus que abrisse a madre de sua esposa Rebeca (Gn 25.21); Jó, que continuamente, orava por seus filhos (Jó 1.5); a Igreja Primitiva, que orou pela libertação de Pedro (At 12.5), dentre outras. Nos cultos de oração e círculos de oração de nossa igreja é comum fazer orações específicas pelas famílias, e muitos servos de Deus testemunham dos feitos do Senhor Jesus nos lares, salvando, curando, batizando com o Espírito Santo, libertando os oprimidos do diabo, abrindo portas de emprego e muitas outras maravilhas.

2.2 Através de visitas e aconselhamentos. 
Durante o seu ministério, o Senhor Jesus visitou diversas famílias, como a família de Jairo (Mt 9.18-26; Mc 5.21-43; Lc 8.40-56); de Zaqueu (Lc 19.1-10); de Mateus (Mt 9.9-13; Mc 2.14-17; Lc 5.27-32); de Marta e Maria (Jo 11.1-45); e outras. Semelhantemente, a Igreja Primitiva também realizava visita aos lares (At 5.42; 20.20; 10.24-48). O apóstolo Paulo, por exemplo, em suas viagens missionárias, costumava visitar os irmãos onde ele havia anunciado a Palavra de Deus (At 14.21,22; 15.36). A Igreja Evangélica Assembleia de Deus, seguindo o modelo bíblico, realiza também visita aos lares, principalmente, através das Campanhas Evangelizadoras e visitas ministeriais, onde muitas famílias são edificadas e muitos lares são restaurados. Além disso, a IEADPE dispõe de um departamento específico para as famílias, onde encontram-se obreiros e esposas devidamente capacitados para realizarem aconselhamentos pré-nupciais, conjugais e familiares.

2.3 Através do ensino da Palavra de Deus. 
A Bíblia é o Manual da Família! Nela encontramos os mandamentos e ordenanças para os pais, cônjuges e filhos. Por isso, quando a Igreja ensina as Sagradas Escrituras, as famílias são edificadas e fortalecidas. Vejamos:

Ø  Os esposos aprendem a: amar a esposa (Ef 5.25-30; Cl 3.19); governar bem a sua casa (1Tm 3.4,12); trabalhar para prover o sustento familiar (Gn 3.19; 1Ts 4.11,12; 1Tm 5.8); e ser o sacerdote do lar (Gn 18.19; Jó 1.5);

Ø  As esposas aprendem a: ser submissa ao marido (Ef 5.22-24; Cl 3.18); atender as necessidades do lar, tais como: alimentação, vestuário e serviços domésticos (Pv 31.21-22; Tt 2.5); quando necessário, ajudar nas despesas financeiras (Pv 31.16-18,24); e ensinar as mulheres mais novas a desempenharem seu papel de esposa e mãe (Tt 2.3-5);

Ø  Os pais aprendem a: educar os filhos com disciplina, conforme o modelo bíblico (Pv 13.24; 19.18; 22.6,15; 23.13,14; 29.15,17); ensinar, desde cedo aos filhos a temerem e amarem ao Senhor (Dt 6.1-9); conduzi-los a Deus (Jó 1.5; Js 24.15; At 16.30-34; Ef 6.4); e ser exemplo para os filhos (Pv 22.6); 

Ø  Os filhos aprendem a: ser obedientes aos pais (Ef 6.1; Cl 3.20); honrá-los (Êx 20.12; Dt 5. 16; 27.15); e ajudá-los nos afazeres domésticos (Gn 29.9; Êx 2.16; I Sm 17.15).


III – A FAMÍLIA COOPERANDO COM A IGREJA
A Igreja é composta por famílias. Por isso, é possível existir família sem igreja, ainda que de forma precária; mas, é impossível existir igreja sem família. Logo, a adoração, contribuição e serviço prestado a Deus na Igreja, são realizados através dos membros da família. Vejamos:

3.1 Através da adoração no culto cristão. 
Adorar significa “prostrar-se”, “curvar-se”, “se por de joelhos”. O termo deriva-se do grego Phroskyneõe significa “um ato de rendição, reverência, dedicação ao Senhor” (Sl 95.6; II Cr 29.30; Hb 12.28-29). De acordo com Aurélio, culto é “uma adoração ou homenagem à divindade em qualquer de suas formas e em qualquer religião”. O Culto Cristão é caracterizado pela reverência, temor e adoração ao Senhor (I Co 14.26). Ele pode ser coletivo e individual. Analisemos:

Ø     Culto Coletivo. É o momento em que a igreja local separa para adorar, homenagear e celebrar ao Único e Verdadeiro Deus. A igreja primitiva, por exemplo, costumava se reunir para adorar e cultuar a Deus (At 2.1,46,47; 13.1-4). 

Ø  Culto Individual. Além de oferecermos a Deus o culto coletivo, precisamos também cultuar também de forma individual, ou seja, apresentar a nossa adoração pessoal, como ensinou o apóstolo Paulo: “Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional” (Rm 12.1). É no culto cristão que as famílias se reúnem para louvar e adorar a Deus. Crianças, adolescentes, jovens e adultos, de diversas famílias distintas, adoram a Deus coletiva e individualmente, glorificando e rendendo graças ao Senhor.

3.2 Através da contribuição. 
A obra de Deus é mantida pelas contribuições que são oferecidas a Deus pelas famílias. É através dos dízimos e ofertas que cada membro da família expressa gratidão ao Criador; pois, devemos dar ao Senhor parte daquilo que dEle recebemos (Êx 23.15; II Co 9.7). Vejamos, então o que são dízimos e ofertas:

Ø Dízimos. São ofertas entregues voluntariamente à obra de Deus, constituindo-se da décima parte da renda do adorador (Ml 3.10). Dizimar é um ato de amor e adoração que devotamos àquEle que tudo nos concede (Gn 28.22; Dt 14.22; I Sm 8.15,17); 

Ø   Ofertas. São doações voluntárias, apresentadas a Deus em agradecimento pelos imerecidos favores dEle recebidos (Êx 35.29; 36.3; Lv 7.16; 22.18). A contribuição serve para manter a igreja, suprir as necessidades de seus membros, dentro do possível, e promover o reino de Deus (I Co 9.14; II Co 8.14; 9.12; Gl 2.10; Fp 4.15-18). De acordo com as Escrituras, quando contribuímos, acumulamos tesouros no céu (Mt 6.20; Lc 6.32-35). Mas, a contribuição deve ser proporcional ao que ganhamos (I Co 16.2); e deve ser realizada de forma voluntária e com alegria (II Co 9.7).

3.3 Através do serviço. 
De acordo com o Dicionário Teológico do Pr. Claudionor de Andrade, Serviço Cristão “é a atuação consciente do discípulo de Cristo, visando a expansão do Reino dos Céus e a glória do nome de Deus”. O serviço cristão tem, pelo menos, três objetivos:

ü  Glorificar a Deus. Todo serviço cristão deve ter como principal objetivo, glorificar a Deus (Rm 11.36; 1 Pe 4.11);

ü    Edificar a Igreja. Todo serviço cristão deve ter o objetivo de promover a edificação do corpo de Cristo. Diversos textos das Escrituras nos ensinam este princípio (Rm 14.19; 15.2; 1 Co 14.12,26; Ef. 4.16); 

ü   Servir ao próximo. O serviço cristão sempre será um serviço ao próximo, atendendo suas necessidades físicas, emocionais, espirituais e sociais (Mt. 20.28,29; At. 2.42-47;Tg 2.14-17). É na igreja que as famílias se reúnem para realizar o serviço cristão, quer seja na evangelização e ensino da Palavra de Deus (Mt 28.18-20; Mc 16.15; At 1.8); na assistência social (At 2.43-46; 4.34-37; 6.1-6; Rm 15.25-27; I Co 16.1-4; II Co 8; 9; Fp 4.18,19); ou na manutenção da comunhão com os santos (At 2.42; I Jo 1.7).


CONCLUSÃO
Como pudemos ver, a família e a Igreja são instituições divinas. A família tem como objetivo promover o bem estar para os cônjuges e filhos (Sl 128), e a Igreja tem como missão promover adoração, pregação e serviço cristão. Dessa maneira, a Igreja coopera com a família, intercedendo, aconselhando, visitando e ensinando a Palavra de Deus; e, consequentemente, a família coopera com a igreja, através da adoração, contribuição e do serviço cristão.



REFERÊNCIAS
Ø  ANDRADE, Claudionor de. Dicionário Teológico. CPAD.
Ø  STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
Ø  RENOVATO, Elinaldo. A Família Cristã e os ataques do inimigo. CPAD.
Ø  OLSON, N. Laurence. O Lar Ideal. CPAD.

Por Rede Brasil de Comunicação

segunda-feira, 17 de junho de 2013

QUESTIONÁRIOS DO 2° TRIMESTRE DE 2013

                                 
                                  A Família Cristã do Século XXI: 
                           Protegendo seu lar dos ataques do inimigo
 




Lição 11

1. Cite versículos que apontam para as raízes bíblicas da Escola Dominical.
R. Moisés (Dt 6.7; 11.18,19; 31.12,13); sacerdotes, reis e profetas de Israel (Dt 24.8; 1Sm 12.23; Jr 18.18; 2Cr 15.3; 17.7-9); etc.

2. O que é a Escola Dominical?
R. É uma escola que ministra o ensino da Palavra de Deus de forma acessível a todos os alunos — desde o berçário aos adultos — contemplando todas as faixas etárias.

3. Quais são as finalidades da Escola Dominical?
R. Auxiliar no ensino das Escrituras; na evangelização e no discipulado.

4. Por que os jovens cristãos devem frequentar a Escola Dominical?
R. Pois na Escola Dominical são alertados contra todos os males tão característicos de uma sociedade sem Deus.

5. O que a Escola Dominical está apta a fazer?
R. Formar o caráter cristão, estimulando à leitura da Bíblia Sagrada e à prática da vida cristã em seu dia a dia.

sábado, 15 de junho de 2013

LIÇÃO 11 – A FAMÍLIA E A ESCOLA DOMINICAL


Ne 8.1-7


INTRODUÇÃO
Entende-se por Escola Bíblica Dominical o ambiente da igreja onde se desenvolve a educação cristã, com ênfase no ensino da Palavra de Deus. Logo, é necessário se conscientizar da sua real importância e o quanto ela é indispensável para o crescimento espiritual de todos, sejam recém convertidos ou aqueles que cresceram dentro de uma congregação. A EBD é a maior agência de ensino, pois, nenhum outro trabalho da igreja tem um programa de estudo sistemático da Bíblia com a mesma abrangência e profundidade. Veremos estas verdades nesta lição!


I – DEFINIÇÃO DE ESCOLA SECULAR E ESCOLA BIBLICA DOMINICAL
O dicionário Aurélio, diz que a palavra escola vem do grego “skholé” e do latim “schola” que significa: “Estabelecimento público ou privado onde se ministra, sistematicamente, ensino coletivo primário”. O Dicionário Teológico de Claudionor de Andrade define EBD como: Escola do grego “skholé” e Dominical do latim “Dies Domenicu” que significa “Dia do Senhor” (2006, p. 166). Podemos então dizer que, a Escola Bíblica Dominical é uma instituição de ensino bíblico que se realiza NORMALMENTE aos domingos com suas exceções motivada pela realidade de cada região.


II – DEFINIÇÃO DE ENSINO
Nas páginas das Escrituras encontramos vários termos equivalentes ao ato de ensinar. Vejamos: Paideuõ “instruir, treinar”, Didasko (Mt 4.23; 9.35; Rm12.7) “dar instrução”, Didaktos (Jo 6.45; 1Co 2.13) “aquilo que pode ser ensinado”, Didaké “ensino”, Didaskalia (1Co4.17; 1Tm 2.12; 4.11) “instrução”, Didaskalós (Mt 8.19; Mc 4.38) mestre, professor”, Didaskein “ensino”.


 III - O PAPEL DA EBD NA FORMAÇÃO DO CARÁTER CRISTÃO
O caráter é o aspecto psíquico da personalidade, é a característica responsável pela ação e reação. É a maneira própria de cada pessoa agir e expressar-se e tem a ver com a própria conduta. É a “marca” da pessoa, que é adquirido, não herdado e resulta da adaptação progressiva às condições do meio ambiente (RENOVATO, 2013, p.132). O ensino na EBD tem o intuito de alcançar um resultado tríplice. Vejamos:

ü  Ganhar almas para Jesus. A importância da EBD está explícita no seu principal conceito. Ela conjuga os dois lados da Grande Comissão dada à Igreja (Mt 28.20; Mc 16.15). Ela evangeliza enquanto ensina;

ü  Promover o crescimento e desenvolvimento espiritual do cristão. Um dos grandes objetivos da EBD é desenvolver a espiritualidade no aluno e o caráter cristão. Ganhar o aluno para Jesus na Escola Bíblica Dominical é apenas o início de uma missão na formação de novos crentes, promovendo o desenvolvimento, amadurecimento e fortalecimento espiritual de cada crente individualmente.

ü  Preparar obreiros para a seara do Mestre. Ao prover treinamento espiritual, a EBD apresenta ao aluno oportunidades de melhor servir ao Mestre. O ensino na EBD deve ter como objetivo final, levar o crente ao crescimento espiritual, até que ele chegue à medida da plenitude de Cristo (Ef 4.13,14). Assim, o tríplice objetivo da EBD pode ser resumido em: (1) Cada aluno um crente salvo, (2) cada salvo sendo bem treinado e (3) cada aluno bem treinado, um obreiro ativo, diligente e dinâmico.


IV – A PRÁTICA DO ENSINO NAS ESCRITURAS
No contexto do AT temos uma relação de homens usados por Deus para ensinar Seu povo: Samuel (1 Sm 12.23), Josafá (2 Cr 17.7-12), Esdras e Neemias (Ne 8.17), Davi (Sl 51.13 cf. Sl 25.4; 27.11) e Isaías (Is 28.10). Vejamos como se desenvolveu a instrução religiosa nos tempos bíblicos:

Nos dias de Moisés. Examinando o Pentateuco, vemos que no princípio, entre o povo de Deus, eram os próprios pais os responsáveis pelo ensino da revelação divina no lar. O lar, então, era de fato uma escola onde os filhos aprendiam a temer e amar a Deus (Dt 6.5-9; 11.18,19);

As escolas de profetas. Eram “instituições” de ensino do AT cujo objetivo era a transmissão dos valores morais e espirituais que Deus havia entregado a Israel através de sua Palavra. As escolas de profetas podem ser comparadas as EBD's do presente que tem como objetivo final o ensino das Escrituras (1Sm 10.5,10; 19.20; 2Rs 6.1-2). Os profetas não eram apenas homens com dons sobrenaturais, mas também profetas que possuíam uma “missão pedagógica” (2Rs 2.15, 19-22; 4.1-7, 42-44).

Na época dos Reis e Sacerdotes. Os sacerdotes eram mediadores entre Deus e o homem. Além do culto divino, eles tinham o encargo do ensino da Lei (Dt 24.8; I Sm 12.23; II Cr 15.3; Jr 18.18). Já os reis de Israel, quando piedosos e tementes a Deus, tinham a preocupação com a leitura e o ensino da Palavra de Deus para a nação (II Cr 17.7-9);

Durante o Cativeiro Babilônico. Nessa época, os judeus no exílio, privados do seu grandioso templo em Jerusalém, instituíram as sinagogas, que eram usadas como “escola bíblica”, casa de cultos e escola pública.

No pós-cativeiro. Nos dias de Esdras e Neemias, quando o povo retornou do cativeiro, houve um grande avivamento espiritual, originado pela leitura e ensino das Escrituras (Ne caps. 8 - 9);

Durante o Ministério de Jesus. Jesus exerceu um tríplice ministério de cura, pregação e ensino da Palavra de Deus (Mt 4.23; 9.35; Lc 20.1). Esse mesmo ministério tríplice foi ordenado e confiado à Igreja (Mt 28.19; Mc 16.15-18);

Nos dias da Igreja. Após a ascensão do Senhor, os apóstolos e discípulos continuaram a ensinar. A igreja dos dias primitivos dava muita importância a esse ministério de ensino (At 5.41,42). Paulo e Barnabé, por exemplo, passaram um ano todo ensinando na igreja de Antioquia (At 11.26). Em Éfeso, Paulo ficou três anos ensinando (At 20.20,31) e em Corinto, ficou um ano e seis meses (At 18.11). Seus últimos dias em Roma foram ocupados com o ensino da Palavra de Deus (At 28.31).


V - OBJETIVOS DO ENSINO NA EBD
O ministério de mestre, daquele que educa, que ensina, irá determinar o rumo de quem aprende e, por isso, afirmamos que o ensino na EBD é de grande relevância. A Escola Bíblica Dominical é um ministério que alcança crianças, jovens, adultos, a família e a comunidade inteira, tal como fazia a igreja dos dias apostólicos. Ela é a única escola de educação religiosa popular de que a igreja dispõe. Os objetivos do ensino giram em torno do aluno e de suas relações quanto a tudo que é importante para sua vida. Vejamos:

Suas relações com Deus (Is 64.8);
Suas relações com a Igreja (Ef 4.16);

Suas relações com o Salvador
Jesus (Jo 14.6);

Suas relações consigo mesmo
(Fp 1.21);

Suas relações com o
Espírito Santo (Ef 5.18);

Suas relações com os demais alunos
e outras pessoas (Mc 12.31).

Suas relações com
a Bíblia (SI 119.105);

Suas relações com sua
família (Sl 128.1-6);



 VI - RAZÕES POR QUE TODO CRISTÃO DEVE FREQUENTAR A EBD
A EBD não cuida apenas da formação espiritual, mas preocupa-se com a edificação geral, que inclui: bons costumes, exercício da cidadania e a formação do caráter. Ela complementa e, às vezes até CORRIGE a educação ministrada nas escolas seculares. E, em muitas situações, por mais que não seja sua responsabilidade, ela COMPLEMENTA a educação cristã ministrada nos lares. Vejamos porque é importante frequentar a EBD:

ü   Ela produz o sadio alimento espiritual que só pode ser obtido pelo estudo claro, metódico, continuado e progressivo da Palavra de Deus.

ü   Ela é a própria igreja crescendo e desenvolvendo-se através do estudo da Palavra de Deus.

ü   Porque os objetivos da EBD são os mesmo objetivos da Igreja e, se eles forem alcançados na vida dos alunos, tudo se transformará na vida da igreja local;

ü    Porque a qualidade da EBD determina a qualidade e o nível espiritual da igreja local.

ü  Porque é na EBD que homens, mulheres, jovens, adolescentes e crianças adquirem uma   fé mais robusta e madura.

ü    Ela desenvolve a espiritualidade e o caráter dos crentes.

ü    Ela é um dos meios de evangelização que a igreja possui. Além disso, é onde o crente aprende a amar e cooperar com a obra missionária.

ü   Ela é o lugar para a descoberta, motivação e treinamento de novos talentos.

ü   Ela reúne a família: pais e filhos fortalecem o relacionamento, as crianças crescem na disciplina do Senhor e os casais aperfeiçoam a vida conjugal.

ü  Ela é uma fonte de avivamento espiritual para a igreja, pois, onde a Palavra de Deus é ensinada e praticada, o avivamento acontece.


CONCLUSÃO
A Escola Bíblica Dominical, o maior seminário do mundo, tem sido utilizada como já vimos por Deus na formação de novos crentes e no aperfeiçoamento dos membros do corpo de Cristo, visando o crescimento no reino de Deus e a conquista das almas para Jesus. Como agência do reino, sua missão é formar um caráter cristão na vida daqueles que passam pelo novo nascimento e abraçam o nosso maior exemplo: Jesus Cristo de Nazaré.

Por Rede Brasil de Comunicação

REFERÊNCIAS
GILBERTO, Antonio. Manual da Escola Dominical. CPAD.
STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
TULER, Marcos. Manual do professo de Escola Dominical. CPAD.
TULER, Marcos. Ensino Participativo na Escola Dominical. CPAD.