quarta-feira, 23 de outubro de 2013

LIÇÃO 04 – LIDANDO DE FORMA CORRETA COM O DINHEIRO



Pv 6.1-5




INTRODUÇÃO
O sábio Salomão tinha propriedade para falar sobre dinheiro, pois ele soube dar continuidade ao florescente reino de seu pai Davi, e o fez prosperar ainda mais. Nesta lição, veremos, principalmente à luz do livro de Provérbios, quais os cuidados que o crente deve ter no seu manuseio com o dinheiro, bem como traremos uma série de recomendações que o ajudará a gastar da forma correta todos os recursos que lhe chegam às mãos.


I – O CUIDADO COM AS FIANÇAS, EMPRÉSTIMOS E SUBORNOS
Para que possamos atentar ainda mais para a seriedade de se tornar um fiador de outrem, vejamos como o texto de Pv 6.1,2 está traduzido na Bíblia Viva: “Meu filho, se você se ofereceu como fiador do seu próximo, por meio de um aperto de mão, dando a sua palavra, você agora está preso nessa armadilha”. Percebemos que o ser fiador de alguém representa uma verdadeira armadilha. É interessante, porém, notar que o próprio fiador é quem se predispõe a sê-lo “...se você se ofereceu...”. Logo, não devemos dá o nosso nome em garantia para pagar a dívida de alguém, salvo raras exceções. Há ainda outros textos que trabalham essa questão.

1.1 Ser Fiador. Em Pv 11.15 está escrito: “Decerto sofrerá severamente aquele que fica por fiador do estranho, mas o que aborrece a fiança estará seguro”. 
O fiador é aquele que dá garantias de que o devedor irá cumprir sua palavra e pagar suas dívidas, caso contrário, ele mesmo arcará com esse ônus. O fiador empenha sua palavra, sua honra e seus bens, garantindo ao credor que o devedor saldará seus compromissos a tempo e a hora. O problema é que são muitos os exemplos daqueles que sofreram grandes prejuízos por serem fiadores. Há pessoas que perdem tudo o que adquiriram ao longo da vida para pagar dívidas alheias. Não podemos comprometer o sustento e a estabilidade de nossa família para assegurar os negócios arriscados de outra pessoa. Ser fiador é andar num caminho escorregadio cujo final é o desgosto. A Bíblia nos adverte a fugirmos dele (Pv 22.26,27).

1.2 Empréstimos. Não é pecado emprestar ou tomar emprestado, mas é preciso avaliar bem a situação para que não haja prejuízos de ambas as partes. Quem empresta, não pode fazê-lo com usura, ou seja, cobrando juros exorbitantes (Dt 23.19,20; Sl 15.5). Deus reprova severamente essa prática. Podemos verificar isso em diversas passagens bíblicas (Ex 22.25; Lv 25.37; Ez 18.13). Numa linguagem mais brasileira, a usura é conhecida como agiotagem, que é uma prática criminosa prevista na Constituição Federal e no Código Penal Brasileiro. Na realidade, o ideal para o cristão não é emprestar, e, sim, dar (Sl 37.21b; Lc 6.34); e quem toma emprestado, não pode desonrar o seu compromisso, pois se assim o faz, será tido como desonesto e ainda colocará o seu próximo em apuros. Quem toma emprestado e não paga é considerado ímpio, alguém que tem um desvio de caráter que precisa ser corrigido (Sl 37.1a).

1.3 Suborno. Em Pv 17.23 está escrito: “O perverso aceita o suborno às escondidas para perverter os caminhos da justiça” (Bíblia Viva). Infelizmente, boa parte da sociedade brasileira vive a cultura do suborno. Vemos constantemente autoridades dos três poderes, recebendo vultosas quantias para favorecerem ricos desonestos ou amigos e familiares seus. Vemos também corrupção em menor escala como, por exemplo, no meio policial, no ambiente hospitalar, num estabelecimento comercial que está sendo submetido a uma auditoria, até mesmo dentro de um transporte coletivo na hora de se pagar a passagem. Oferecer e receber suborno é pecado, pois está escrito em Dt 16.19 “Não torcerás o juízo, não farás acepção de pessoas, nem tomarás suborno, porquanto o suborno cega os olhos dos sábios e perverte as palavras dos justos”(cf. Ex 23.8; Sl 15.5; 26.9,10; Ec 7.7).


II – O USO CORRETO DO DINHEIRO
É bom lembrarmos que o dinheiro em si não representa pecado algum, pois todas as coisas pertencem a Deus, inclusive as riquezas (Ag 2.8). Ele mesmo pode enriquecer alguém (I Sm 2.7; Pv 10.22). A questão é uso que se faz do dinheiro ou a perspectiva que o crente tem em relação a ele.

2.1 O mau exemplo de Judas. A ambição desse discípulo foi tão grande que ele aceitou suborno contra o mais inocente de todos os seres humanos, Jesus. De fato, como foi visto anteriormente, o suborno cega o indivíduo. O caráter perverso de Judas estava mais voltado para o dinheiro do que para o direito (Dt 16.19; Mt 26.15). O final, porém, daquele homem foi trágico (Mt 27.3-5).


2.2 Uma advertência paulina. O apóstolo Paulo é muito enfático no que diz respeito à questão financeira. Os que desejam ardentemente ser ricos naufragam na fé e se tornam escravos deste sentimento (I Tm 6.9; cf. Mt 6.19-24). O amor ao dinheiro é a raiz de todos os males e torna tais pessoas avarentas, isto é, adoradoras das riquezas (Cl 3.5). O coração do crente não deve estar nas coisas desta vida, mas nas coisas espirituais. O bem maior do cristão deve ser a presença de Deus (Sl 51.10-12; Sl 73; II Co 4.18; I Tm 6.10,17-19).

2.3 Recomendações quanto ao uso do dinheiro. Podemos enumerar algumas recomendações que o crente deve levar em consideração quando estiver utilizando o seu dinheiro. Vejamos:
·      Reconhecer que tudo é de Deus, e devolver-Lhe principalmente o dízimo (Gn 14.18-20; Ag 1; Ml 3.8-11). As primícias da nossa fazenda devem ser trazidas ao Senhor (Pv 3.9);
·         O dinheiro serve, em segundo lugar, para prover o sustento familiar (I Tm 5.8);
·         O dinheiro deve ser adquirido mediante trabalho e ganho honestos (Pv 6.6-11, 2 Ts 3.10-12);
·         Não entrar em dívidas (Pv 22.7; Rm 13.8);
·        Não colocar o coração no dinheiro ou nas coisas materiais (Pv 23.1-5; 28.22, Mt 6.19-21; I Tm 6.9,10);
·          Não viver ansioso ou preocupado com questões financeiras (Mt 6.25-33; Fl 4.6-7, 1 Pe 5.7);
·           Não ser avarento (Ec 5.10; Lc 12.15; Cl 3.5);
·    Planeje os gastos. Faça um orçamento e evite gastar desnecessariamente. Cuidado com financiamentos, cartões de crédito, cheque especial e ofertas de agiotas, que cobram juros muito maiores do que os das próprias instituições financeiras (Pv 24.27; Lc 14.28-30);
·      Economizar é preciso. Evite desperdícios (Pv 18.9; 21.20). Devemos guardar dinheiro para eventuais emergências (Pv 27.18);
·        Ser sensível em relação às necessidades dos outros (Lc 3.11, Rm 12.13; II Co 8; I Tm 6.17,18; Tg 2.14-17). Mas é bom sondar antes de ajudar, para não corrermos o risco de alimentarmos o preguiçoso (Pv 6.6-11; 2 Ts 3.6-16).


III – A BÍBLIA NÃO CONDENA A RIQUEZA, MAS, ADVERTE QUANTO AO SEU PERIGO
Como já estudamos em lições anteriores, a verdadeira prosperidade não consiste em riqueza ou posse de bens terrenos. A prosperidade, à luz da Bíblia, está baseada, principalmente na comunhão com Deus. No entanto, a Bíblia descreve diversos servos de Deus que foram prósperos, tanto espiritual como materialmente, tais como: Abraão (Gn 13.2); Jó (Jó 1.1-3); Salomão (I Rs 10.14-29); José de Arimateia (Mt 27.57); e outros. Isto demonstra claramente que não é pecado ser rico, nem possuir muitos bens. Mas, a Palavra de Deus adverte quanto ao perigo das riquezas e do amor ao dinheiro. Vejamos:

3.1. Advertências sobre os perigos que envolvem as riquezas
·         Jesus disse que dificilmente um rico entrará no céu (Lc 18.24);
·         A riqueza pode conduzir a avareza, excluindo-o do reino dos céus (I Co 5.11; 6.10; Ef 5.5; Cl 3.5);
·         Não devemos colocar a nossa confiança nas riquezas (Sl 49.6,7; 52.7; 62.10; Pv 11.28; I Tm 6.17).

3.2. Os males do amor ao dinheiro
·         Leva o homem a esquecer-se de Deus (Dt 8.10,11; Pv 30.9);
·         Sufoca a Palavra de Deus no coração (Mt 13.22; Mc 4.19);
·         O apóstolo Paulo disse os que querem ser ricos, caem em tentação e em muitas concupiscências; e que o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males (I Tm 6.9,10).

Devemos entender que tudo quanto possuímos pertence a Deus, pois, todas as coisas são dEle (Sl 24; Rm 11.36), inclusive a prata e o ouro (Ag 2.8). Por isso, devemos servir a Deus, e não ao dinheiro (Mt 6.19-24); não devemos amar ao dinheiro (I Tm 6.9,10), nem dar lugar a avareza, que é idolatria (Cl 3.5).


CONCLUSÃO
Concluímos, portanto, afirmando que o dinheiro em si não representa pecado algum. Deus, porém, observa a intenção com que nós lidamos com ele. Se priorizarmos o Senhor com nossas finanças, depois sustentarmos nossa família e por fim ajudarmos os necessitados, estaremos observando as prioridades bíblicas acerca do usufruto do dinheiro e experimentaremos a bênção de Deus em nossas vidas.



REFERÊNCIAS
STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
MEARS, Henrieta. Estudo Panorâmico da Bíblia. VIDA.
CHAMPLIN, R. N. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia

Por Rede Brasil de Comunicação


segunda-feira, 21 de outubro de 2013

QUESTIONÁRIOS DO 4° TRIMESTRE DE 2013

                        
                            Sabedoria de Deus para uma Vida vitoriosa
                               A Atualidade de Provérbios e Eclesiastes                                



Lição 03

1. O que representam as metáforas do lagar e do celeiro?
R. Representa uma vida abundante.

2. Qual a exortação do sábio na metáfora da formiga?
R. Termos uma atitude prudente diante da realidade da vida.

3. Segundo o erudito Derek Kidner, qual o contraste entre as formigas e o preguiçoso?
R. A formiga não precisa de fiscal, enquanto o preguiçoso precisa ser advertido o tempo todo.

4. Segundo Matthew Henry, por que não devemos temer “o leão do trabalho”?
R. Esse “leão” é fruto da imaginação do preguiçoso e só serve para reforçar a sua inércia.

5. De acordo com a conclusão da lição, elabore uma frase ressaltando a visão bíblica e equilibrada entre o trabalho, Deus, a família e o lazer.
R. Resposta pessoal.


QUESTIONÁRIOS DO 4° TRIMESTRE DE 2013

                       
                          Sabedoria de Deus para uma Vida vitoriosa
                             A Atualidade de Provérbios e Eclesiastes                                



Lição 02

1. A quem é dirigida a admoestação contra o adultério no livro de Provérbios?
R: A admoestação é dirigida a um ser humano que, como todos nós, está sujeito à tentação.

2. Qual fato interessante salta aos olhos de quem lê os conselhos de Salomão contra a mulher adúltera $1 em Provérbios?
R: Que não há referência ao Diabo em suas advertências contra a mulher adúltera. O sábio não responsabiliza o anjo caído pelo fracasso moral dos homens, mas responsabiliza aquele a quem chama de “filho meu”.

3.0 que a frase “bebe a água da tua própria cisterna” mostra?
R: Ela mostra que o sexo não deve ser praticado apenas como um dever de um cônjuge para com o outro (1 Co 7.3), mas como algo prazeroso, assim como o é beber água!

4. Qual é uma das primeiras consequências da infidelidade conjugal?
R: A desonra da família.

5. Com suas próprias palavras, liste outras consequências igualmente destruidoras para a família vítima da infidelidade conjugal.
R: Resposta pessoal.


sábado, 19 de outubro de 2013

LIÇÃO 3 - TRABALHO E PROSPERIDADE



Pv 3.9,10; 22.13; 24.30-34 




INTRODUÇÃO
Nesta lição definiremos as palavras “trabalho e prosperidade”. Destacaremos que o trabalho foi criado por Deus antes do pecado para ser uma benção na vida do homem e que este imita ao seu Criador quando trabalha, ciente de que Deus o abençoa. Veremos também exortações bíblicas quanto aqueles que são preguiçosos; pontuaremos ainda a diferença entre ser rico e ser próspero; e, por fim, analisaremos quais os obstáculos que impedem o cristão de prosperar.


I – DEFINIÇÃO DA PALAVRA TRABALHO E PROSPERIDADE
O Aurélio define a palavra “trabalho” como “aplicação das forças e faculdade humanas para alcançar um determinado fim”; atividade coordenada, de caráter físico e/ou intelectual, necessária à realização de qualquer tarefa, serviço ou empreendimento”. No hebraico a palavra “ãmãl” é usada para se referir a “trabalho, labuta” (Gn. 41.51; Sl.105.44). Já a expressão “prosperidade” vem da palavra “prosperar” que por sua vez significa: “tornar-se próspero; progredir; desenvolver-se”. No contexto da nossa lição o trabalho é a causa e a prosperidade é a consequência na vida daquele que trabalha e agradece a Deus entregando-lhe o dízimo, as primícias da sua renda (Pv 3.9,10).


II – TRABALHO: UMA BENÇÃO DADA POR DEUS AO HOMEM
O trabalho é uma bênção de Deus e é necessário aos homens Pois comerás do trabalho das tuas mãos, FELIZ SERÁS, e te irá bem” (Sl 128.2). “Em todo trabalho há proveito” (Pv. 14.23-a).

2.1 O trabalho veio antes do pecado do homem. Diferente do que algumas pessoas imaginam, o trabalho não é o julgamento de Deus por causa do pecado de Adão (Gn 3.17-19). Se examinarmos corretamente as Escrituras, veremos que Deus colocou o homem no jardim do Éden para o “lavrar e o guardar”, ou seja, para trabalhar antes mesmo da desobediência ao Senhor (Gn 2.15). Adão já trabalhava antes de pecar, cuidando do jardim. Uma das consequências do pecado, além da morte, foi que o trabalho seria “penoso e suado” (Gn 3.19), e isso não significa que ele seja amaldiçoado por Deus. “Não é, pois, bom para o homem que coma e beba e que faça gozar a sua alma do bem do seu trabalho? Isto também eu vi que vem da mão de Deus” (Ec. 2.24).

2.2 O trabalho não foi o resultado do pecado. Desde a criação de Deus que o homem foi colocado no jardim para “trabalhá-lo, “cultivá-lo” (Gn 2.15) do hebraico “âbad”. A maldição (Gn 3.16-17) era apenas “a dor e a fadiga” que haviam de acompanhar o trabalho, não o trabalho em si. Isso é destacado quando Lameque diz, por ocasião do nascimento de Noé, que este “nos consolará dos nossos trabalhos e das fadigas de nossas mãos, nesta terra que o Senhor amaldiçoou” (Gn 5.29).

2.3 O homem “imita” seu Criador quando trabalha. Ao trabalhar seis dias e descansar ao sétimo, Israel imitava a Deus ao criar o “kosmos” (Gn 2.1-2). O profeta Isaías disse que Deus trabalha “Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu um Deus além de ti que trabalha para aquele que nele espera” (Is 64.4). Jesus fez também a seguinte declaração: “Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também” (Jo 5.17).

2.4 Deus honra aquele que trabalha. Temos vários exemplos na Bíblia, de homens que sempre trabalharam para se manterem e não serem “pesados aos seus irmãos”, como por exemplo: Davi era pastor de ovelhas (1Sm 16.19, 2Sm 7.8), Amós ganhava a vida como boieiro (Am 1.1), Jesus era carpinteiro (Mt. 13.55; Mc. 6.3), Paulo era fabricante de tendas (At. 18.1-3). “Vós mesmo sabeis que, para o que me era necessário, a mim e aos que estão comigo, estas mãos me serviram” (At 20.34). “Trabalhando com nossas próprias mãos” (1Co 4.12-b). “Porque bem vos lembreis, irmãos, do nosso trabalho e fadiga; pois, trabalhando noite e dia, para não sermos pesados a nenhum de vós...” (1Ts 2.9). “...nem, de graça, comemos o pão de homem algum, mas com trabalho e fadiga, trabalhando noite e dia, para não sermos pesados a nenhum de vós” (2Ts 3.8).


III – EXORTAÇÃO BÍBLICA AQUELE QUE É PREGUIÇOSO
O livro de Provérbios é o livro bíblico que mais faz alusões ao defeito da preguiça, ou indolência, descreve o preguiçoso como “indivíduo que gosta de dormir”. O preguiçoso não cuida de suas propriedades, nem de suas plantações, pelo que também está sujeito a padecer fome, em contra partida aquele que trabalha prospera (Pv 6.6,9; 13.4; 15.9; 24.30; 26.13-16). A condição do preguiçoso é tão lamentável que mesmo tendo alimento para comer, ele tem preguiça de levá-los a boca (Pv 19.24). Vive criando desculpas esfarrapadas para nada fazer, como aquele que diz que há um leão solto nas ruas, o que o impede de ir ao trabalho (Pv 22.13). Ele se dá por sábio ao evitar trabalhar dizendo que está evitando o desgaste físico, preferindo as fantasias do que o trabalho, que na sua concepção é cansativo e difícil (Pv 13.4; 21.25). Fazendo assim o preguiçoso não somente cai em desgraça mas também leva a ruína aquele a quem tiver de prestar algum serviço (Pv 10.26).


IV – A DIFERENÇA ENTRE SER RICO E SER PRÓSPERO
A verdadeira prosperidade não é sinônimo de riqueza material, como muitos pensam. Nem sempre um homem rico pode ser considerado como próspero e, da mesma maneira, não podemos dizer que um homem pobre não possa ser próspero. A diferença consiste em possuir a benção de Deus sobre o que se tem (Dt 11.27; 16.17; 28.2,8; Ef 1.3). Nas Sagradas Escrituras, ser próspero não significa, necessariamente, possuir riqueza e bens materiais. José, por exemplo, era próspero, mesmo quando estava como escravo, ou até mesmo na prisão (Gn 39.2,3; 39.23); Daniel e os três jovens hebreus prosperaram em Babilônia, mesmo na condição de cativos (Dn 3.30; 6.28). A prosperidade depende, principalmente, da obediência a Deus, e à Sua Palavra (Nm 14.41; Dt 29.9; Js 1.8; I Rs 2.3; II Cr 24.20; Sl 1.1-3)


V – OBSTÁCULOS PARA QUE O CRENTE NÃO PROSPERE
5.1 A negligência quanto ao dízimo. O Dízimo, é uma oferta entregue voluntariamente à obra de Deus, constituindo-se da décima parte da renda do servo de Deus. Antes da Lei, já encontramos alguns exemplos de entrega dos dízimos: Abraão (Gn 14.18-20; Hb 7.4); e Jacó (Gn 28.18-22). Mas, foi na Lei que Deus estabeleceu princípios para a entrega dos dízimos. O Senhor Jesus não apenas reconheceu a importância da prática do dízimo, mas também recomendou (Mt 23.23); e, o apóstolo Paulo, escrevendo aos coríntios, fez referência ao dízimo para extrair o princípio de que o obreiro é digno do seu salário (I Co 9.9-14 cf Lv 6.16,26; Dt 18.1). Eis alguns princípios que estão envolvidos na prática do dízimo: (1) OBEDIÊNCIA, pois é um mandamento do Senhor (Nm 18.21-32; Dt 12.1-14; 14.22-29; Ml 3.10); (2) GRATIDÃO reconhecendo que tudo o que temos é porque Ele tem nos dado (I Cr 29.14; Sl 103.5; Mt 11.6; Rm 11.36); (3) SERVIÇO, pois entregando o dízimo estamos contribuindo na manutenção da obra do Senhor (Ml 3.10). Logo, não dizimar é ser desobediente, ingrato e negligente com a obra de Deus. E sendo assim o crente sofrerá a punição do Senhor (Ml 3.7-9).

5.2 O desequilíbrio na mordomia dos bens. Muita pessoas não conseguem prosperar, principalmente na área financeira porque são desequilibradas quanto a administração daquilo que possuem. Vejamos alguns problemas do mal uso do dinheiro:

5.2.1 Consumismo - De acordo com o Aurélio, consumismo é o “Sistema que favorece o consumo exagerado” é a “tendência a comprar exageradamente”. A Bíblia adverte: “O que amar o dinheiro nunca se fartará de dinheiro; e quem amar a abundância nunca se fartará da renda; também isto é vaidade” (Ec 5.10). Alcançar todos os bens que se deseja não dá a ninguém a satisfação plena. Paulo encontrou na pessoa de Cristo, o equilíbrio no que tange às coisas materiais (Fp 4.11).

5.2.2 Avareza - É o amor ao dinheiro, que causa uma verdadeira escravidão e dependência (I Tm 6.9,10). Deus não condena o dinheiro em si, mas, a ambição, cobiça, exploração, e usura. Abraão era homem muito rico; Jó era riquíssimo, antes e depois de sua provação (Jó 1.3,10); Davi, Salomão e outros reis acumularam bens e nenhum deles foi condenado por isto. O que a Bíblia condena é a ambição desenfreada pelos bens (Pv 28.20; Dt 8.11; Pv 11.28; Mc 4.19; Pv 23.4,5; Pv 28.11; Pv 5.10).

5.2.3 Dívidas - Muitas pessoas estão em situação difícil, por causa do uso irracional de benefícios oferecidos como facilidades pelo comércio, tais como: cartão de crédito, cheque, crediário, empréstimos, etc. As dívidas podem provocar muitos males, tais como: desequilíbrio financeiro, inadimplência, intranquilidade; provocando até certos aparecimentos de doenças, desavenças no lar; perda de autoridade e o mau testemunho perante os ímpios (Pv 6.1-5; 11.15).


CONCLUSÃO
Certo pensador já disse: “o sucesso só vem antes do trabalho no dicionário” e como pudemos ver, esta assertiva é verdadeira, pois o preguiçoso deseja tudo e nada tem (Pv 13.4). No entanto, biblicamente podemos destacar que além de trabalhar o crente deve ser grato a Deus entregando-lhe os dízimos, sabedor de que fazendo assim contará com a benção de Deus sobre a sua vida.



REFERÊNCIAS
STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
CHAMPLIN, R. N. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. HAGNOS.  


Por Rede Brasil de Comunicação


sábado, 12 de outubro de 2013

A CISTERNA



Objetivo: Refletir sobre os cuidados que o casal deve ter para que não haja brechas para cometer adultério.

Material:
Copo descartável para cada aluno
Água potável (limpa para beber)
Água “suja” (colocar algo para sujar a água)
01 copo descartável com rachaduras
01 saco de lixo

Procedimento:
- Entreguem um copo descartável, para cada aluno, com água limpa para beber.
- Depois, leiam: “Bebe água da tua cisterna e das correntes do teu poço” (Pv 5.15).
- Falem: Faz de conta que este copo representa uma cisterna. Para tomar da água desta cisterna, devemos observar se água está limpa. Peçam para que eles observem a qualidade da água, a cor, o cheiro...
- Agora, peçam para que tomem da água.
- Reflitam sobre: Como podemos conservar a qualidade da água.
A fonte da água deve ser boa: temos em Jesus a fonte de água viva, não podemos rejeitá-lo.
- Agora, coloquem água suja dentro de um copo descartável.
- Falem: Observem esta água. Ela está suja. O que fazer para que isto não aconteça?
Manter a cisterna fechada para que não entre impurezas: o cristão deve observar a introdução de coisas erradas na sua vida, que maculem sua vida conjugal e comunhão com Deus.
- Apresentem um copo descartável com vazamento e coloquem água (não falem para os alunos que o copo tem rachaduras).
- Perguntem: Mas o que está acontecendo?
- Agora, leiam: “O meu povo cometeu dois crimes: eles me abandonaram, a mim, a fonte de água viva; e cavaram as suas próprias cisternas, cisternas rachadas que não retêm água” (Jr 2.13).
- Falem: Se não há água limpa e cuidados com a cisterna, com certeza há a tendência de procurar em outra fonte. Dessa forma, isto pode representar no casamento o desejo de procurar outras fontes. Daí, a necessidade dos cônjuges cuidarem da cisterna e da água, para que não haja brechas para o adultério.
- Recolham os copos descartáveis e coloquem no saco de lixo.
- Agora, trabalhem os pontos levantados na lição, sempre de forma participativa. 

Por Sulamita Macedo.


sexta-feira, 11 de outubro de 2013

LIÇÃO 02 – ADVERTÊNCIAS CONTRA O ADULTÉRIO



 Pv 5.1-6




INTRODUÇÃO
Veremos nesta lição as consequências do adultério; quais as advertências que a Bíblia nos mostra para não cairmos neste mal; analisaremos ainda as características da mulher adúltera de Provérbios 5, e, por fim, finalizaremos mostrando a importância da fidelidade conjugal.


I – DEFINIÇÃO DA PALAVRA ADVERTÊNCIA E ADULTÉRIO
O Dicionário Aurélio define a palavra advertência como: “ato ou efeito de advertir, admoestação, aviso”. No grego o termo equivalente para advertência é a palavra “noutheteõ” que também significa: “aviso” (At 20.31; Rm 15.14; 1 Co 4.14; Cl 1.28; 3.16; 1Ts 5.12,14; 2Ts 3.15). O Aurélio define adultério como: “violação ou transgressão da regra de fidelidade conjugal imposta aos cônjuges pelo contrato matrimonial”. Já a palavra adultério no grego é “moichós” que denota: “intercurso ilícito com o cônjuge de outro” (Lc 18.11; 1Co 6.9; Hb 13.4) ou “moicheía” (Mt 15.19; Mc 7.21; Jo 8.3) que significa: “relação sexual entre uma pessoa casada e outra que não é o seu cônjuge”. O adultério é expressamente proibido no sétimo mandamento, “Não adulterarás” (Êx 20.14 e Dt 5.18).


II – A MULHER ESTRANHA E O ADULTÉRIO
O capítulo 5 de Provérbios começa aconselhando os homens a se afastarem da mulher imoral. A princípio, os lábios dela podem parecer “destilar favos de mel”, mas, quando tudo acabar, só restará tristeza e amargura (Pv 5.4). Vejamos:

2.1 “Porque os lábios da mulher estranha destilam favos de mel […]” (Pv 5.3-a). A sedução geralmente começa com palavras lisonjeiras e ardilosas (Pv 2.16). Os lábios de mel devem fazer parte do amor verdadeiro dentro do casamento (Ct 4.11).

2.2 “[…] e o seu paladar é mais suave do que o azeite” (Pv 5.3-b). O livro de Provérbios adverte repetidas vezes quão destrutiva é a imoralidade sexual. Salomão ressalta que, embora os prazeres enganosos da imoralidade sejam atraentes, a entrega aos mesmos levam a ruína (Pv 5.7-14).

2.3 “Mas o seu fim é amargoso como o absinto, agudo como a espada de dois gumes” (Pv 5.4). O futuro de quem prova os lábios desta “mulher estranha (imoral)” é como o “absinto”, um símbolo de sofrimento (Dt 29.18), e uma “espada de dois gumes”, o símbolo da morte.

2.4 “Os seus pés descem para a morte; os seus passos estão impregnados do inferno” (Pv 5.5). Ela caminha pela estrada que conduz à morte e ao inferno (Pv 2.18).


III - CARACTERÍSTICAS DA MULHER ADÚLTERA DE PROVÉRBIOS
Sua natureza é má (Pv 6.24). “Para te guardarem da mulher má”;
É descarada (Pv 7.13-17). “Pegou dele, pois, e o beijou; e com semblante impúdico lhe disse: Sacrifícios pacíficos tenho comigo; hoje paguei os meus votos. Por isso saí ao teu encontro a buscar-te diligentemente, e te achei.
Veste-se indecentemente e é astuta (Pv 7.10). “E eis que uma mulher lhe saiu ao encontro, ornada à moda das prostitutas e astuta de coração”.
Se faz de vítima (Pv 30.20). “Tal é o caminho da mulher adúltera: ela come, e limpa a sua boca, e diz: não pratiquei iniquidade”.
É sedutora (Pv 7.25) “[...] nem te deixes prender pelos seus olhares”.
Fala suavemente para enganar (Pv 5. 3-4; 6.24; 2.16; 7.5,21) “Porque os lábios da mulher licenciosa destilam mel, e a sua boca é mais macia do que o azeite; mas o seu fim é amargoso como o absinto, agudo como a espada de dois gumes”.
Está sempre atrás de uma possível vítima (Pv 6.26) “Porque o preço da prostituta é apenas um bocado de pão, mas a adúltera anda à caça da própria vida do homem. Não se contenta com um pouco de dinheiro, ela quer sempre mais”.
É uma mulher astuta (Pv 7.19-20) “Porque meu marido não está em casa; foi fazer uma jornada ao longe; um saquitel de dinheiro levou na mão; só lá para o dia da lua cheia voltará para casa”.
É uma mulher covarde (Pv 23.27-28) “Porque cova profunda é a prostituta; e poço estreito é a aventureira. Também ela, como o salteador, se põe a espreitar; e multiplica entre os homens os prevaricadores. Age como amiga da mulher casada e, por trás, seduz seu marido, furtivamente como um ladrão que age nas trevas”.
Não mede consequências (Pv 5.5-6) “Os seus pés descem à morte; os seus passos seguem no caminho do Sheol. Ela não pondera a vereda da vida; incertos são os seus caminhos, e ela o ignora.


IV - A INFIDELIDADE CONJUGAL
Adultério, como a maioria dos pecados, começa na mente (Mc 7.21). O crente em Cristo precisa levar “cativo todo pensamento à obediência de Cristo” (2 Co 10.5). O apóstolo Paulo exorta o cristão a uma transformação “pela renovação da... mente” (Rm 12.2), e Jesus Cristo, no Sermão da Montanha, disse: “Qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura (pensamento impuro), no coração, já adulterou com ela” (Mt 5.28). A porta principal da mente são os olhos (Mt 6.22-23). O casamento é uma aliança feita entre pessoas de sexos diferentes, motivados pelo amor e que juram fidelidade um ao outro de viverem juntos até que a morte os separe (Rm 7.2; I Co 7.39). Infelizmente, esse juramento pode ser quebrado, quando um dos cônjuges se torna infiel ao outro (Mt 19.9; Mc 10.11). Esta infidelidade é chamada de adultério, e este por sua vez, é a “relação sexual entre uma pessoa casada e outra que não é o seu cônjuge” (WYCLIFFE, 2012, p. 35). A vontade de Deus é que os cônjuges se amem mutuamente (Ef 5.25; Tt 2.4) e fujam da infidelidade (1 Co 6. 18).


V – AS CONSEQUÊNCIAS DO ADULTÉRIO NA FAMÍLIA
Sem dúvida alguma, a infidelidade conjugal tem sido a causa de muitas tragédias na família. O que comete adultério certamente estará praticando o mal (Pv 5.15,18-19; 6.32). Muitos lares têm sido destruídos por esta arma diabólica. Isto porque o adultério destrói a confiança, sufoca o amor, mata o respeito, acaba com a transparência, suscita o ciúme e empurra a família para uma crise de consequências imprevisíveis. Eis algumas:
(1) Rompimento do casamento (Dt 22.15-21);
(2) Trauma nos filhos (1Sm 13.1-22);
(3) Escândalo na igreja (I Co 5.1);
(4) Mau testemunho para sociedade (I Co 10.32);
(5) Marcas profundas de ambos os lados (II Sm 12.15-20);
(6) Os maus exemplos poderão ser seguidos pelos filhos (II Sm 13) e;
(7) Depressão e perda da comunhão com Deus (Sl 51.8-12).


VI – COMO EVITAR O ADULTÉRIO
A Bíblia Sagrada que é a “lâmpada para os nossos pés e a luz para o nosso caminho” (Sl 119.105), ensina-nos como devemos proceder para que evitemos este terrível pecado. Vejamos algumas de suas recomendações:
Evitando maus pensamentos, ocupando a mente com o que é proveitoso (Pv 4.23; Fp 4.8; Mt 15.19);
Estarmos vigilantes. “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação [...]” (Mt 26.41)
Afastando dos olhos aquilo que pode levar a pessoa a alimentar seu interior com o pecado (Sl 101.3; Mt 6.22,23);
Mantendo-se longe de pessoas cujo comportamento está em desacordo com a Bíblia (Sl 1.1-3; I Co 5.11);
Mortificando a carne e andando em Espírito (Cl 3.5; Gl 5.16-18);
Só abstendo-se do ato sexual com o cônjuge por consentimento mútuo e por tempo determinado (I Co 7.5);
Sendo um cônjuge que mantém seu esposo (a) satisfeito (a) (Pv 5.15; I Co 7.3);
Observando a Palavra de Deus (Sl 119.11; Pv 4.20);
Orando e vigiando sempre (Mt 26.41).


VII - O CASAMENTO NA PERSPECTIVA BÍBLICA
O casamento não foi estabelecido por uma lei humana, nem inventado por alguma civilização. Ele antecede toda a cultura, tradição, povo ou nação. A história do primeiro casal, Adão e Eva, é apresentada no Antigo Testamento como a gênese do casamento (Gn 2.18-25). O texto bíblico deixa claro que Deus “formou uma mulher, e trouxe-a a Adão” (Gn 2.22-b). Logo, o casamento é uma instituição divina (Mt 19.5,6). O Aurélio define a palavra “instituição” como: “ato de instituir; criação, estabelecimento”. Por isso, biblicamente podemos afirmar que estar casado é:

7.1 Um presente de Deus (I Co 7.7). A palavra “dom” no grego “charisma” significa: “presente” dando a entender que o homem é presenteado por Deus com o matrimônio (Pv 18.22; 19.14).

7.2 Um estado honroso. O escritor aos hebreus nos diz: “Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula” (Hb 13.4-a). O Aurélio define a palavra veneração como: “reverência, respeito, admiração, consideração”. Está explícito que o casamento é uma condição de honra, pois nele o sexo é desfrutado de forma legal.

7.3 Um meio de satisfação. O ato conjugal também foi criado para proporcionar prazer ao casal (Pv 5.15-18). O sábio exorta os cônjuges a desfrutarem do sexo, sem ao menos mencionar os filhos. Neste capítulo, o homem é incentivado a valorizar a união conjugal honesta e santa, exaltando a monogamia, a fidelidade e o prazer (Ec 9.9; Ct 4.1-12; 7.1-9).


CONCLUSÃO
Concluímos que devemos estar atentos vigiando e orando sempre para não cairmos em tentação (Mt 26.41), pois, o nosso adversário está ao nosso derredor buscando a quem possa tragar (1Pe 5.8). Nossa família deve ser guardada e protegida pela orientação da Palavra de Deus.



REFERÊNCIAS
• LOPES, Hernandes Dias. Casamento, divórcio e novo casamento. HAGNOS.
• VINE, W.E, et al. Dicionário Vine. CPAD.
• STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.

                                                                                                                                                                           Por Rede Brasil de Comunicação