sábado, 30 de novembro de 2013

LIÇÃO 09 – O TEMPO PARA TODAS AS COISAS




Ec 3.1-8 


INTRODUÇÃO
No capítulo 3 de Eclesiastes, o sábio Salomão diz que “tudo tem o seu tempo determinado” (Ec 3.1) e descreve uma série de contrastes envolvendo fatos do dia a dia, como: nascer e morrer, plantar e colher, ajuntar e espalhar, buscar e perder, estar calado e falar, além de outros (Ec 3.1-8). Nesta lição nós estudaremos sobre a transitoriedade da vida e sobre o tempo para cada propósito debaixo do sol.


I – A TRANSITORIEDADE DA VIDA
Um dos termos mais comuns em Eclesiastes é hebel, traduzido por vaidade e que tem o sentido de “inutilidade” ou “futilidade”. Este termo ocorre cerca de 37 vezes no livro (Ec 1.2,14; 2.1,11,15,17,19; 2.21,23,26; 3.19) além de outros. Já a expressão “vaidade de vaidades” (Ec 1.2) significa “vaidade completa” ou “futilidade no sentido mais amplo, exagerado”; assim como o Cântico dos Cânticos era o louvor mais elevado e o santo dos santos o lugar mais sagrado do tabernáculo (Ct 1.1; I Cr 23.13; Hb 9.3). O sábio diz que é vaidade: (1) as atividades humanas (Ec 1.14; 2.11); (2) a alegria e o prazer (Ec 2.1); (3) trabalho, dinheiro e riquezas (Ec 4.4,7-8;5.10); (4) a vida (Ec 2.17; 6.12); (5) a adolescência e juventude (Ec 11.10); e (6) a morte (Ec 3.19; 11.8). O que Salomão mostra neste livro é que todos os empreendimentos humanos na terra não tem sentido nem propósito quando realizados à parte da vontade de Deus. Somente através da fé e comunhão com Deus é que a vida passa a ter sentido (Ec 3.12-17; 8.12,13; 12.13,14; 12.13,14). 


II – TEMPO PARA TODO PROPÓSITO DEBAIXO DO CÉU
“Tudo tem o seu tempo determinado e há tempo para todo propósito debaixo do sol” (Ec 3.1). O termo traduzido por tempo deriva-se do hebraico “zeman” e significa “uma ocasião estabelecida”, “um tempo marcado ou determinado” ou “certo tempo” (Et 9.27,31; Ne 2.6; Dn 2.16; 7.12,25). Vejamos, então, o ensino do sábio acerca do tempo:

2.1 Tempo de nascer e tempo de morrer (Ec 3.2a). O homem foi criado capaz de gerar filhos, para que haja perpetuação da espécie (Sl 127.3). Ao instituir a família, Deus disse ao primeiro casal: “Frutificai, multiplicai-vos e enchei a terra...” (Gn 1.28). A partir de Adão e Eva, começou, então, a nascerem os filhos (Gn 4.1,2; 5.1-32; 6.10; 10.1-32; 11.10-32). Deus criou o homem capaz de viver eternamente, mas, por causa da Queda, o homem tornou-se mortal (Gn 2.17; 3.19). Por isso, todos temos o dia para nascer e o dia para morrer, exceto aqueles que foram trasladados, como Enoque e Elias (Gn 5.24; Hb 11.5; II Rs 2.1-11) e os santos que serão arrebatados (II Co 15.51-53; I Ts 4.13-18). O termo hebraico para morrer é “mûth” que pode ser usada tanto no sentido literal como figurado (Gn 25.8; Jz 8.32; Jó 1.19; Pv 10.21).

2.2 Tempo de plantar e tempo de arrancar o que se plantou (Ec 3.2b). No princípio, quando Deus criou todas as coisas (Gn 1.1-2-25) Ele criou a terra fértil, as ervas e árvores frutíferas para servir de mantimento para o homem (Gn 1.11,12). De acordo com as leis naturais que foram estabelecidas pelo próprio Deus, o homem tem o direito de plantar e de colher (Gn 4.1,2; Tg 5.7). Mas, o plantar e o colher pode ser aplicado também no sentido figurado, como a Lei da Semeadura, onde nós colhemos aquilo que plantamos, ou seja, quem planta ódio, colhe ódio; quem planta amor, colhe o amor: “Tudo que o homem semear, isto também ceifará” (Jz 1.7; Gl 6.7).

2.3 Tempo de matar e tempo de curar (Ec 3.3a). O termo hebraico para matar é “hãragh” e tem o sentido de “ferir com intenção de matar”, “assassinar” (Gn 4.8; Jz 8.24; I Rs 9.16; Et 8.11). O sexto mandamento do Decálogo diz claramente: “Não matarás” (Êx 20.13; Dt 5.17). Somente Deus tem o direito de tirar a vida de alguém, como Ele mesmo fez no passado (Êx 12.29; 14.27-31; I Sm 25.38) e também ordenou em algumas ocasiões que o seu povo o fizesse (I Sm 15.3,18). Encontramos muitos exemplos de guerras e de mortes na Bíblia, principalmente nas páginas do AT, que ocorreram como consequência do pecado e do juízo divino (Gn 7.1-24; 19.24-26; Jz 3.15-22; 4.10-24; I Sm 7.11; 11.1-11; 15.1-7, 32-35; I Rs 18.40-46). Por isso, o sábio pôde dizer que há tempo para matar. Mas, o maior desejo de Deus é curar os enfermos, pois Ele mesmo se revelou como Jeová Rapha', ou seja, o Senhor que sara (Êx 15.26; cf. Dt 32.39; Jó 5.18; Sl 103.3; 107.20; Is 53.4,5; Jr 33.6); e também, dar vida (Dt 32.39; Jo 10.10).

2.4 Tempo de derribar e tempo de edificar (Ec 3.3b). Diversas vezes o próprio Deus ordenou que casas e altares fossem derribados, como a casa do leproso (Lv 14.45) e altares dedicados a ídolos (Êx 34.13; Dt 12.3; Jz 6.25). Encontramos também na Bíblia, Sansão derrubando o templo de Dagon (Jz 16.23-31); e os caldeus derrubando os muros e o templo de Jerusalém (II Rs 25.10; II Cr 36.19). Portanto, há tempo para derribar! Mas, há tempo também para edificar, como podemos citar: Enoque, filho de Caim, que edificou uma cidade (Gn 4.17); Noé, Abraão, Moisés e Samuel, que edificaram altares ao Senhor (Gn 8.20; 12.7,8; 13.8; 17.15; 24.4; I Sm 7.17) e o próprio Salomão que edificou o templo de Jerusalém (II Sm 7.13; II Cr 8.1).

2.5 Tempo de chorar e tempo de rir; tempo de prantear e tempo de saltar (Ec 3.4). O choro faz parte da história da humanidade. Encontramos diversos exemplos na Bíblia, tais como: Hagar, que chorou ao ver seu filho com sede (Gn 21.16); Abraão, pela morte de Sara (Gn 23.2); José, ao rever os seus irmãos (Gn 42.24; 43.30; 45.2); o povo de Israel, pela morte de Arão e de Samuel (Nm 20.29; I Sm 28.3); Ana, por não gerar filhos (I Sm 1.8,10); os amigos de Jó, ao vê-lo pobre e doente (Jó 2.12); e, o próprio Jesus, diante do sepulcro de Lázaro e da cidade de Jerusalém (Lc 19.41; Jo 11.35). Mas, o sábio disse que também há tempo de rir, ou seja, tempo de alegria, como aconteceu com Jetro, sogro de Moisés, que alegrou-se ao saber de todo o bem que o Senhor fez a Israel (Êx 18.9); a alegria dos discípulos pelo fato de, em Nome de Jesus, os demônios serem expulsos, e os seus nomes estarem escritos nos céus (Lc 10.20); o carcereiro de Filipos, que recebeu Paulo e Silas em sua casa com alegria (At 16.34); e muitos outros exemplos registrados na Bíblia (Lc 2.10,15; Jo 16.22).

2.6 Tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntar pedras (Ec 3.5a). A expressão “espalhar pedras” pode ter pelo menos dois sentidos: (1) desfazer projetos humanos que não estão de acordo com a vontade de Deus, como a construção da Torre de Babel (Gn 11.1-11); (2) limpar um terreno, tirando as pedras soltas para plantação ou para uma nova construção (Is 5.2; 62.10). Já o ato de ajuntar pedras pode ser visto na Bíblia como um memorial (Js 4.5-9); e também para edificação, como ocorreu na construção do templo de Jerusalém (I Rs 5.17,18).

2.7 Tempo de abraçar e tempo de afastar-se de abraçar (Ec 3.5b). Encontramos o termo abraçar na Bíblia tanto no sentido literal como figurado. No sentido literal, podemos citar Labão abraçando Jacó quando ele fugiu da presença de Esaú (Gn 29.13); Esaú abraçando Jacó quando eles se reencontraram (Gn 33.4); Jacó abraçando os filhos de José (Gn 48.10); e o abraço de Salomão e a sunamita (Ct 2.6; 8.3). No sentido figurado, podemos citar o ato de abraçar a sabedoria (Pv 4.8); a aliança com Deus (Is 56.4,6); e as promessas (Hb 11.13). Assim, no sentido literal somos exortados a abraçar o irmão e amigo; mas não a mulher estranha (Pv 5.20); e o falso evangelho (II Co 11.4).

2.8 Tempo de buscar e tempo de perder (Ec 3.6a). Existem diversos exemplos de perdas e buscas na Bíblia, como as jumentas de Quis, pai do rei Saul (I Sm 9.3); um jovem que perdeu um machado emprestado (II Rs 6.5); um pastor que perdeu uma de suas ovelhas (Lc 15.4); uma mulher que perdeu uma dracma (Lc 15.8); dentre outras. Mas, em todos esses exemplos, podemos ver a preocupação da busca pelo que se perdeu (I Sm 9.3-20; II Rs 6.6,7; Lc 15.4-6,8-10). Dentre tantas coisas que podemos buscar neste mundo, a mais importante é a presença de Deus (Is 55.6; Jr 29.13).

2.9 Tempo de guardar e tempo de deitar fora (Ec 3.6b). O termo original traduzido como guardar é “sãmar” e significa “guardar”, “proteger”, “cuidar” (Gn 2.15; II Rs 22.14; I Sm 26.15; II Sm 18.12). A Bíblia está repleta de exortações acerca de guardar o que é bom, como a Palavra de Deus (Lc 11.28; Jo 8.51,52; 14.23,24); o coração, ou seja, a mente (Pv 4.23); os Mandamentos (I Jo 3.22,24; 5.2); o bom depósito (II Tm 1.14); o que temos recebido e ouvido (Ap 3.3). Mas, também, lançar fora tudo que é mal, como os ídolos (Gn 35.2; Js 24.14); objetos que não trazem edificação (At 19.19); e sentimentos maléficos, como malícia, engano, fingimento e murmuração (I Pe 2.1).

2.10 Tempo de rasgar e tempo de coser (Ec 3.7a). Encontramos na Bíblia diversos exemplos de vestes que foram rasgadas, como sinal de tristeza (Gn 37.29,34; Nm 14.6; Js 7.6; 11.35; II Sm 3.31; I Rs 21.27); purificação (Lv 13.45,56); profecia (I Rs 11.30,31); escárnio (Mt 26.65; Mc 14.63; Jo 19.24), dentre outras. Encontramos também Deus exigindo que o seu povo rasgasse o coração, em vez de rasgar as vestes (Jl 2.13). Mas, para nós, o objeto mais importante que foi rasgado foi o véu do Templo, por ocasião da morte de Jesus (Mt 27.51; Mc 15.38; Lc 23.45) que nos assegura que Cristo nos abriu um novo e vivo caminho (Hb 10.20). Salomão disse que também tem tempo de coser, ou seja, restaurar ou recuperar aquilo que se “rasgou”.

2.11 Tempo de estar calado e tempo de falar (Ec 3.7b). Há muitos mandamentos e recomendações nas Escrituras acerca do falar e estar calado, principalmente no livro dos Provérbios (Pv 6.16-19; 10.19,32; 12.18; 15.1; 18.21; 13.3). Os apóstolos também nos exorta a falarmos a Palavra (Fp 1.14; 4.3; I Ts 2.2; Hb 13.7); falar o que convém a sã doutrina (Ef 6.20; Tt 2.1); e a falar a verdade (Ef 4.25; 6.14). O apóstolo Tiago disse que todo homem deve estar pronto para ouvir, mas ser tardio para falar (Tg 1.19); e, o apóstolo Paulo disse que devemos usar a nossa fala para adoração e promover edificação (I Co 14.26). Mas, o sábio disse que também há tempo de ficar calado, como o Senhor Jesus, que diante das acusações, ele não abriu a sua boca (Is 53.7; Mt 26.62; 27.12; Jo 19.10).

2.12 Tempo de amar e tempo de aborrecer (Ec 3.8a). O amor a Deus e ao próximo é o maior de todos os mandamentos (Lv 19.18; Mt 22.35-40; Lc 6.27-36; Jo 13.35; 14.15; I Jo 4.7,8,12,19,20; 23). Jesus disse que devemos amar até mesmo os nossos inimigos (Mt 5.44; Lc 6.27,35). Mas, há tempo para aborrecer. O termo hebraico usado neste texto é “sãné” e tem o sentido de “odiar”, “aborrecer”, “detestar” (Am 5.21; 6.8; Os 9.15; Sl 5.5,6). Assim, devemos aborrecer tudo aquilo que é mau, como a violência (Sl 11.5); a transgressão (Pv 17.19) e a corrupção do mundo (I Jo 2.15-17).

2.13 Tempo de guerra e tempo de paz (Ec 3.8b). A Bíblia registra muitos conflitos e guerras, como a que ocorreu nos dias de Abraão, que entrou em uma peleja para livrar o seu sobrinho Ló (Gn 14.14-17); e as muitas batalhas envolvendo a nação de Israel (Êx 17.16; Js 4.13; 5.4,6; Jz 20.17; I Sm 14.52). As guerras ocorrem, desde os tempos mais antigos, por causa da Queda e da maldade do homem. Mas, há também tempo de paz! O termo hebraico para paz é “shalom” que tem um sentido amplo e significa “bem”, “feliz”, “tranquilo”, “saúde” e “prosperidade” (Nm 25.12; Js 9.15; Sl 4.8; 35.20). O desejo de Deus é que os homens vivam em paz (Is 9.6; Jo 14:26,27; Rm 5.1,2; 12.18; Cl 3.15; Fl 4.17; I Pe 3.11).


CONCLUSÃO
A vida é repleta de bons e maus momentos: alegria e tristeza, amor e ódio, vida e morte, ganhos e perdas, paz e guerras. Mas, como diz o dito popular: “Não há mal que sempre dure e nem bem que nunca se acabe”. Por isso, devemos aproveitar ao máximo o nosso tempo e também estar preparados para enfrentar tanto os dias bons como os dias maus.



REFERÊNCIAS
ü  ALMEIDA. João Ferreira de. Bíblia de Estudo Palavras Chave. CPAD.
ü  CHAMPLIN, R. N. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. HAGNOS.
ü  MELO, Joel leitão de. Eclesiastes versículo por versículo. CPAD.

Por Rede Brasil de Comunicação


QUESTIONÁRIOS DO 4° TRIMESTRE DE 2013



                             Sabedoria de Deus para uma Vida vitoriosa
                                 A Atualidade de Provérbios e Eclesiastes
                                




Lição 08

1. Quais são as bases do relacionamento conjugal?
R. São a confiança e o respeito mútuo.

2. De acordo com Provérbios 31.25 duas coisas são ditas a respeito da mulher virtuosa. O que são?
R. “Força e dignidade são os seus vestidos”.

3. Como o esposo pode ajudar a esposa que trabalha fora?
R. Se a esposa trabalha fora para ajudar o marido, ele também pode auxiliar em algumas tarefas dentro de casa, honrando-a com alguns momentos em que ela poderá descansar.

4. Qual o forte contraste presente em Provérbios 14.1? Explique.
R. A sábia e a tola. Esta, por sua conduta, destrói o seu lar. Mas aquela, através do seu testemunho, edifica a sua casa.

5. Você é uma mulher virtuosa? E você marido, é virtuoso?
R. Resposta pessoal.


sexta-feira, 22 de novembro de 2013

LIÇÃO 08 – A MULHER VIRTUOSA



Pv 31.10-21,23-29



INTRODUÇÃO
Nesta lição estudaremos acerca da mulher virtuosa com todas as suas qualidades descritas no capítulo 31 do livro de Provérbios. Este capítulo é uma poesia em estilo acróstico, em que a primeira letra de cada verso corresponde à primeira letra do alfabeto hebraico. Veremos que a mulher virtuosa se destaca como serva de Deus, como esposa e como mãe, que trabalha arduamente para prover o sustento e para promover o bem-estar de seu lar, por isso o seu valor excede o de rubis. 


I – A MULHER VIRTUOSA COMO ESPOSA
O primeiro aspecto da virtude da mulher descrita pelo rei Lemuel diz respeito à sua postura como esposa. Tal postura reflete o alto padrão a ser seguido por todas as mulheres que servem a Deus.

1.1 O privilégio do marido (31.10). O sábio compara a alegria, a exultação de alguém que acha uma joia de valor, com o privilégio de alguém que encontrou uma mulher virtuosa. Numa outra versão, o texto de Pv 31.10 está assim descrito: “Se você encontrar uma esposa fiel e dedicada, achou um tesouro mais valioso que ouro e pedras preciosas”. 
Interessante que na Versão Corrigida de Almeida, aparece o termo “rubins”. O rubi natural é uma pedra rara e bastante cara, diferente dos rubis artificiais, que são bem mais comuns e baratos. A mulher virtuosa é comparada ao rubi por ser difícil de encontrar, tal como uma joia rara o é, e também por ter um valor inestimável. Chega-se a afirmar também que o rubi somente é ultrapassado pelo diamante em termos de dureza, o que nos mostra que aquele que casar com uma mulher virtuosa terá um casamento firme e duradouro.

1.2 A segurança do marido (31.11). Este versículo diz que o coração do marido está confiado na mulher virtuosa. O termo hebraico para “confiado”, nesse texto é “batah”, que significa “correr em busca de refúgio, estar seguro, confiante, protegido, sem temor”. A continuação do versículo também vai nos mostrar que essa despreocupação do marido está relacionada à provisão que a mulher lhe traz: “...pois ela nunca deixará faltar nada para ele” (Pv 31.1b – NTLH - A Bíblia da Nova Tradução da Linguagem de Hoje). Ela de fato pode ser comparada a um rubi, pois ela traz riquezas ao seu marido.

1.3 O bem-estar do marido (31.12). A palavra hebraica traduzida como “bem”, é tobh. Quando o sábio diz que a mulher virtuosa faz bem ao seu marido, está dizendo, à luz do original, que ela procura agradar-lhe, fazendo o que é melhor a ele, sendo generosa com ele, fazendo-o prosperar, conduzindo-o a uma vida de contentamento. Essa mulher vai dedicar os seus cuidados, as suas forças e o seu amor ao esposo, e isso durante toda a sua vida. Podemos afirmar que a mulher virtuosa estabelece como meta para a sua vida, promover o bem-estar do seu marido.

1.4 O louvor do marido (31.29). O marido fica maravilhado com a excelência de sua esposa. Ela havia ultrapassado a todas as demais mulheres de sua geração, ainda que estas também fossem virtuosas. Com essa declaração, o marido, além de elogiá-la, também demonstra intenso afeto. É como se ele só tivesse olhos para a sua amada.


II – A MULHER VIRTUOSA COMO MÃE TRABALHADORA
Depois de observarmos a virtuosidade desta mulher descrita em Pv 31 no que diz respeito ao seu casamento, podemos ver agora um outro aspecto de sua virtuosidade. Ela era uma excelente mãe.

2.1 Ela é trabalhadora. Em Pv 31.13, o rei Lemuel diz que a mulher virtuosa busca lã e linho e trabalha de boa vontade. O termo hebraico para trabalhar é asah, e significa: “fazer, executar, realizar, completar”. O detalhe é que esta mulher não apenas trabalhava, ela trabalhava de boa vontade. A expressão boa vontade é a tradução do termo hebraico hephes, que significa: “prazer, desejo, coisa valiosa, agradável, deleitosa, bom grado”. Para esta mulher, o trabalho era algo deleitoso, prazeroso, valioso, algo que ela realizava de bom grado. Esse termo é usado para descrever o prazer de Deus no seu trabalho (Is 46.10; 48.14). 
Essa mulher era bem diferente dos preguiçosos, contra os quais há muitas advertências e repreensões no livro de provérbios (Pv 6.6,9; 13.4; 19.24; 21.25; 22.13). A prova de sua disposição para trabalhar, está no fato dela se levantar “ainda de noite”. O termo hebraico para noite nos leva a entender que se está falando da madrugada. Ela se levantava cedo para trabalhar. O texto de Pv 31.17 diz: “Ela está sempre disposta e não foge do trabalho” (NTLH).

2.2 Ela é boa administradora. A mulher virtuosa sabe exatamente como prosperar e como administrar da forma correta tudo o que tem. O texto de Pv 31.16 nos leva a entender que ela sabe negociar. Certamente depois de economizar, ela compra um terreno e planta uma horta com o dinheiro do seu próprio trabalho. Então, além de conseguir economizar, ela sabe administrar o que tem de tal forma que não se assusta nem mesmo diante de crises futuras (Pv 31.21,25). Por isso, é comparada a um navio mercante que traz mantimentos de longe (Pv 31.14). O versículo 18 vai nos mostrar que ela ajuda no sustento de sua casa, trabalhando até altas horas da noite. Além disso, ajuda aos necessitados com o seu dinheiro (31.19,20). A mulher virtuosa de Pv 31.10 acorda muito cedo e dorme tarde, pois a sua lâmpada ou lamparina não se apaga de noite (31.18). Isso pode se referir a um costume de manter as lâmpadas acesas a noite inteira. O significado é que ela tem abundância de azeite, isso a faz ser uma mulher prudente (Mt 25.4).

2.3 Ela governa bem a sua casa. Em Pv 31.27 está escrito: “Olha pelo governo de sua casa e não come o pão da preguiça”. O termo hebraico traduzido como “olha”, é saphah e significa: “investigar a distância, observar, estar sobre, vigiar, espiar, ficar esperando, estar de guarda, atalaia”. A mulher virtuosa foi posta como atalaia de sua casa. Ela tem a capacidade de observar cada membro da família e perceber antecipadamente quando algum perigo ou ameaça os rodeiam, assim como faziam os atalaias em Israel (II Rs 9.17,18,20). Temos no próprio Deus e em alguns profetas, exemplos de atalaias (Sl 121; 127.1; Ez 3.17; 33.2,6,7). Que sejamos atalaias de nossos lares.

2.4 Ela é uma excelente mãe. A mulher virtuosa desempenha de tal forma o seu papel de mãe que os seus filhos a louvam, dizendo que ela é “bem-aventurada” (Pv 31.28). Essa expressão no hebraico é asar ou aser, que significa “ser equilibrado, correto, feliz, próspero, abençoado”. Além de reconhecer que sua mãe era muito feliz, os seus filhos reconheciam a sua retidão, o seu caráter íntegro. Ela era admirada e respeitada pelos filhos. O marido também a louvava (31.28,29).


III – CONTRASTE ENTRE A MULHER VIRTUOSA E A MULHER ADÚLTERA
Ao lermos o capítulo 31 de Provérbios, ficamos admirados com a excelência de caráter manifestada pela mulher virtuosa. São inúmeras as suas qualidades, as suas virtudes. Ela é bem diferente da mulher descrita principalmente nos capítulos 6 e 7 deste livro, cujo caráter é totalmente deformado. Vejamos o contraste entre elas:

MULHER VIRTUOSA
MULHER ADÚLTERA
Tem a natureza inclinada a fazer o bem (Pv 31.12,20)
Tem a natureza má (Pv 6.24)
Veste-se de força e glória (Pv 31.25)
Veste-se de forma indecente e é astuta (Pv 7.10)
É íntegra e tem a confiança do marido (Pv 31.11,12)
É sedutora (Pv 7.25)
Usa palavras sábias (Pv 31.26)
Usa de palavras enganosas (Pv 6.24; 7.5,21)
É respeitada pelo marido, filhos e sociedade (Pv 31.23,28,29)
É descarada (Pv 7.13-17)
É bondosa e misericordiosa (Pv 31.19,20)
É covarde (Pv 23.27,28)



IV – ALGUMAS CARACTERÍSTICAS DA MULHER VIRTUOSA

Ø  Cuidam da família como Rute (Rt 1.14-18);
Ø  São altruístas como rainha Ester (Et 4.16);
Ø  São submissas ao marido como Sara (I Pe 3.1-6);
Ø  São instrumentos de Deus como Débora (Jz 4.4);
Ø  São sábias como Abigail (I Sm 25.3);
Ø  São humildes como Maria (Lc 1.48);
Ø  São santas como Isabel (Lc 1.5,6);
Ø  Criam seu filho no temor do Senhor como Eunice (II Tm 1.5; 3.15).
Ø  Fazem boas obras como Dorcas (At 9.36)


CONCLUSÃO
Depois de mencionar tantos relatos negativos em relação às mulheres, o livro de Provérbios encerra com uma descrição de uma mulher virtuosa, um ideal raro e extremamente incomum. Esse texto é um espelho para todas as mulheres. Ela alcançou o respeito e admiração de todos: marido, filhos e sociedade. Quem a achará? 


REFERÊNCIAS
ü  Bíblia de Estudo Palavras-Chave Hebraico e Grego. CPAD;
ü  CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. vol. 5. HAGNOS;
ü  KIDNER, Derek; Provérbios: Introdução e Comentário. VIDA NOVA;
ü  STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD. 

Por Rede Brasil de Comunicação


QUESTIONÁRIOS DO 4° TRIMESTRE DE 2013

                      
                            
                              Sabedoria de Deus para uma Vida vitoriosa
                                 A Atualidade de Provérbios e Eclesiastes
                                



Lição 07

1. Segundo a lição, como a sabedoria é vista no livro de Provérbios?
R. Como um antídoto contra a arrogância.

2. Quem é o arrogante na visão do livro de Provérbios?
R. O arrogante é uma pessoa insensata e desprovida de qualquer lucidez e bom senso.

3. Qual o princípio de vida proposto pelo sábio?
R. Quem é justo deve agir com humildade, quem é humilde deve agir com justiça.

4. Como os Provérbios condenam a “riqueza” e a “pobreza”?
R. Deus condena tanto a riqueza adquirida por meios injustos, como a pobreza gerada pela preguiça.

5. De acordo com a lição, a quem um governante temente a Deus dará mais atenção em seu governo?
R. Ao pobre e ao humilde.

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

LIÇÃO 07 – CONTRAPONDO A ARROGÂNCIA COM A HUMILDADE



Pv 8.13-21 



INTRODUÇÃO
Uma das principais características dos Provérbios de Salomão são os contrastes. Em todo o livro, encontramos as diferenças entre o sábio e o tolo; o prudente e o insensato; o trabalhador e o preguiçoso, dentre outros. Nesta lição, estudaremos um dos principais temas contrastados nos Provérbios: arrogância e humildade, onde veremos as definições das palavras, de acordo com os termos originais; alguns exemplos bíblicos de pessoas arrogantes e de pessoas humildes; e um breve resumo dos ensinos acerca desses dois temas.


I – DEFINIÇÃO DE ARROGÂNCIA E HUMILDADE
1.1 Arrogância. Aurélio define arrogância como: “orgulho que se manifesta por atitudes altivas e desdenhosas”. O termo deriva-se do hebraico zadôn e significa “altivez”, “orgulho” ou “soberba” (Ml 3.15; 4.1; Sl 119.51,69,78,122; Jr 43.2). O orgulho é um pecado (Pv 21.4) e é abominável diante de Deus (Pv 6.16). No NT o termo é alazonia, que é traduzido por “soberba” (I Jo 2.16) ou “orgulho” (I Tm 3.6). O orgulho foi o principal fator na queda de Lúcifer (Is 14.12) e é uma das características dos ímpios nos últimos dias (II Tm 3.2).

1.2 Humildade. Segundo o dicionário Aurélio, humildade significa: “ausência completa de orgulho, rebaixamento voluntário por um sentimento de fraqueza ou respeito; praticar a humildade, modéstia, pobreza”. O termo deriva-se do hebraico ãnãw, que quer dizer “humilde” e ãnãwâ que significa “humildade” (Jó 22.29; Sl 10.12; 138.6; Pv 11.2; 14.21; 15.33; 16.19; 18.12). Nas páginas do Novo Testamento o termo é tapeinos, que significa “humilde” (Mt 11.29; Lc 1.52; Rm 12.16; II Co 7.6; Tg 4.6; I Pe 5.5). A humildade está associada a uma consciência de que tudo que temos ou somos vem do Senhor. Por isso, o livro de Provérbios nos exorta a trilhar o caminho da humildade (Pv 15.33; 18.12; 22.4); e, o apóstolo Pedro diz que devemos nos revestir de humildade (1 Pe 5.5).


II – CONTRAPONDO A ARROGÂNCIA COM A HUMILDADE
A palavra contrapor, segundo Aurélio, significa “confrontar” ou “apresentar em oposição”. Logo, contrapor a arrogância com a humildade significa confrontar esses dois sentimentos com a Palavra de Deus. Quando isto fazemos, percebemos que o primeiro é maléfico (Rm 1.30; II Tm 3.2; Tg 4.6), enquanto o segundo é benéfico (Ef 4.2; Fp 2.3; Cl 3.12); o primeiro nos assemelha ao Diabo (Ez 28.14-19; Is 14.12-15), enquanto o segundo a Cristo (Mt 11.29; Jo 13.1-12;); o primeiro precede a ruína (Pv 11.2; 16.18; 16.5), enquanto o segundo a honra (Pv 15.33; 29.23).


III - EXEMPLOS BÍBLICOS DE ARROGÂNCIA E HUMILDADE
3.1 Exemplos de arrogância.
Ø  Lúcifer. Ele era um querubim ungido, perfeito em seus caminhos e coberto de pedras preciosas (Ez 28.13-15). Mas, elevou-se o seu seu coração por causa de sua formosura (Ez 28.17) e ele desejou ser semelhante ao Altíssimo (Is 14.12-14). Como consequência, ele foi lançado fora do Monte Santo e da presença de Deus (Ez 28.16). Ele era a estrela da manhã (Is 14.12), mas tornou-se o príncipe das trevas (Mt 12.24). Por isso, alguns teólogos costumam afirmar que o orgulho é o “pecado dos pecados”, pois foi ele que transformou um anjo no Diabo (Is 14.12-15).

Ø  Senaqueribe. O exército assírio, depois de conquistar o Reino do Norte, subiu contra as cidades fortes de Judá (II Rs 17.6; 18.13). Senaqueribe, o rei assírio, escreveu cartas ao rei Ezequias e enviou também a Rabsaqué, seu principal oficial, a Jerusalém para persuadir os homens de Judá a desistirem de lutar (II Rs 18.17-36; II Cr 32.9-19; Is 36.2-22). Mas, Deus enviou um anjo que matou 185 mil soldados assírios, e depois, ele foi morto pelos seus próprios filhos (II Rs 18.35-37; II Cr 32.21-23; Is 37.36-38).

Ø  Nabucodonosor. Nos dias de Daniel, Nabucodonosor era o rei do maior império da época. Certa ocasião, quando ele passeava no palácio real de Babilônia, disse: “Não é esta a grande Babilônia que eu edifiquei para a casa real, com a força do meu poder, e para glória da minha magnificência?” (Dn 4.30). Deus, então, o sentenciou e ele foi tirado dentre os homens, passou a comer erva como os bois, o seu corpo recebeu orvalho do céu, cresceu pêlos sobre si e suas unhas cresceram como as das aves (Dn 4.33). Quando ele reconheceu que o poder e a soberania pertence única e exclusivamente a Deus, foi restabelecido o seu reino e sua glória foi acrescentada (Dn 4.35,36).

3.2 Exemplos de humildade.
Ø  Abraão. Quando houve a contenda entre os pastores de gado de Abraão e Ló, o patriarca disse a seu sobrinho: “Ora, não haja contenda entre mim e ti e entre os meus pastores e os teus pastores... Aparta-te de mim; se escolheres a esquerda, irei para a direita; e, se a direita escolheres, eu irei para a esquerda” (Gn 13.7-9). Mesmo sendo o detentor das promessas de Deus e sendo mais velho e superior ao seu sobrinho Ló, ele permitiu que este escolhesse o seu caminho. Além disso, quando intercedeu ao Senhor por seu sobrinho Ló, ele disse que era pó e cinza (Gn 18.27).

Ø  Daniel. Apesar de ser honrado por diversos reis em Babilônia (Dn 2.48,49; 5.29; 6.28), ele nunca se envaideceu, nem se considerou superior aos demais cativos e jamais se esqueceu de suas origens (Dn 6.10). Quando fez a oração de confissão e intercessão (Dn 9.1-22), ele confessou os pecados da nação, como se fossem dele: “Pecamos, e cometemos iniquidade, e procedemos impiamente, e fomos rebeldes, apartando-nos dos teus mandamentos e dos teus juízos e não demos ouvidos aos teus servos, os profetas...” (Dn 9.4-6).

Ø  Jesus. Apesar de ser o próprio Deus, ele abriu mão de suas prerrogativas divinas para tornar-se um homem simples e humilde, limitado pelo tempo e espaço (Fp 2.5-11). Além disso, ele veio ao mundo, não para ser servido, mas, para servir (Mc 10.45) e lavou os pés dos discípulos (Jo 13.1-12). Mas, sua humildade chega ao seu ponto mais alto, quando ele sofreu as mais terríveis afrontas por parte dos escribas e fariseus, bem como dos soldados romanos, sem reagir (Mt 26.66-68; 27.28-35) e morreu como uma ovelha muda (Is 53.7). Por isso, ele pôde dizer: “aprendei de mim que sou manso e humilde de coração” (Mt 11.29).


IV – ENSINOS SOBRE ARROGÂNCIA E HUMILDADE EM PROVÉRBIOS
4.1 Sobre a soberba:
Ø  “Vindo a soberba, virá também a afronta...” (Pv 11.2). A soberba conduz a afronta. A Bíblia está repleta de exemplos: Golias desafiou o exército de Israel (I Sm 17.8-10); Hamã desejou exterminar Mardoqueu e o povo judeu (Et 3.6-15); o rei Belsazar tomou vinho juntamente com seus oficiais, suas mulheres e concubinas nos utensílios da casa de Deus (Dn 5.23).

Ø  “A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda” (Pv 16.18). O fim do soberbo é sempre trágico. Golias foi morto por Davi, um pastor de ovelhas (I Sm 17.48-54); Hamã conduziu Mardoqueu pelas ruas da cidade, gritando: “assim se fará ao homem cuja honra o rei se agrada”, e, depois, foi morto na forca que preparou para Mardoqueu (Et 6.11; 7.10); e o rei Belsazar foi morto pelos caldeus na mesma noite que bebeu vinho nos utensílios do templo (Dn 5.30).

Ø  “Abominável é para o Senhor todo altivo de coração” (Pv 16.5). A palavra abominar deriva-se do hebraico: nã'ats e significa “desprezar”, “rejeitar”, “abominar”. Também tem o sentido de “aborrecer”, “detestar” e “odiar”. Deus abomina o orgulho porque conduz o homem a uma falsa sensação de independência, auto suficiência e superioridade aos demais; sentimentos estes, condenados na Palavra de Deus (Pv 6.17; 8.13; Ob 1.3; Lc 14.11; At 17.28; Fp 2.3).

4.2 Sobre a humildade:
Ø  “... com os humildes está a sabedoria” (Pv 11.2). A sabedoria, de acordo com a Palavra de Deus, não consiste em palavras e discursos, e sim, no modo de viver e de pensar em conformidade com a vontade de Deus. Por isso, a sabedoria não está, necessariamente, com os filósofos, pensadores e oradores, e sim, com aqueles que praticam a Palavra de Deus, ou seja, os humildes (Pv 15.33; 16.19; 22.4).

Ø  “... diante da honra vai a humildade” (Pv 15.33). Assim como a soberba precede a queda, a humildade precede a honra. Por isso, o Senhor Jesus ensinou que quando formos convidados a uma festa, não deveríamos ocupar os primeiros lugares, para não acontecer de chegar um convidado mais honrado que nós e tivéssemos que ceder o lugar para ele; e sim, que ocupássemos os últimos lugares (Lc 14.7-14). A Palavra de Deus nos exorta a sermos humildes e vivermos em humildade (Mq 6.8; Mt 18.14; Ef 4.2; Fp 2.3; Tg 4.6).

Ø  “... o humilde de espírito obterá honra” (Pv 29.23). Uma das promessas bíblicas para aqueles que são humildes, é que eles obterão honra. A Bíblia está repleta de exemplos. Moisés, Gideão, Saul e Jeremias se sentiram incapazes de atender ao chamado divino; mas, Deus os honrou e os capacitou, e eles se tornaram libertador, juiz, rei e profeta de Israel (Êx 3.11-22; Jz 6.15-40; I Sm 9.21-10.27; Jr 1.6-12). O centurião, que disse que não era digno de receber Jesus debaixo do seu telhado; e a mulher cananeia, que disse a Jesus que “Os cachorrinhos também comem das migalhas” tiveram o seu pedido atendido (Mt 8.8-13; 15.21-28). 


CONCLUSÃO
Como pudemos ver, a soberba, o orgulho e a arrogância são sentimentos que Deus abomina. Lúcifer, Nabucodonosor, Senaqueribe, Golias, Hamã e Belsazar são apenas alguns, dos muitos exemplos bíblicos de pessoas que caíram por causa desse sentimento maléfico. Em contrapartida, encontramos nas páginas da Bíblia o antídoto contra esses sentimentos, que é a humildade. Que possamos, então, aprender com o Mestre, que é manso e humilde de coração (Mt 11.29).



REFERÊNCIAS
ü  CHAMPLIN, R. N. Dicionário de Bíblia, Teologia e Filosofia. HAGNOS.
ü  Harris, r. LAIRD, et al. Dicionário Internacional de Teologia do AT. VIDA NOVA.
ü  KIDNER, Derek. Provérbios, Introdução e Comentário. VIDA NOVA.
ü  STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
ü  VINE, W.E, et al. Dicionário Vine. CPAD. 


Por Rede Brasil de Comunicação