domingo, 29 de setembro de 2013

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL – 4º Trimestre de 2013




Neste 4º trimestre de 2013 estudaremos em nossas Escolas Bíblicas Dominicais o tema: Sabedoria de Deus para uma Vida Vitoriosa: A atualidade de Provérbios e Eclesiastes". O Pr. José Gonçalves presenteia o leitor com um comentário bíblico, fruto de um árduo, porém prazeroso, trabalho. São anotações de um pastor que, no esforço de sua lida, atestou na prática, os conselhos dos Sábios. Segundo ele, escrever esse comentário “é como escavar um barranco à procura de ouro! A diferença é que aqui não encontramos cascalho, mas somente pepitas reluzentes e prontas para nosso uso. Burilada e moldada durante anos para o nosso deleite pelo Senhor”. Ao esquadrinhar de forma profunda Provérbios de Salomão e Eclesiastes, o autor quer que admiremos e desfrutemos de verdadeiras pérolas da sabedoria divina para o nosso enlevo espiritual.

Comentarista: Pr. José Gonçalves. Bacharel em Teologia pelo Seminário Batista de Teresina e graduado em Filosofia pela Universidade Federal do Piauí. Ensinou grego, hebraico e teologia Sistemática na Faculdade Evangélica do Piauí (FAEPI). É membro da Comissão de Apologética da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB). Membro da mesa diretora e presidente do Conselho de Doutrina da Convenção Estadual da Assembleia de Deus do Piauí. É articulista e comentarista das lições Bíblicas de Jovens e adultos da CPAD. 

Abaixo, você pode conferir os temas das 13 lições:

Lição 01 - O Valor dos Bons Conselhos
Lição 02 - Advertências Contra o Adultério
Lição 03 - Trabalho e Prosperidade
Lição 04 - Lidando de Forma Correta com o Dinheiro
Lição 05 - O Cuidado com Aquilo que Falamos
Lição 06 - O Exemplo Pessoal na Educação dos Filhos
Lição 07 - Contrapondo a Arrogância Com a humildade
Lição 08 - A Mulher Virtuosa
Lição 09 - O Tempo para Todas as Coisas
Lição 10 - Cumprindo as Obrigações Diante de Deus
Lição 11 - A Ilusória Prosperidade dos Ímpios
Lição 12 - Lança o teu Pão Sobre as Águas
Lição 13 - Tema a Deus em todo o Tempo  


Você não vai perder essa sublime oportunidade de aprender 
as maravilhosas lições de Provérbios e Eclesiastes, vai??


 Fonte: CPAD.


QUESTIONÁRIOS DO 3° TRIMESTRE DE 2013



                                  Filipenses – A humildade de Cristo
                                       como exemplo para a Igreja



Lição 13

1. Como o apóstolo Paulo via a participação dos filipenses em suas tribulações?
R. Paulo via a participação dos filipenses em suas tribulações como o agir de Deus para fortalecer o seu coração.

2. O que sugere a expressão “tomar parte”?
R. A expressão “tomar parte” (v.14) sugere a ideia de “partilhar com, ou coparticipar de”.

3. Qual o conselho do sábio Salomão em relação ao dinheiro?
R. “Quem ama o dinheiro, jamais dele se farta” (Ec 5.10).

4. O que são ofertas de oblação?
R. Oferta sacrifical comestível — azeite, flor de farinha etc. Uma parte era queimada para memorial e a outra direcionada ao consumo dos sacerdotes (Lv 2.1-3).

5. Como Paulo conclui a Carta aos Filipenses?
R. “A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja com vós todos. Amém!” (v.23).


LIÇÃO 13 – O SACRIFÍCIO QUE AGRADA A DEUS




Fp 4.14-23




INTRODUÇÃO
Graças ao Senhor chegamos ao final de mais um trimestre de Lições Bíblicas! Estivemos juntos estudando a Epístola aos Filipenses, cujo tema principal foi “A humildade de Cristo como exemplo para a Igreja”. Com certeza, este trimestre foi de grande edificação para todos nós, onde aprendemos muito através do estudo da referida Epístola. Nesta última aula, daremos continuidade à aula passada, visto que o assunto da generosidade dos filipenses engloba o texto da lição passada como o da presente lição (Fp 4. 10-20). Assim, trataremos da resposta do Apóstolo aos filipenses pela boa iniciativa que tiveram. Além disso, definiremos o que é reminiscência bem como o que é oblação no contexto desta lição. Abordaremos, ainda, os tipos de sacrifícios que agradam a Deus. Boa aula para todos!!  


I. A PARTICIPAÇÃO DA IGREJA NAS TRIBULAÇÕES DE PAULO (4.14)
Dando sequência ao agradecimento do Apóstolo pelos donativos enviados pelos filipenses como prova do zelo e da generosidade deles por Paulo, estudado na lição passada; Paulo, então, elogia a iniciativa dos amados irmãos dizendo: “Todavia, fizestes bem em tomar parte na minha aflição” (v.14). Observamos, aqui, nesta afirmação de Paulo duas importantes verdades: 1) O desprendimento dos filipenses em desejar ajudar ao Apóstolo demonstrando o amor, a generosidade, a comunhão, o cuidado, bem como o agir de Deus na vida daquela comunidade cristã em prol do ministério de Paulo; tal realidade é notória na expressão “em tomar parte”, que segundo o comentarista do trimestre equivale às expressões “partilhar” e “coparticipar”. 2) A grande estima e o amor que aquela igreja tinha por Paulo a conduziu ao sofrimento, pois apoiando o ministério de Paulo a comunidade cristã de Filipos passou a participar das aflições e tribulações do Apóstolo. Por isso, Paulo é especifico em mostrar no que eles tomaram parte: “na minha aflição”. Vemos, aqui, o verdadeiro sacrifício que agrada a Deus! O escritor da Epístola aos Hebreus também aborda o referido assunto, e diz: “Não vos esqueçais de fazer o bem e de repartir com outros, pois com tais sacrifícios Deus se agrada” (Hb 13.16).


II. REMINISCÊNCIA: O ATO DE DAR E RECEBER (4.15-17)
Reminiscência?! Que é isso? Segundo Aurélio, é toda lembrança vaga que se conserva na memória. Paulo continua seu agradecimento aos filipenses trazendo à memória deles que, a generosidade da amada igreja de Filipos foi algo que tocou o seu coração desde o principio da evangelização daquela cidade. Assim, afirma Paulo: “E bem sabeis também vós, ó filipenses, que, no principio do evangelho, quando parti da Macedônia, nenhuma igreja comunicou comigo com respeito a dar e receber, senão vós somente” (v.15). Observe o que diz Paulo, ele afirma que a generosidade e apoio dos irmãos filipenses ocorreram ‘quando parti da Macedônia’, e não quando estava na Macedônia. Além disso, os irmãos filipenses foram os únicos que tiveram o cuidado de prover para o Apóstolo os recursos necessários à manutenção de seu ministério, pois diz Paulo: “nenhuma igreja comunicou comigo com respeito a dar e receber, senão vós somente” (v.15). Por esse motivo, os filipenses tornaram-se cooperadores do Apóstolo na expansão do Reino de Deus até aos confins da terra. Entretanto, Paulo continua a testificar deles dizendo: “Porque também, uma e outra vez, me mandastes o necessário a Tessalônica” (v.16). Veja que os filipenses eram, de fato, os mantenedores da Obra Missionária realizada pelo Apóstolo Paulo. Todavia, é bem curioso Paulo afirmar no v.15 que partiu da Macedônia, e no v.16 dizer que se encontrava em Tessalônica. 
Pelo que se sabe Tessalônica é uma das cidades da província da Macedônia; então, o que Paulo quis dizer quando afirmou que ‘quando parti da Macedônia’? Que Macedônia é essa?! Ora, a expressão “Macedônia” empregada pelo Apóstolo não representa a província em si, mas a cidade de Filipos; pois como poderia está Paulo fora da província da Macedônia, estando em uma cidade desta mesma província? Por isso, não há dúvida trata-se de Filipos, por ser ela a primeira cidade da província da Macedônia (At 16.12). Embora Paulo estivesse muito agradecido pela boa iniciativa e generosidade dos filipenses, ele não quis que a igreja se sentisse constrangida ao fazê-lo, por isso, disse: “Não que procure dádivas, mas procuro o fruto que aumente a vossa conta” (v.17). Ele sabia da relação perigosa que há entre o dinheiro e a religião (1 Tm 6.10,11). E, principalmente, que o ministro de Deus não pode e não deve permitir que o dinheiro o escravize. Aliás, essa é uma das prerrogativas ou exigências bíblicas para ser ministro de Deus (1 Tm 3.3,8; Tt 1.7). E, só por essa prerrogativa bíblica, muitos ministérios e seus respectivos “ministros” já se encontram reprovados por Deus! Ver Mt 7.21; 18.7. Portanto, o grande interesse de Paulo era o crescimento espiritual dos filipenses, e o progresso do Reino de Deus (Fp 1.9-11,22,24). Somente os verdadeiros ministros, a semelhança de Paulo, é que estão preocupados com o crescimento do Reino de Deus, e não do seu próprio reino!
 

III. A OBLAÇÃO DE AMOR E SAUDAÇÕES FINAIS (4.18-23)
Oblação?! Que é isso? A oblação é, segundo o dicionário teológico do Pr. Claudionor de Andrade, a dedicação de alguma coisa inanimada a Deus: azeite, flor de farinha, etc.. Portanto, trata-se de um sacrifício comestível, uma parte era queimada para memorial e a outra direcionada ao consumo dos sacerdotes (Lv 2.1-3). Desta forma, Paulo usa a linguagem dos sacrifícios do culto levítico para descrever o amor e a dedicação dos filipenses ao seu ministério. Assim, diz o Apóstolo: “Mas bastante tenho recebido e tenho abundância; cheio estou, depois que recebi de Epafrodito o que da vossa parte me foi enviado, como cheiro de suavidade e sacrifício agradável e aprazível a Deus” (v.18). Desta forma, Paulo não apenas agradece a generosidade dos filipenses, mas também mostra que é esse o tipo de sacrifício que agrada a Deus – o sacrifício de amor (Rm 13.8; 2 Co 5.14). Além desse, Deus agrada-se também do sacrifício da obediência (1 Sm 15.22), do sacrifício de louvor (Hb 13.15), entre outros. No versículo 19, Paulo diz: “O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus”. Embora a iniciativa dos filipenses fosse, de fato, mui nobre para com o ministério de Paulo, ele sabia que tudo isto era provisão divina. Por isso, ele afirma que assim como Deus supriu suas necessidades, da mesma forma o Senhor supriria as necessidades daqueles amados irmãos (2 Co 9.6,8). Nos vv. 20 ao 23, o Apóstolo faz suas considerações finais enfatizando a Cristo, o tema da referida carta, dizendo: “A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja com vós todos. Amém!” (v.23). É o que todos nós precisamos na realidade presente – a presença e a graça de Jesus em nossas vidas! Busquemo-las com todo o nosso coração!


CONCLUSÃO
Diante do exposto, aprendemos o valor de contribuirmos para Obra de Deus, ainda que, a mesma se ache desacreditada por muitos, devido os muitos tristemunhos e escândalos envolvendo “ministros” do evangelho. Fica, a nós ou para nós, o bom exemplo da iniciativa e generosidade dos filipenses que foram os únicos a apoiarem o ministério do Apóstolo dos Gentios. Portanto, cumpramos nosso papel de servos do Senhor, e cooperemos com o Reino de Deus não apenas financeiramente, mas, especialmente, com nosso serviço ao Reino de Deus. Quero neste momento agradecer, primeiramente ao Senhor, que tem sido testemunha das lutas que passo para postar essas linhas a cada semana, também a todos os amigos (as), irmãos (ãs) e internautas que tem cooperado conosco acessando o Amigo da EBD. Peço perdão a todos pelas postagens que não foi possível postá-las a tempo. No entanto, esforço-me em não deixar de postá-las! Em fim, com tudo isto, quero dizer a todos: MUITO OBRIGADO POR TUDO! Deixo para vossa reflexão espiritual um dos versículos que mais amo da Epístola aos Filipenses: “Pois para mim o viver é Cristo, e o morrer é lucro” (Fp 1.21). Que Deus em Cristo abençoe a vós todos! Amém!!



REFERÊNCIAS
CABRAL, Elienai. Lições Biblicas (3º trimestre/ 2013) CPAD.
ANDRADE, Claudionor Corrêa. Dicionário Teológico. CPAD.
 Revista Ensinador Cristão, nº 55. CPAD.  


domingo, 22 de setembro de 2013

QUESTIONÁRIOS DO 3° TRIMESTRE DE 2013



                                 Filipenses – A humildade de Cristo
                                       como exemplo para a Igreja



Lição 12

1. O que o apóstolo Paulo declara acerca da oferta dos filipenses?
R. Ele declara ainda que a oferta dos filipenses era o fruto da providência divina em seu ministério, pois confiava plenamente em Deus, em qualquer situação.

2. Por que a igreja deve apoiar devidamente àqueles que são verdadeiramente obreiros, ajudando-os em suas necessidades?
R. Porque é bíblico. A Palavra de Deus nos exorta quanto ao sustento daqueles que labutam na seara do Senhor: “Não amordaces o boi, quando pisa o trigo” (1Tm 5.18 - ARA). No mesmo versículo, o apóstolo completa que “digno é o obreiro do seu salário”.

3. Em que o contentamento de Paulo estava alicerçado?
R. Seu contentamento estava alicerçado no fato de que Deus cuida dos seus servos e ensina-os a viver de forma confiante.

4. O que Paulo nos ensina na sua declaração do versículo 13?
R. Paulo nos ensina, com a declaração do versículo 13, que sua suficiência sempre esteve em Cristo.

5. Qual tem sido a fonte do seu contentamento?
R. Resposta pessoal.


QUESTIONÁRIOS DO 3° TRIMESTRE DE 2013



                                 Filipenses – A humildade de Cristo
                                      como exemplo para a Igreja 



Lição 11

1. A quem o apóstolo Paulo se refere como sua “alegria e coroa”?
R. Os crentes de Filipos.

2. Entre quais mulheres estava ocorrendo um problema de relacionamento na igreja de Filipos?
R. Evódia e Síntique.

3. Qual era a cidadania dos filipenses? Mas a qual devemos valorizar?
R. Os filipenses tinham cidadania romana. A cidadania que vem do céu.

4. Em sua completude, o que a Carta aos Filipenses destaca sobre a alegria?
R. A alegria divina sustenta a vida cristã.

5. De acordo com a lição o que a alegria divina é capaz de desfazer e produzir?
R. A alegria desfaz a ansiedade e produz a paz.


QUESTIONÁRIOS DO 3° TRIMESTRE DE 2013



                                 Filipenses – A humildade de Cristo
                                      como exemplo para a Igreja



 Lição 10

1. A quem o apóstolo Paulo se refere como sua “alegria e coroa”?
R. Os crentes de Filipos.

2. Entre quais mulheres estava ocorrendo um problema de relacionamento na igreja de Filipos?
R. Evódia e Síntique.

3. Qual era a cidadania dos filipenses? Mas a qual devemos valorizar?
R. Os filipenses tinham cidadania romana. A cidadania que vem do céu.

4. Em sua completude, o que a Carta aos Filipenses destaca sobre a alegria?
R. A alegria divina sustenta a vida cristã.

5. De acordo com a lição o que a alegria divina é capaz de desfazer e produzir?
R. A alegria desfaz a ansiedade e produz a paz.

QUESTIONÁRIOS DO 3° TRIMESTRE DE 2013



                                 Filipenses – A humildade de Cristo
                                       como exemplo para a Igreja 



Lição 09

1. O que Paulo pretendia ao pedir que os filipenses o imitassem?
R. Paulo pretendia mostrar que a verdadeira humildade acata serenamente a responsabilidade de vivermos uma vida digna de ser imitada.

2. O que a dualidade entre “clero” e “leigos” remonta?
R. Remonta à velha prática eclesiástica estabelecida pela Igreja Romana, na Idade Média, onde uma elite (o clero) governa a igreja e esta (os leigos) se torna refém daquela.

3. O que significa o termo “ventre” empregado por Paulo?
R. O termo “ventre” tem um sentido figurado e representa os “apetites” carnais e sensuais.

4. A exemplo dos cidadãos romanos que honravam a César, quem os filipenses deveriam honrar?
R. Os crentes de Filipos deveriam honrar muito mais a Jesus Cristo, o Rei da pátria celestial.

5. O teu coração está seguro em Deus? Há esperança em você?
R. Resposta pessoal.


LIÇÃO 12 – A RECIPROCIDADE DO AMOR CRISTÃO



Fp 4.10-13




INTRODUÇÃO
Na aula passada, tratamos sobre o equilíbrio que é necessário à vida cristã. Falamos sobre alguns conceitos como: a mente, o equilíbrio e qual a relação de uma para com a outra. Também abordamos sobre o que seria a “mente de Cristo”, bem como quais as virtudes que devem ocupar a nossa mente. E, vimos o quão valorosa é a conduta do crente para que ele desfrute da paz de Deus. Na aula de hoje, abordaremos o amor e a generosidade dos irmãos filipenses em prol do ministério de Paulo. Veremos quão grandiosa era a generosidade desta igreja como também o valor e a importância de sabermos viver devidamente contentes com o que temos, a exemplo do Apóstolo. Tendo como fonte deste contentamento o Autor e Consumador da nossa fé – Cristo Jesus, nosso Senhor! Boa aula para todos!!


I. AS OFERTAS DOS FILIPENSES COMO PROVIDÊNCIA DIVINA
Deste o primeiro momento da evangelização da cidade de Filipos até ao período em que Paulo encontrava-se encarcerado em Roma, ele construiu um elo de amor, amizade e comunhão com aquela igreja de modo que ela sempre fora participante de seu ministério. O próprio Apóstolo testifica sobre esta verdade, dizendo: “Dou graças ao meu Deus todas as vezes que me lembro de vós, fazendo sempre, em todas as minhas orações, súplicas por todos vós com alegria pela vossa cooperação no evangelho desde o primeiro dia até agora” (Fp 1.3-5). Por isso, quando lemos a Epístola aos Filipenses claramente percebe-se a amizade, o amor e a grande estima que o Apóstolo dos Gentios nutria com aquela igreja (Fp 1.8). Assim, nota-se também, que os cristãos filipenses eram generosos, porquanto proveram os recursos financeiros necessários para o sustento de seu pai na fé, Paulo. Este ato de generosidade de seus filhos na fé moveu o coração de Paulo a respondê-los, dizendo: “Ora, muito me regozijei no Senhor por, finalmente, reviver a vossa lembrança de mim; pois já vos tínheis lembrado, mas não tínheis tido oportunidade” (v.10). 
A generosidade é a virtude daquele que se dispõe a sacrificar os próprios interesses em benefício de outrem; magnanimidade, ato generoso; bondade. E, foi esta generosidade, que fez com que Paulo escreve a referida Epístola (Fp 2.25). Sendo esta amizade (koinonia), a base desta generosidade, o Dr. F. Davison comenta a mesma, dizendo: “O gr. koinonia deriva-se da raiz que significa "fazer comum" e tem duas aplicações no Novo Testamento. Significa sociedade, comunhão, ter todas as coisas em comum, como na prática da igreja pentecostal (At 2.42), Como não pode haver comunhão sem que haja um "dar" e um "receber", a palavra também é usada no sentido de "contribuição" (Rm 15.26; 2 Co 8.4; 2 Co 9.13; Hb 13.16. cfr. também Fm 6)”. Por isso, no Novo Testamneto, a ênfase de ofertar é colocada no coração do que crê e em sua atitude. Como diz o texto de Atos: “Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber”. Desta forma, estaremos cumprindo a lei do amor: “Levai as cargas uns dos outros, e assim cumprireis a lei de Cristo” (Gl 6.2).


II. O CONTENTAMENTO EM CRISTO EM QUALQUER SITUAÇÃO
Embora Paulo tivesse total ciência de que “aos que anunciam o evangelho, que vivam do evangelho” (1 Co 9.14), ele em nenhum momento quis usar deste direito para não ser pesado a ninguém, como ele mesmo diz: “De ninguém cobicei  prata, nem ouro, nem vestes. Vós mesmos sabeis que estas mãos proveram o que me era necessário, e aos que estão comigo” (At 20.33,34). Paulo era um legítimo obreiro do Senhor, de caráter ilibado e de conduta pautada na Palavra de Deus. Ele tinha sua profissão que era fazedor de tendas (1 Co 18.3; 1 Ts 2.9; 2 Ts 3.8), no entanto, agora encontrava-se encarcerado e necessitado da ajuda dos seus irmãos em Cristo. Por isso, disse aos filipenses: “Não digo isto como por necessidade, porque já aprendi a contentar-me com o que tenho” (v.11). Bem diferente daqueles que, em vez de viverem pela fé, vivem da fé fazendo de sua missão um meio de ganhar dinheiro. Como o próprio Apóstolo diz, ele já tinha aprendido a “contentar-me com o que tenho”. A palavra “contentamento” era conhecidíssima de Paulo, completamente diferente da palavra “determine” comumente difundida na atualidade por supostos “homens de Deus”. Paulo estava alegre em saber que não fora esquecido pelos irmãos de Filipos, e não propriamente do recurso financeiro enviado por eles através de Epafrodito. Mas, que é contentamento? 
O contentamento é o sentimento de estarmos contentes, alegres, satisfeitos com aquilo que temos. Esta é uma verdade das Escrituras que não é ensinada em muitas igrejas hoje! Por isso, no versículo seguinte, o Apóstolo diz: “Sei estar abatido e sei também ter abundância; em toda a maneira e em todas as coisas, estou instruído, tanto a ter fartura como a ter fome, tanto a ter abundância como a padecer necessidade” (v.12). Observe o que diz Paulo, ele nos dá uma grande lição de experiência e fé! Paulo ensina-nos que aprendeu a servir ao Senhor tanto na fartura como na fome, tanto na abundância como na necessidade. Por isso, ele assevera dizendo: “em toda a maneira e em todas as coisas, estou instruído”. As circunstancias não tinham como abalar a fé que Paulo tinha em seu Senhor, por isso ele afirmou: “Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada?” (Rm 8.35). Este mesmo contentamento Paulo ensinou a Timóteo dizendo: “Porque nada trouxemos para este mundo, e nada podemos levar dele; tendo, porém, sustento e com que nos vestir, estejamos contentes. Mas os que querem ficar ricos caem em tentação e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, as quais submergem os homens na ruína e perdição” (1 Tm 6.7-9).  Assim, o Apóstolo dos Gentios conclui dizendo: “em tudo dai graças, pois esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco” (1 Ts 5.18). Este é o legítimo evangelho de Cristo rejeitado por muitos pela maldita teologia da prosperidade!


III. A PRINCIPAL FONTE DO CONTENTAMENTO (4.13)
Era exatamente por sua fé está fundamentada em Cristo, e já está instruído a viver em qualquer circunstância, que Paulo pôde afirmar a célebre frese: “posso todas as coisas naquele que me fortalece” (v.13). Lamentavelmente, muitos citam o referido versículo sem a menor noção do seu devido contexto, logo estão mentindo, a começar para consigo mesmo, pois são movidos por uma emoção divorciada completamente da razão bem como da realidade vivenciada pelo Apóstolo. Paulo está dizendo que a força de sua fé e de seu ministério ante as circunstancias adversas que ele enfrentava como “a tribulação, a angústia, a perseguição, a fome, a nudez, o perigo, e a espada” estavam em Cristo. Por isso, ele asseverou: “Pois estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor” (Rm 8.38,39). Nenhuma dificuldade financeira jamais tiraria de Paulo a visão missionária, porquanto disse ele: “Fiz-me tudo para com todos, para por todos os meios chegar a salvar alguns” (1 Co 9.22b). Portanto, afirmar que “posso tudo em Cristo” apenas para fins materialistas, como ensinam os pregadores da teologia da prosperidade, está plenamente fora daquilo que Paulo está realmente ensinando! Lembremo-nos de que na vida cristã para ganharmos é necessário antes perdermos (Mt 16.25; 13.44-46).


CONCLUSÃO
Diante do exposto, aprendemos que contribuir financeiramente é um dever do cristão, porém o mesmo não pode ser feito por obrigação ou por necessidade, mas com amor, alegria e generosidade (2 Co 9.7). Esta foi a forma utilizada pelos filipenses para demonstrarem seu amor, amizade e apoio ao ministério de Paulo. Por isso, precisamos aprender a sermos generosos, e honrar aqueles que verdadeiramente, engrandecem o Reino de Deus através de seus ministérios. E, acima de tudo, a nos contentarmos com o que temos a exemplo do Apóstolo dos Gentios. Sabendo que com nossa fé firmada em Cristo nenhuma circunstância poderá abater a nossa fé. Não esquecendo o conselho paulino: “A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros, pois quem ama o próximo cumpriu a lei” (Rm 13.8). Que Deus em Cristo abençoe a todos!



REFERÊNCIAS
CABRAL, Elienai. Lições Biblicas (3º trimestre/ 2013) CPAD.
DAVISON, Francis. O novo comentário da Bíblia. Vida Nova.


domingo, 15 de setembro de 2013

LIÇÃO 11 – UMA VIDA CRISTÃ EQUILIBRADA



Fp 4.5-9




INTRODUÇÃO
Na aula passada, tratamos mais uma vez da temática da epístola: A Alegria. Vimos que esta alegria é necessária para nos mantermos firmes na fé, por ser ela quem sustenta a nossa vida cristã. Também tratamos sobre a ansiedade, o que é ela, quais as suas causas e sintomas; além de abordamos a paz de Deus, que como a alegria, é fruto do Espírito !Na aula de hoje, trataremos sobre o equilíbrio que é necessário à vida cristã. Definiremos alguns conceitos sobre a mente, o equilíbrio e qual a relação de uma para com a outra. Também trataremos sobre o que é a “mente de Cristo”, bem como quais as virtudes que devem ocupar a nossa mente. Por fim, veremos o quão valorosa é a conduta do crente para que ele desfrute da paz de Deus. Boa aula para todos!!


I. A EXCELÊNCIA DA MENTE CRISTÃ
Se observarmos o texto bíblico que serve como base para esta lição, veremos que os versículos 5 a 7 já foram explicados na lição passada, por isso, não abordaremos mais eles, até por que os versículos que realmente fundamentam esta lição são os versículos 8 e 9. 
Assim, iniciaremos esta lição com três perguntas que, para esta aula, considero inevitáveis: 1) O que é equilíbrio? Este, segundo o dicionário online, é o estado de repouso de um corpo solicitado por várias forças que se anulam. Posição estável do corpo humano. Ponderação, calma, prudência: equilíbrio de espírito. 2) O que é a mente? Segundo a lição, a mente é a parte incorpórea, inteligente ou sensível do ser humano; pensamento, entendimento. Ela é também conhecida como a imaginação, o intelecto, o espírito. 3) Que relação há entre equilíbrio e mente? Ora, o estado de repouso, isto é, a posição estável do corpo ocorre em nossa mente; visto que, é ela, a sede de todos os nossos estímulos e sentimentos. Daí, o porquê dela simbolizar o espírito como está registrado em Sl 139.2,23 e Hb 8.10. O Apóstolo Paulo fez uso do termo “mente” para simbolizar o Espírito de Deus ao dissertar sobre homem espiritual, disse ele: “Mas o que é espiritual discerne bem a tudo, e ele de ninguém é discernido. Pois quem conheceu a mente do Senhor, para que o possa instruir? Mas nós temos a mente de Cristo” (1 Co 2.15,16). Logo, que significa ter a “mente de Cristo”? Segundo Lawrence Richards, o homem natural pode ridicularizar as declarações do crente ao discernir a realidade. Entretanto, porque o Espírito liga-nos com Jesus, nós o conhecemos e podemos discernir sua vontade. Já ter a mente de Cristo, segundo a Bíblia de Estudo Pentecostal, significa conhecer sua vontade e seu plano e propósito redentor. Significa avaliar e considerar as coisas, da mesma maneira que Deus as vê, atribuir-lhes a importância que Deus lhes atribui, amar o que Ele ama e detestar o que Ele detesta. Diante desta dissertiva, surge a pergunta: “O que tem ocupado as mentes dos crentes da atualidade?”. 
Para responder essa indagação faz-se necessário observarmos, em primeiro lugar, o que tem ocupado as mentes da nossa sociedade. Com a palavra, nosso comentarista, o pastor Elienai Cabral: “Infelizmente, deparamo-nos com uma geração atraída pela ideologia do consumismo e do materialismo, onde o ter é mais importante do que o ser. Tal postura anula o ser humano, e faz com que os relacionamentos sejam pensados em termos de vantagens, ou seja, se não houver algum benefício imediato, logo são descartados. Esse comportamento nos aproxima do modo de vida mundano, e nos distancia das coisas do Alto”. Este é o mundo que estamos inseridos, e que além de materialista, é também hedonista e relativista. Aqui está a resposta daquela indagação! A igreja tem absolvido o comportamento do mundo que por anos ela mesma condenava (eu disse condenava), mas que agora se encontra pior do que ele, pois tendo conhecimento da verdade de Deus e de como proceder, vive e age como se vivessem sem Deus (Mt 7.21; Lc 6.46; Ap 3.15,16). 
Lamentavelmente, a “ética” que a igreja de hoje tem adotado é a do ter no lugar da do ser. Ser salvo, ser santo, ser verdadeiro, ser justo, ser honesto, ser amável, ser imparcial, não tem tanto valor quanto ter status, ter glamour, ter fama, ter popularidade, ter carros, ter imóveis, ter muito dinheiro num banco de grande nome, enfim, coisas do tipo que os que não têm a Deus se preocupam, e as quais ocupam suas mentes. Porém, Paulo nos admoesta quanto a esse tipo de conduta, dizendo: “E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus” (Rm 12.2). A expressão “E não vos conformeis com este mundo” significa que não devemos moldar ao mundo. A transformação de nossa mente, e de nosso interior – transformação pelo Espírito Santo (2 Co 3.18) repele o modelo mundano. Por isso devemos nos transformar pela renovação de nosso entendimento. Aquele que tem a “mente de Cristo” preocupa-se em fazer a vontade de Deus assim como Cristo (Jo 4.32-34).  


II. O QUE DEVE OCUPAR A MENTE DO CRISTÃO (4.8)
No versículo 8, Paulo ensina aos filipenses sobre quais as virtudes que devem ocupar a mente do crente: “Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai”. São essas as virtudes que Paulo quer que estejam nas mentes dos filipenses: a verdade, a honestidade, a justiça, a pureza (santificação), o amor, o bom testemunho, toda e qualquer virtude, além de tudo que redunde em louvor a Deus. O mesmo disse Paulo aos colossenses, porém, de forma diferente: “Portanto, se fostes ressuscitados por Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra” (Cl 3.1,2). Assim comenta o Pastor Elinaldo Renovato sobre este texto: “O “homem natural” (1 Co 2.14 ) é voltado para as “coisas da carne” (Rm 8.5), “as coisas do homem” (1 Co 2.11), “as coisas pertencentes a esta vida” (1 Co 6.3), ou ainda para as “coisas terrenas” (Fp 3.29). A Palavra de Deus nos exorta a buscar “as coisas que são de cima”. “As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu” (1 Co 2.9). São “as coisas de Deus” (1 Co 2.11), “as coisas espirituais” (1 Co 2.13), as bênçãos que acompanham a salvação, a paz de Deus, o seu amor, a sua bondade, a sua misericórdia, a sua graça; “a fé, a esperança e a caridade” (1 Co 13.13), a cura divina, o batismo com o Espirito Santo, os dons do espirituais, e tudo o que tem origem em Deus, em Cristo, e no Espírito Santo, consoante as Sagradas Escrituras. A palavra “buscar”, como aqui está no v.1, implica um esforço contínuo do crente, não apenas para descobrir e conhecer as coisas de Deus, mas para obtê-las”.
Quanto ao que pensar, diz Pr. Elinaldo: Pensar nas “coisas que são de cima” é oferecer a Deus o “culto racional” (Rm 12.1). É ocupar a mente com aquilo que agrada a Deus (Fp 4.8). “E não nas que são da terra”. O crente tem de escolher uma ou outra das duas coisas do v.2. As coisas do céu, ou as mundanas. Não há posição neutra para o crente. Sabemos de antemão que o apego às coisas mundanas é inimizade contra Deus (Tg 4.4). Diante desta dissertiva, resta-nos escolher entre as coisas do céu e as terrenas, isto é, entre as “coisas que são de cima” e as “coisas que são da terra”. Aqueles que já são “ressuscitados por Cristo” sempre priorizam as “coisas que são de cima”!


III. A CONDUTA DE PAULO COMO MODELO (4.9)
No versículo 9, Paulo mais uma vez mostra-se como exemplo, isto é, como modelo de conduta para os filipenses, ele diz: “O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e viste em mim, isso fazei; e o Deus de paz será convosco”. Observa-se que no versículo anterior Paulo enfatiza o ‘pensai, mas agora, ele enfoca o ‘fazei. Assim, Paulo deixa bastante claro que, como disse Myer Pearlman: “O pensamento é o pai da ação”. Desta forma, Paulo mostra que toda ação humana é antes de tudo fruto dos nossos pensamentos; e de igual modo o Mestre Jesus asseverou tal ensino, em seu Sermão do Monte, ao dizer: “Qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura, no coração já cometeu adultério com ela”.  Como pode ser isto? Parece até absurdo! Todavia, o Senhor está condenando esta prática a partir de sua fonte – nossos pensamentos! Por isso, Paulo trata primeiro daquilo que deve ocupar nossos pensamentos, e só posteriormente trata do que devemos fazer. E, é neste fazer, que está inserido a promessa: “e o Deus de paz será convosco”. Portanto, tenhamos disposição para praticar os bons exemplos de fé e conduta como o do Apóstolo Paulo, que asseverou: “Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo” (1 Co 11.1). De nada adianta bons exemplos, se não estivermos dispostos a imitá-los!


CONCLUSÃO
Diante do exposto, aprendemos que a nossa mente deve está ocupada com aquilo que traz edificação para nós, isto é para nossa comunhão com Deus. Por isso, evitemos tudo quanto é supérfluo e priorizemos o “Reino de Deus e a sua Justiça” (Mt 6.33). Porquanto, somos pessoas transformadas pelo poder de Evangelho de Cristo e, temos hoje, a “mente de Cristo”! Desta forma, retenhamos os ensinos e bons exemplos citados na Palavra de Deus, pois assim, Jeová Shalom será conosco (Fp 4.9). Que Deus em Cristo abençoe a todos!



REFERÊNCIAS
CABRAL, Elienai. Lições Biblicas (3º trimestre/ 2013) CPAD.
SOARES, Esequias. Lições Bíblicas. (2º trimestre/ 1998) CPAD.
RENOVATO, Elinaldo. Lições Bíblicas. (3º trimestre/ 2004) CPAD.
 RICHARDS, Lawrence. Guia do Leitor da Bíblia. CPAD.
 Bíblia de Estudo Pentecostal.