segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

QUESTIONÁRIOS DO 4° TRIMESTRE DE 2014



   Integridade Moral e Espiritual –
O Legado do Livro de Daniel
para a Igreja Hoje  





Lição 13

1. Segundo a lição, qual é o significado da expressão “naquele tempo”?
R. A expressão “naquele tempo” se refere ao período da Grande Tribulação.

2. Quem são e como agem os anjos hoje?
R. Os anjos são espíritos ministradores em favor não só da nação de Israel, mas especialmente da Igreja de Cristo.

3. Cite o versículo que deixa clara a doutrina da ressurreição dos mortos no Antigo Testamento.
R. “E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna e outros para vergonha e desprezo eterno” (Dn 12.2).

4. Explique a expressão “a ciência se multiplicará”.
R. A multiplicação da ciência refere-se ao aumento do conhecimento sobre o conteúdo expresso da profecia de Daniel, não tendo relação alguma com o avanço da ciência formal.

5. Com as sua palavras comente a resposta de Daniel: “Eu, pois, ouvi, mas não entendi”.
R. Daniel demonstrou a sua humildade e reconheceu a sua finitude! Não devemos sentir-nos inferiores a outras pessoas quando não entendermos um assunto bíblico. O que não devemos é inventar teorias que contrariam as Escrituras.



quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

LIÇÃO 13 – O TEMPO DA PROFECIA DE DANIEL




Dn 12.1-4; 7-9,11-13




INTRODUÇÃO
Em Daniel, capítulos 10-12, o profeta recebe a revelação dos últimos acontecimentos com a nação de Israel. A nação escolhida fará um acordo de paz por sete anos com o Anticristo - o chifre pequeno (Dn 7.8). Na metade do tempo proposto, o Anticristo desencadeará uma grande perseguição contra o povo judeu. Todavia, Deus protegerá os fiéis. Nesta lição destacaremos o cuidado divino com o Israel fiel durante esse período turbulento; veremos informações sobre a Grande Tribulação; e, ainda pontuaremos como se dará a conversão dos judeus durante a angústia de Jacó.


I – O CUIDADO DIVINO COM ISRAEL DURANTE A GRANDE TRIBULAÇÃO
“As profecias de Daniel até 11.35 podem ser com relativa facilidade relacionadas a acontecimentos da história antiga, os quais lhes deram cumprimento, mas, a partir daí até o final do capítulo 12, não encontramos qualquer correspondência com a história passada, pois dizem respeito a eventos que ainda estão porvir” (GILBERTO, 2010, p. 62 – acréscimo nosso). O capítulo 12 do livro de Daniel inicia mostrando que Deus dará proteção ao remanescente judeu:

1.1 Proteção espiritual (Dn 12.1). Deus protegerá o seu povo remanescente através do arcanjo Miguel no período sombrio da Grande Tribulação. “Este ser angelical é citado nas Escrituras como um anjo guerreiro; seu nome significa: “Quem é semelhante a Deus?”. Ele é sempre citado em conexão com a guerra (Dn 10.13,21; 12.1; Ap 12.7). Em Dn 10.13,21, ele é apontado como o anjo guardião da nação de Israel (Dn 12.1). Miguel é o chefe, o comandante, o capitão dos exércitos celestes, em oposição as hostes espirituais das trevas. A expressão o “Arcanjo” designa algum altíssimo poder angelical, dotado de autoridade sobre larga área, celestial ou terrena; “arcanjo” ou “arca”, como já ficou demonstrado, sugere um “anjo comandante”, principal e poderoso” (SILVA, 1986, p. 195 – grifo nosso). “Miguel não só aparece num momento especifico, mas há um tempo em que ele será ativo, um período que coincidirá com a época do Anticristo (Dn 11.45). Miguel também se levantará quando o Anticristo começar sua carreira (Dn 11.36), ou, mais provavelmente, no meio da carreira do Anticristo, quando ele volta sua atenção para a terra gloriosa (Dn 11.41). Ele está pronto para lutar, pois é um momento crítico para Israel. O agente de Satanás, o Anticristo, está prestes a desatar o mais horrendo genocídio jamais experimentado na história da humanidade” (TOKUNBOH, 2010, p. 1038 – grifo nosso).

1.2 Proteção física (Dn 11.41). Tanto o profeta Daniel como João o escritor do livro do Apocalipse nos mostram que, durante o tempo da Grande Tribulação haverá uma área demarcada por Deus, diante da face do destruidor, que ele não terá acesso. Esta área servirá de “refúgio” para o seu povo: o remanescente. “Tanto no Antigo como no Novo Testamento, esse lugar de “refúgio” tem vários nomes: (a) O lugar preparado por Deus (Ap 12.6); (b) O refúgio (Is 16.4); (c) O quarto (Is 26.20); e, (d) O isolamento (SI 55.5-8). Na simbologia profética, isso significa “o deserto dos povos” (Ez 20.35). Será, sem dúvida, o que está depreendido do presente texto: “Edom e Moabe, e as primícias dos filhos de Amom”. Esses países serão os únicos a escaparem da influência do Anticristo. Essa região será demarcada por Deus naqueles dias sombrios da Grande Tribulação e servirá de “refúgio perante a face do destruidor” (Is 16.4). O monte Sião será também demarcado (Ob v.17; Ap 14.1). Todos esses lugares acima mencionados se transformarão no “deserto de Deus”, preparado para a “mulher” (o Israel Fiel) durante a época da Grande Angústia (Sl 60.8-12; Is 16.4; 26.20; 64.10; Jr 32.2; 40.11; Ez 20.35; Dn 11.41; Os 2.14; Mt 24.36; Ap 12.6,13-17) (SILVA, 1986, pp. 222,223 – acréscimo e grifo nosso).


II – QUANDO E COMO SERÁ A GRANDE TRIBULAÇÃO
A Bíblia nos diz que o Anticristo aparecerá logo após o Arrebatamento da Igreja (II Ts 2.6). Ele proporá a algumas nações e a Israel um pacto de sete anos “E ele firmará aliança com muitos por uma semana” (Dn 9.24-a). Todavia, após o término da primeira fase do seu governo (três anos e meio), o Anticristo irá se voltar contra Israel, rompendo a aliança de paz que havia feito com os judeus por sete anos e desencadeará uma grande perseguição contra este povo e sua religião “e na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oblação; e sobre a asa das abominações virá o assolador, e isso até à consumação [...]” (Dn 9.27-b; cf. Dn 7.25).

2.1 A grande tribulação (Dn 12.1-b). É a “provação a que será submetida a descendência de Israel durante a Grande Tribulação. A expressão usada pelo profeta Jeremias nos dá uma ideia desse momento difícil: “Ah! porque aquele dia e tão grande, que não houve outro semelhante! É tempo de angústia para Jacó; todavia, há de ser livre dela” (Jr 30.7). Angústia fala de um aperto sem referências, quer na história sagrada, quer na história secular do povo de Deus. É o sofrimento dos sofrimentos! (ANDRADE, sd, p. 21 – acréscimo e grifo nosso). Em Marcos 13.19, Jesus acrescenta ainda mais informações. Eis algumas informações sobre este período de tentação que há de vir: (a) durará três anos e meio (Dn 7.25; Dn 12.1,7; Ap 11.2; 13.5,6); (b) será um tempo de angústia incomparável (Jr 30.7; Dn 12.1; Mc 3.19; Lc 21.25 ) e, (c) alcançará Israel e o mundo gentio (Dn 7.24,25; Ap 3.10).

2.2 Haverá salvação durante este período (Dn 12.1-c). É importante destacar que durante o período sombrio da Grande Tribulação muitos judeus e gentios aceitarão a Cristo no período posterior ao Arrebatamento da Igreja, mas serão martirizados. Em Apocalipse 7.1-8, o apóstolo João foi informado de que 144.000 israelitas, 12.000 de cada uma das tribos enumeradas, seriam selados por Deus no decorrer da Grande Tribulação. Em Apocalipse 14.1, eles aparecem sobre o monte Sião. Em Apocalipse 7.9-17, muitos serão martirizados, crentes de todos os países e raças. Estes aparecem triunfantes, nos céus. Eles serão mortos na Terra, durante a Grande Tribulação, pelo ditador mundial, que exigirá que todos o adorem sob pena de morte (Ap 13.15)” (WALWOORD, 2002, p. 240 – grifo nosso).


III – A CONVERSÃO DE TODO ISRAEL NO PERÍODO DA GRANDE TRIBULAÇÃO
Alguns teólogos afirmam que Deus rejeitou para sempre a nação de Israel, que a mesma está debaixo de maldição, e que a Igreja tomou o lugar de Israel no plano e propósito divinos. Consequentemente, essa APLICAÇÃO ERRÔNEA de termos, significaria que a nação judaica está eternamente separada de Deus. Jamais poderá voltar a gozar do favor divino. Mas em Romanos caps. 9 a 11, o apóstolo Paulo claramente revela a restauração da nação e que no plano de Deus o povo judeu ainda será muito abençoado. Israel será por “cabeça das nações e não por cauda” (Dt 28.13).

3.1 Primeira parte (Israel confessa o pecado). “Naqueles dias, os lideres de Israel por fim reconhecerão o motivo de a tribulação ter vindo sobre eles, o que deverá ocorrer por intermédio do estudo das Escrituras, da pregação dos 144.000, das palavras das duas testemunhas. Muito provavelmente, será uma combinação de todos estes fatores, mas os líderes, de alguma forma, dar-se-ão conta do pecado da nação. Embora, no passado, tenham levado a nação a rejeitar o messiado de Jesus, agora farão com que a nação o aceite. A regeneração da nação, portanto, virá através da confissão nacional. Então, toda a nação será salva, cumprindo a profecia de Romanos 11.25-27. “Todo o Israel” significa exatamente isto, ou seja, todo judeu que estiver vivo naquele momento. Será o terço sobrevivente dos judeus que estavam vivos no inicio da Grande Tribulação (Zc 13.8-9)” (LAHAYE, 2010, pp. 115,116 – acréscimo e grifo nosso). (Cf. Ez 37.11).

3.2 Segunda parte (Israel clama pelo Messias). “O segundo aspecto que conduz a segunda vinda é a súplica de Israel pela volta do Messias, a fim de salvar a nação dos exércitos do mundo, os quais tencionam destruí-la e encontram-se reunidos nas cercanias de Bozra. A intercessão dos judeus é abordada em muitas partes das Escrituras. Zacarias 12.10-13.1 descreve este evento. O rogo pela volta do Messias não ficará restrito aos judeus de Bozra, mas também se estenderá aos judeus que ainda estiverem em Jerusalém. Eles confessarão o pecado da nação e orarão pelo retorno de Jesus, para que os salve das aflições daquele momento. Clamarão por aquEle a quem crucificaram. Este será o resultado do derramar do Espirito Santo (Zc 12.10), da lamentação de Israel pelo Messias (Zc 12.11-14) e da purificação dos pecados da nação (Zc 13.1)” (LAHAYE, 2010, p. 116). (Cf. 37.9-14).


IV – A SEGUNDA FASE DA SEGUNDA VINDA DE JESUS PARA IMPLANTAR O SEU REINO
A segunda fase da Segunda Vinda de Cristo é conhecida como a “manifestação gloriosa” (veja Tt 2.13), e é descrita em detalhes em Apocalipse 19.11-20. “A Bíblia nos mostra que finalmente chegará o “grande dia do Senhor” e a pedra cairá “nos pés” da estátua (nos dias do Anticristo). Então... “o ferro, o barro, o cobre, a prata, e o ouro, serão esmiuçados como a pragana das eiras, no estio” (Dn 2.34,35; 8.25; 9.27; 11.45; M t 21.44; 2 Rs 2.8; Ap 19.20.) Todos sabemos que este império de ferro tem atravessado séculos e até milênios, mas “chegará ao seu fim” como está predito na “Escritura da Verdade”. Cristo (a grande pedra) como sabemos, não cairá na cabeça (Império Babilônico) da estátua, nem em seu peito (Império Medo-persa), nem no ventre (Império Grego), nem nas suas pernas (Império Romano) compreendendo de 754 a.C. a 455 d.C. Todos sabemos que, quando Jesus veio a este mundo como meigo Salvador, não destruiu o Império Romano, pelo contrário, este poder de ferro o crucificou, e prosperou ainda por cinco séculos. Mas, como já ficou demonstrado acima, chegará o dia em que a pedra cairá “nos pés” da estátua (no Armagedom), e tudo que diz respeito a esse sistema político mundial terminará no vale de Armagedom pelo triunfo de Cristo (Ap 19.11-21)” (SILVA, 1986, p. 226 – acréscimo e grifo nosso).


CONCLUSÃO
Como pudemos ver, a nação de Israel pagou um alto preço por ter rejeitado o Jesus, o Messias. Setenta semanas de anos foram determinadas sobre o povo. Todavia, o povo judeu não foi rejeitado por Deus. Quando o seu povo se sentir acuado pelo Anticristo e seus exércitos no vale do Armagedom, eles clamarão por livramento e o Cristo a quem eles haviam crucificado descerá para lhes proporcionar livramento e implantar o Reino Milenial como anunciado pelos santos profetas. 



REFERÊNCIAS
Ø  ADEYEMO, Tokunboh. Comentário Bíblico Africano. Mundo Cristão.
Ø  GILBERTO, Antonio. Daniel & Apocalipse. CPAD.
Ø  LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de profecia bíblica. CPAD.
Ø  OLSON, Nels Laurence. O plano divino através dos séculos. CPAD.
Ø  SILVA, Severino Pedro da. Daniel versículo por versículo. CPAD.
Ø  STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
Ø  WALVOORD, John F. Todas as Profecias da Bíblia. VIDA.


Por Rede Brasil de Comunicação


segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

A ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL TERÁ NOVO CURRÍCULO EM 2015




No próximo trimestre, que será o primeiro de 2015, teremos um novo currículo para nossa Escola Bíblica Dominical desenvolvido pela CPAD, em comemoração aos 75 anos de existência da mesma. Segundo Evelyn Lole, as comemorações para o aniversário da CPAD já começaram. Na primeira segunda-feira do mês de dezembro (01/12/2014) foi lançado o novo currículo para Escola Dominical. Ainda, segundo ela, a novidade promete surpreender até mesmo quem ainda não conhece o projeto. Antes, o currículo que era dividido em dois segmentos: Infanto-juvenil e Adultos, agora ganha mais um material exclusivo para o público Jovem (18 a 25 anos). Se você quer saber mais sobre o referido assunto, é só clicar no link: Novo Currículo 2015
E, se você deseja mesmo conhecer o novo currículo CPAD, faça agora o download do currículo aqui: Download Agora

Fonte: CPAD News.

domingo, 21 de dezembro de 2014

QUESTIONÁRIOS DO 4° TRIMESTRE DE 2014



   Integridade Moral e Espiritual –
O Legado do Livro de Daniel
para a Igreja Hoje 




Lição 12

1. Quem constituiu a Dario como rei?
R. A história bíblica diz que Ciro constituiu a Dario como rei.

2. Qual é a importância da profecia a respeito do Império Grego?
R. A importância dessa profecia está no fato de que é Deus que dirige a história para que sua soberana vontade seja exercida especialmente em relação a Israel.

3. Quais eram os quatro generais de Alexandre?
R. Os seus quatro generais eram Cassandro, Lisímaco, Seleuco e Ptolomeu.

4. Segundo a lição, qual é o significado do nome Antíoco Epifânio?
R. O vocábulo Antíoco significa adversário, e Epifânio significa ilustre.

5. Antíoco Epifânio é um tipo de quem?
R. Um tipo do Anticristo.


quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

LIÇÃO 12 – UM TIPO DO FUTURO ANTICRISTO



Dn 11.1-3,21-23,31,36




INTRODUÇÃO
O capítulo 11 do livro de Daniel, descreve a quarta e a última visão do conteúdo profético do livro. A visão diz respeito aos reinos que se seguirão sucessivamente até chegar ao governo do Anticristo, prefigurado na pessoa de Antíoco Epifânio, um rei selêucida, que surgiu no período Interbíblico. Veremos nesta lição, o período entre os Testamentos; a ascensão do governo de Antíoco Epifânio; quem foi Antíoco Epifânio e, a semelhança do seu governo com o do Anticristo.


I – O PERÍODO INTERBÍBLICO
O período entre os dois Testamentos foi um espaço de quatrocentos anos, conhecido como Interbíblico ou Intertestamental. Esta época compreende o retorno dos judeus do exílio até o nascimento de Jesus e, é considerado como o período do silêncio divino. Contudo, nesta época, acontecimentos proféticos cumpriram-se na íntegra, trazendo o surgimento de um personagem importantíssimo tanto para a história bíblica, quanto para a história secular. “As condições gerais desse período podem ser relembradas sabendo-se que houve quatro tempos distintos em que esses quatrocentos anos podem ser divididos: (1) o período persa, 430-322 a.C.; (2) o período grego, 321-167 a.C; (3) o período da independência, 167-63 a.C; e (4) o período romano, 63 a.C. até Jesus Cristo” (CHAMPLIN, 2013, vol. 5, p. 226 – acréscimo nosso).


II – O SURGIMENTO DO GOVERNO DE ANTÍOCO EPIFÂNIO
Com a queda do Império Persa em cerca 331 a.C., Alexandre o Grande, tronou-se um imponente imperador, conquistando também a Palestina em cerca de 332 a.C. Em cumprimento do que está escrito em (Dn 11.3,4), Alexandre o Grande morreu precocemente no apogeu do seu poder e, o seu reino foi divido e repartido entre quatro dos seus generais, a saber, Cassandro, Lisímaco, Seleuco e Ptolomeu. Seleuco governou a Síria, a Babilônia e a Média (o Reino do Norte); e, Ptolomeu governou o Egito (o Reino do Sul). A princípio, a Palestina ficou debaixo do controle sírio, mas não muito depois passou para o controle egípcio, ficando assim durante cerca de cem anos, até 198 a.C. Neste ínterim, os selêucidas (o Reino do Sul) reconquistaram a Palestina, e nos anos 175-164 a.C., os judeus foram severamente perseguidos por Antíoco IV ou Epifânio, que estava resolvido a exterminá-los, juntamente com a sua fé em Deus. (CHAMPLIN, 2013, vol. 5, p. 226 – acréscimo nosso).


III – ANTÍOCO EPIFÂNIO NA VISÃO HISTÓRICA E NA VISÃO PROFÉTICA DE DANIEL
“Antíoco Epifânio (175 a 164 a.C.); filho de Antíoco o Grande, rei dos selêucidas, do Reino do Norte; governou onze anos e, morreu no ano 164 a.C. Foi o grande perseguidor dos judeus na Palestina. Ele foi em sua geração, o homem mais desprezível, narrado nesta profecia; um tipo do futuro Anticristo, “[...] o homem do pecado, o filho da perdição” (2 Ts 2.3);” (SILVA, 1986, p. 211 – acréscimo nosso). “Antíoco tentou incorporar os judeus em seu programa de helenização, ou seja, implantar nos judeus a cultura grega; mudando suas leis, proibindo o culto e os costumes religiosos deles sob pena de morte” (CHAMPLIN, 2013, vol. 1, p. 194 – acréscimo nosso). Abaixo destacamos informações bíblicas a respeito deste homem.

3.1 “Depois se levantará um homem vil...” (Dn 11.21a). “Antíoco Epifânio é apresentado como um homem vil, alguém em quem não se pode confiar; um maquinador e um impostor. É o ‘pequeno chifre’ citado no livro de Daniel 8.9-27. Ele é chamado de o Anticristo do Antigo Testamento e, é visto prefigurando o Anticristo do fim dos tempos” (ADEYEMO, 2010, p.1037 - acréscimo nosso).

3.2 “[...] ao qual não tinham dado dignidade real...” (Dn 11.21b). “Antíoco Epifânio não estava na linha da sucessão, mas tornou-se rei por manipulação, traição e lisonjas, isto é, a política usual. O trono deveria ser de Demétrio Soter, filho e sucessor direto de Seleuco IV Filopater, o atual rei do Reino do Norte, que segundo a profecia morreu “sem ira e sem batalha” (Dn 11.20), envenenado por Heliodoro, seu irmão de criação.” (CHAMPLIN, 2001, vol. 5, p. 3423). “Demétrio Soter , estava sendo mantido refém em Roma. E com o trono desocupado, Antíoco usurpou o trono e assumiu o poder na Síria” (MACARTHUR, 2010, p. 1095 – acréscimo nosso).

3.3 “[...] mas ele virá caladamente...” (Dn 11.21c, 24). A expressão “caladamente” no texto revela a sagacidade deste tirano. “Antíoco Epifânio era um pensador hábil e um orador habilidoso, cujas guerras com palavra eram tão eficazes como suas guerras com armas. Gostava de valer-se de traições, lisonjas e truques. A palavra hebraica para as lisonjas é 'halaqlaq', que tem o sentido básico de 'esperteza suave' (CHAMPLIN, 2001, vol. 5, p. 3423 – grifo nosso). “Conforme a descrição dos escritos antigos, Antíoco Epifânio às vezes fugia secretamente da corte e ia para cidade disfarçado, fazendo amizades com os estrangeiros mais desprezíveis que visitavam o país. Ele praticava os caprichos mais esquisitos, levando alguns a acreditar que fosse um imbecil e, a outros que fosse um louco” (HENRY, 2010, p. 897 – acréscimo nosso).

3.4 “E com os braços de uma inundação...” (Dn 11.22). “Antíoco Epifânio era alguém que sabia falar, mas também era um bom guerreiro. Alcançou êxito em sua primeira ação militar, no momento em que as suas forças militares arrasaram os exércitos egípcios como se fosse uma enchente/dilúvio, uma expressão usada para ataque militar (Dn 9.26)” (CHAMPLIN, 2001, vol. 5, p. 3423 – acréscimo nosso).

3.5 “[…] como também o príncipe do concerto” (Dn 11.22). “Ele encomendou o assassinato do sumo sacerdote de Jerusalém, Onias III, a quem a profecia se refere como príncipe da aliança, que foi morto pelo seu próprio irmão, Menelau, que o traiu, a pedido do próprio Antíoco” (MACARTHUR, 2010, p. 1095 – acréscimo nosso). “Em Daniel 11.28,30 e 32 a palavra 'aliança' ou 'concerto' é usada para se referir ao Estado judeu, que na época era uma teocracia (o Governo de Deus), tendo o sumo sacerdote como seu líder” (ADEYEMO, 2010, p.1037 - acréscimo nosso).

3.6 “[...] seu coração será contra o concerto...” (Dn 11.28,31). “Na sua viagem para o norte, através de Israel para a Síria com as suas riquezas, Antíoco propagou uma sedição, ou seja, uma sequência de assassinatos bárbaros, roubos, catástrofes. Ele atacou o templo de Jerusalém, colocando no lugar Santo uma imagem do deus grego, Zeus; esse altar a Zeus é o que os judeus chamam de abominação desoladora; profanou os ritos dos sacrifícios quando ofereceu uma porca no altar do Senhor” (MACARTHUR, 2010, p. 1095 – acréscimo nosso); “os judeus consideravam os porcos imundos (Lv 11.4,7,8); além disso, os sacrifícios eram normalmente feitos com animais machos (Lv 8.18-21). Desse modo, o sacrifício de uma porca foi uma tentativa de sujar e desonrar a religião judaica” (DYER, sd, p.12) . “Antíoco ainda massacrou 80.000 judeus, levou 40.000 como prisioneiros de guerra e, vendeu outros 40.000 como escravos” (MACARTHUR, 2010, p. 1095 – acréscimo nosso).

3.7. “E esse rei fará conforme a sua vontade...” (Dn 11.36). Neste ponto, o autor apresenta um rei que governará “no fim do tempo” (Dn 11.40). O seu reinado de terror inaugura um ‘tempo de angústia’ sem paralelos na história humana (Dn 12.1; Mt 21.21,29-31); este rei não pode ser Antíoco Epifânio, mas é um personagem perverso e tirânico do fim dos tempos. Esta descrição está em conformidade com a descrição deste personagem, apresentado em outras passagens da Bíblia (Dn 7.8- 11,20-27; 2 Ts 2.3,10; Ap 13.4-8; 19.19-20), e foi aceita por toda a História da Igreja (por exemplo, Crisóstomo, Jerônimo, Teodoreto e Lutero) (DEFESA DA FÉ, 2010, p.1363).


IV – SEMELHANÇAS DO GOVERNO DE ANTÍOCO EPIFÂNIO COM O GOVERNO DO ANTICRISTO
“Aqui, as histórias dos dois “anticristos” são colocadas de costas uma para a outra, não simplesmente por ênfase, mas porque ambas envolvem o ódio aberto contra Deus e a perseguição aos judeus, à plataforma de ambos os governos se assemelham.” (ADEYEMO, et al, 2010, p.1037 - acréscimo nosso).

DESCRIÇÃO
ANTÍOCO EPIFÂNIO
ANTICRISTO

Significado do nome

“Opositor”
No grego “antichristos” “contra Cristo”
A promoção da mentira
Dn 11.21,23,24,27
2 Ts 2.11
A promoção do pecado
Dn 11.25-30
2 Ts 2.3
A promoção do culto a Satanás
Dn 11.31 Dn 11.45;
2 Ts 2.4
A promoção de uma economia única
Dn 11.22, 23
Ap 13. 16-18



CONCLUSÃO
Como podemos ver, Antíoco Epifânio prefigura o Anticristo que há de vir. Assim como este perverso imperador perseguiu os judeus com roubos, assassinatos, profanando o sagrado e com tantas outras catástrofes, semelhantemente, o Anticristo, o homem do pecado, perseguirá os judeus, cometendo as maiores atrocidades, a fim de destruí-los, mas assim como Antíoco Epifânio foi extirpado, o Anticristo com o seu governo também será, pois o Senhor, que é o Rei dos Reis e Senhor dos Senhores, destruirá o Anticristo pelo assopro da sua boca e pelo esplendor da sua vinda (2 Ts 2.8).




REFERÊNCIAS
Ø  ADEYEMO, Tokunboh. Comentário Bíblico Africano. MUNDO CRISTÃO.
Ø  Bíblia de Estudo Defesa da Fé. CPAD
Ø  Bíblia de Estudo MacArthur. SBB.
Ø  CHAMPLIN, R. N. Enciclopédia de Bíblias, Teologia e Filosofia, vol. 1. HAGNOS.
Ø  CHAMPLIN, R. N. Enciclopédia de Bíblias, Teologia e Filosofia, vol. 5. HAGNOS
Ø  CHAMPLIN, R. N. O Antigo Testamento Interpretado: Versículo por versículo, vol. 5. HAGNOS.
Ø  HENRY, Matthew. Comentário Bíblico Antigo Testamento. CPAD.
Ø  SILVA, Severino Pedro da. Daniel versículo por versículo. CPAD.
Ø  STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.


Por Rede Brasil de Comunicação


terça-feira, 16 de dezembro de 2014

QUESTIONÁRIOS DO 4° TRIMESTRE DE 2014



   Integridade Moral e Espiritual –
O Legado do Livro de Daniel
para a Igreja Hoje  




Lição 11

1. Como se inicia o capítulo dez?
R. Com a visão que Daniel teve a respeito dos acontecimentos dos últimos dias.

2. Qual era o motivo da tristeza de Daniel?
R. Não sabemos o motivo real que trouxe tamanha tristeza e dor ao coração de Daniel. Todavia, sabemos que ele não se deixou abater por sua melancolia. Daniel continuou a orar e jejuar, buscando o socorro divino.

3. A visão de Daniel no capítulo dez se parece com quais visões?
R. A visão de Daniel é muito parecida com a que João teve na ilha de Patmos (Ap 1.12-20) e com a do profeta Ezequiel (Ez 1.26).

4. Quem era o “homem vestido de linho”?
R. Acredita-se que, assim como João e Ezequiel, o profeta Daniel tenha visto o Senhor Jesus Cristo.

5. Segundo a lição, quem era o príncipe da Pérsia?
R. A maioria dos teólogos acredita que este príncipe seja um anjo satânico.


sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

LIÇÃO 11 – O HOMEM VESTIDO DE LINHO




Dn 10.1-6; 9,10,14




INTRODUÇÃO
Veremos que os três últimos capítulos de Daniel constituem “uma unidade profética”, pois, não anunciam novos oráculos. Estes últimos capítulos (Dn 10 a 12), preenche os detalhes do futuro de Israel, concentrando-se no período do Anticristo e na questão relacionada com "as últimas coisas" a saber: a Grande Tribulação, a ressurreição dos mortos, as recompensas e os castigos finais. Estudaremos também a visão do homem vestido de linho, que é uma aparição de Cristo no Antigo Testamento.


I – INFORMAÇÕES SOBRE A VISÃO DE DANIEL CAPÍTULO 10
Os capítulos 10, 11 e 12 de Daniel faz parte da “última visão” do profeta Daniel. Como vimos em lições passadas, Daniel viveu tempo suficiente para ver a profecia de Jeremias se cumprir e o primeiro grupo de judeus exilados voltar para a terra e começar a reconstruir o templo. Se o profeta, como já estudamos em lições passadas, estava entre 14 a 17 anos quando foi levado para a Babilônia. Então na época desta visão, ele estava entre seus 80 e 87 anos, alguns sugerem 90. A visão foi dada no ano terceiro de Ciro (Dn 10.1), “dois anos após o retorno dos judeus à Palestina”. Ora, Ciro decretou o regresso dos judeus do Exílio no “primeiro ano do seu reinado” (Ed 1.1-5). Então o “terceiro ano de Ciro”, rei da Pérsia era (c. 536 a.C.). A restauração e a reconstrução do templo já começara (Ed caps. 1 ao 3), mas foi interrompido por pressão dos inimigos (Ed 4.4-5). Tais notícias devem ter ferido o coração de Daniel estimulando-o a buscar a face de Deus uma vez mais. “Naqueles dias eu, Daniel, estive triste por três semanas...” (Dn 10.2,3) (ADEYEMO et al, 2012, p. 1034).


II – ANALISANDO A REVELAÇÃO DE DANIEL
O fato de Daniel estar junto ao rio Hidéquel (rio Tigre) oferece-nos a razão dele não ter voltado a Jerusalém com os demais peregrinos. Aparentemente, esse retorno era impossível para Daniel, primeiro devido à sua idade, segundo por causa de suas ocupações como um dos administradores do império (Dn 6.1-3). É possível que sua presença no rio Tigre se devesse a negócios do governo, e aí o profeta vê em visão o próprio Filho de Deus na sua preencarnação (GILBERTO, 1984, p. 53), através de uma teofania, do grego “theos” Deus e “phania” manifestação em forma humana (cap. 10) (ANDRADE, 2006, p. 339). Daniel registrou o momento em que recebeu esta visão: “No dia vinte e quatro do primeiro mês, estando eu à borda do grande rio Tigre” (Dn 10.4). Analisemos esta visão:

2.1 A preocupação do profeta Daniel (Dn 10.1-3). Daniel havia jejuado, orado e não se ungiu com óleo durante três semanas enquanto buscava o Senhor. Um dos motivos para isso era, provavelmente, sua preocupação com os quase cinquenta mil judeus que haviam saído da Babilônia e viajado para sua terra natal a fim reconstruir o templo. Uma vez que Daniel tinha acesso a relatórios oficiais, sem dúvida ficou sabendo que o remanescente havia chegado em segurança em Jerusalém e que todos os tesouros do templo estavam intactos. Também deve ter ouvido que os homens haviam lançado os alicerces do templo, mas que o trabalho havia sofrido oposição e, por fim, parado (Ed 4). Sabia que seu povo estava sofrendo privações na cidade arruinada de Jerusalém e perguntou-se se Deus iria deixar de cumprir as promessas que havia feito a Jeremias (Jr 25.11, 12; 29.10-14) (WIERSBE, 2010, p. 368).

2.2 O duplo sentido dos 70 anos. É possível que Daniel não tivesse compreendido que a profecia dos setenta anos tinha uma aplicação dupla, primeiro para o povo e depois para o templo. Os primeiros judeus foram deportados para a Babilônia em 605 a.C., e os primeiros cativos voltaram em 535 a.C., exatamente setenta anos depois. O templo foi destruído pelo exército babilônio em 586 a.C., e o segundo templo foi completado e consagrado em 516 a.C., outro período de exatamente setenta anos. Daniel estava aflito para que a Casa do Senhor fosse reconstruída o quanto antes, mas não percebeu que Deus estava realizando seus planos com perfeição. As obras foram interrompidas em 536 a.C., continuaram em 520 a.C. e foram completadas em 516 a.C. Esse adiamento de dezesseis anos manteve tudo dentro do cronograma. (WIERSBE, 2010, p. 368).



III - UMA VISÃO EXTRAORDINÁRIA
3.1 O MOTIVO DO JEJUM DE DANIEL. “Naqueles dias eu, Daniel, estive triste por três semanas completas” (Dn 10.2). A razão do seu lamento e tristeza acompanhada de jejum é certamente explicada pela data mencionada no versículo 1: "No terceiro ano de Ciro". É que por volta do terceiro ano de Ciro, a obra iniciada da reconstrução do templo, fora embargada (Ed 1-3; 4.4,5). Daniel, como patriota e membro da nação eleita, preocupava-se com o futuro de sua nação; como já vimos este exemplo na sua oração do capítulo 9. Contudo, havia ainda outro motivo para Daniel jejuar e orar: desejava entender melhor as visões e profecias que já havia recebido e ansiava por mais revelações do Senhor sobre o futuro de israel.

3.2 A DURAÇÃO DO JEJUM DE DANIEL. “Alimento desejável não comi, nem carne nem vinho entraram na minha boca... até que se cumpriram as três semanas” (Dn 10.3). O presente versículo apresenta um jejum intensivo feito por Daniel por 21 dias. A perseverança do profeta na oração e no jejum por três semanas pela situação do povo em Jerusalém ocasionou a resposta divina (Dn 10.12). O israelita jejua quando está de luto (1Sm 31.13; 2Sm 1.12; 3.35), ou quando está em graves dificuldades e espera de Deus o auxílio de que necessita (2Sm 12.16; 1Rs 21.27; Sl 35.13). Também se jejua em preparação para receber a revelação de Deus, como bem pode ser depreendido do texto de Êx 34.28 e do presente texto, ou antes de um empreendimento difícil (Ed 8.21-23; Et 4.16) (SILVA, 1986, p. 187).

3.3 O TEMPO DO JEJUM DE DANIEL. “E no dia vinte e quatro do primeiro mês...” (Dn 10.4). Alguns pesquisadores defendem que três dias depois do fim de seu jejum de três semanas, Daniel teve uma visão assustadora quando estava à beira do rio. Já outros dizem que a expressão “no dia vinte e quatro do primeiro mês” quer dizer que Daniel iniciou esta abstinência no terceiro dia do mês e concluiu no 24º dia. O rio Hidéquel traz este nome que em assírio e grego corresponde ao rio Tigre. Era um dos rios que assinalavam a localização do jardim do Éden (Gn 4.2,14) (SILVA, 1986, p. 187).

3.4 A RESPOSTA DO JEJUM. "[…] o príncipe do reino da Pérsia". (Dn 10.13). Esse “príncipe” não era de origem terrena, tratava-se de um anjo diabólico tão forte, que a vitória só foi decidida quando Miguel, o poderoso arcanjo, entrou em ação e assim a resposta da oração chegou a Daniel (Dn 10.13). Assim como Deus tem anjos que protegem nações, Satanás também tem os dele, que operam, mas a seu modo. Ao que parece, há anjos perversos específicos incumbidos nas diversas nações; que alguns estudiosos de angelologia chamam esses seres de "espíritos territoriais". Esse anjo mau da Pérsia controlava os destinos desse país, mas foi desbancado pelos anjos de Deus. “E eu obtive vitória sobre os reis da Pérsia” (v. 13) (GILBERTO, 1984, p. 55).

3.5 GABRIEL E MIGUEL: DOIS MENSAGEIROS DO SENHOR. "[…] e eis que Miguel, um dos primeiros príncipes, veio para ajudar-me..." (v.13). A expressão "primeiros" é literalmente "principais". Isto mostra que os anjos dividem-se em categorias, já a palavra "príncipe", no hebraico "sor", corresponde a “chefe; aquele que domina”. O arcanjo Miguel é anjo guardião de Israel (Dn 10.21; 12.1). A palavra “arcanjo” do grego “archangelos” significa “anjo principal”. O prefixo “arch” sugere tratar-se de um anjo chefe, principal ou poderoso. Na Bíblia Sagrada, mais precisamente em Judas v.9 e I Tessalonicenses 4.16, aparece a menção de apenas um arcanjo: Miguel. Seu nome em hebraico significa: “Quem é como Deus”. Nas Escrituras, Miguel é descrito como: o arcanjo (Jd v.9); o líder das hostes angélicas no conflito com Satanás e os seus anjos maus (Ap 12.7); um dos primeiros príncipes (Dn 10.13); “vosso Príncipe” (Dn 10.21); e o grande príncipe, “defensor dos filhos do teu povo” (Dn I2.I). Gabriel, cujo nome quer dizer “homem de Deus” ou “herói de Deus”. Significa, também, “o poderoso”, evidenciando o que o nome sugere (GILBERTO et al, 2008, p. 454,455).


IV - A DESCRIÇÃO DO HOMEM VESTIDO DE LINHO
Se considerarmos como dizem alguns teólogos que esse “homem vestido de linho” dos versículos 5 ao 9 é o mesmo ser que tocou e falou com Daniel nos versículos 10 a 15, então, teríamos de optar por Gabriel ou algum outro anjo, pois é impossível que Jesus precisasse da ajuda de Miguel para derrotar um anjo perverso como está escrito no versículo 13. Contudo, o ser que tocou Daniel e que falou com ele nos versos 10 a 15, não foi o mesmo “homem vestido de linho” que lhe apareceu na visão anterior. A descrição do “homem vestido de linho” assemelha-se a descrição do Cristo glorificado que encontramos em (Ap 1.12-16), e a reação de João frente a este homem “E, eu, quando vi, caí a seus pés como morto...” (Ap. 1.17) foi a mesma de Daniel “... e não ficou força em mim; e transmudou-se em mim a minha formosura em desmaio, e não retive força alguma” (Dn 10.5). Esse homem em ambas referências era o Cristo pré-encarmado, pois a linguagem é semelhante nestes dois livros e as características também são as mesmas (Dn 10.5-9; comparar com (Ap 1.12-20). O ponto de vista da maioria dos estudiosos da escatologia bíblica, é que de fato, é a pessoa de Jesus no livro de Daniel. A vestimenta de linho fino, a veste celeste, os lombos cingidos de ouro puro, o seu corpo luzente como berilo, o rosto como um relâmpago, os olhos como tochas de fogo, os braços e os pés luzentes e como se fossem de bronze polido, e a voz como a voz de muitas águas, são características INERENTES EXCLUSIVAMENTE ao Filho de Deus e não de algum anjo seu.


CONCLUSÃO
Vimos que apesar de ter vivido durante oito décadas numa terra pagã, Daniel manteve seu coração e sua vida puros diante de Deus. Orava para que o remanescente que habitava em Jerusalém fosse um povo santo para o Senhor, a fim de que fossem abençoados em seu trabalho. 



REFERÊNCIAS
   Ø  ADEYEMO, Tokunboh. Comentário Bíblico Africano. Mundo Cristão.
   Ø  GILBERTO, Antonio. Daniel & Apocalipse. CPAD.
   Ø  _______________. et al. Teologia Sistemática. CPAD.
   Ø  SILVA, Severino Pedro da. Daniel versículo por versículo. CPAD.
   Ø  STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
   Ø  WIERSBE, Warren W. Comentário Bíblico Expositivo: Antigo Testamento. Vol. IV. Geográfica.