domingo, 30 de novembro de 2014

QUESTIONÁRIOS DO 4° TRIMESTRE DE 2014



   Integridade Moral e Espiritual –
O Legado do Livro de Daniel
para a Igreja Hoje  




Lição 09

1. Quais são os dois animais da visão do capítulo oito?
R. O carneiro e o bode.

2. O carneiro simbolizava qual império?
R. O império medo-persa.

3. O que representava os dois chifres do carneiro?
R. Ciro, o persa; Dario da média.

4. A ponta pequena do chifre refere-se a quem?
R. Essa “ponta pequena” refere-se à Antíoco Epifânio que tornou-se um opressor terrível contra Israel.

5. Alguns teólogos veem Antíoco como um protótipo de quem?
R. Protótipo do Anticristo.


sexta-feira, 28 de novembro de 2014

LIÇÃO 09 – O PRENÚNCIO DO TEMPO DO FIM



Dn 8.1,3-11




INTRODUÇÃO
O livro de Daniel é um tratado de Escatologia histórica e profética. Nele encontramos diversas profecias acerca do “tempo do fim” (Dn 8.17,19; 11.6,13,27,35,40; 12.4,9). No capítulo 2 a Pérsia e a Grécia são simbolizadas pelos braços de prata e ventre de cobre; no capítulo 7 elas são simbolizadas por um urso com três costelas em sua boca e um leopardo com quatro asas e quatro cabeças; já no capítulo 8, ele descreve uma visão de um carneiro e um bode, que representam também essas duas potências. Nesta visão, estes dois animais domésticos, exibem de forma precisa o surgimento, ascensão e queda destes impérios como veremos a seguir.


I – A VISÃO DE UM CARNEIRO: O IMPÉRIO MEDO-PERSA
1.1 A Época e local da visão (Dn 8.1,2). Cronologicamente, este capítulo vem antes do 5. O capítulo 8 tem lugar no ano terceiro de Belsazar, ao passo que o capítulo 5, como já vimos, marcou o final do governo de Belsazar (Dn 5.30). Portanto, quando esta visão ocorreu a Daniel, o seu povo continuava exilado em Babilônia. A visão ocorreu em Susã, que era a capital de Elão e a residência de inverno dos reis persas. Aí tem lugar a história de Neemias e Ester. A visão ocorreu próximo ao rio Ulai, que é modernamente chamado de Chapur (GILBERTO, 2010, p. 41).

1.2 “E levantei os meus olhos e vi, e eis que um carneiro estava diante do rio...” (8.3). Esse carneiro representa a segunda potência mundial, a saber, o Império Medo-persa (Dn 8.20). Ele tinha dois chifres (Almeida Revista e Atualizada), ou pontas (Almeida Revista e Corrigida), que representavam, exatamente, a união dos dois povos, a saber, os medos e os persas. O chifre que subiu por último representa a Pérsia, a qual se tornou o reino dominante com a subida de Ciro ao trono. “Daniel contempla na sua visão da noite, que o audacioso carneiro se encontrava “diante do rio”. Isso descreve o momento em que o general Ciro, comandando seus exércitos medo-persas já se encontrava as margens do rio Ulai preparando-se para o “assalto” a Babilônia” (SILVA, 1986, p. 150).

1.3 “Vi que o carneiro dava marradas para o ocidente, e para o norte e para o meio dia; e nenhum dos animais lhe podiam estar diante dele... ” (Dn 8.4). A expressão “dar marradas” significa bater forte com a cabeça. Esta profecia anuncia as conquistas do império medo-persa, que guerreou fortemente contra o ocidente (Babilônia); contra o norte (Lídia) e contra o sul, descrito no texto como “meio dia” referindo-se ao (Egito). Essa é também a interpretação das três costelas na boca do urso (Dn 7.5). “Ciro, não só conquistou as potências acima mencionadas, mas ainda todas as demais nações daqueles dias. Foi, realmente o que diz e representa a visão contemplada: “Nenhuns dos animais [povos e reinos] podiam estar diante dele” (SILVA, 1986, p. 151 – acréscimo nosso).

1.4 “... e ele fazia conforme a sua vontade e se engrandecia” (Dn 8.4b). Em 550 a.C., Ciro, o persa, se rebelou contra os medos, que até então detinha o poder e se tornou cabeça dos dois povos; esse acontecimento fez com que a Pérsia se elevasse sobre a Média. Esse também é o significado das passagens registradas em Daniel 7.5, onde lemos que o urso “se levantou sobre um dos seus lados”; e de Daniel 8.3 onde lemos que um chifre era “mais alto que o outro; e o mais alto subiu por último”.


II – A VISÃO DE UM BODE: O IMPÉRIO GREGO
2.1 “E, estando eu considerando, eis que um bode vinha do ocidente sobre toda a terra, mas sem tocar no chão; e aquele bode tinha um chifre notável entre os olhos” (Dn 8.5). Este bode representa o reino da Grécia (Dn 8.5-8,21). Daniel descreveu que ele vinha “sem tocar no chão”. Isso significa que não houve dificuldade ou barreira durante o rápido processo de conquistas realizadas pelo Império Grego. O “chifre notável entre os olhos” representava Alexandre o Grande. A história diz que Alexandre, quando jovem, educou-se aos pês de Aristóteles, como Paulo aos pés de Gamaliel (At 22.3). Aristóteles foi discípulo de Platão. Juntos, esses dois filósofos eram chamados de “os dois olhos da Grécia” (SILVA, 1986, p. 152 – acréscimo nosso).

2.2 “Dirigiu-se ao carneiro que tinha as duas pontas, ao qual eu tinha visto diante do rio; e correu contra ele com todo o ímpeto da sua força. [...] e feriu o carneiro e lhe quebrou as duas pontas [...] e o lançou por terra e o pisou aos pés; não houve quem pudesse livrar o carneiro da sua mão” (Dn 8.6,7). Daniel descreve uma profecia que já teve seu cumprimento na história, a saber, o império Grego simbolizado pelo bode, guerreando contra o império Persa, simbolizado por um carneiro. O poderoso bode não apenas feriu o carneiro como também lhe quebrou ambos os chifres. “O presente versículo foi escrito antes de seu cumprimento (talvez 200 anos antes). Alexandre combateu, de fato, o Império Medo-persa, mais ou menos em 331 a.C. E esta profecia foi escrita por Daniel, mais ou menos em 539 a.C. É uma predição notável o choque de dois Impérios mundiais” (SILVA, 1986, p. 153 – acréscimo nosso).

2.3 “E o bode se engrandeceu em grande maneira; mas, estando na sua maior força, aquela grande ponta foi quebrada; e subiram no seu lugar quatro também notáveis, para os quatro ventos do céu” (Dn 8.8). A grande ponta, como já vimos, diz respeito a Alexandre, o Grande, “um dos guerreiros mais brilhantes dos tempos antigos. Ele foi rei da Macedônia, fundador do helenismo, gênio militar e propagador da cultura grega e grande imperador grego. Em doze anos de reinado Alexandre tinha o mundo a seus pés. Morreu em 323 a.C., em Babilônia, aos 33 anos de idade. As quatro pontas notáveis que surgiram em seu lugar diz respeito a seus quatro generais que assumiram o império grego depois de sua morte: Cassandro ficou com a Macedônia; Lisímaco com a Trácia e quase toda a Ásia Menor; Selêuco ficou com a Síria, Babilônia e Palestina; Ptolomeu ficou com o Egito. Essas divisões correspondem hoje à Grécia, Turquia, Síria, Iraque e Egito” (GILBERTO, 2010, p. 41).

2.4 “E de uma delas saiu uma ponta mui pequena, a qual cresceu muito para o meio dia, e para o oriente, e para a terra formosa” (Dn 8.9). “Trata-se do rei selêucida Antíoco Epifânio, o opressor de Israel no AT, o qual procedeu da Síria, uma das divisões do império grego, de que já falamos. Ele é conhecido como o "Anticristo do Antigo Testamento", tal a perseguição que infligiu ao povo judeu no século II a.C., durante o chamado Período Inter-bíblico (período que vai de Malaquias a Mateus - cerca de 400 anos). Antíoco reinou de 175 a 167 a.C. Ele decidiu exterminar o povo judeu e sua religião. Chegou a proibir o culto a Deus. Recorreu a todo tipo de torturas para forçar os judeus a renunciarem à sua fé em Deus. Isto deu lugar à famosa Revolta dos Macabeus, uma das páginas mais heroicas da história de Israel. Epifânio quer dizer o magnífico. Ele era assim chamado por seus amigos. Seus inimigos o chamavam "Epimânio", que quer dizer “louco” (GILBERTO, 2010, p. 41).

III – GRÁFICO COMPARATIVO DOS DOIS IMPÉRIOS NAS PROFECIAS DE DANIEL

IMPÉRIO
CAPÍTULO 2
CAPÍTULO 7
CAPÍTULO 8
O império medo persa é representado pelo peito e braços de prata da estátua (Dn 2.32b,39); pelo urso com três costelas entre os dentes (Dn 7.5); e pelo carneiro com duas pontas (Dn 8.3,4,20).


























O império grego está representado pelo ventre e coxas de cobre (Dn 2.32c, 39b), pelo leopardo com 4 asas e 4 cabeças (Dn 7.6); e pelo bode peludo (Dn 8.5,21).



















IV – A INTERPRETAÇÃO DAS VISÕES DE DANIEL
Em Dn 8.15-22 diz que o profeta procurou entender a visão, e se apresentou diante dele um ser semelhante a um homem. Ele ouviu também uma voz nas margens do rio Ulai, que disse àquele ser: “Gabriel, dá a entender a este a visão” (Dn 8.16). Quando o anjo aproximou-se do profeta, ele ficou assombrado e caiu sobre o seu rosto. E ele lhe disse: “Entende, filho do homem, porque esta visão se realizará no fim do tempo” (Dn 8.17). O anjo Gabriel, então, deu a interpretação da visão. Vejamos: O carneiro com duas pontas são os reis da Média e da Pérsia (Dn 8.20); o bode peludo é o rei da Grécia; e a ponta grande que tinha entre os olhos é o primeiro rei, referindo-se a Alexandre, o Grande (Dn 8.21). No fim do seu reinado se levantará um rei feroz, e será entendido em adivinhações, referindo-se a Antíoco Epifânio (Dn 8.23). Quanto a profecia de Daniel 8.23-26, muitas interpretações tem sido dadas pelos teólogos e comentaristas das profecias bíblicas: (1) que ela já se cumpriu no passado, pois refere-se a Antíoco Epifânio; (2) que ela refere-se a um tempo futuro, pois diz respeito ao Anticristo. Mas, podemos dizer que ela tem um dupla referência, pois, apesar de haver se cumprido no passado, na pessoa de Antíoco Epifânio, também refere-se ao líder mundial, o Anticristo, que surgirá no futuro, e dominará sobre todo o mundo, após o arrebatamento da Igreja (Dn 9.26,27; 11.36-45; II Ts 2.3-10; Ap 13.1-10).


CONCLUSÃO
Como pudemos ver, Deus mostrou ao profeta Daniel, em visões, um carneiro e um bode, que representavam os impérios que surgiriam depois da Babilônia, ou seja: o império medo-persa e o império grego, bem como o surgimento de Alexandre, o grande e de Antíoco Epifânio, um tipo do Anticristo.



REFERÊNCIAS
Ø  GILBERTO, Antônio. Daniel e Apocalipse. CPAD.
Ø  SILVA, Severino Pedro da. Daniel Versículo por Versículo. CPAD.
Ø  STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
Ø  WALVOORD, John F. Todas as Profecias da Bíblia. VIDA.



Por Rede Brasil de Comunicação


quinta-feira, 27 de novembro de 2014

QUESTIONÁRIOS DO 4° TRIMESTRE DE 2014



   Integridade Moral e Espiritual –
O Legado do Livro de Daniel
para a Igreja Hoje 





Lição 08

1. Quais são os animais que aparecem na visão de Daniel?
R. Um leão com asas de águia; um urso com três costelas na boca; um leopardo com quatro asas; um animal com uma aparência indescritível com dentes de ferro que comia e triturava tudo o que via no caminho.

2. De acordo com o que você aprendeu na lição, dê a interpretação de cada animal.
R. As figuras representadas pelo leão, o urso, o leopardo e o quarto animal, significam quatro reis que se levantaram sobre a terra, isto é, o rei da Babilônia, o rei Medo-Persa, o rei da Grécia e o rei de Roma.

3. Explique o significado dos dez chifres e o “pequeno chifre”.
R. Os dez chifres que saíam da cabeça do quarto animal prefiguravam dez reis advindos do antigo império romano. O pequeno chifre é o Anticristo escatológico.

4. Explique o que significa a expressão “filho do homem”.
R. A expressão “filho do homem” refere-se a um ser humano distinto que recebe de Deus a soberania celestial.

5. Como se dará a vinda do filho do homem?
R. O “filho do homem” voltará nas nuvens do céu.


quinta-feira, 20 de novembro de 2014

LIÇÃO 08 – OS IMPÉRIOS MUNDIAIS E O REINO DO MESSIAS



Dn 7.3-8; 13,14



INTRODUÇÃO
Nesta lição estudaremos as semelhanças dos impérios mundiais que existem entre os capítulos 2 e 7 do livro de Daniel, bem como sobre o Reino do Messias. Perceberemos que até o capítulo 6 deste livro as profecias giram em torno dos gentios, e, a partir do 7, giram em torno, principalmente, dos judeus. Analisaremos os fatos históricos já cumpridos e os escatológicos, e por fim, veremos que o Reino Milenial é real e se cumprirá literalmente.


I – INFORMAÇÕES GERAIS DE DANIEL 7
Cronologicamente, este capítulo 7 vem antes do capítulo 5; basta comparar Dn 5.30,31 com Dn 7.1. “Três importantes mudanças têm início neste capítulo sete. 1º) Até o capítulo 7 a matéria é principalmente histórica. Daí em diante é principalmente preditiva, ou seja, escatológica; 2º) Até agora Daniel fora o agente divino na revelação, interpretando sonhos de Nabucodonosor (Dn 2.13-45; 4.1-27). Daqui para frente, um anjo interpreta os sonhos e as visões do próprio Daniel (Dn. 7.16; 8.15-17; 9.20-23; 10.10-14), e 3º) Até agora o autor (Daniel) falou na terceira pessoa; daqui para frente ele escreve na primeira, dando um relatório mais íntimo de suas experiências” (MOODY, sd, p. 47 – acréscimo nosso). “Aqui temos a continuação do capítulo 2, o assunto é o mesmo, em continuação: as quatro últimas potências mundiais. No capítulo 2 esses impérios são representados por uma estátua, já no presente capítulo, esses mesmos impérios são representados por quatro animais. No capítulo 2, por meio de Nabucodonosor, Deus revelou o lado político desses últimos impérios mundiais. A Daniel, nesse capítulo, Deus revelou o lado moral e espiritual” (GILBERTO, 2010, p. 33).


II – SEMELHANÇAS ENTRE OS REINOS MUNDIAS DE DANIEL CAPÍTULO 2 E 7
É significativo que as nações, em geral, escolhem, inconscientemente para si, símbolos nacionais provenientes de animais ferozes e aves de rapina. Concorda-se de modo geral que a sucessão dos quatro domínios gentios apresentados no capítulo 7 é do mesmo significado da visão anterior do capítulo 2. Convém salientar que, particularmente nas profecias de Daniel e do Apocalipse, animais simbolizam reinos. “Sobrepondo-se à profecia da estátua no sonho de Nabucodonosor, os animais representam a Babilônia (o leão), a Medo-Pérsia (o urso), a Grécia (o leopardo) e Roma (o animal terrível)” (LAHAYE, 2009, p. 177 – acréscimo nosso).


                                 Capítulo 2                            Capítulo 7
IMPÉRIO
MATERIAL
TEXTO
ANIMAL
TEXTO

Babilônico
Cabeça
de Ouro

Dn 2.32a, 37,38
Leão com
duas asas

Dn 7.1-4

Medo-Persa

Braços e Peito
de Prata

Dn 2.32b,39
Urso com três costelas entre os dentes

Dn 7.5



Grego

Ventre e Coxas de Bronze

Dn 2.32c, 39b
Leopardo com
quatro asas e
quatro cabeças


Dn 7.6



Romano

Pernas de Ferro

Dn 2.33a, 40
Animal terrível, espantoso e
muito forte

Dn 7.7,19,23


Anticristo

Pés de Ferro
e Barro

Dn 2.33b, 41-43

Os Dez Chifres

Dn 7.8,24,25


III – ANALISANDO O TEXTO DO CAPÍTULO 7 DE DANIEL
O capítulo 7 revela um sonho e visões dadas por Deus ao profeta Daniel acerca dos impérios mundiais. Vejamos:

3.1 “... Eu estava olhando, na minha visão da noite, e eis que os quatro ventos do céu...” (Dn 7.2-b). O uso em outros lugares indica que os ventos representam o poder providencial de Deus através do qual Ele controla as nações, agitando-as ou apaziguando-as (Jr. 23.19; 49.36; 51.1; Zc. 6.1-6; 7.14; Ap. 7.1-3). Rûah pode ser traduzido para "espírito" ou "vento", e aqui é propositadamente ambíguo. Jerônimo acha que os ventos representavam os anjos. “...combatiam no grande mar” (Dn 7.2-c).

3.2 “Quatro animais grandes diferentes uns dos outros subiam do mar” (Dn 7.3). Os animais descritos estão ligados a cada nação neste sonho com suas próprias características especiais, embora todas partilhem do mesmo caráter brutal e irracional. Simbolicamente, mar ou águas simbolizam povos (Dn 7.3; Ap 17.15); ventos, representam guerras (Jr 4.11; 25.32; Hc 1.11); asas, significa rapidez (Dn 7.4; Hc 1.6-8); chifres (ou pontas), significa reinos (Dn 7.7,24; 8.7-9); e braços, significam ajuda de exércitos (Dn 11.31). Vejamos a semelhança desta visão com o sonho de Nabucodonosor:

3.2.1 O leão simboliza a Babilônia. O leão é a Babilônia (Dn 7.4). Além de Daniel, outros profetas falaram disso (Jr 4.6,7; 48.40; Ez 17.3). O leão, rei dos animais, corresponde à cabeça de ouro, o mais valioso dos metais da estátua do capítulo 2, isto é, Babilônia (Dn 2.32,37,38). O leão foi o animal adotado pelos babilônicos como o símbolo de seu império, isso fala da primazia da Babilônia sobre os que se seguiram. As asas de águia falam de velocidade, como o leão, da força deste reino. São símbolos naturais dificilmente precisando de explicação (II Sm 1.23; Jr 49.19-22; Ez 17.3-24).

3.2.2 O urso é um símbolo do reino Medo-Persa. O urso (Dn 7.5) corresponde ao peito e braços de prata do capítulo 2, isto é, à Medo-Pérsia (Dn 2.32,39). Este segundo governo “semelhante a um urso, o qual se levantou de um lado, tendo na boca três costelas entre os dentes”. Seu tríplice poder concentrado em seu peso, sua boca e seus pés, faz do urso o segundo em seu reino, só vencido pelo leão. As três costelas entre os dentes do urso, bem como as três direções em que o animal dava marradas, significam as três primeiras presas: Babilônia, Egito e Lídia (Dn 8.4). O lado que se elevou foi a Pérsia, que passou a ter ascendência sobre a Média.

3.2.3 O leopardo de quatro asas simboliza o império grego de Alexandre. O leopardo (Dn 7.6) corresponde ao ventre de bronze do capítulo 2, isto é, à Grécia (Dn 2.32,39). O império grego está representado pelo leopardo com quatro asas e quatro cabeças (Dn 7.6). As asas falam da rapidez das conquistas de Alexandre, o grande, e também significa o desmembramento do império em quatro dinastias independentes. Já as quatro cabeças falam da quádrupla divisão do império grego após a morte de Alexandre, a saber: Egito, Macedônia, Síria e Ásia Menor.

3.2.4 O animal terrível é um símbolo adequado para o império romano restaurado que será regido pelo Anticristo. O quarto animal (Dn 7.7,8,11,19-24) corresponde às pernas de ferro e pés de barro e ferro da estátua do capítulo 2, ou seja, ao Império Romano restaurado (Dn 2.33b,41-43). Todos os intérpretes concordam que este será o período do Anticristo. O quarto animal seria um rei ou reino, como os demais animais (Dn 7.17,23). Esse animal tinha dentes de ferro (v. 7). Seria o reino da força, da ferocidade, do esmagamento, como foi o Império Romano. Os dez chifres do versículo 7 correspondem a dez futuros reis (v. 24). Esses futuros reis, ou reinos, correspondem aos dez dedos dos pés da estátua do capítulo 2.41,44, e aos dez chifres da besta de Apocalipse 13.1 e 17.12, a saber, ao Anticristo e suas nações confederadas durante o período da Grande Tribulação.

3.2.5 O chifre pequeno representa o futuro Anticristo (Dn 7.8). Esse futuro reino é equivalente ao da primeira besta de Apocalipse 13.1-8, e 17.12-17. Até hoje não ocorreu esta forma de governo. Ele, ao emergir entre os dez reinos, abaterá três reis (Dn 7.8). Essa expressão do Império Romano em dez reinos ainda não ocorreu, pois quando esse império deixou de existir tinha apenas duas formas, correspondentes às duas pernas da estátua (Dn 2.33-a,40), isto é, o Império Romano do Ocidente e do Oriente. O primeiro caiu em 476 d.C. O segundo, em 1453. A divisão do império em dois deu-se em 395 d.C. Portanto, os fatos proféticos de Dn 7.7 e 8 são ainda futuros, como bem mostra o livro de Apocalipse. O texto de Daniel 7.24 afirma que esses países se formarão “daquele mesmo reino”.


IV - O REINO DO MESSIAS
No capítulo 2 do livro de Daniel encontramos algumas características do Reino do Messias: (1) É de origem divina (Dn 2.44); (2) sucederá os reinos da terra (Dn 2.34,35); (3) excederá todos os demais reinos (Dn 2.34); (4) será eterno (Dn 2.44); (5) será de alcance mundial (Dn 2.35,44) e (6) será visível e real (Dn 2.35). “O Milênio será a sétima e última dispensação; será a dispensação da “plenitude dos tempos” (Is 2.2; Mt 19.28; Ef 1.9,10; Ap 10.7; 11.15). Em Apocalipse 20, encontramos por seis vezes a expressão “mil anos” com a significação especial (vv 2,3.4,5,6,7). Nessa época Jerusalém será o centro de adoração para todos os povos e a Capital religiosa do mundo (Jr 3.17; Zc 14.14-21). O Milênio será um tempo de restauração. Ao invés do pecado, a justiça encherá a terra; Satanás terá sido amarrado (Ap 20.1-3), o Anticristo e o falso profeta serão lançados no lago de fogo (Ap 19.20)” (SILVA, 1998, p. 133) .


CONCLUSÃO
Como pudemos ver, o Soberano Deus mostrou ao rei Nabucodonosor, em sonhos, os impérios mundiais, sendo representados por uma grande estátua, revelando o lado político dos reinos que sucederiam a Babilônia. Já ao profeta Daniel, o Senhor revelou o lado moral e espiritual desses impérios, por intermédio das visões dos quatro animais. Quanto ao Reino do Messias, ele é descrito, em ambos os capítulos, como um reino eterno, que jamais terá fim (Dn 2.2.44; 7.27).




REFERÊNCIAS
Ø  CABRAL, Elienai. Integridade Moral e Espiritual: O Legado do Livro de Daniel para a Igreja Hoje. CPAD
Ø  GILBERTO, Antonio. Daniel & Apocalipse. CPAD.
Ø  PFEIFFER, Charles F. Comentário Bíblico Moody: Daniel. Editora Batista Regular.
Ø  SILVA, Severino Pedro da. Escatologia: doutrina das últimas coisas. CPAD.
Ø  STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.



Por Rede Brasil de Comunicação