quarta-feira, 30 de setembro de 2015

CONHECENDO O LIVRO DAS ORIGENS




Objetivo: Sondar o conhecimento prévio dos alunos a respeito do livro de Gênesis e introduzir a primeira lição do trimestre.


Material: Papel ofício, caneta, folha de papel, pardo com o quadro, fita adesiva, quadro branco.


Procedimento:
            Apresente a nova revista e o tema do trimestre aos alunos. Depois escreva no quadro as seguintes indagações: "Qual o propósito do livro de Gênesis?", "Quem é o autor deste livro?", "Em que ano foi escrito?" e "Qual o tema principal deste livro?".
            Depois, peça que os alunos se reúnam formando quatro grupos. Cada grupo deverá ficar com uma questão para responder. Em seguida, reúna os alunos novamente formando um único grupo. Explique que, para estudar os livros da Bíblia de modo efetivo, precisamos responder a essas questões. Depois, juntamente com os alunos, complete o quadro. Conclua incentivando a leitura do livro de Gênesis.

Autoria
Moisés



Propósito

Como ressalta a Bíblia de Aplicação Pessoal, os propósitos são: mostrar os começos do universo e da humanidade, do casamento, do pecado, das cidades, dos idiotas, das nações, de Israel e da historia da redenção.

Ano em que foi escrito

Cerca de 1445-1405 a.C.

Temas principais

Os começos do universo e da humanidade, o pecado e a história da redenção.


Por Telma Bueno.

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

QUESTIONÁRIOS DO 3° TRIMESTRE DE 2015






   A IGREJA E O SEU TESTEMUNHO –
As ordenanças de Cristo
nas cartas pastorais





Lição 13

Para Refletir
A respeito das Cartas Pastorais:


O que é graça?
É o favor imerecido que Deus concede ao homem, por seu amor, bondade e misericórdia.

Como podemos alcançar a graça salvadora?
Crendo em Deus e aceitando Jesus como o nosso único e suficiente Salvador.

Qual é a fonte da justificação do homem?
A graça de Deus.

Quem é considerado homicida no evangelho da graça?
Qualquer que aborrece o seu irmão.

De acordo com a lição, como devemos tratar os hereges?
Devemos evitá-los, não nos envolvendo em discussões tolas.


quinta-feira, 24 de setembro de 2015

LIÇÃO 13 – A MANIFESTAÇÃO DA GRAÇA DA SALVAÇÃO





Tt 2.11-14; 3.4-6



INTRODUÇÃO
Escrevendo para o cooperador Tito em Tt 2.11-14, o apóstolo Paulo fala sobre a graça de Deus manifesta através de Cristo para salvar o homem pecador. Nesta lição traremos a definição desta palavra tanto no AT quanto no NT; destacaremos qual a perspectiva paulina sobre este favor de Deus; trataremos da questão bíblico teológica da graça de Deus e da responsabilidade humana; e, por fim, pontuaremos quais os principais benefícios da graça.


I. DEFINIÇÃO DA PALAVRA GRAÇA
“O conceito de graça é multiforme e sujeito a desdobramentos nas Escrituras. No AT, 'hen', significa: 'favor' É o favor imerecido de um superior a um subalterno. No caso de Deus e do homem, 'hen' é demonstrado por meio de bênçãos temporais, embora também o seja por meio de bênçãos espirituais e livramentos, tanto no sentido físico quanto no espiritual (Jr 31,2; Êx 33.19). No NT, é charis, que indica 'graciosidade', 'atrativo', 'favor'. Foi com a vinda de Cristo que a graça assumiu seu significado pleno. O seu auto sacrifício é a graça propriamente dita (2 Co 8,9). Esta graça é absolutamente gratuita (Rm 6.14; 5.15-18; Ef 1.7; 2.8,9). Quando recebida pelo crente, ela governa sua vida espiritual compondo favor sobre favor. Ela capacita, fortalece e controla todas as fases da vida (2 Co 8.6,7; Cl 4.6; 2 Ts 2.16; 2 Tm 2,1)” (WYCLIFFE, 2007, p. 876 – acréscimo nosso).


II. A PERSPECTIVA PAULINA SOBRE A GRAÇA
“O apóstolo Paulo foi o principal instrumento humano para transmitir o pleno significado da graça em Cristo. Por isso foi intitulado por alguns estudiosos da Bíblia como 'o apóstolo da graça'. A graça em sua mais completa definição é o favor imerecido de Deus ao nos dar seu Filho, que oferece a salvação a todos, e dá aqueles que o recebem como Salvador pessoal, uma graça acrescentada para esta vida e uma esperança para o futuro” (WYCLIFFE, 2007, p. 876 – acréscimo nosso). À luz de Tito 2.11-13 destacaremos algumas verdades bíblicas sobre a graça:

2.1 A fonte da graça (Tt 2.11a)
No referido texto, Paulo nos diz que a graça procede de Deus: “Porque a graça de Deus[...]” (Tt 2.11a). “No original grego é usado o genitivo possessivo, porque o favor lhe pertence; mas também 'vem' dEle, como sua fonte originária. Tal como por toda a parte da Bíblia, aprendemos que Deus é o grande benfeitor dos homens (1 Co 15.10; 1 Pe 5.10)” (CHAMPLIN, 2006, p. 432 – acréscimo nosso).

2.2 O canal da graça (Tt 2.11b)
Segundo a Bíblia Deus manifestou a sua graça em toda a sua plenitude na Pessoa de Seu Filho, Jesus Cristo (2 Co 8.9; 13.13; Gl 1.6; 6.18; Ef 2.7; Fp 4.23; Ap 22.21). O mediador da dispensação da Lei foi Moisés, mas o mediador da dispensação da graça foi Cristo Jesus (Jo 1.17). “A expressão 'manifestar' no original se relaciona ao substantivo 'epifania', ou seja, 'aparecimento' ou 'manifestação' (por exemplo, do sol ao amanhecer). A graça de Deus surgiu repentinamente sobre os que estavam nas trevas e na sombra da morte (Ml 4.2; Lc 1.79; At 27.20; Tt 3.4). Ela despontou quando Jesus nasceu, quando de seus lábios emanaram palavras de vida e beleza, quando curava os enfermos, limpava os leprosos, expulsava os demônios, ressuscitava os mortos, sofreu pelos pecados dos homens e quando deu sua vida pelas ovelhas para a reassumir na manhã da ressurreição” (HENDRIKSEN, 2001, p. 453).

2.3 O propósito da graça (Tt 2.11c)
Paulo nos diz que a graça de Deus se manifestou através de Cristo com um propósito sublime “[...]trazendo salvação[...]”. “É usado aqui o adjetivo 'soterios', que indica uma graça que proporciona a salvação, e não meramente algum favor divino secundário, conforme há tantas manifestações dessa ordem (Sl 104.10-30; 145.16; Mt 5.45; At 14.16-17; Rm 9.22). A salvação mencionada nesse texto, consiste na transformação moral e espiritual segundo a imagem de Cristo para que sejamos aquilo que Ele é e para que compartilhemos de sua natureza essencial, chegando a ser possuidores daquilo que ele possui (Rm 8.17,29), para que recebamos 'toda a plenitude de Deus' (Ef 3.19), em suas perfeições, atributos comunicáveis e natureza, e para que participemos da própria natureza divina (2 Pe 1.4)” (CHAMPLIN, 2006, p. 432).

2.4 O alcance da graça (Tt 2.11d)
Desde o início, a proposta divina sempre foi estender a bênção da salvação a todos os homens indiscriminadamente (Gn 12.3; Gl 3.8). O sentimento ultranacionalista dos judeus fechou seus olhos a esta realidade de que, Deus os levantou a fim de serem uma nação evangelizadora para todos os povos (Is 42.6; 49.6; Rm 2.17-20). Todavia, a vinda do Messias mostrou claramente que Deus não faz acepção de pessoas (At 10.34; Rm 2.11; Ef 6.9; 1 Pe 1.17). Sua graça alcança os judeus e os gentios (Rm 3.29; 9.24,30; Gl 3.14; Ef 3.6).

2.5 O poder da graça (Tt 2.12)
A graça tem poder transformador na vida daquele que a recebe por fé. O apóstolo Paulo diz que ela ensina a renunciar o antigo estilo de vida “[...]à impiedade e às concupiscências mundanas[...]” e a adotar um novo padrão de vida segundo a Palavra de Deus “[...]vivamos neste presente século sóbria, e justa, e piamente[...]”. “A expressão “ensinar “no grego é o verbo “paideuo”, “treinar crianças”, embora também tivesse o sentido geral de “criar”, de “educar”, de “disciplinar” (CHAMPLIN, 2006, p. 432). “O verbo usado no original é do mesmo teor que o substantivo pedagogo que é alguém que conduz as crianças passo a passo. A graça educa ensinando (At 7.22; 22.3), disciplinando (1 Tm 1.20; 2 Tm 2.25), aconselhando, confortando, incentivando, admoestando, guiando, convencendo” (HENDRIKSEN, 2001, pp. 454,455 – acréscimo nosso). As três virtudes que Paulo cita em Tt 2.12-b definem, sucessivamente, o relacionamento do cristão consigo mesmo, com o próximo, e com Deus, como veremos a seguir: 

AS TRÊS ÁREAS DE ATUAÇÃO DA GRAÇA
VIRTUDES DA GRAÇA (Tt 2.12)
No relacionamento consigo mesmo
Sobriedade (equilíbrio; autocontrole; moderação)
No relacionamento com o próximo
Justiça (aquilo que é direito; imparcial; correto)
No relacionamento com Deus
Piedade (bom temor)

2.6 A esperança da graça (Tt 2.13)
O Aurélio define esperança como “o ato ou efeito de esperar o que se deseja”, “expectativa”, “fé em conseguir o que se deseja”. Esperança é a certeza de receber as promessas feitas por Deus através de Cristo Jesus (Rm 15.13; Hb 11.1) e uma sólida confiança em Deus (Sl 33.21,22). O termo deriva-se do grego “elpis” e significa “expectativa favorável e confiante” (Rm 8.24,25). Após alcançado pela graça, salvo e transformado, o pecador redimido passa a ter a expectativa da segunda vinda de Cristo para buscar a sua igreja (Fp 3.20; Cl 1.5; 2 Ts 2.16).


III. A GRAÇA DE DEUS E A PARTICIPAÇÃO HUMANA

COSMOVISÕES ACERCA DA GRAÇA DIVINA

DEFINIÇÃO

O QUE A BÍBLIA DIZ


Monergismo
Do grego monós, “único” + ergon, “trabalho”.

Doutrina que atribui a conversão do ser humano, única e exclusivamente, a ação do Espírito Santo.

A salvação é um dom divino dado por graça ao homem (Ef 2.8); não pelas obras para que ninguém se glorie (Ef 2.9).


Sinergismo
Do grego syn, “com” + ergon “trabalho”.

Doutrina que diz que a vontade do homem é uma realidade, podendo responder, positivamente, à graça divina, devendo fazer parte daquilo que a graça divina realiza.

A Escritura também nos mostra que apesar da salvação ser uma providência divina, cabe ao homem responder positivamente a ela (Jo 3.16-18; At 3.19; 17.30; Rm 10.9).


IV. OS PRINCIPAIS BENEFÍCIOS DA GRAÇA SEGUNDO A TEOLOGIA PAULINA
4.1 Adoção. 
No NT, o vocábulo descreve o ato pelo qual Deus recebe, como filho, alguém que, legal e espiritualmente, não goza do direito de tê-lo como Pai. A partir deste momento, passa esse alguém a desfrutar de todos os privilégios que Deus preparou àqueles que aceitam a Cristo como único e suficiente Salvador (Rm 8.15,23; 9.4; Gl 4.5; Ef 1.5).

4.2 Justificação. 
Processo judicial que se dá junto ao Tribunal de Deus, através do qual o pecador que aceita a Cristo é declarado justo (At 13.39; Rm 3.24; 5.1; 1 Co 6.11; Gl 3.24).

4.3 Regeneração. 
Milagre que se dá na vida de quem aceita a Cristo, tornando-o participante da vida e da natureza divina. Através da qual o homem passa a desfrutar de uma nova realidade espiritual (2 Co 5.17; Tt 3.5; 1 Pe 1.23).

4.4 Santificação. 
É a forma pela qual o nascido de novo é aperfeiçoado à semelhança do Pai Celeste, por meio do sangue de Cristo, da Palavra e do Espírito Santo (Jo 15.3; 17.17; 1 Co 6.11; 1 Jo 1.7; Rm 8.1).

4.5 Glorificação. 
No plano da salvação, a glorificação é a etapa final a ser atingida por aquele que recebe a Cristo como Salvador e Senhor de sua alma. A glória de Cristo será partilhada plenamente com seus santos no arrebatamento da igreja (Fp 3.20,21; 1 Co 15.51-54).


CONCLUSÃO
Deus fez brilhar sobre os homens o seu favor através de seu bendito Filho, Jesus Cristo. Compete ao homem pela fé aceitar esta graça, reconhecendo que somente por ela, ele, poderá ser redimido da condenação do pecado. 



REFERÊNCIAS
Ø  ANDRADE, Claudionor de. Dicionário Teológico. CPAD.
Ø  CHAMPLIN, R. N. Dicionário de Bíblia, Teologia e Filosofia. HAGNOS.
Ø  HENDRIKSEN, William. Comentário do Novo Testamento. CULTURA CRISTÃ.
Ø  PFEIFFER, Charles F. et al. Dicionário Bíblico Wyclliffe. CPAD.
Ø  STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.


Por Rede Brasil de Comunicação.

terça-feira, 22 de setembro de 2015

QUESTIONÁRIOS DO 3° TRIMESTRE DE 2015






   A IGREJA E O SEU TESTEMUNHO –
As ordenanças de Cristo
nas cartas pastorais






Lição 12

Para Refletir
A respeito das Cartas Pastorais:


De acordo com a lição, como deve ser o falar do líder?
O líder deve ter a sua fala sempre fundamentada na Palavra de Deus.

Ser "tardio para falar" e "pronto para ouvir" é sinal de quê?
De sabedoria, de maturidade emocional e espiritual.

Como o cristão idoso deve portar-se?
Sóbrios, graves, prudentes, sãos na fé, na caridade e na paciência.

Como a mulher cristã idosa deve portar-se?
Sérias no seu viver, como convém a santas, não caluniadoras, não dadas a muito vinho, mestras no bem.

As exortações de Paulo a Tito são importantes para os obreiros de hoje?
Resposta pessoal.

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

LIÇÃO 12 – EXORTAÇÕES GERAIS

  



Tt 2.1-8 



INTRODUÇÃO
Na lição desta semana, estudaremos as “Exortações Gerais” do apóstolo Paulo a Tito. Quando Paulo escreveu o capítulo de número cinco da primeira carta a Timóteo, ele dissertou acerca do tratamento sentimental e harmonioso que deveria existir entre a família de Deus, isto é, o relacionamento interpessoal entre as diversas faixas etárias da igreja local. Já no capítulo de número dois da carta de Tito, o apóstolo da ênfase nas recomendações, a estas mesmas faixa etárias, nesta feita, sobre a conduta ética esperada por elas. Na visão paulina, exortar estes grupos da igreja local, a se portarem em conformidade com o Evangelho de Jesus Cristo, era um dos indicadores que deveriam ser observados para o êxito da organização da igreja.


I. DEFINIÇÃO DA PALAVRA EXORTAÇÃO
Segundo o dicionário Aurélio, “exortação” é o ato de exortar, animar, estimular, incitar, encorajar” (FERREIRA, 2004, p. 855 – acréscimo nosso). Teologicamente, conforme Andrade, “exortação”, do latim, “exhortationem”, não significa necessariamente repreensão ou reprimida. Antes de mais nada, é o fortalecimento espiritual dos santos através da ministração da Palavra de Deus (2006, p. 180).

1.1. A exortação é um dom de Deus (Rm 12.8). 
“Esta dádiva é a capacidade sobrenatural concedida pelo Espírito Santo, que capacita o líder cristão a chamar efetivamente outros a obedecer à verdade de Deus e a segui-la. Pode ser empregado de maneira negativa para admoestar e corrigir quando relativo ao pecado (2 Tm 4.2), ou de maneira positiva para encorajar, consolar e fortalecer os cristãos que estão enfrentando lutas (At 14.22; 15.30-32; 2Co 1.3-5; Hb 10.24,25)” (MACARTHUR, 2010, p. 1514 – acréscimo nosso). Somos instruídos pela Palavra a exercer este dom, uns aos outros (1 Ts 5.11; Hb 3.13). O apóstolo Paulo chega a dizer, por inspiração divina, que o dom de profecia tem como um dos objetivos, a exortação (1 Co 14.3). Vejamos na tabela abaixo, alguns homens de Deus que exerceram este dom:

PERSONAGENS
DESCRIÇÕES
REFERÊNCIAS

1

Pedro
“Exortou a se salvarem desta geração perversa”

At 2.37-41

2

Barnabé
“Exortou a perseverar na graça”

At 13.43

3

Paulo
“Exortou os seus companheiros a persistirem no ensino”
1Tm 4.13; 6.2; Tt 2.6,9,15

4

Timóteo
“Exortou a igreja em Tessalônica”

1 Ts 3.2

5

Tito
“Exortou a igreja em Corinto”

2 Co 8.6


II. A PERSPECTIVA PAULINA QUANTO A CONDUTA CRISTÃ DOS CRETENSES
Paulo admoestou o seu representante em Creta, de que os membros desta igreja, deveriam ter uma conduta cristã, respaldada no Evangelho de Jesus Cristo. Ao requerer de cada um dos grupos que observe um alto padrão de conduta, o apóstolo está preocupado tanto com a boa reputação da igreja quanto com o avanço do evangelho num ambiente de moralidade duvidosa. “A família cristã era algo novo no mundo pagão. E era inevitável que certos maus costumes, maus hábitos e maus princípios viessem a desenvolver-se, na vida do grupo comunitário” (NOYES apud CHAMPLIN, 2002, p. 426 – acréscimo nosso). Em Tito 2.1-8 “o apóstolo comentou sobre vida prática que era essencial para o crescimento da igreja local. Ele não tentava mudar o sistema; em lugar de fazer isto, ele procurava transformar o comportamento das pessoas dentro dos sistemas. Por meio de Tito, Paulo estava plantando sementes de transformação significativa em cada aspecto da vida em Creta. Mas tudo dependia da verdade da mensagem do Evangelho (RIBAS, 2010, p. 556).

2.1 “Quanto aos homens idosos...” (Tt 2.2 – ARA)
Homens com mais de 60 anos de idade” (MACARTHUR, 2010, p. 1684 – acréscimo nosso); que “por serem membros maduros da comunidade e exemplos para os homens mais jovens, Paulo recomenda que estes devem ter os seguintes requisitos: (1) Sobriedade: No grego temos 'nephalios', isto é, 'moderado' em tudo... Sua forma verbal é 'nepho', 'ser sóbrio', 'ser auto controlado', 'ser bem equilibrado' (1 Tm 3.2,11); (2) Gravidade: No grego é 'sermnos', isto é, 'respeitoso', 'nobre', 'digno'; (3) Prudência: No grego é 'sophron', que quer dizer 'prudente', 'refletido', auto controlado. Em sua forma nominal temos a famosa virtude grega da 'moderação', que deveria controlar todas as ações, impedindo os vícios de excesso e de deficiência” (CHAMPLIN, 2002, p. 426 – acréscimo nosso).

2.1.1 A tríplice saúde dos homens idosos. No grego a expressão “saúde” é 'ugiaino' que significa 'saudável'; os homens mais experientes devem demonstrar saúde em três campos: (a) Na fé - 'fé objetiva'; aquilo em que se crê, 'credo', a saber, a 'teologia paulina ortodoxa', mais exatamente. Os homens mais idosos devem ser ortodoxos naquilo em que creem, porque isso é saudável, em contraste com a doutrina doentia dos hereges gnósticos; 'fé subjetiva', isto é, o próprio ato de crer, de confiar, de entregar a alma aos cuidados de Cristo (Hb 11.1); 'fé como uma virtude', o que é apenas a fé subjetiva na ação diária (Rm 1.17; Gl 5.22); (b) No amor - o amor é a mais elevada de todas as virtudes e qualidades espirituais do cristianismo, sendo fruto do Espirito (Gl 5.22); (c) Na paciência – Paciência aqui tem ideia de 'resistência', de 'constância', especialmente para indicar essa atitude de alguém que sofre a pressão das perseguições (Rm 5.3,4; 8.25; 15.4,5; 2 Co 6.4; 12.12; Cl 1.11; 1 Ts 1.3; 2 Ts 1.4) (CHAMPLIN, 2002, p. 426).

2.2 “Quanto as mulheres idosas...” (Tt 2.3 – ARA). 
Paulo admoesta que estas mulheres devem ter o seu estilo de vida apropriado, digno, merecedor de honra, próprio das mulheres cristãs. Elas precisam ser: (1) Sérias no seu viver: No grego é 'katastema', que aponta para 'conduta', 'comportamento', 'maneiras'. Portanto, as mulheres mais idosas deveriam ser 'reverentes em sua conduta', não se deixando levar ao redor pelo mundanismo; (2) Não caluniadoras: O original grego usa o vocábulo 'diabolos', um dos títulos dados ao próprio Satanás (1 Tm 3.6); temos aqui o típico 'pecado feminino', em que tantas mulheres (mas também tantos homens) se deleitam em provocar a queda de outrem, para se sentirem superiores; (3) Não dadas ao vinho: O alcoolismo era um problema sério na sociedade pagã, e a igreja cristã não estava isenta deste problema, por isso a recomendação; (4) Mestras do bem: Em outras palavras, as mulheres idosas devem ser mestras de 'coisas boas', da 'sã doutrina', da 'correta conduta cristã', em tudo quanto nisso esta implícito. E isso tanto na igreja (1 Tm 2.11), como no lar, e também nos lares das mulheres mais jovens e de seus filhos (CHAMPLIN, 2002, p. 427).

2.3 “… as mulheres novas...” (Tt 2.4). 
O apóstolo descreve o comportamento específico para este grupo de irmãs, além das mesmas demonstrarem prudência como os citados acima, de serem moderadas, submissas e leais aos seus maridos elas devem ser: (1) Amante da família: “... ensinem as mulheres novas... a amarem seus maridos, a amarem seus filhos” (Tt 2.4). “O desejo e o propósito de Deus para a esposa e mãe, é que a sua atenção se focalizem na família. O lar, o marido e os filhos precisam ser o centro dos interesses da mãe cristã; essa é a maneira que Deus lhe determinou para honrar a sua Palavra (Dt 6.7; Pv 31.27; 1 Tm 5.14). As tarefas específicas que Deus deu à mulher, no que diz respeito à família, incluem: (a) Cuidar do filhos que Deus lhe confiou (1 Tm 5.14); (b) ser auxiliar e fiel companheira do seu marido (Gn 2.18); (c) ajudar o pai a formar nos filhos um caráter santo, e adestrá-los nas coisas práticas da vida (Dt 6.7; Pv 1.8,9; Cl 3.20); (d) ser hospitaleira (Is 58.5-8; Lc 14.12-14; 1Tm 5.10); (e) usar sua capacidade prática para atender às necessidades do lar (Pv 31.13,15,16,18,19,22,24); e (f) cuidar dos pais idosos no seu lar (1 Tm 5.8; Tg 1.27) (STAMPS, 1995, p. 1889).

2.4 “Quanto aos moços...” (Tt 2.6 – ARA). 
O apóstolo passa recomendações aos rapazes acima de 12 anos de idade (MACARTHUR, 2010, p. 1680); que estes “... em todas as coisas, sejam criteriosos” (Tt 2.6 – ARA) a expressão “...em todas as coisas..”, alude 'no tocante a tudo'. “Em tudo eles deveriam ser “criteriosos”; no original o termo 'sophroneo', significa 'ser sério', 'ser sensato', 'ser auto controlado'. Crisóstomo aplica esse mandamento a necessidade de vencermos as tendências para os prazeres estranhos. Diz ele: 'Nesse período de idade, nada é tão difícil como dominar os prazeres indevidos'. Os jovens crentes devem controlar-se, devem refrear-se, para que possam dar um testemunho forte e coerente em favor de Cristo, não permitindo que qualquer excesso próprio da juventude leve-os a perder o controle sobre as próprias ações” (apud, CHAMPLIN, 2002, p. 428 – acréscimo nosso).

2.5 “Exorta os servos...” (Tt 2.9). 
O comportamento esperado dos escravos que eram cristãos nos dias do apóstolo são os mesmos esperados, nos dias de hoje, pelos funcionários com relação aos seus empregadores. Estes devem tratar os seus patrões com respeito e em tudo agradarem. Dizer que estes não deveriam contradizer significa que eles não deveriam ser teimosos, incontroláveis, ou resistentes à autoridade. Que não deveriam defraudar refere-se a qualquer tipo de roubo, mesmo aquele que possa ser classificado como um “pequeno roubo”. Eles poderiam ser tentados a se apropriar de “pequenos” itens necessários, mas como cristãos devem resistir a esta tentação, para mostrar toda a boa lealdade (RIBAS, 2010, p. 559 acréscimo nosso).


CONCLUSÃO
Como vimos nesta preciosa lição, as exortações que Paulo faz a Tito, para que este repasse à igreja local, é de valor imensurável. Cada um de nos somos responsáveis em demonstrar, por meio do nosso procedimento, a eficácia do Evangelho de Cristo. Aproveitemos esta lição para fazermos uma análise introspectiva e, avançarmos no nosso crescimento espiritual.




REFERÊNCIAS
Ø  ANDRADE, Corrêa de Andrade. Dicionário Teológico. CPAD.
Ø  CHAMPLIN, R. N. O Novo Testamento Interpretado – Filipenses a Hebreus. HAGNOS.
Ø  MACARTHUR, John. Lucas: Jesus – o Salvador do Mundo. CULTURA CRISTÃ.
Ø  RIBAS, Degmar. Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. CPAD.
Ø  STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.  



Por Rede Brasil de Comunicação.