sexta-feira, 30 de setembro de 2016

CRISE – PRODUTO DE UM MUNDO DECAÍDO






Objetivo:
Apresentar o tema do trimestre.

Material:
Um copo de vidro com água e dois comprimidos efervescentes (Sonrisal).

Procedimento:
Apresente a nova revista e o tema do trimestre. Em seguida, faça a seguinte indagação aos alunos: "Quais são as crises que enfrentamos no Brasil atualmente?". Ouça as respostas com atenção. Em seguida, coloque os comprimidos no copo com água. Peça que os alunos observem a efervescência. A água parece dobrar de volume e crescer. Explique que a crise econômica e política no Brasil é como a água efervescente. Ela está crescendo e já alcança milhares de pessoas, crentes e não crentes. Diga que já são milhões de desempregados. Explique que a nossa fé em Deus nos faz vencer as crises. Mostre novamente o copo. Peça que observem a água e diga não está mais em efervescência. Diga que o mundo está em crise, mas o Reino de Deus não. Deus é e sempre será a nossa força. Ele acalma as águas agitadas e o vento contrário. Conclua, lendo com os alunos Habacuque 3.19. 


Por Telma Bueno.
Adaptado pelo Amigo da EBD.


segunda-feira, 26 de setembro de 2016

QUESTIONÁRIOS DO 3° TRIMESTRE DE 2016







   O DESAFIO DA EVANGELIZAÇÃO –
Obedecendo ao ide do Senhor Jesus
de levar as Boas-Nova
a toda criatura  





Lição 13

Para Refletir
A respeito da evangelização integral, responda:


O que é a evangelização integral?
Consiste na proclamação simultânea do Evangelho em todos os âmbitos: local, nacional e transcultural.

Por que a evangelização tem de ser simultânea e global?
Porque Jesus não ordenou aos discípulos evangelizar primeiro Jerusalém, depois a Judeia, em seguida Samaria e, finalmente, os confins d terra. O seu plano-diretor era bem claro e objetivo: “ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda Judeia e Samaria e até aos confins da terra”.

Quais as características da evangelização integral?
Doutrinação, integração, treinamento e identificação.

O que é o discipulado integral?
É quando “a igreja promove a integração espiritual eclesiástica, doutrinária, social, emocional e cultural do novo crente, bem como envolvê-lo no serviço cristão”.

O que é uma evangelização autenticamente pentecostal?
É uma evangelização realização pelos crentes cheios do Espírito Santo.


sexta-feira, 23 de setembro de 2016

LIÇÃO 13 – A EVANGELIZAÇÃO INTEGRAL NESTA ÚLTIMA HORA







Lc 24.44-53





O ser humano foi constituído por duas dimensões (material e imaterial) em sua própria natureza e precisa ser compreendido holisticamente pela Igreja para que uma prática bíblica e teologicamente adequada na evangelização. Aqui podemos remontar uma postulação do teólogo John Stott, um dos maiores pregadores do século XX, quando ele observa a natureza global do ser humano. Para Stott, pela Palavra de Deus o nosso próximo é uma pessoa humana criada por Deus. Essa pessoa humana não é uma alma sem corpo, nem corpo sem alma, muito menos corpo-alma em isolamento. Ora, Deus criou o ser humano como ser espiritual, físico e social, isto é, integral. E segundo esta integralidade é que devemos pensar a nossa prática de evangelização.
Assim, é possível compreender John Stott quando diz que a sentença "Pregarás o Evangelho" não substitui a "Amarás o teu próximo". Ambas as sentenças se complementam e sustentam-se por si mesmas, denotando suas autonomias teológicas para fazer cumprir a "doutrina" sistematizada em dois pilares por Jesus de Nazaré: a primeira "Amarás o Senhor teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento"; a segunda "Amarás o teu próximo como a ti mesmo".
A Missão da Igreja Cristã permeará esses dois eixos, apontando que o homem precisa de salvação para o porvir (restauração da comunhão do homem com o Deus eterno), mas também de redenção para o presente. O ser humano inserido num contexto de um mundo injusto e mal, precisa ser compreendido pela Igreja numa perspectiva global. Onde ele entenda a sua função de existir para Deus e servir o próximo (Mc 12.30,31).
Segundo Nancy Pearcy, essa mensagem denota "o nosso valor e dignidade [...] fundamentados no fato de que somos criados à imagem de Deus, chamados para sermos seus representantes na terra". Numa perspectiva profundamente bíblica, a Igreja é chamada por Deus à resgata a dignidade humana perdida no Éden após a Queda, mas estabelecida pelo Altíssimo desde a fundação do mundo (Gn 1.26). A salvação em Cristo recupera a imagem de Deus em nós. Então, agora podemos exercer o modelo bíblico de uma ação evangelizadora integral para mundo. Entretanto, precisamos confessar que muitas vezes enfatizamos mais o "ide" que o "amai". Estas duas ordens não podem ser encaradas de maneira excludentes entre si. Necessitamos de resgatar a verdade bíblica que denota dois mandamentos que independem um do outro.




REFERÊNCIAS
·     CRISTÃO, Revista Ensinador. nº 67 – CPAD. 



domingo, 18 de setembro de 2016

QUESTIONÁRIOS DO 3° TRIMESTRE DE 2016







   O DESAFIO DA EVANGELIZAÇÃO –
Obedecendo ao ide do Senhor Jesus
de levar as Boas-Nova
a toda criatura  




  

Lição 12

Para Refletir
A respeito da evangelização na era digital, responda:


O que caracteriza a era da informação?
Informação acessível e em tempo real.

Cite alguns aspectos do pecado na era digital.
Pecados em série, rede de intrigas e e-mail fatal.

Como deve ser o evangelista na era digital?
O evangelista deve ser alguém que, além da vocação, da mensagem e habilidades específicas, deve saber como manusear um site ou um blog. Em suma, ele deve saber usar a rede e consertá-la para que seu trabalho seja frutífero.

Cite algumas das características da evangelização na Internet.
A mensagem de evangelização pela internet há de ser clara, breve e objetiva.

O que é o fator Habacuque?
É a evangelização na internet de forma direta e incisiva.


LIÇÃO 12 – A EVANGELIZAÇÃO REAL NA ERA DIGITAL







Tito 2.11-15






Nunca o mundo esteve tão conectado com as mídias virtuais e eletrônicas. É importante ressaltar que a explosão da tecnologia digital trouxe uma série de benefícios ainda incalculável para a sociedade. Hoje em dia, muitos não se veem mais sem o uso de uma determinada mídia digital. Esta se engendrou na rotina diária das pessoas. Muitos hoje ganham a vida por intermédio do mundo virtual. Não batem mais o ponto ou cartão numa empresa física, mas por intermédio de um computador e de uma internet, abrem as suas empresas virtuais e fazem sua jornada de trabalho em casa ou em qualquer outro lugar do mundo.
E bem verdade que o mundo da mídia digital não é somente "luz", mas "trevas" também. Há um submundo das coisas mais torpes que o ser humano poderia pensar um dia em fazer. As palavras do consagrado romancista italiano, Umberto Eco, já falecido, sintetizam bem esse estado de coisas negativas no mundo virtual: "as redes sociais deram voz a legião de imbecis". Para além do mundo virtual, mais especificamente as redes sociais são o reflexo do que está presente na natureza humana. Uma natureza decaída, esfacelada pela prepotência humana que não dá qualquer sinal de arrependimento e humildade. Pessoas não têm o pudor de expor e ridicularizar outras pessoas. E o predomínio do ódio, da ignomínia e da sabotagem de outras pessoas.
Entretanto, é neste mundo que a Igreja de Cristo deve atuar. No lugar da imbecilidade das redes sociais, a Igreja deve levar uma mensagem e uma atitude diferenciadas. Mansidão, equilíbrio e domínio próprio são características que precisam ser notadas no uso dessa riqueza de mídia que a Igreja tem à disposição. A potência das redes sociais é algo absurdo! Grandes movimentos sociais no mundo foram combinados por intermédio delas. Se há mentira na mídia oficial, as redes sociais são as vozes de cada pessoa para desmentir o ocorrido. E de fato uma mídia poderosa à disposição da Igreja de Cristo e sem pagar caro por isso.
No primeiro século da Igreja, os apóstolos comunicavam o Evangelho com o que havia de mais moderno e eficiente em sua época. Certamente, se hoje eles estivessem entre nós não se furtariam em usar as tecnologias digitais para propagar a mensagem do Reino de Deus. Por isso, usar a mídia digital com destreza e criatividade é lançar mão de um instrumento legitimo que portará a mensagem do Evangelho. Portanto, anunciemos: é chegado o Reino de Deus!





REFERÊNCIAS
·     CRISTÃO, Revista Ensinador. nº 67 – CPAD.


QUESTIONÁRIOS DO 3° TRIMESTRE DE 2016







   O DESAFIO DA EVANGELIZAÇÃO –
Obedecendo ao ide do Senhor Jesus
de levar as Boas-Nova
a toda criatura  





Lição 11

Para Refletir
A respeito da evangelização das pessoas com deficiência, responda:


Defina as pessoas com deficiência?
As pessoas com deficiência são as que se acham privadas quer de seus sentidos, quer de seus movimentos, ou do pleno uso de suas faculdades mentais.

Por que incluir os deficientes na evangelização?
Porque Jesus Cristo, sendo a expressão máxima do amor de Deus, veio para incluir a todos, judeus e gentios, pobres e ricos, deficientes e não deficientes, em um só corpo (Jo 3.16; Rm 12.5).

Como evangelizar os surdos e mudos?
É preciso aprender Libras, a língua dos surdos. Conduzindo os surdos a Jesus por meio da evangelização pessoal.

De que forma podemos evangelizar os cegos?
Utilizando material evangelístico em áudio ou Braille.

Como alcançar os paralíticos?
É necessário ir até eles e para recebê-los em nossas igrejas é urgente adaptarmos nossos templos às suas necessidades.



LIÇÃO 11 – A EVANGELIZAÇÃO DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIAS







Jo 5.1-9





Pessoas portadoras de deficiência é uma realidade na igreja local. Além de ser realidade de uma igreja local, é também um desafio quando esse grupo é o público alvo da nossa evangelização. O portador de deficiência tem uma vida difícil num país onde não há adaptações de acordo com a realidade da deficiência portada. Não é uma questão de incapacidade, pois se houvesse uma adaptação à realidade desse público a maioria dos portadores de deficiência poderia ter uma vida praticamente normal e independente.
Quando falamos em evangelização desse grupo de pessoas, precisamos levar em conta as implicações do que isto quer dizer. Igrejas que adaptem o ambiente físico para a realidade do portador de deficiência. Ora, o desafio começa com o portador chegando à igreja. Se for cadeirante, há espaços adaptados para ele se locomover? Sobre os surdos, há pessoas capazes de se comunicar por intermédio da linguagem de sinais? Em relação a pessoas portadoras de cegueira, há alguma iniciativa de leitura em braile ou outras propostas que visem atender esse público?
Não há como falar de evangelização desses grupos sem levar em conta o enorme desafio de nos aproximarmos e compreendermos as suas necessidades. Para evangelizarmos determinados grupos de pessoas, temos de levar a sério a palavra do escritor Tiago: "Meus irmãos, que aproveita se alguém disser que tem fé e não tiver as obras? Porventura, a fé pode salvá- -lo? E, se o irmão ou a irmã estiverem nus e tiverem falta de mantimento cotidiano, e algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquentai-vos e fartai-vos; e lhes não derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito virá daí? Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma." (Tg 2.14-17). A ideia aqui do escritor bíblico é mostrar o compromisso do discípulo de Jesus com a necessidade do outro. De modo que a nossa prática de evangelização não pode apenas se referir à atividade verbal, a oratória, mas à iniciativa de se encontrar com a pessoa humana necessitada de Deus e portadoras de maiores e desafiadoras necessidades especiais.
Os desafios são inúmeros, as dificuldades são complexas, pois a realidade não é nada romântica. Quem convive ou trabalha ao lado de pessoas autistas, portadoras de down e tantas outras sabe que cada dia é um desafio a ser cumprindo, um "leão derrubado". Contemplar a independência dessas pessoas é maravilhosamente recompensador!
  



REFERÊNCIAS
·     CRISTÃO, Revista Ensinador. nº 67 – CPAD. 


segunda-feira, 5 de setembro de 2016

QUESTIONÁRIOS DO 3° TRIMESTRE DE 2016







   O DESAFIO DA EVANGELIZAÇÃO –
Obedecendo ao ide do Senhor Jesus
de levar as Boas-Nova
a toda criatura  






 Lição 10

Para Refletir
A respeito da evangelização na família, responda:

Como os pais podem falar de Jesus aos filhos?
Por meio do culto doméstico, através dos símbolos cristãos e levando-os à igreja.

De que maneira o marido salvo pode conduzir a esposa a converter-se?
Amando-a como Cristo amou a Igreja e coabitando com entendimento.

O que a esposa salva deve fazer para levar o marido a Cristo?
Sujeitando-se a ele, pelo porte cristão e sem palavras.

De que forma a família cristã pode cumprir a grande comissão?
Crendo na promessa bíblica: “Crê no Senhor Jesus Cristo, e serás salvo, tu e a tua casa”. Orando pela salvação de toda a sua família e dando testemunho. Falando de Cristo aos seus parentes.

Cite exemplos de personagens bíblicos que trouxeram a família a Jesus.
Cornélio e o carcereiro de Filipos.


sexta-feira, 2 de setembro de 2016

LIÇÃO 10 – O PODER DA EVANGELIZAÇÃO NA FAMÍLIA






At 16.25-34 



INTRODUÇÃO
Na lição de hoje traremos a definição de família; destacaremos o interesse de Deus pela evangelização no seio familiar a fim de que a fé nEle fosse preservada e propagada. Veremos também que o nosso lar deve ser uma extensão da igreja, refletindo acerca da importância do ensino e adoração no lar, bem como a importância do culto doméstico como um meio de evangelização da família e parentes; e, por fim, como devemos proceder com os familiares e parentes, que ainda não são crentes.


I. DEFINIÇÃO DE FAMÍLIA
A família é uma instituição criada por Deus, imprescindível à existência, formação e realização integral do ser humano, sendo composta de pai, mãe e filhos - quando houver - pois o Criador, ao formar o homem e a mulher, declarou solenemente: “Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne” (Gn 2.24). Deus criou o ser humano à sua imagem e semelhança e os fez macho e fêmea: “E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou” (Gn 1.27), demonstrando a sua conformação heterossexual. A diferenciação dos sexos visa à complementaridade mútua na união conjugal: “Todavia, nem o varão é sem a mulher, nem a mulher, sem o varão, no Senhor” (1 Co 11.11), necessária à formação do casal e à procriação. Reconhecemos preservada a família, quando, na ausência do pai e da mãe, os filhos permanecerem sob os cuidados de parentes próximos (Et 2.7,15; I Tm 5.16). Rejeitamos, no entanto, qualquer configuração social, que se denomine família, cuja existência se fundamente em prática, união ou qualquer conduta que atente contra a monogamia e a heterossexualidade consoante o modelo estabelecido pelo Criador e ensinado por Jesus.


II. O INTERESSE DE DEUS PELA EVANGELIZAÇÃO NO SEIO FAMILIAR
2.1 Na chamada de Abraão.
Quando chamou Abrão para ser o pai de uma grande nação da qual viria o Messias, Deus lhe fez diversas promessas, e a principal delas revela-nos o interesse divino pela salvação das famílias “[...] e em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gn 12.3-a). Após o chamado, Deus falou acerca de Abrão que este cumpriria o seu propósito quanto  à perpetuação da fé em relação aos seus descendentes “Porque eu o tenho conhecido, e sei que ele há de ordenar a seus filhos e à sua casa depois dele, para que guardem o caminho do SENHOR [...]” (Gn 18.19).

2.2 Nas famílias dos hebreus.
O lar era a unidade básica da sociedade bem como a primeira escola que um menino judeu conhecia. O Antigo Testamento mostra o grande valor dado às crianças e a grande responsabilidade que pesava sobre os ombros dos pais, porquanto os filhos eram tidos como dons de Deus (Jó 5.25; Sl 127.3; 128.3,4). As crianças eram treinadas em seus deveres religiosos ou outros (I Sm 16.11; II Rs 4.18). Porém, o elemento religioso ocupava sempre o primeiro plano, seguindo a orientação divina (Dt 6.4-9; Sl 78.3-6; Pv 4.3).

2.3.1 A parte pedagógica das festas e dos memoriais.
O próprio Deus determinou por meio de Moisés, e depois a Josué, servos do Senhor, que era dever dos pais usarem as festas religiosas para ensinarem os seus filhos, a fim de que eles soubessem o sentido que estava por trás de todo cerimonial da Páscoa e assim entendessem o porquê da celebração (Êx 12.26,27; Js 4.1-7).

2.3.2 Onde deveriam ensinar.
A incumbência dos pais incluía ensinar os filhos a adorarem somente ao Senhor (Dt 6.4); a amá-lo de todo coração, alma e força (Dt 6.5); e falar-lhes as Escrituras, e isso deveria ser aplicado principalmente no lar (Dt 6.7-9). A palavra “casa” nesse texto vem do hebraico bayth”, e significa “casa, habitação ou edificação na qual vive uma família” (Dt 20.5), mas também “pode se referir à própria família” (Gn 15.2; Js 7.14; 24.15). O que Deus estava transmitindo é que o principal local de ensinamento das verdades espirituais e morais aos filhos é no seio familiar, pois é no lar onde os filhos gastam a maior parte do seu tempo.


III. O LAR COMO EXTENSÃO DA IGREJA
3.1.A importância do ensino no lar.
A Igreja é o ambiente propício para o louvor, adoração e pregação da Palavra de Deus (Sl 27.4; II Cr 7.15,16), mas, não é o único lugar onde a Palavra deve ser ensinada (At 5.42). O lar do cristão deve ser uma extensão da igreja onde os pais reproduzem a sã doutrina para os filhos (II Tm 3.14,15). Os pais cristãos têm a incumbência e séria obrigação de transmitir sua herança espiritual e moral aos filhos (Ef 6.4). Esse legado gira em torno da experiência pessoal do livramento divino do pecado (Rm 6.23); da revelação de Deus em Jesus Cristo (Jo 14.6; Hb 1.1); e, da sua morte por nós na cruz (Jo 3.16-18; Tt 2.11-14). Ainda que a criança tenha na igreja professores da Escola Dominical e outros mestres importantes em sua vida, os pais não devem jamais se omitir da responsabilidade que receberam de Deus de ser a fonte principal de instrução espiritual e moral dos seus filhos (Pv 22.6).

3.2. O Culto doméstico na evangelização e formação dos filhos e parentes.
O lar é o local onde os conceitos mais importantes da vida são ensinados e o caráter cristão da criança é formado, por isso a importância do culto doméstico. Através deste, os pais podem transmitir aos filhos os preceitos divinos, a fim de que eles jamais os esqueçam. Em Dt 6.6- 7, o Senhor intimou os israelitas a repassar aos seus filhos, com toda a diligência, os princípios da Palavra de Deus: “E estas palavras que hoje te ordeno estarão no teu coração; E as intimarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te.” Observe que a orientação divina é que a Palavra de Deus deve ser ensinada primeiramente “em casa”. Na Bíblia encontramos vários exemplos de pais que colocaram em prática esta exortação, tais como: Adão, que certamente ensinou seus filhos a oferecerem sacrifícios ao Senhor (Gn 4.3,4); Abraão (Gn 18.19); os pais de Moisés (Hb 11.24-27); os pais de Gideão (Jz 6.13); Eunice e Lóide (2 Tm 3.15), dentre outros que influenciaram na vida espiritual de seus filhos. O que poderia ser melhor do que adorar a Deus e estudar a sua Palavra? Fazer isso em família! O culto doméstico é imprescindível à estabilidade espiritual desta instituição, porque é o momento em que todos se reúnem para juntos louvar ao Criador da família e aprender como servi-lo.


IV. EVANGELIZANDO OS FAMILIARES E PARENTES NÃO CRENTES
Nem sempre o cristão tem a alegria de ter os seus familiares e parentes convertidos. Há casos em que os pais são crentes e os filhos não; os filhos são crentes e os pais não. Há outros casos em que o marido é crente e a esposa não e vice versa, e há ainda os casos de parentes que não são cristãos. Nestes e em outros exemplos, a Bíblia dá algumas orientações, a fim que o convívio seja harmonioso e para que estes possam ser alcançados pelo Evangelho. Abaixo destacaremos algumas estratégias que contribuem nessa evangelização:

4.1 Evangelismo silencioso.
Nem todo familiar e parente não crente, aceita de bom grado a conversão de um dos membros da família. Muitas vezes existe resistência, perseguição, sofrimentos e angústia dentro do lar e entre a parentela. Isto fora profetizado por Jesus (Mt 10.34). No entanto, é preciso entender que a melhor e mais eficaz forma de evangelizar nossos entes, é o nosso testemunho pessoal (Mt 5.14,16; Jo 13. 34,35;2 Cor. 2.17; 3.2,3; Cl 2.6; 1 Jo 2.6). Se o marido, por exemplo, resiste ouvir o evangelho, ele não deixará de ver o testemunho vivido na prática por sua esposa, o que poderá resultar na sua conversão “...para que também, se alguns não obedecem à palavra, pelo procedimento [...] seja ganho sem palavra” (I Pe 3.1). O mesmo princípio se aplica ao esposo não crente, aos filhos e toda a parentela.

4.2 Evangelismo sábio.
De acordo com o Aurélio (2004, p. 1784) a palavra “sábio” significa: “prudência, sensatez, reflexão”. É necessário sabedoria para evangelizarmos nossos parentes, principalmente quando há diversidade religiosa (Tg 1.5; 3.17). Há infelizmente aqueles que em vez de contribuírem para a conversão da família, acabam atrapalhando. Devemos lembrar que a conversão é uma obra do Espírito que revela ao homem o seu estado de pecado, e este no uso do seu livre arbítrio, quando se arrepende é regenerado (Jo 3.5; 16.8).

4.3 Evangelismo equilibrado.
De acordo com o Aurélio (2004, p. 1784) a palavra “equilíbrio” quer dizer: “moderação, prudência, comedimento; autocontrole, autodomínio, controle”. O autocontrole no grego “enkrateia” é o “controle ou domínio sobre os impulsos”. Esta virtude é um aspecto do fruto do Espírito também chamado de temperança e domínio próprio (Gl 5.22), que capacita o crente a não revidar as retaliações sofridas (Mt 5.39; Rm 12.17,21). Pedro orienta-nos sobre a forma como devemos falar a cerca do que cremos (I Pe 3.15). Segundo ele, devemos dar razão da nossa esperança com mansidão, reverência e piedade, pois o propósito não é ganhar uma discussão, mas conduzir as almas para Cristo.


V. O PODER DA INTERCESSÃO PELOS PARENTES
De acordo com o Aurélio (2004, p. 1118), a palavra “interceder” significa: “pedir, rogar, suplicar (por outrem); intervir (a favor de alguém ou de algo)”. No sentido bíblico do Novo Testamento é orar em favor de outros, na direção e no poder do Espírito Santo. Na intercessão, o intercessor põe-se diante de Deus no lugar da outra pessoa. Eis alguns personagens bíblicos que intercederam pelos seus parentes e viram Deus livrá-los: Abraão intercedeu por Ló (Gn 18.20-33; 19.12-16); Raabe rogou pela sua parentela para que não fosse destruída com os demais habitantes de Jericó (Js 2.12-14; 6.17); Jó intercedia pela saúde espiritual dos seus filhos (Jó 1.4,5); Neemias rogou pelo seu povo, quando soube da situação decadente deles (Ne 1.1-11). Da mesma forma, devemos rogar a Deus pelos nossos entes queridos, a fim de que venham ser alcançados pela imensurável graça divina (Tt 2.11).


CONCLUSÃO
É do interesse divino que a Sua Palavra seja semeada dentro dos lares a fim de conduzir nossos parentes a Sua graça. Todavia, precisamos entender que esse evangelismo precisa ser anunciado com testemunho pessoal, sabedoria e equilíbrio, e ainda acompanhado de muita oração intercessória, a fim de que estes tomem a decisão de seguir a Cristo. 



REFERÊNCIAS
·          ANDRADE, Claudionor Correa de. Dicionário Teológico. CPAD.
·          BOYER, Orlando. Toda a Família: como preservar a família em tempos de crise. CPAD.
·          CHAMPLIN, R.N. Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol Vol. 2. HAGNOS.
·          STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.




Por Rede Brasil de Comunicação.