sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

LIÇÃO 05 – O ARREBATAMENTO DA IGREJA






I Ts 4.13-18




INTRODUÇÃO
O Arrebatamento é a maior e mais gloriosa promessa do salvo. Será o Dia em que o Senhor Jesus virá buscar a Igreja para levar para si, onde nós estaremos para sempre com Ele por toda a eternidade. A Bíblia descreve esse evento surpreendente, que acontecerá num futuro incerto e impossível de precisar sua data (Mt 24.36). Somos conclamados a vigilância e santa expectativa para o grande Dia, onde a Igreja, a Noiva, terá seu maravilhoso encontro com o Senhor Jesus, seu Noivo. Nesta lição estudaremos o que é o Arrebatamento; as Escolas de interpretação acerca desse evento escatológico; quem participará do Arrebatamento; quais os elementos que estarão presentes nesse evento; e as principais diferenças entre a primeira e a segunda fase da Segunda Vinda de Cristo.


I. O QUE É O ARREBATAMENTO?
A palavra arrebatamento deriva da palavra no grego “harpazo”, significa: “raptar”, “levar com ímpeto”, “arrancar”, “resgatar”, “tirar”. “retirar um objeto com força e rapidez inesperada”. O Arrebatamento será a retirada da Igreja, de modo brusco, sobrenatural e sem prévias. Escrevendo aos Tessalonicenses (I Ts 4.13-18), o apóstolo Paulo apresenta a sequência do arrebatamento: 1º) O Senhor descerá do céu; 2º) Os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro; e 3º) Os salvos que estiverem vivos serão arrebatados. Portanto, o Arrebatamento da Igreja é o momento glorioso em que Jesus irá levar a Sua Igreja para junto de Si (At 1.11; Hb 9.28; I Co 15.51,52; I Ts 4.13-17). Encontramos dois termos gregos relativos à Segunda Vinda de Cristo. Vejamos:

1.1 Parousia. Literalmente quer dizer: “presença”, “chegada rápida”, “visita”. É a palavra mais frequentemente usada nas Escrituras para descrever o retorno de Cristo. Seu sentido é abrangente porque não define apenas a volta de Cristo até as nuvens para arrebatar a Igreja (I Ts 4.15; 5.23; Tg 5.7,8; II Pe 3.4), mas, também para referir-se à Sua volta pessoal à terra (I Co 15.23; I Ts 2.19; II Ts 2.1). Portanto, o sentido é geral e não especifico.

1.2 Epiphanéia. Literalmente significa: “manifestação”, “vir à luz”, “resplandecer” ou “brilhar”. O sentido é mais especifico, porque se refere especialmente à vinda sobre as nuvens. É a volta pessoal de Cristo à Terra que acontecerá com uma manifestação visível e gloriosa de Jesus na segunda fase da segunda vinda (II Ts 2.8; I Tm 6.14; II Tm 4.6-8).


II. AS ESCOLAS DE INTERPRETAÇÃO ACERCA DO ARREBATAMENTO
Existem pelo menos três Escolas de interpretação acerca do Arrebatamento da Igreja. Vejamos:

2.1 A Escola Pós-tribulacionista.
Ensina que o Arrebatamento acontecerá no final da Grande Tribulação. “Ela diz que a igreja continuará na terra até a segunda vinda, no final desta presente era, e será levada às nuvens para encontrar o Senhor que veio pelos ares, vindo do céu no segundo advento, para retornar imediatamente com Ele.” (PENTECOST, 2010, p.226). Segundo este grupo de teólogos, a Igreja permanecerá na terra durante todos os sete anos de tribulação, mas, será preservada da destruição, como os hebreus que não foram atingidos pelas dez pragas do Egito. Os principais textos bíblicos que eles se referem para defender este ensino são (Ap 6.9; 7.9-17; 13.7) onde João menciona a presença de santos na terra durante a Grande Tribulação. No entanto, a Bíblia deixa claro, que estes santos são as pessoas que se converterem após o Arrebatamento da Igreja.

2.2 A Escola Midi-tribulacionista.
De acordo com essa interpretação, a Igreja será arrebatada ao final da primeira metade (três anos e meio) da septuagésima semana de Daniel, ou seja, na metade da tribulação. A Igreja suportará os acontecimentos da primeira metade da tribulação, que, segundo os Meso-Tribulacionistas, não são manifestações da ira de Deus. Ela (a Igreja) será transladada, todavia, antes que comece a segunda metade da semana, que, segundo essa teoria, contém todo o derramamento da ira de Deus. Afirma-se que o arrebatamento ocorrerá junto com o soar da última trombeta e a ascensão das duas testemunhas de Apocalipse capítulo 11” (PENTECOST, 2010, p. 244). Os principais textos que esta Escola usa para defender sua crença é (I Co 15.52) onde o apóstolo Paulo diz: “Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta...” e (Ap 11.15) onde o apóstolo João descreve o “toque da sétima trombeta”. No entanto, devemos entender que a trombeta que o apóstolo Paulo menciona em (I Co 15.52) significa a última voz de chamamento ou de convocação do povo de Deus; e, não às trombetas do Apocalipse, que só serão tocadas após o Arrebatamento, durante a Grande Tribulação, não se tratando, portanto, do mesmo evento.

2.3 A Escola Pré-tribulacionista.
Os que aceitam este ponto de vista, crêem que o arrebatamento da Igreja ocorrerá antes da Grande Tribulação (I Ts 1.10; 5.9; Ap 3.10). “A igreja, o corpo de Cristo, em seu todo, será, por ressurreição e por transferência, retirada da terra antes de começar qualquer parte da septuagésima semana de Daniel” (PENTECOST, 2010, p. 263). Vejamos porque esta Escola de interpretação bíblica é a mais coerente e aceita por nós:

      ·     A Igreja não está destinada a ira divina, e sim, a salvação (I Ts 1.9,10; 5.9,10; Hb 9.28).
·    A ira de Deus é para os ímpios, e não para a Igreja (Jo 3.36; Ap 6.17).
·    À Igreja de Filadélfia foi prometido livramento da "hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro" (Ap 3.10). E, profeticamente falando, a Igreja de Filadélfia é uma representação da Igreja do Arrebatamento!
·    Antes de Deus exercer juízo sobre os ímpios, Ele avisa e livra os justos, como ocorreu com Noé, antes do dilúvio (Gn 6.13,14); e com Ló, antes da destruição de Sodoma e Gomorra (Gn 19.12-30). Veja o que o apóstolo Pedro diz em (II Pe 2.6-9).

III. QUEM PARTICIPARÁ DO ARREBATAMENTO?
A Bíblia descreve alguns personagens desse evento, especialmente em dois textos que dão destaque ao Arrebatamento (I Co 15.51-54 e I Ts 4.13-18). Esses personagens são:

ü Jesus Cristo. Como disse Paulo: “o mesmo Senhor... descerá do céu” (I Ts 4.16). É certamente o cumprimento da promessa que o Senhor nunca nos deixará só, mas que virá em breve nos buscar (Mt 28.20; At 1.11).

ü O arcanjo. A tradução do texto diverge na forma, mas não anula o fato, conforme está escrito: “à voz do arcanjo” ou “com voz de arcanjo” (I Ts 4.16). O texto de Daniel indica que o arcanjo Miguel participará do evento da segunda vinda de Cristo (Dn 12.1), mui especialmente da epiphanéia, quando Cristo, rodeado de exércitos celestiais, descerá sobre a Terra, no monte das Oliveiras (Zc 14.3,4; Ap 1.6,7). Porém, no evento do arrebatamento da Igreja, a participação do arcanjo será efetuada pela voz do comando e chamamento, a qual será ouvida apenas pelos remidos.

ü Os mortos em Cristo de todas as épocas. Os mortos em Cristo tanto do AT como do NT ressuscitarão “num abrir e fechar de olhos” ao ouvirem a voz de chamamento da trombeta do Senhor pelo arcanjo (I Co 15.51,52) e estarão, na presença do Senhor nos ares, com corpos glorificados (I Ts 4.16,17). A palavra “mortos” diz respeito aos santos que ressuscitarão com corpos transformados em corpos espirituais (soma pneumatikon). Assim, nossos corpos (tanto dos vivos como dos mortos) serão semelhantes ao de Cristo quando ressuscitou (Lc 24.39; Fp 3.20,21; I Jo 3.2). 

ü Os vivos em Cristo. O mesmo poder transformador operado nos corpos dos que morreram no Senhor atuará nos corpos dos crentes vivos naquele dia. Por isso, o apóstolo Paulo assevera aos tessalonicenses: “Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados” (I Ts 4.17). E, aos coríntios, também disse: “Nem todos dormiremos (ou seja, morreremos), mas todos seremos transformados” (I Co 15.51). Aleluia!


IV. ELEMENTOS ATRELADOS AO ARREBATAMENTO
De acordo com as profecias bíblicas, o Arrebatamento da Igreja será repentino, muito rápido e invisível ao mundo, como veremos a seguir:

ü Haverá uma surpresa. Esse elemento é rejeitado por alguns grupos que entendem que não haverá dois eventos distintos: o arrebatamento da Igreja e a vinda pessoal de Cristo. Ora, o que a Bíblia nos ensina é que, a Igreja, constituída pelos mortos e vivos em Cristo, se encontrará nas nuvens com o Senhor. Se por alguns a ideia da surpresa é rejeitada, uma grande maioria cristã prefere o que declara as Escrituras que destacam o elemento surpresa (Tt 2.13; Mt 24.35,36,42-44; 25.13). Esse elemento é fundamental porque a Igreja vive na esperança da vinda do Senhor. Textos como Mt 24.35,36, 42-44; 25.13 e Tt 2.13 mostram que esse evento será uma surpresa. As exortações para com a vigilância não fariam sentido sem o elemento “surpresa”.

ü Haverá uma velocidade. Para tentar explicar a velocidade do evento, Paulo usou o termo grego átomos, que aparece no texto sagrado pela expressão “num momento”, cujo sentido literal é indivisível (quanto ao tempo, aqui). A palavra átomos era usada para denotar “algo impossível de ser cortado ou dividido”. Também encontramos outras expressões bíblicas para denotar velocidade, tais como “abrir e fechar de olhos”, ou “o piscar de olhos”. Mesmo em época avançada e de velocidade da cibernética e da tecnologia, nada poderá contar e detectar o momento do milagre do arrebatamento da Igreja. 

ü Haverá uma invisibilidade.  Por que será um evento invisível e para quem? Será invisível para o mundo material porque os arrebatados serão constituídos somente dos transformados. A transformação será tão rápida, que nenhum instrumento cronológico terá condição de perceber ou marcar o tempo. Quando o crente conquistar esse corpo imaterial, a matéria perderá totalmente sua força (1Co 15.43,44,49,51,53).  


V. PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE AS DUAS FASES DA SEGUNDA VINDA DE CRISTO
A Segunda Vinda de Cristo ocorrerá em duas fases distintas. Vejamos algumas diferenças entre elas:

PRIMEIRA FASE
SEGUNDA FASE
Será antes da Grande Tribulação (Ap 3.10)
Será depois da Grande Tribulação (Mt 24.29-30)
Será invisível (Mt 24.36)
Será pública, e todo olho verá (Ap 1.7)
Cristo vem para a Igreja (1Ts 4.17)
Cristo vem com a Igreja (Jd 14; 1 Ts 3.13)
Cristo não virá a terra, mas, ficará nas nuvens (I Ts 4.17)
Cristo virá a terra e pisará no Monte das Oliveiras (Zc 14.1-4)
Só os santos o verão (1 Ts 4.17)
Todo olho verá (Ap 1.7)


VI. PROPÓSITOS DO ARREBATAMENTO
Para vir com os seus santos, o Senhor Jesus precisa antes vir para os seus santos. Assim, eis os propósitos do arrebatamento:

ü Cumprir a promessa “virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo” (Jo 14.3);
ü Livrar a Igreja da ira divna, ou seja, da Grande Tribulação (Rm 5.9; I Ts 1.10; 5.9; Ap 3.10);
ü Consumar a salvação dos crentes (I Pe 1.5; Rm 13.11; 8.23);
ü Glorificar os seus santos (Cl 3.4; Rm 8.17);
ü Recompensar os salvos por seu trabalho prestado na terra (I Co 3.12-15; I Jo 4.17; Hb 10.30-b).



CONCLUSÃO
O Arrebatamento da Igreja é a gloriosa e viva esperança de todo o crente salvo. Muito em breve a Igreja do Senhor Jesus deixará este mundo para estar com o Senhor para sempre, como Ele mesmo prometeu (Jo 14.1-3). Diante dessa gloriosa promessa, devemos estar vigilantes, vivendo em santidade, esperando este Dia em que estaremos definitivamente livres de todo sofrimento e estaremos para sempre com o Senhor Jesus Cristo, Aleluia!



REFERÊNCIAS
Ø  HORTON, Stanley. Teologia Sistemática. CPAD.
Ø  PENTECOST, J. Dwight. Manual de Escatologia. VIDA.
Ø  RENOVATO, Elinaldo. O Final de Todas as Coisas. CPAD.
Ø  STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
Ø  ZIBORDI, Ciro Sanches. Teologia Sistemática Pentecostal. CPAD. 



Por Rede Brasil de Comunicação.
Adaptado pelo Amigo da EBD.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

QUESTIONÁRIOS DO 1° TRIMESTRE DE 2016






   O FINAL DE TODAS AS COISAS –
Esperança e glória para os salvos




Lição 04

Para Refletir
A respeito da Escatologia Bíblica, responda:


Segundo a lição, o que precisamos para não sermos enganados?
Precisamos ter discernimento para não sermos enganados, pois vivemos tempos difíceis, onde muitos estão pregando um pseudo-evangelho.

Como podemos nos proteger espiritualmente?
Lendo, meditando e obedecendo à Palavra de Deus, orando, buscando a santificação e participando da comunhão com os santos.

O que Jesus desejou mostrar ao se referir aos tempos de Noé?
Ao se referir aos tempos de Noé, Jesus estava mostrando que no dia da sua vinda a vida transcorrerá normalmente, sem qualquer aviso prévio.

A corrupção moral e a violência são sinais da volta de Jesus?
Certamente a violência e a corrupção moral são sinais da volta de Jesus.

Onde estava o coração da mulher de Ló?
O coração da mulher de Ló estava na sua cidade, em seus bens materiais.


quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

LIÇÃO 04 – ESTEJA ALERTA E VIGILANTE, JESUS VOLTARÁ






Lc 17.24-30



INTRODUÇÃO
Jesus garantiu que voltaria para buscar o seu povo (Ap 22.12). Todavia, ensinou que este dia e hora ninguém sabe (Mt 24.36). Por isso, exortou diversas vezes os seus seguidores a estarem alerta em constante vigilância a fim de não serem pegos de surpresa (Mc 13.33). Nesta lição definiremos a palavra vigiar; destacaremos que tanto Jesus como seus discípulos exortaram os cristãos a estarem em constante vigilância; pontuaremos pelo menos três causas que justificam o porquê da necessidade de estarmos vigilantes; veremos ainda de que forma devemos aguardar o arrebatamento; e por fim, trataremos da parábola dos dois servos, proferida por Jesus para exortar-nos a preparação para a sua vinda.


I. O QUE SIGNIFICA A PALAVRA VIGIAR
O verbo “vigiar” segundo o Aurélio quer dizer: “observar atentamente; estar atento a; tomar cuidado” (FERREIRA, 2004, p. 2061). No hebraico o verbo é “shamar” que significa: “vigiar, guardar”. No grego o termo é “gregoreo” que significa literalmente “vigiar” e é encontrado em 1 Ts 5.6,10 e em mais 21 outros lugares nos quais ocorre no Novo Testamento (por exemplo, em 1 Pe 5.8). É usado acerca de: a) “manter-se acordado” (Mt 24.43; 26.38.40.41): b) “vigilância espiritual” (At 20.31; 1 Co 16.13; Cl 4.2; 1 Ts 5.6.10; 1 Pe 5.8; Ap 3.2.3; 16.15) (VINE, 2002, p. 323 – acréscimo nosso). A palavra “vigiar” tem conotação exortativa, visando chamar a atenção dos ouvintes a estarem prontos para o retorno do Messias. Jesus e os apóstolos exortaram a vigilância, como veremos a seguir:

1.1 Exortação de Cristo.
Diversas vezes Jesus chamou a atenção dos seus seguidores quanto à importância de estarem vigilantes para o seu retorno (Mt 24.22; 25.13; Mc 13.33,35; 37; Lc 21.36; Ap 3.3; 16.15). Muitas dessas exortações se percebem através das parábolas, tais como: das dez virgens (Mt 25.1-13); do senhor que confiou o cuidado das coisas que lhe pertenciam aos seus servos, prometendo voltar em breve (Mc 13.34-37); dos servos que aguardam o seu senhor quando voltar das bodas (Lc 12.36-37). “O chamado à vigilância, no entanto, não foi dirigido apenas a eles, mas a todos nós (Mc 13.37)” (ADEYEMO, 2010, pp. 1222,1223).

1.2 Exortação dos apóstolos.
Os apóstolos de Cristo, seguindo a mesma linha escatológica do Mestre, exortaram aos cristãos nas suas epístolas, quanto à necessidade da vigilância, pois a vinda do Senhor está próxima (I Co 16.13; I Ts 5.6; I Pe 4.7). Para Paulo, a volta era tão iminente que ele tinha a expectativa de ainda em vida participar do arrebatamento (I Ts 4.17). Tiago, o irmão do Senhor também falou da proximidade deste Dia (Tg 5.8); bem como o apóstolo João (I Jo 2.18); e, o apóstolo Pedro (II Pe 3.9).


II. QUAIS AS CAUSAS DA EXORTAÇÃO A VIGILÂNCIA PARA A VOLTA DE JESUS
2.1 A fragilidade humana.
Sabendo da fragilidade humana, Jesus exortou os apóstolos a estarem vigilantes, para vencerem as tentações (Mt 26.41; Mc 14.38). Fomos perdoados e libertos dos nossos pecados (I Jo 2.12; Rm 6.22), todavia, ainda não estamos livres da presença do pecado na nossa natureza humana. Isto somente se dará quando nosso corpo for glorificado, por ocasião do arrebatamento da Igreja (I Co 15.51-54). Até este acontecimento, precisamos viver vigilantes, a fim de não sermos vencidos pelo pecado (Rm 6.11,12; I Co 15.34). “Quem quiser ter um discipulado produtivo, precisa disciplinar o corpo para não ceder às paixões” (ADEYEMO, 2010, p. 1192).

2.2 A astúcia do Diabo.
Além da fragilidade humana, o crente precisa vigiar também porque “[...] o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar” (I Pe 5.8). Toda tentação é proveniente da própria natureza humana (I Co 10.13; Tg 1.13-15), todavia, o principal agente da tentação é Satanás (Mt 4.3; Lc 4.2; I Ts 3.5; Tg 4.7). Precisamos estar vigilantes e fortalecermo-nos no Senhor a fim de vencer as batalhas espirituais, que somos submetidos (Ef 6.10-18). Jesus exortou os crentes de Esmirna a serem fiéis até a morte, mesmo diante das tentações do diabo (Ap 2.10). Da mesma forma, falou aos crentes de Filadélfia, dizendo: “Eis que venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa” (Ap 3.11).

2.3 A vinda do Senhor será repentina.
A necessidade da vigilância para o retorno de Cristo se dá também pelo fato de ser um evento repentino. Diversas vezes, Jesus exortou os seus discípulos sobre isso (Mt 24.36,42,44; 25.13; Mc 13.33; Lc 12.46). Infelizmente, não são poucos aqueles que têm a promessa do Senhor como tardia, ao ponto de desacreditarem dela (II Pe 3.4). Todavia, Jesus nos assegurou que viria sem demora (Ap 3.11; 22.12,20). Estejamos vigilantes para não sermos pegos de surpresa e sermos achados dormindo naquele dia (Mc 13.36; Lc 21.34). Jesus e os apóstolos usaram algumas figuras que retratam muito bem que a imprevisibilidade do seu retorno, como veremos na tabela a seguir:

FIGURAS QUE RETRATAM A
REPENTINA VOLTA DO SENHOR
EXPLICAÇÃO



Ladrão
(Mt 24.43-44; I Ts 5.2-4; II Pe 3.10; Ap 16.15)

O que aprendemos aqui é que, como um ladrão que aparece de forma inesperada, assim será a volta de Cristo para buscar Sua Igreja. Por isso, o cristão deve estar sempre vigilante para o retorno do Senhor.


Relâmpago
Mt 24.27

Um relâmpago é um fenômeno repentino. De forma parecida, sucederá o súbito dia do Filho do Homem. Quando o Senhor retornar, Ele virá de forma instantânea.


Abrir e fechar de olhos
I Co 15.52

Paulo ensinou que “num momento” (grego atoma), num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta, nós seremos transformados. De imediato, o corruptível se revestirá de incorruptibilidade.


III. DE QUE FORMA DEVEMOS ESPERAR A VOLTA DE JESUS
3.1 Vigiando em oração.
A Bíblia nos exorta a aguardarmos o Senhor vigiando em oração (I Pe 4.7). É por meio desta prática constante (I Ts 5.17) que o cristão mantém contato com Deus (Jr 33.3; Tg 4.8). Ela expressa uma atitude de sujeição e inteira dependência da sua graça, ou seja, quem ora reconhece que precisa da ajuda divina para vencer as batalhas e dificuldades da vida (Is 38.1-5; II Cr 20.3,4). Faz-se necessário entender que, os últimos dias da Igreja de Cristo aqui na terra, serão dias de esfriamento espiritual na vida de alguns cristãos (Mt 24.12; Ap 3.15,16). Portanto, devemos ter cuidado para não sermos cristãos superficiais, mas de profunda comunhão com Deus. “O mundo está se movendo em direção ao seu objetivo final. Diante dessa realidade, os cristãos devem manter um relacionamento próximo com Deus em oração” (ADEYEMO, 2010, p. 1561).

3.2 Vigiando em santidade.
Jesus anunciou que antecipadamente que os dias que antecedem a sua vinda, serão de extrema corrupção moral, comparando com o período antediluviano e geração de Sodoma e Gomorra (Mt 24.37; Lc 17.28). Os apóstolos também fizeram a mesma afirmação (II Tm 3.1-5; II Pe 3.3). Sabedores disto, nós cristãos, devemos no meio desta geração pervertida, vigiar em santidade, a fim de não contaminarmos com o pecado (Fp 2.15). A santidade é tipificada na Bíblia como vestes (Ap 19.8,14). Por sua vez, a falta de santidade pode ser retratada como vestes sujas ou a nudez (Zc 3.3,4; Ap 3.18; 16.15). A exortação bíblica é que devemos estar vestidos e com vestes limpas em todo tempo (Ec 9.8; Ap 3.4).

3.3 Vigiando em todo tempo.
Já vimos que a palavra “vigiar” significa: “estar atento”. O contrário da palavra “vigiar” é justamente “dormir” (Mc 14.37; Ef 5.14; Rm 13.11). Do ponto de vista bíblico, o sono espiritual, tem conotação negativa, pois leva o homem a um estado de invigilância. Jesus falou disto quando disse: “Vigiai, pois, porque não sabeis quando virá o senhor da casa; se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se pela manhã, para que, vindo de improviso, não vos ache dormindo” (Mc 13.35,36). Foi quando as dez virgens cochilaram que chegou o esposo “E, tardando o esposo, tosquenejaram todas, e adormeceram” (Mt 25.5). A “demora” da volta de Cristo se constitui num teste de resistência e fidelidade para aqueles que professam segui-lo. Por isso, somos exortados a perseverança (Mt 24.13; Lc 8.15; Rm 2.7; I Tm 4.16; Ap 3.10-11). Devemos também exorta-nos uns aos outros (Hb 10.25).


IV. A PARÁBOLA DOS DOIS SERVOS
“Em Mateus 24.45-51 encontramos uma parábola, falada por Jesus, denominada de “os dois servos”. Nessa ilustração o Mestre tem uma exortação para todos os seus servos. Nela, como sempre, Cristo liga a fé ao comportamento. Se cremos em sua vinda, devemos nos portar de acordo com o que acreditamos. Não podemos viver como desejamos, se verdadeiramente cremos que ele pode vir a qualquer momento. Essa esperança deve governar a nossa vida no lar e impedir-nos de viver uma vida sem moderação e sem disciplina. Se nos conscientizarmos da volta do Mestre, e deixarmos que essa conscientização impere em todos os aspectos da nossa vida, então viveremos. Quando o servirmos de maneira a honrá-lo, teremos verdadeira comunhão uns com os outros, santidade de vida e estaremos vigilantes. Para aqueles servos maus que escarnecem da verdade de sua vinda e arrogantemente destratam os outros, e se associam com os glutões, há uma condenação repentina e veloz. Que a graça nos seja concedida para que possamos viver de tal maneira que não sejamos envergonhados perante ele em sua vinda!” (LOCKYER, 2006, p. 300 – acréscimo nosso).


CONCLUSÃO
A Vinda do Senhor é certa. Disto nos garantiu Jesus e os apóstolos em seus ensinamentos. Diante desta verdade, só nos resta estarmos alertas e vigilantes em oração e santidade para que naquele Dia possamos estar aptos para adentar às mansões celestiais.



REFERÊNCIAS
Ø  LOCKYER, Herbert. Todas as parábolas da Bíblia. VIDA.
Ø  RADMACHER, Earl D. et al. O Novo Comentário Bíblico: AT. CENTRAL GOSPEL.
Ø  TOKUMBOH, Adeyemo. Comentário Bíblico Africano. MUNDO CRISTÃO.
Ø  VINE, W.E, et al. Dicionário Vine. CPAD.  


Por Rede Brasil de Comunicação. 


terça-feira, 19 de janeiro de 2016

QUESTIONÁRIOS DO 1° TRIMESTRE DE 2016






   O FINAL DE TODAS AS COISAS –
Esperança e glória para os salvos




Lição 03

Para Refletir
A respeito da Escatologia Bíblica, responda:


Jesus exortou seus discípulos a serem vigilantes?
Sim. Ele afirmou: “Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há de vir o vosso Senhor” (Mt 24.42).

Como devemos aguardar a volta de Jesus?
Com fé e vigilância, cheios do Espírito Santo e em santidade.

O que Jesus desejou mostrar com a Parábola das Dez Virgens?
Jesus ensinou a Parábola das Dez Virgens (Mt 25) para mostrar o que significa estar pronto para o seu retorno.

O que é ser santo?
Ser santo é ser separado, consagrado para o Senhor.

Quais as atitudes do servo fiel ante a volta de Jesus?
Ter uma vida irrepreensível, não dar lugar à carne e dar frutos.