segunda-feira, 16 de março de 2015

QUESTIONÁRIOS DO 1° TRIMESTRE DE 2015




   OS DEZ MANDAMENTOS –
Valores divinos para uma sociedade
em constante mudanças





Lição 11

Para Refletir
Sobre o nono mandamento:


Contra quem eu não devo mentir?
Não devemos mentir contra ninguém. A Bíblia declara que a mentira é pecado e que o Diabo é o pai da mentira.

Quais prejuízos um falso testemunho acarretará contra uma pessoa?
Os prejuízos são incontáveis. A reputação de uma pessoa pode ser destruída, lares desfeitos, carreira profissional arruinada, devido a um falso testemunho.

O que é a verdade para você?
Resposta livre. O professor poderá esclarecer ao aluno que a verdade corresponde aos fatos e permanece em oposição à falsidade. É o conhecimento da realidade que o ser humano constata.

O desrespeito contra o próximo pode afrontar a Deus?
Sim. Deus deseja que venhamos amar e respeitar o nosso próximo.


quinta-feira, 12 de março de 2015

LIÇÃO 11 - NÃO DARÁS FALSO TESTEMUNHO





Êx 20.16; Dt 19.15-20 



INTRODUÇÃO
Nesta lição, estudaremos o Nono Mandamento “Não dirás falso testemunho[...]”. Veremos que a obediência a esta orientação bíblica está relacionada diretamente com o uso da língua. Analisaremos ainda, o que a Bíblia tanto no AT como no NT nos diz sobre este assunto, bem como, quais os pecados que estão relacionados com a quebra deste Mandamento e ainda verificaremos diversos ensinamentos sobre como evitar a desobediência desta instrução divina.


I – O NONO MANDAMENTO: DEFINIÇÃO EXEGÉTICA E INTERPRETAÇÃO
1.1 Definição exegética. O verbo “dizer” em “Não DIRÁS falso testemunho contra teu próximo” (Êx 20.16; Dt 5.20) no AT hebraico é “anah” que significa “responder, testemunhar, falar”, usado também em um processo jurídico, tanto nos tribunais humanos (Dt 19.16) como no tribunal divino (Is 3.9; 59.12; Jr 14.7). O termo hebraico “ed shaqer” significa “falso testemunho, falsa acusação” (Sl 27.12; Pv 6.19; 14.5; 19.5, 9; 25.18). A palavra “ed” “declaração, testemunho” indica alguém com conhecimento de primeira mão acerca de uma acontecimento ou que pode testemunhar com base num relato que ouviu... Já a palavra hebraica “sheqer” significa “mentira, falsidade, engano”, diz respeito a qualquer atividade falsa, tudo aquilo que não se baseia em fatos ou realidades... A expressão “shaw” quer dizer “fraude, engano, falsidade, desonestidade (HARRIS et al, 1998, p. 1083 apud SOARES, 2015, p. 123 – acréscimo nosso).

1.2 Interpretação. O Nono Mandamento: “Não Darás Falso Testemunho...” (Êx 20.16), nos mostra que a conduta da falsa testemunha nos rouba a boa reputação. Seja no tribunal ou em outro lugar, nossa palavra sempre deve ser verdadeira. A repetição da fofoca é imoral. Quando falarmos, até onde sabemos, sempre devemos dizer a verdade. Esse mandamento também proíbe a maledicência (Êx 23.1; Pv 10.18; 12.17; 19.9; 24.28; Tt 3.1,2; Tg 4.11; 1Pe 2.1) (BEACON, 2012, vol. 1, p. 192). A língua é um órgão do corpo humano, cuja função principal está relacionada a fala. É em face dessa atribuição que esse membro do corpo aparece na Bíblia como uma poderosa força. Afirma-se que a morte e a vida estão no seu poder (Pv 18.21). Tiago compara a língua como uma fera indomável e um mal incontido, cheio de veneno mortal (Tg 3.8) e como fogo, um mundo de iniquidade (Tg 3.6). Paulo, por sua vez, refere-se à língua como um instrumento de engano (Rm 3.13), caracterizando o homem não regenerado. Jesus ensinou que os homens terão de prestar contas de sua vida na terra, incluindo “toda palavra frívola que proferirem” (Mt. 12.36). (MERRILL, sd, vol. 3. p. 933).


II – A BÍBLIA E O USO DA LÍNGUA
A Bíblia nos mostra que a língua pode ser um instrumento de bênção ou de destruição. Salomão, em Provérbios 6.16-19, elenca seis pecados que Deus aborrece e um que abomina. Dos sete pecados, três estão ligados ao pecado da língua: “a língua mentirosa, a testemunha falsa que profere mentiras e o que semeia contendas entre irmãos”. Devemos ter muito cuidado com isso, pois as palavras podem dar vida ou matar: “A morte e a vida estão no poder da língua...” (Pv 18.21); "A língua deles é uma flecha mortal" (Jr 9.8). Jesus disse que é a língua que revela tudo que há no coração (Mt 12.34-37), e ainda ensinou que o que sai da boca contamina o homem (Mt 15.11), e reflete o conteúdo do coração (Mt 15.18-19). Nas páginas do AT encontramos sérias advertências quanto a pecados que podem ser cometidos através da língua (Êx 20.16; Lv 19.11,16; Pv 6.16-19; 15.1,2,23; 16.21,24; 12.19; 17.20; 18.21; 21.23). O apóstolo Tiago em sua epístola trata de forma severa esse tema (Tg 3.1-12), bem como Pedro e João (I Pe 3.10; I Jo 3.18).


III – PECADOS RELACIONADOS AO NONO MANDAMENTO
A lei condenava o falso testemunho através de punição como a pena capital (Êx 23.1; Dt 19.16-21). A fala e os fatos devem concordar entre si. (Dt 13.14; 17.4,5; 22.20,21; Jr 9,5; Pv 12.19; 14.25; 22.21) (CHAMPLIN, 2001, vol. 1, p.393). Em toda a Escritura encontramos a reprovação de Deus quanto ao mal uso da língua. Vejamos:

EXEMPLOS DE:
DEFINIÇÃO
REPROVAÇÃO BÍBLICA

MENTIRA
(Ananias e Safira)

“Ato de mentir; engano, impostura, fraude, falsidade”.

Lv 19.11; Sl 5.6; Sl 101.7; Pv 6.16-19; 19.5,9; Jo 8.44; Ef 4.25; Ap 21.27; 22.15

MALEDICÊNCIA
(Israel no deserto)

“Detratação, difamação, murmuração”

Sl 62.4; Sl 139.20; Pv 24.2; I Co 5.11; 6.10; Cl 3.8; Tg 4.11

MEXERICO
(A mulher de Potifar)

“Enredo, intriga, fofoca, bisbilhotice”

Lv 19.16; Pv 11.13; Pv 18.8; II Co 12.20; I Tm 5.13

CALÚNIA
(Jezabel a mulher de Acabe)

“Difamação por meio de acusações conscientemente falsas”

Êx 20.16; Dt 5.20; Pv 25.18; II Tm 3.1-3; Tt 2.3


IV – O NONO MANDAMENTO E O USO DA VERDADE
4.1 O Nono Mandamento ressalta que as relações humanas devem ser baseadas na honestidade e verdade. Aqui, Deus pede honestidade com respeito à reputação de nosso próximo. O falso testemunho (Êx 20.16) ocorre sempre que difamamos ou mentimos sobre alguém. Esse tipo de discurso é moralmente errado, pois abala a integridade do mentiroso como também a reputação do indivíduo que é alvo da mentira. As palavras mentirosas têm consequências sérias; além de destruir relacionamentos. Mais adiante, Deus expande esse mandamento: “Não espalharás notícias falsas, nem darás mão ao ímpio [...] nem deporás, numa demanda, inclinando-te para a maioria, para torcer o direito” (Êx 23.1-2). Devemos nos lembrar de que testemunhas falsas foram usadas até no julgamento injusto de nosso Senhor (Mt 26.59-62; Jo 19.12) (ADEYEMO, 2010, p. 114).

4.2 O Nono Mandamento tem uma íntima conexão com o terceiro visto que ambos enfocam o falar a verdade. Em linhas gerais, temos aqui a defesa da honra (SOARES, 2015, p. 121). Os dez mandamentos terminam com uma ênfase no bom relacionamento com nosso próximo, pois o segundo maior mandamento é amar ao próximo como a si mesmo (Mt 22.34-40; Lv 19.18). Se amamos nosso próximo, não cobiçamos o que ele tem, não roubamos o que é dele, não mentimos sobre ele nem fazemos qualquer uma das coisas que Deus proíbe em sua Palavra (WALTON, 2003, p. 96).

4.3 O Nono Mandamento não é somente válido nas cortes de justiça, mas em qualquer situação. Se bem que inclui perjúrio (jurar falsamente), também estão implícitas todas as formas de escândalos e maledicência, toda a conversação ociosa e charlatanice, todas as mentiras e os exageros deliberados que distorcem a verdade. Estamos proferindo falso testemunho quando aceitamos certos rumores maliciosos e logo os transmitimos, ou quando os usamos para outra pessoa para a prejudicar criando impressões falsas, tanto no nosso silêncio como por nosso discurso” (STOTT, 2002, p. 69 apud SOARES, 2015, p. 122).

4.4 O Nono Mandamento diz respeito ao nosso próprio bom nome, e ao do nosso próximo. Este Mandamento proíbe: (a) Falar falsamente sobre qualquer assunto, com mentiras, com equívocos intencionais, e de qualquer maneira planejada para enganar o nosso próximo. (b) Falar injustamente contra o nosso próximo, para o prejuízo da sua reputação. (c) Dar falsos testemunhos contra o próximo, acusando-o de coisas de que ele não tem conhecimento, seja judicialmente, sob juramento (com o que são infringidos o terceiro e o sexto mandamento, além deste). Ou extrajudicialmente, em conversação comum, caluniando, difamando, inventando estórias, piorando o que é feito erroneamente e tornando-o pior do que já é, e de alguma maneira empenhando-se em aumentar a sua própria reputação sobre a ruína da do seu próximo (HENRY, 2010, vol. 1, p. 296).


V - A PERSPECTIVA DE TIAGO A RESPEITO DO USO DA LÍNGUA
A epístola de Tiago, irmão do Senhor, apresenta a sua mensagem seguindo o modelo do Senhor Jesus, recheada de ilustrações. Suas exortações e repreensões se tornam mais claras, a partir da linguagem que faz das comparações. Eis abaixo algumas figuras de linguagem que o apóstolo faz em (Tg 3.1-12) para falar da língua:

COMPARAÇÃO
INTERPRETAÇÃO

LEME
“um bem pequeno leme”
(Tg 3.4)
Um pequeno leme de um grande navio ajuda a dirigir o curso da navegação. A língua é apenas um pequeno membro, mas muitas vezes se orgulha do que pode fazer. A língua tanto dirige o navio (nosso corpo) no curso certo, como pode levá-lo ao desastre (Tg 3.4).

FOGO
“A língua também é um fogo...”
(Tg 3.6)
Uma pequena faísca pode incendiar uma floresta inteira, o que resulta num grande estrago. Era justamente isso que Tiago tinha em mente quando comparou a língua com um fogo “vede quão grande bosque um pequeno fogo incendeia” (Tg 3.5).

MANANCIAL
“...alguma fonte...”
(Tg 3.9-12)
O mesmo manancial não pode jorrar água doce e amarga. Terá de ser um ou outro tipo. Assim é com a língua. Dela vem o mal ou o bem, veneno ou bálsamo curador, maldição ou benção, frutas bravas ou figos, água salobra ou potável (Tg 3.10-12).


CONCLUSÃO
Nessa lição aprendemos sobre o cuidado que devemos ter com o ouvir e o falar. Por causa dessa tendência da natureza humana de pecar com a língua, a Bíblia exorta a “todo o homem seja pronto para ouvir, tardio para falar...” (Tg 1.19). Antes de abrirmos a boca, precisamos avaliar se a nossa palavra é verdadeira, amorosa, boa e edificante “Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem” (Ef 4.29).


ATENÇÃO! Para essa lição sugiro o Texto de Reflexão: Penas ao Vento. Boa Aula!!



REFERÊNCIAS
Ø  HENRY, Matthew. Comentário bíbl ico Antigo: Testamento Gênesis a Deuteronômio. CPAD
Ø  WALTON, John H. Comentário bíblico Atos: Antigo Testamento. ATOS
Ø  ADEYEMO, Tokunboh. Comentário bíblico africano. Mundo Cristão
Ø  SOARES, Esequias. Os Dez Mandamentos. CPAD.
Ø  STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.



Por Rede Brasil de Comunicação.

segunda-feira, 9 de março de 2015

QUESTIONÁRIOS DO 1° TRIMESTRE DE 2015



   OS DEZ MANDAMENTOS –
Valores divinos para uma sociedade
em constante mudanças 




Lição 10

Para Refletir
Sobre o oitavo mandamento:


A propriedade é um direito do ser humano?
Sim. Deus deu lei a Moisés para proteger os bens do seu povo.

Porque a pessoa não deve furtar o que pertence ao outro?
Porque tal ato, além de ser pecado contra Deus, prejudica o próximo.

Para você, quais outras modalidades podem ser consideradas furtos?
Oriente os alunos quanto à compra de produtos piratas. Tal atitude é ilegal e macula Igreja d Cristo.

Se uma pessoa rouba a outra, mas se arrepende, o que ela deve fazer?
Em primeiro lugar, pedir perdão de Deus, pedir perdão à vítima e restituí-la.


sexta-feira, 6 de março de 2015

LIÇÃO 10 - NÃO FURTARÁS




Êx 20.15; 22.1-9



INTRODUÇÃO
O oitavo mandamento do Decálogo “não furtarás” visa orientar o homem a tratar com respeito a propriedade alheia. No caso de furto de algum bem material, a orientação divina como pena capital era a restituição. Nesta lição trataremos de forma mais detalhada este mandamento; destacaremos alguns tipos de práticas que podem ser consideradas como furto; quais as obras da carne que levam uma pessoa a infringir esse mandamento; e, por fim, pontuaremos que aquele que serve a Deus deve ter compromisso com a honestidade diante de Deus e dos homens.


I – O OITAVO MANDAMENTO DO DECÁLOGO
“Não furtarás” é o oitavo mandamento do Decálogo (Êx 20.15). Esse mandamento proíbe o furto, isto é, tomar para si algo que pertença a outrem. Assim, ele aprova o direito de propriedade. O homem pode possuir aquilo que é o resultado justo de seu trabalho, ou um presente. “Furtar ou roubar são atos que provocam instabilidade social. Aquele que furta demonstra desrespeito por outros ou inveja deles. Isso se aplica tanto aqueles que se apropriam diretamente dos bens de alguém quanto àqueles que usam de artifícios para obter ou reter consigo bens pertencentes a outrem. Além de se preocupar com as questões espirituais, a Bíblia nos instrui acerca da natureza dos relacionamentos interpessoais saudáveis. Assim, vários textos bíblicos tratam de questões do cotidiano, como a relação entre os ricos e os pobres ou entre os patrões e os funcionários. Muitas vezes, essas relações são negativas, pois uma parte procura se beneficiar usando de métodos que podem prejudicar a outra” (ADEYEMO, 2010, p. 114).

1.1 A pena capital para o roubo. Em Êxodo 22 encontramos nas leis civis Deus orientando o povo de Israel através de Moisés como seria a pena capital para aquele que havia furtado algo do seu próximo. O ladrão devia pagar cinco cabeças de gado para cada boi roubado e abatido e quatro ovelhas para cada ovelha roubada e abatida (Êx 22.1). Se o animal fosse encontrado com vida, o ladrão devia pagar em dobro, ou seja, dois bois ou duas ovelhas para cada boi ou ovelha roubada (Êx 22.4). A multa servia para dissuadir o criminoso em potencial e também levava em consideração o fato de que os danos causados por esse tipo de crime não se limitam ao valor da propriedade roubada, como no caso do sequestro onde o sequestrador era punido com a morte (Êx 21.16; Dt 24.7).


II – O PRINCÍPIO DO RESPEITO À PROPRIEDADE ALHEIA
O oitavo mandamento do Decálogo está entre os que dizem respeito aos relacionamentos interpessoais. O princípio nele contido - o respeito à propriedade alheia, é destacado tanto no AT quanto no NT como veremos a seguir:

2.1 Antigo Testamento. O mandamento que proíbe o furto faz parte da legislação mosaica (Êx 20.15; Dt 5.19). “O Antigo Testamento inclui proibições referentes ao furto, ao dano às propriedades e ao mau uso das propriedades ou objetos pertencentes ao próximo (Êx 21.33,34; 22.5,6; 22.4,7,9; 20.15; Gn. 31.31; II Sm 23.21)” (CHAMPLIN, 2006, vol 2, p. 836). Vejamos o que o AT diz sobre o furto: (a) o furto é uma abominação (Jr 7.9,10); (b) não pagar salários justos é um furto (Lv 19.13); (c) os ímpios são inclinados ao furto (Sl 119.61); a cobiça promove o furto (Am 3.10); (d) aqueles que consentem com o furto também tornam-se culpados (Jó 24.14; Ob 5); (e) geralmente quem furta também mata (Jr 7.9; Os 4.2); (f) paira uma maldição sobre o ladrão (Os 4.2,3; Ml 3.5); e, (g) o furto provoca a ira de Deus (Ez 22.29,31). Eis alguns exemplos de homens honestos: José (Gn 39.2-4); Samuel (I Sm 12.2-5); Daniel (Dn 6.1-4).

2.2 Novo Testamento. Jesus citou os mandamentos do Decálogo incluindo o oitavo: “não furtarás” (Mt 19.18; Mc 10.19; Lc 18.20). Paulo ensinou que quem ama ao próximo jamais irá furtar, pois o amor é o cumprimento da Lei (Rm 13.9). Em Efésios 4.29 “Paulo explicou que se uma pessoa que antes de ser convertido tinha o hábito de furtar, assim que se tornasse um crente tinha que se livrar desse antigo estilo de vida e fazer uma mudança, voltando-se para o trabalho honesto, a fim de ganhar a vida. Roubo e ócio andam juntos; dessa maneira, a instrução de Paulo não era somente para parar de roubar, mas também para começar um trabalho honesto. Além disso, muitas vezes, os escravos tinham a propensão de roubar a casa a que serviam; muitos escravos tornaram-se cristãos, e Paulo podia estar falando a eles. Todo crente deveria trabalhar arduamente, fazer sua parte na comunidade, sustentar-se, e não esperar que ninguém o mantivesse” (APLICAÇÃO PESSOAL, 2010, vol. 02, p. 340). Do ponto de vista bíblico não existe desculpa para considerar a corrupção algo inevitável, e a justiça, um ideal inatingível. Honestidade e justiça são realidades que precisamos defender e praticar, o apóstolo Pedro fala a cerca desta verdade (I Pe 2.12; 4.15). Por fim, o ensinamento neotestamentário é contundente quando diz que aqueles que praticam furtos não entrarão no céu (I Co 6.10; Ap 21.27).


III - TIPOS DE FURTO
O mandamento de não furtar é amplíssimo, pois trata do respeito à propriedade alheia. A falta de honestidade nos negócios e na vida social rompe os vínculos que mantém a comunidade unida e resultam em injustiça e caos por toda parte. Abaixo destacaremos os vários tipos de infrações que se constituí numa violação deste mandamento: 

TIPOS DE FURTO
REFERÊNCIAS
Omissão no pagamento dos impostos
Pv 16.8; Mc 12.17; Rm 13.7
Sequestro
Êx 21.16; Dt 24.7; I Tm 1.10
Propina: suborno
Êx 23.6; Dt 27.19; Ez 18.8; II Pe 2.15
Comprar e não pagar, ou contrair dívidas que não pode pagar é desonestidade

Hc 2.6,7; Rm 1.31
Não pagar o salário do funcionário justamente
Lv 19.13; Dt 24.15; Jr 22.13; Tg 5.4
Não devolver o que achou sabendo quem é o dono
Lv 6.1-4


IV – OBRAS DA CARNE RELACIONADAS AO FURTO
À luz da Bíblia, o furto é um pecado motivado por algumas obras da carne, como veremos a seguir:

OBRAS DA CARNE
REFERÊNCIAS
Cobiça
Êx 20.17; Js 7.21
Inveja
Mc 7.22; I Pe 2.1; I Tm 6.8
Preguiça
Pv 13.4; 21.25; Ef 4.28
Mentira
Pv 11.1; 20.23; 21.6; At 5.1-4



V – O CRISTÃO DEVE TER COMPROMISSO COM A HONESTIDADE
“A palavra honestidade vem do latim “honos” ou “honor”, que significa “honra, honroso, distinção”. A forma adjetiva, honestus, significa “honroso, de boa reputação, glorioso, excelente, digno de ser honrado”. A palavra hebraica mais comum, traduzida por “honra”, nas traduções, é “kabed”, que envolve o sentido básico de “pesado”, “rico”, “honorável”. O Novo Testamento grego tem kalos”, “bom”, mas que é traduzido por “honesto” em trechos como Lc 8.15; Rm 12.7; II Co 8.21; 13.7 e I Pd 2.12). Esse vocábulo grego significa “livre de defeitos, belo, nobre”. Aquele que é honesto possui um bom e nobre caráter, isento dos defeitos que inferiam o seu caráter. Um homem honesto é aquele que é justo, cândido, veraz, equitativo, digno de confiança, não fraudulento. Caracteriza-se pela franqueza, pelo respeito ao próximo, pela sua veracidade” (CHAMPLIN, 2004, vol. 3, p. 159 – acréscimo nosso). Assim, a santidade deve se manifestar nos relacionamentos humanos caracterizados por integridade, honestidade e amor, como veremos a seguir:

5.1 “Pois zelamos do que é honesto, não só diante do Senhor, mas também diante dos homens” (II Co 8.21). “O trecho de Pv 3.4, ao qual bem provavelmente Paulo aludia aqui, reconhece a importância não somente da posse de um caráter piedoso, mas também de termos boa reputação até mesmo entre os homens. É muito importante o que os homens pensam a nosso respeito, porque aquilo que eles pensam a nosso respeito também pensarão sobre Cristo, posto que somos os seus representantes na terra. Esse é o fato que Paulo reconhece no versículo que temos a frente. Comparemos isso com o trecho de II Co 6.3, onde Paulo exorta que nenhum motivo de escândalo deem os crentes em qualquer coisa, a fim de que o “ministério” cristão não seja vilipendiado. Essa exortação ele faz apresentando o seu próprio exemplo, a fim de que, pelo menos em seu caso pessoal, o ministério pudesse manter boa reputação, visto que todas as atitudes por ele tomadas condiziam com os excelentes princípios cristãos” (CHAMPLIN, 2002, vol. 4, p. 380). Honestidade total deve sempre ser a marca do povo de Deus. Portanto, devemos nos esforçar para criar uma cultura de honestidade em nosso âmbito de relacionamentos (I Tm 2.2; Tt 2.14).


CONCLUSÃO
O princípio do respeito ao que é do próximo está explícito tanto no Antigo quanto no Novo Testamento. Deus espera daquele que lhe serve que evite o mal “não furtar” e pratique o bem “seja honesto”, cada um para com o seu próximo, pois a verdadeira espiritualidade envolve todas as áreas da nossa vida.




REFERÊNCIAS
Ø  ADEYEMO, Tokunboh. Comentário Bíblico Africano. MUNDO CRISTÃO.
Ø  CHAMPLIN, R. N. Dicionário de Bíblia, Teologia e Filosofia. HAGNOS.
Ø  CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. HAGNOS.
Ø  Comentário do Novo Testamento. Aplicação Pessoal. CPAD.
Ø  STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.


Por Rede Brasil de Comunicação.


domingo, 1 de março de 2015

QUESTIONÁRIOS DO 1° TRIMESTRE DE 2015




   OS DEZ MANDAMENTOS –
Valores divinos para uma sociedade
em constante mudanças





Lição 09

Para Refletir
Sobre o sétimo mandamento:


O adultério destrói a família. Por quê?
Sim. Ele destrói a família porque quebra a aliança assumida pelo casal diante de Deus e da sociedade. A infidelidade destrói a harmonia no lar e desestabiliza a família.

O adultério refere-se apenas ao envolvimento sexual de pessoas casadas?
Não. Refere-se também ao relacionamento sexual entre uma pessoa solteira e uma casada.

Por que o adultério é destrutivo para a família?
Porque é uma loucura que compromete a honra e a reputação do casal.

Por que o casamento é uma instituição divina?
Porque foi planejado e criado pelo Senhor.

Qual o limite entre o “simples olhar” e o “olhar malicioso”?
O olhar malicioso é o que cobiça com o desejo de possuir o outro.