quarta-feira, 28 de maio de 2014

QUESTIONÁRIOS DO 2° TRIMESTRE DE 2014



  Dons Espirituais e Ministeriais –
Servindo a Deus e aos homens
com poder extraordinário




Lição 08

1) Segundo a lição, qual a consequência para quem proclama o Evangelho num mundo contrário ao Reino de Deus?
R. Os arautos de Cristo serão perseguidos.

2) De acordo com a lição, qual o verdadeiro significado de desfrutar da alegria no Espírito?
R. O verdadeiro significado de alegria no Espírito não é ver milagres, mas saber que através da exposição do Evangelho temos os nossos nomes escritos nos céus (v.20).

3) O que é a Grande Comissão?
R. É o apelo de Jesus para os discípulos anunciarem o Evangelho até as últimas consequências.

4) Qual é o papel dos evangelistas?
R. O evangelista exerce o papel de pregador das boas novas de salvação. Através do seu anúncio, vidas são alcançadas e reconduzidas a Deus.

5) Qual é a finalidade do ministério de evangelistas?
R. Preparar os santos do Senhor para uma vida de serviço, bem como à edificação do Corpo de Cristo (Ef 2.20-22).


sábado, 24 de maio de 2014

QUESTIONÁRIOS DO 2° TRIMESTRE DE 2014



  Dons Espirituais e Ministeriais –
Servindo a Deus e aos homens
com poder extraordinário




Lição 07

1. De acordo com a lição, defina o conceito de profeta no Antigo Testamento.
R. O profeta do Antigo Testamento era a pessoa encarregada de falar em nome de Deus.

2. O que foi o profetismo?
R. O profetismo foi um movimento que surgiu no período aproximado de VIII a.C. tanto em Israel quanto em Judá.

3. Quais são os cinco ministérios mencionados em Efésios 4.11?
R. Apóstolos, Profetas, Evangelistas, Pastores e Doutores.

4. Em que consistia o ofício de profeta no Novo Testamento?
R. Seu ofício consiste em proclamar e interpretar a Palavra de Deus, por vocação divina, com vistas à admoestação, exortação, ânimo, consolação e edificação da igreja.

5. Cite duas características do verdadeiro profeta.
R. A simplicidade e o amor.



LIÇÃO 08 - O MINISTÉRIO DE EVANGELISTA



At 8.26-35; Ef 4.11




INTRODUÇÃO
Nesta lição, analisaremos a missão do evangelista, veremos a definição desta palavra e estudaremos qual a função deste no corpo de Cristo com um dom ministerial. Aprenderemos ainda, que uma das grandes marcas do fiel evangelista, daquele que recebeu este dom ministerial, é o imenso amor que ele sente pelas almas perdidas. Se o “dom ministerial de evangelista” está em alguém, haverá uma forte chama no íntimo dessa pessoa incitando-a para a pregação do Evangelho aos perdidos, pois, a base para este “ministério” é um ardente amor pelas almas e um irresistível desejo de ganhar os perdidos para Cristo.


I - DEFINIÇÃO DA PALAVRA EVANGELISTA
A palavra evangelista vem do grego “euangelistes”, que literalmente significa: “mensageiro do bem” ou “mensageiro de boas novas”, (formado de “eu” que é “bem”, e “angelos” que é mensageiro”). Denota “Pregador do Evangelho” “Mensageiro de Boas Novas”, (At 8.5,26,40; 21.8), por isto, podemos dizer que os missionários são verdadeiros evangelistas por serem essencialmente pregadores do Evangelho. O tema principal dos evangelistas é a salvação dos perdidos e a volta dos desviados. Paulo também era um evangelista (1Co 1.17), bem como também Timóteo “… faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério” (2Tm 4.5)Uma das características de quem recebe este dom ministerial é a total renúncia e inteira dedicação ao evangelismo. “Mas o que para mim era ganho reputei-o perda por Cristo” (Fl 3.7; 2.5-11).


II - DEFINIÇÃO DA PALAVRA MINISTRO
A palavra “ministro” (I Co 3.5; 4.2; II Co 3.6; 6.4) significa um servo de Deus que ocupa um “ministério” (I Co 4.1,2. II Co 6.3), que é um encargo constituído por Deus, que, da parte de Cristo (II Co 5.20), funciona na “Igreja do Deus vivo” (I Tm 3.15). Os ministros são instrumentos pelos quais Jesus, o cabeça da Igreja, executa sua direção sobre ela. Por isso, Ele mesmo (Jesus) reserva-se o direito de INDICAR AS PESSOAS que tem um chamado para ocupar esses cargos, as quais oferece uma PREPARAÇÃO SOBRENATURAL PARA A FUNÇÃO QUE IRÃO EXERCER… O evangelista como ministro, é um observador da primeira linha da evangelização (BERGSTÉN, 2007, pp. 115,116 - grifo nosso).


III - O CHAMADO PARA O MINISTÉRIO DE EVANGELISTA
“De maneira geral, todos temos a obrigação de pregar o Evangelho. Mas, entre os santos, ALGUNS SÃO ESCOLHIDOS para fazê-lo de forma mais dinâmica e eficiente” (ANDRADE, 2006, p. 177). Muitos dizem que os dons espirituais de Efésios 4.11 cessaram, mas o versículo treze desse mesmo capítulo diz que eles existem “até que todos cheguemos à unidade de fé, e ao conhecimento do filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo”, e isso ainda não aconteceu (GILBERTO, 2011, p. 1411 - grifo nosso).

ü  É Deus quem concede os dons “E ELE MESMO DEU uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores” (Ef 4.11). Esta passagem diz “Deus estabeleceu” e não os homens;

ü  Os dons ministeriais são recebidos de Deus, segundo a sua soberania e no seu tempo “E subiu ao monte, e chamou para si OS QUE ELE QUIS…” (Mc 3.13); “…Vinde após mim, E EU VOS FAREI …” (Mt 4.19);

ü  É Deus quem chama “… EU VOS TENHO DADO o vosso sacerdócio em DÁDIVA MINISTERIAL…” (Nm 18.7); “… santificarei a Arão e seus filhos, para que me administrem o sacerdócio” (Êx 29.44);

ü  É o dom ministerial recebido de Deus que determina o ministério ou ofício do ministro. Em 1Tm 4.14 e 2Tm 1.6, vemos o dom ministerial. Já em 2Tm 4.5, o ministério resultante do dom recebido;

ü  Em Atos 13.1-4, vemos que os candidatos à ordenação já tinham o dom ministerial concedido por Deus;

ü  A Igreja RECONHECE o obreiro como ministro, mas é Deus quem reparte o dom a quem ELE quer (GILBERTO, 2011, p. 1411 - grifo nosso);

    ü  As manifestações do Espírito dão-se de acordo com A VONTADE DO ESPÍRITO(1Co 12.11), ao surgir a necessidade, e também conforme o anelo do crente na busca dos dons (1Co 12.31; 14.1).

ü  O evangelista tem um COMISSIONAMENTO DIRETO DO SENHOR para pregar a Palavra para a salvação das almas. No ministério de evangelista, a pregação da Palavra de Deus é essencial.

Algumas pessoas Deus chama e capacita quando ainda estão no ventre de sua mãe (Jr 1.5; Lc 1.76; Gl 1.15,16), Já em alguns casos Deus chama na infância quando ainda são crianças (1Sm 3.4), outras ELE chama e capacita na idade adulta (1Rs 19.16; Is 6.8; Mc 3.13,14) e há aqueles que recebem o dom por imposição de mãos (1Tm 4.14; 2Tm 4.5). (GILBERTO, 2011, pp. 1411-12). “Uma chamada de Deus para o exercício de qualquer ministério requer renúncia, oração e total dedicação ao estudo da Palavra. Esse é o padrão de Deus para o seu chamado”(OLIVEIRA, 2011, p. 310).


IV - CARACTERÍSTICAS DO EVANGELISTA
No NT, evangelistas eram homens de Deus, capacitados e comissionados por Deus para anunciar o evangelho, as boas novas da salvação aos perdidos e ajudar a estabelecer uma nova obra numa localidade. A proclamação do evangelho reúne em si a oferta e o poder da salvação (Rm 1.16). Filipe, o “evangelista” (At 21.8), claramente retrata a obra deste ministério, segundo o padrão do NT. Felipe pregou o evangelho de Cristo (At 8.4,5,35).
Muitos foram salvos e batizados em água (At 8.6,12). Sinais, milagres, curas e libertação de espíritos malignos acompanhavam as suas pregações (At 8.6,7,13). Os novos convertidos recebiam a plenitude do Espírito Santo (At 8.14-17). O evangelista é essencial no propósito de Deus para a igreja. A igreja que deixar de apoiar e promover o “ministério de evangelista” cessará de ganhar convertidos segundo o desejo de Deus. Tornar-se-á uma igreja estática, sem crescimento e indiferente à obra missionária. A igreja que reconhece o “dom espiritual” de evangelista e tem amor intenso pelos perdidos, proclamará a mensagem da salvação com poder convincente e redentor (At 2.14-41) (STAMPS, 1995, p. 1815).


V - A DIFERENÇA DO MINISTÉRIO DE EVANGELISTA DA FUNÇÃO DE EVANGELIZADOR
Evangelista é um termo encontrado apenas três vezes no NT. ” Felipe, o evangelista…” (At 21.8); ” Ele mesmo concedeu uns para evangelistas…” (Ef 4.11) e “Faze o trabalho de um evangelista…” (2Tm 4.5). Como vemos, a primeira referência é UM HOMEM como evangelista, a segunda, AO DOM de evangelista e a terceira, AO TRABALHO de evangelista.

A chamada ESPECIAL de Deus para o ministério de evangelista está RESERVADA a determinados crentes (Ef. 4.11), mas a CHAMADA GERAL para ganhar almas é feita A TODOS OS CRENTES (Mc 16.15,19; At 1.8,9). O alvo do evangelista é tríplice: SALVAR os perdidos, RESTAURAR os desviados e EDIFICAR os crentes (Lc 19.10; 1 Tm 1.15), pois é Deus quem estabelece as pessoas nos ofícios dos dons ministeriais. O “ide” de Jesus para irmos aos perdidos (Mc 16.15), não é dirigido a um grupo especial de salvos, mas a todos, indistintamente, como bem revela o texto citado.

Portanto, a evangelização dos pecadores pertence a todos os salvos. Cada crente pode e deve ser um evangelizador e ganhador de almas. Filipe começou no ministério de socorros (Atos 6.1-6 ). Ele foi fiel naquele ofício. Mais tarde foi levado para o ofício de evangelista (Atos 8.5-7; 21.8 ). Vejamos algumas características:

    ü  Os evangelistas eram os missionários da igreja primitiva (At 8.5,26,40; 21.8; Ef 4.11; 2Tm 4.5);
    ü  Os evangelistas eram ministros especiais do evangelho, com poderes quase apostólicos como os casos de Felipe (At 21.8) e Timóteo (2Tm 4.5);
    ü  O vocábulo missionário, conforme é usado em nossa época, está mais próximo da ideia dos evangelistas dos dias do NT, do que a palavra “evangelistas” quando aplicada a pregadores itinerantes, que fazem das igrejas locais o centro de suas atividades (CHAMPLIN, 2004, p. 606).


VI - OS DONS MINISTERIAIS OPERANDO EM JESUS
Na carta que o apóstolo Paulo escreveu a igreja de Éfeso capítulo 4 e verso 11 e nos diz: “E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores.” Este versículo alista os dons de ministério (líderes espirituais dotados de dons) que Cristo deu à Igreja. Paulo declara que Ele deu esses dons (1) para preparar o povo de Deus ao trabalho cristão (Ef 4.12) e (2) para o crescimento e desenvolvimento espirituais do corpo de Cristo, segundo o plano de Deus (Ef 4.13-16). Jesus é o maior exemplo de obreiro em toda Bíblia Sagrada e em todos os tempos. Ele deve ser nosso modelo, o padrão a ser seguido (GILBERTO, 2011, p. 1416). Vejamos:

   ü  Jesus como apóstolo (Hb 3.1; Jo 12.3);
   ü  Jesus como profeta (Lc 24.19; At 3.22);
   ü  Jesus como evangelista (Is 61.1-3; Lc 4.18,19; 20.1);
   ü  Jesus como pastor (Jo 10.10; Hb 13.20; 1Pe 5.4);
   ü  Jesus como mestre (Jo 13.13; Mt 26.55).


CONCLUSÃO
Concluímos que o “dom ministerial de evangelista” é concedido por Deus a algumas pessoas conforme o propósito do Espírito Santo para o fortalecimento e a edificação das igrejas locais. Isto, porém, não significa desobrigar os crentes individualmente do labor da evangelização. Todo seguidor de Cristo, isto é, todo aquele que se acha discípulo de Jesus, tem em sua caminhada cristã o firme compromisso de propagar a mensagem do Evangelho. E deste compromisso não pode se apartar um único milímetro.



REFERÊNCIAS
  • ANDRADE, Claudionor Corrêa de. Dicionário teológico. CPAD.
  • Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. CPAD.
  • CHAMPLIN, R. N. Dicionário de Bíblia, Teologia e Filosofia. HAGNOS.
  • STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
  • SOUZA, Estêvam Ângelo. Os dons ministeriais na igreja: padrões bíblicos para o serviço cristão. CPAD.
  • RENOVATO, Elinaldo. Dons espirituais e ministeriais: servindo a Deus e aos homens com o poder extraordinário. CPAD.
  • KALDEWAY, Jens. A forte mão de Deus: o ministério quíntuplo. Editora Esperança.

                                                                                              Por Rede Brasil de Comunicação

LIÇÃO 07 – O MINISTÉRIO DE PROFETA



1 Co 12.27-29; Ef 4.11-13 



INTRODUÇÃO
Entre os dons ministeriais concedidos a Igreja, encontra-se o dom ministerial de profeta. Nesta lição traremos a definição do termo profeta; analisaremos as diferenças entre o ministério de profeta do Antigo do Novo Testamento; e, por fim, destacaremos quais as características que qualificam um profeta verdadeiro dum falso.


I – DEFINIÇÃO DA PALAVRA PROFETA
1.1 No Antigo Testamento. A palavra hebraica para profeta é “nabi”, que vem da raiz verbal “naba”. Essa palavra significa “anunciador”, e por extensão, aquele que anuncia as mensagens de Deus, frequentemente recebidas por revelação ou discernimento intuitivo. Os temos hebraicos “roeh” e “hozeh” também são usados. Ambos significam “aquele que vê”, ou seja, “vidente”. Todas as três palavras aparecem em I Cr 29.29. “Nabi” é termo usado por mais de trezentas vezes no Antigo Testamento. Alguns poucos exemplos são (Gn 20.7; Êx 7.1; Nm 12.6; Dt 13.1; Jz 6.8; I Sm 3.20; II Sm 7.2; I Rs 1.8; II Rs 3.11; Ed 5.1; Sl 74.9; Jr 1.5; Ez 2.5; Mq 2.11) (CHAMPLIN, 2004, p. 423).

1.2 No Novo Testamento. A palavra comumente usada é “prophétes”, que aparece por cento e quarenta e nove vezes, que exemplificamos com (Mt 1.22; 2.5,16; Mc 8.28; Lc 1.70,76; 7.16; Jo 1.21,23; 3.18,21; Rm 1.2; 11.3; I Co 12.28,29; 14.29,32,37; Ef 2.20; Tg 5.10; I Pe 1.10; II Pe 2.16; 3.2; Ap 10.7; 11.10). O substantivo “propheteía”, “profecia”, é usado por dezenove vezes no NT (Mt 13.14; Rm 12.6; I Co 12.10; 13.2,8; 14.6,22; I Ts 5.20; I Tm 1.18; 4.14; II Pe 1.20,21; Ap 1.3; 11.6; 19.10; 22.7,10,18,19). Essas palavra derivam do grego “pro”, “antes”, “em favor de”, e “phemi”, “falar”, ou seja, “alguém que fala por outrem”, e por extensão, “intérprete”, especialmente da vontade de Deus (CHAMPLIN, 2004, p. 424).


II – DIFERENÇA ENTRE O PROFETA DO AT E DO NT
Tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, o profeta era um “porta-voz oficial da divindade, sua missão era preservar o conhecimento divino e manifestar a vontade do Único e Verdadeiro Deus” (ANDRADE, 2006, p. 305). Todavia, eles eram diferentes um do outro, como veremos abaixo:

2.1 O profeta no Antigo Testamento. Os profetas foram homens que Deus suscitou durante os tempos sombrios da história de Israel (II Rs 17.13). “No Antigo Testamento, este ofício era de âmbito nacional. Quando Deus levantava um profeta, conferia-lhe a missão de falar em seu Nome para toda a nação e até para povos estranhos” (RENOVATO, 2014, p. 84). Na Teologia, o período do surgimento dos profetas é nomeado de “profetismo” aludindo ao “movimento que, surgido no Século VIII a.C., em Israel, tinha por objetivo restaurar o monoteísmo hebreu, combater a idolatria, denunciar injustiças sociais, proclamar o Dia do Senhor e reacender a esperança messiânica num povo que já não podia esperar contra a esperança. Tendo sido iniciado por Amós, foi encerrado por Malaquias. João Batista também é visto como o último representante deste movimento” (ANDRADE, 2006, p. 305). Os profetas veterotestamentários podem ser classificados como profetas orais e literários.

PROFETAS ORAIS
PROFETAS DA ESCRITA
Foram homens chamados para o ministério profético que não deixaram registros escritos, embora que outros escreveram acerca deles e de suas profecias. Dentre eles, destacamos: Gade (I Sm 22.5); Natã (II Sm 12.1); Aías (I Rs 11.29); Senaías (I Rs 12.22); Azarias (II Cr 15.1); Hanani (II Cr 16.7); Jeú (I Rs 16.1); Jaaziel ( II Cr 20.14); Elias (I Rs 17.1); Micaías (I Rs 22.14); Eliseu (II Rs 2.1), etc.
Quase todos os “profetas da escrita” escreveram depois de terem sido “profetas da palavra”. Encontramos 17 livros proféticos no AT, sendo que cinco deles são denominados de Profetas Maiores (de Isaías a Daniel) e doze de Profetas Menores (de Oséias a Malaquias). São assim chamados, não por causa da sua importância, e sim, pelo conteúdo do livro e pela duração de seu ministério.


2.1.1 Funções exclusivas dos profetas do Antigo Testamento. O profeta do AT era um homem que, além de transmitir a mensagem de Deus tinha outras atribuições, tais como: (1) ungir reis (I Sm 9.16; 16.12-13; I Rs 19.16); (2) aconselhar reis (I Sm 10.8; 21.18; II Sm 12; II Rs 6.9-12); (3) ser consultado pelas pessoas (I Sm 9.8-10; I Rs 14.5; 22.7; 22.18; Jr 37.7). Os oráculos dos santos profetas que estão no cânon sagrado não estão a mercê de julgamento humano (II Pe 1.21).

2.2 O profeta no Novo Testamento. “Os profetas eram homens que falavam sob o impulso direto do Espírito Santo, e cuja motivação e interesse principais eram a vida espiritual e pureza da Igreja. Sob o novo concerto, foram levantados pelo Espírito e revestidos pelo seu poder para trazerem uma mensagem da parte de Deus ao seu povo” (STAMPS, 2012, p. 1814). Portanto, os profetas são ministros pregadores cuja prédica pode ser uma mensagem de edificação, exortação e consolação dos crentes (I Co 14.3). Na Igreja Primitiva e em Antioquia havia homens que exerciam este ministério (At 13.1). “Em Atos 15.23, temos o profeta consolando, fortalecendo e aconselhando. É certo também que o título de profeta poderia ser usado para designar o ministério de alguns obreiros, em virtude da sua natureza sobrenatural, pela abundância da inspiração com que proclamam os oráculos de Deus” (SOUZA, 2013, pp. 33,34). Eis algumas características do ministério profético no NT: (1) Proclamava e interpretava, cheio do Espírito Santo, a Palavra de Deus, por chamada divina (At 2.14-36; 3.12-26; I Co 12.10; 14.3); (2) Exercia o dom de profecia (At 13.1-3); (3) Às vezes prediz o futuro (At 11.28; 21.10,11).


III DIFERENÇA ENTRE O DOM DE PROFETA E O DOM DE PROFECIA
3.1 Dom de profeta (permanente). A palavra “ministro” (I Co 3.5; 4.2; II Co 3.6; 6.4) significa um servo de Deus que ocupa um “ministério” (I Co 4.1,2. II Co 6.3), que é um encargo constituído por Deus, que, da parte de Cristo (II Co 5.20), funciona na “Igreja do Deus vivo” (I Tm 3.15). Segundo Atos 13.1 e 15.32, os profetas constituíam o ministério da Palavra de Deus, impulsionado por inspiração profética. Por meio dessa inspiração, esse ministério é acompanhado de “edificação, exortação e consolação”, que são evidências da operação do verdadeiro espírito da profecia (I Co 14.3). Observamos, assim, que o simples uso do dom de profecia não faz de ninguém um profeta, pois profeta é um ministro da Palavra (At 21.9,10) (BERGSTÉN, 2007, pp. 115,116).

3.2 Dom de profecia (esporádico). “Profecia é uma mensagem de Deus dada a pessoa a quem o Espírito manifesta este dom. Tal pessoa deve transmiti-la exatamente como a recebeu (Jr 23.28). A atitude de quem profetiza deve ser “A palavra que Deus puser na minha boca essa falarei” (Nm 22.38-b). A mensagem recebida por inspiração do Espírito Santo não é transmitida mecanicamente, mas fiel e conscientemente (I Co 14.32). No momento em que a profecia é transmitida, não é Deus quem está falando, mas é o homem quem está transmitindo o que de Deus recebeu (I Co 14.29). Se fosse o próprio Deus falando, não haveria necessidade de se julgar a mensagem como a Palavra nos orienta que faça” (I Co 14.29; I Ts 5.21) (BERGSTÉN, 2007, p. 113 – grifo nosso).


IV CARACTERÍSTICAS DO VERDADEIRO E DO FALSO PROFETA
Em Mt 24.11, Jesus disse que, à medida que se aproximassem os últimos dias, surgiriam muitos falsos profetas. Esses tais pregariam um evangelho misto, permissivo, e deturpado, no intuito de conduzir os incautos ao erro sob o pretexto de terem recebido novas “unções” e “revelações”. Abaixo destacaremos algumas características do verdadeiro e do falso profeta para que possamos distinguir um do outro:

PROFETA VERDADEIRO
PROFETA FALSO
Zelo pela pureza da Igreja (Jo 17.15-17; I Co 6.9-11; Gl 5.22-25)
Aparência de piedade, mas cheios de malícia interior (Mt 7.15)
Profunda sensibilidade diante do mal e capacidade de identificar e detestar a iniquidade (Rm 12.9; Hb 1.9).

Mercenários (II Pe 2.3)
Profunda compreensão do perigo dos falsos ensinos (Mt 7.15; 24.11,24; Gl 1.9; II Co 11.12-15).

Pregadores de heresias (II Pe 2.1).
Dependência contínua da Palavra de Deus para validar a sua mensagem (Lc 4.17-19; I Co 15.3,4; II Tm 3.16; I Pe 4.11).

Operadores de sinais para engano e autopromoção (Mt 24.11).
Interesse pelo sucesso espiritual do Reino de Deus e identificação com os sentimentos de Deus (Mt 21.11-13; 23.37; Lc 13.34; Jo 2.14-17; At 20.27-31).


Gostam de ser louvados (Lc 6.26).


CONCLUSÃO
Assim como nos primórdios, a igreja atual, precisa que Deus continue levantando homens com o dom ministerial de profeta, a fim de que usados pelo poder do Espírito Santo, transmitam mensagens que venham produzir no povo de Deus o desejo de uma vida de mais santidade, obediência irrestrita a Palavra de Deus e profunda comunhão com Ele.


REFERÊNCIAS
· CHAMPLIN, R. N. Dicionário de Bíblia, Teologia e Filosofia. HAGNOS.
· STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
· RENOVATO, Elinaldo. Dons Espirituais & Ministeriais. CPAD.
· ANDRADE, Claudionor de. Dicionário Teológico. CPAD


                                                                                                 Por Rede Brasil de Comunicação

segunda-feira, 12 de maio de 2014

QUESTIONÁRIOS DO 2° TRIMESTRE DE 2014



  Dons Espirituais e Ministeriais –
Servindo a Deus e aos homens
com poder extraordinário





Lição 06

1. Segundo as epístolas aos Efésios e aos Coríntios, quantos e quais são os dons ministeriais?
R. São cinco dons: Apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e doutores.

2. De acordo com o Dicionário Bíblico Wycliffe, defina o termo grego apostolos.
R. Apostolos origina do verbo apostellein que diz respeito a “enviar”, “remeter”.

3. Qual era a cidadania do apóstolo Paulo?
R. Ele era judeu de cidadania romana.

4. De acordo com a lição, ainda existem apóstolos?
R. Nos moldes do colégio dos doze, o ministério apostólico não existe mais. Todavia o dom ministerial de apóstolo citado em Efésios 4.11 está em plena vigência.

5. Na atualidade, quem são os verdadeiros apóstolos?
R. Os missionários.




quarta-feira, 7 de maio de 2014

LIÇÃO 06 – O MINISTÉRIO DE APÓSTOLO




Ef 4.716



INTRODUÇÃO
Visando o aperfeiçoamento dos santos e a edificação do corpo de Cristo, o Senhor Jesus deu a Igreja os dons ministeriais, a saber: apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e doutores. Nesta lição, estudaremos sobre o ministério apostólico, e veremos a definição do termo, sua aplicação, o colégio apostólico, o apostolado de Paulo e também sobre a atualidade desse ministério.


I – DEFINIÇÃO E ORIGEM DOS APÓSTOLOS
“O termo deriva-se do grego e significa literalmente enviado. A palavra é usada acerca do Senhor Jesus para descrever a Sua relação com Deus (Hb 3.1; Jo 17.3). Os doze discípulos escolhidos pelo Senhor para treinamento especial foram chamados assim (Lc 6.13; 9.10). Paulo, embora tivesse visto o Senhor Jesus (I Co 9.1; 15.8), não tinha acompanhado os doze todo o tempo do Seu ministério terrestre, e, consequentemente, não era elegível para um lugar entre eles, de acordo com a descrição de Pedro sobre as qualificações necessárias (At 1.22). Paulo foi comissionado diretamente pelo próprio Senhor, depois de sua ascensão, para levar o evangelho aos gentios” (At 9.115) (VINE, 2002, p. 407). O título “apóstolo” se aplica a certos líderes cristãos no NT. O verbo “apostello” significa “enviar alguém em missão especial como mensageiro e representante pessoal de quem o envia”. O título é usado para Cristo (Hb 3.1), os doze discípulos escolhidos por Jesus (Mt 10.2), o apóstolo Paulo (Rm 1.1; II Co 1.1; Gl 1.1) e outros (At 14.4,14; Rm 16.7; Gl 1.19; 2.8,9; I Ts 2.6,7). A Bíblia de Estudo Pentecostal (STAMPS, 2012, p. 1814) descreve três aplicações ao termo:

1.1 O termo apóstolo no NT. Era usado em um sentido geral, para um representante designado por uma igreja, como, por exemplo, os primeiros missionários cristãos. Logo, no NT o termo refere-se a um mensageiro nomeado e enviado como missionário ou para alguma outra responsabilidade especial (At 14.4,14; Rm 16.7; II Co 8.23; Fp 2.25). Eram homens de reconhecida e destacada liderança espiritual, ungidos com poder para defrontar-se com os poderes das trevas e confirmar o evangelho com milagres. Eles cuidavam do estabelecimento de igrejas segundo a verdade e pureza apostólicas. Eles ariscavam suas vidas em favor do nome de nosso Senhor Jesus Cristo e da propagação do Evangelho (At 11.2126; 13.50; 14.1922; 15.25,26).

1.2 O termo apóstolo no sentido especial. Refere-se àqueles que viram Jesus após a sua ressurreição e que foram pessoalmente comissionados por Ele a pregar o evangelho e estabelecer igrejas (os Doze, Paulo e outros). Eles tinham autoridade ímpar na igreja, no tocante à revelação divina e à mensagem original do evangelho, como ninguém mais até hoje. O ministério de apóstolo nesse sentido restrito é exclusivo, e dele não há repetição (I Co 15.8).

1.3 Os apóstolos no sentido geral. Refere-se àqueles que são enviados pelo Senhor Jesus e pela Igreja para levar as boas novas de salvação a outros povos (Rm 10.1317). Nesse sentido, existem homens que exercem um trabalho apostólico. Podemos dizer que todo aquele que realiza a obra missionária pode ser denominado de apóstolo. Eles são extremamente necessários, pois, se as igrejas cessarem de enviar pessoas assim, cheias do Espírito Santo, a propagação do evangelho em todo o mundo ficará estagnada. Por outro lado, enquanto a igreja produzir e enviar pessoas, cumprirá a sua tarefa missionária e permanecerá fiel à grande comissão do Senhor Jesus (Mt 28.19,20; Mc 16.1520).


II – O COLÉGIO APOSTÓLICO
Dá-se o nome de Colégio Apostólico ao grupo de doze homens que foram chamados pelo próprio Senhor Jesus para segui-lo durante o seu ministério terreno (Mt 10.2; Mc 6.30; Lc 6.13). “Foram três anos aproximadamente, em que eles aprenderam as verdades de Deus com o maior Mestre da história. Após o seu discipulado, aos pés de Cristo, e o recebimento do batismo com o Espírito Santo (Lc 24.49; At 1.8), aqueles 12 foram enviados para proclamar o evangelho, ou as Boas Novas de salvação (Lc 6.13). Eles constituíram a base ministerial para o crescimento, o desenvolvimento e a expansão do Reino de Deus e da Igreja de Cristo, por todo o mundo” (RENOVATO, 2014, p. 72).

2.1 Eles foram chamados por Jesus. Em seu ministério, Jesus teve muitos seguidores (Mt 4.25; 9.36; 12.15; Mc 2.4,13; Lc 4.42; 5.1; Jo 6.2,22). Mas, os doze faziam parte de um grupo especial: Eles foram chamados pelo Senhor Jesus para segui-lo e estar com ele durante o seu ministério terreno (Mt 10.15; Mc 3.14; 6.7; Lc 6.13; 8.1).

2.2 Eles receberam autoridade espiritual. Jesus deu aos doze autoridade para expulsar os espíritos imundos, para curar os enfermos, limpar os leprosos e para ressuscitar os mortos (Mt 10.18; Mc 3.1315; Lc 10.19). Eles foram enviados, à princípio, as ovelhas perdidas da casa de Israel (Mt 10.6); mas, após a ressurreição, o Senhor lhes enviou para pregar ao mundo inteiro (Mt 28.1620; Mc 16.1420).

2.3 Eles possuíam qualificações especiais. Por ocasião da eleição de Matias em lugar de Judas Iscariotes, o apóstolo Pedro enumerou algumas exigências para o apostolado: ter sido testemunha ocular das obras, da vida, da morte e ressurreição de Cristo (At 1.1626; cf Jo 15.27).


III – O APOSTOLADO DE PAULO
A conversão de Saulo ocorreu após a morte e ressurreição do Senhor Jesus (At 9.118).  Logo, ele não tinha as “credenciais” que eram comuns aos demais apóstolos (At 1.21,22). Mas, o Senhor o chamou para este ministério, embora ele se considerasse indigno como dizendo ser “o menor dos apóstolos” (I Co 15.8,9). Paulo enfrentou muitas oposições por parte dos falsos mestres que questionavam sua autoridade apostólica. Por essa razão, em suas epístolas, era comum ele identificar-se como apóstolo: “Paulo, servo de Jesus Cristo, chamado para apóstolo, separado para o evangelho de Deus” (Rm 1.1); “Paulo, chamado apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus, e o irmão Sóstenes” (I Co 1.1); “Paulo, apóstolo (não da parte dos homens, nem por homem algum, mas por Jesus Cristo (Gl 1.1). Além disso, em suas cartas, ele ressalta repetidas vezes que foi chamado para ser o “apóstolo dos gentios” (Rm 11.13; 15.15,16; Gl 1.16; 2.7,8).

3.1 O ministério apostólico de Paulo. A vida de Paulo, seu fervor missionário e seu zelo pela Igreja de Deus demonstram claramente o seu chamado para o ministério apostólico, como veremos a seguir:

3.1.1 Na pregação do Evangelho. O maior desejo do apóstolo Paulo era levar as boas novas de salvação à toda criatura. Por isso, onde chegava, ele procurava sempre uma ocasião para falar de Cristo, quer seja nas sinagogas (At 13.5; 14.1), nas casas (At 20.20) e de cidade em cidade (At 14.6,7; 15.35). Nem mesmo a prisão era impedimento para ele pregar o evangelho (Fp 1.12,13; II Tm 2.9).

3.1.2 Na visita aos novos crentes. Sua preocupação não era apenas evangelizar, mas também, visitar os irmãos pelas cidades onde havia anunciado o Evangelho, para exortá-los a permanecer na fé e encorajá-los em meio às perseguições e ao sofrimento (At 14.21,22; 15.36).

3.1.3 No fato de deixar obreiros nas cidades onde havia pregado. Após pregar o evangelho de cidade em cidade, o apóstolo Paulo costumava deixar obreiros para cuidar do rebanho, como deixou Timóteo em Éfeso (I Tm 1.3) e Tito em Creta (Tt 1.5).

3.1.4 Na orientação aos obreiros. Pelo menos três, das treze cartas escritas pelo apóstolo Paulo são denominadas de Epístolas Pastorais: I Tm, II Tm e Tt. Nestas cartas, Paulo orienta aos obreiros sobre seus deveres e responsabilidades (I Tm 4.616; 5.125; II Tm 3.1017; 4.122; Tt 1.516; 2.110; 3.110); bem como as qualificações para aqueles que desejam o episcopado (I Tm 3.116).

3.1.5 Na disposição para sofrer por amor à Cristo. Paulo estava disposto a sofrer por amor a Cristo (At 20.2224). Certa ocasião, quando um profeta por nome Ágabo tomou a sua cinta, e lhe disse que ele seria preso, Paulo respondeu: “...eu estou pronto não só a ser ligado, mas ainda a morrer em Jerusalém pelo nome do Senhor Jesus” (At 21.1113).


IV – A ATUALIDADE DO MINISTÉRIO APOSTÓLICO
“A princípio, era considerado apóstolo somente aquele que pertencia ao grupo dos doze. Mais tarde, com o desenvolvimento da Igreja, vemos Paulo defender, diante dos gálatas, sua autoridade apostólica […] Sendo um dom ministerial, segundo lemos em Ef 4.8, podemos afirmar com segurança que os apóstolos jamais estiveram ausentes da Igreja. Embora não mais recebam o título, continuam a realizar o mesmo trabalho daqueles campeões que, de Jerusalém, espalharam a mensagem de Cristo para o mundo. Como não considerar apóstolo a Willian Carey, ou a Daniel Berg e Gunnar Vingren? Missionários, ou apóstolos, estes heróis de Deus continuam ativos na expansão do Reino” (ANDRADE, 2006, p. 57). “Concluindo, podemos afirmar com bastante fundamento escriturístico, que o ministério apostólico, nos moldes do Colégio Apostólico, não existe mais. Porém, o ministério de caráter apostólico, desenvolvido por missionários e evangelizadores, com a finalidade de estabelecer igrejas, em diversos lugares, é perfeitamente atual” (RENOVATO, 214, p. 81).


 CONCLUSÃO
Como pudemos ver, o termo apóstolo significa “enviado”. Este título foi atribuído ao próprio Cristo, aos Doze, a Paulo, além de outros. As qualificações necessárias para ser apóstolo era ter sido testemunha ocular das obras, da vida, da morte e ressurreição de Cristo. Hoje, já não existe apóstolos nos moldes do Colégio Apostólico; mas, o ministério de caráter apostólico permanece e é desenvolvido por missionários que estabelecem igrejas em diversos lugares do mundo.



REFERÊNCIAS
ANDRADE, Claudionor Correa de. Dicionário Teológico. CPAD.
RENOVATO, Elinaldo. Dons Espirituais e Ministeriais. CPAD.
STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
VINE, W. E. Dicionário Vine. CPAD. 


Por Rede Brasil de Comunicação