sexta-feira, 25 de outubro de 2019
QUESTIONÁRIOS DO 4° TRIMESTRE DE 2019
PODER, CURA E SALVAÇÃO –
O
Espírito Santo Agindo
na
Igreja em Atos.
Lição 03
Hora da Revisão
A
respeito do tema “A Cura do Coxo e seus Efeitos”,
responda:
1. A
Porta Formosa dava acesso para qual local?
Dava passagem entre o pátio dos gentios e o das
mulheres.
2. Por
que o coxo não adentrava no Templo?
Segundo o professor de Novo Testamento Craig S.
Keener a organização do Templo, concentrada na questão da pureza, teria
excluído os fisicamente incapacitados dos pátios internos.
3. Segundo
a lição, o que o dinheiro não pode comprar?
Ele não pode comprar a salvação.
4. O
que temos de mais precioso para oferecer às pessoas?
Jesus Cristo.
5. O
que aconteceu com Pedro e João depois do milagre e da pregação na porta do
Templo?
Pedro e João aproveitaram aquela oportunidade para
pregar a Cristo.
QUESTIONÁRIOS DO 4° TRIMESTRE DE 2019
O GOVERNO DIVINO EM MÃOS HUMANAS –
Liderança
do Povo de Deus
em
1º e 2º Samuel.
Lição 03
Para Refletir
A
respeito de “A Chamada Profética de Samuel”, responda:
Onde está
registrada a primeira menção de “profeta” nos livros de Samuel?
A
primeira menção que é feita sobre “profeta” no livro está registrada em 1
Samuel 2.27-36.
Segundo a
lição, o que o profeta seria?
O profeta
seria o porta-voz de Deus para que o povo obedecesse à vontade do
Todo-Poderoso.
Como
Samuel se dirigiu a Eli após ouvir uma voz?
Ao ouvir
uma voz que o chamava pelo nome, pensando que fosse a de Eli, por três vezes se
dirigiu a ele com todo respeito e temor (1Sm 3.4,5).
Como o
dom de profecia se manifesta?
O dom de
profecia se manifesta de forma sobrenatural e momentaneamente.
Segundo
Atos 13.1 e 15.2, a que os profetas eram impulsionados?
Segundo
Atos 13.1 e 15.32, os profetas eram impulsionados pela inspiração profética a
entregar a mensagem de Deus.
sexta-feira, 18 de outubro de 2019
LIÇÃO 03 – O CHAMADO PROFÉTICO DE SAMUEL
1 Sm 3.1-10
INTRODUÇÃO
Nesta lição
traremos uma definição da palavra profeta, uma das expressões principais desta
aula; pontuaremos também, alguns aspectos importantes sobre o chamado profético
de Samuel; destacaremos algumas das diferenças entre o profeta no Antigo
Testamento e a figura do profeta no Novo Testamento; e por fim, veremos o que a
Bíblia ensina sobre profeta como um dom ministerial e o dom de profecia.
I.
DEFINIÇÃO DA PALAVRA PROFETA
1.1 No Antigo Testamento.
A palavra
hebraica para profeta é: “nabí” (leia-se: naví porque no
original hebraico aparece a letra “veth” e não a letra “beth”),
que vem da raiz verbal “nabá” (leia-se: navá). Essa palavra
significa: “anunciador”, e por extensão, “aquele que anuncia as mensagens
de Deus, frequentemente recebidas por revelação ou discernimento intuitivo”.
Os termos hebraicos “ra’ah” e “hôzeh” também são usados
e significam “aquele que vê”, ou seja, “vidente”. Todas as três palavras
aparecem em 1Cr 29.29. “Nabí” é termo usado por mais de
trezentas vezes no Antigo Testamento, alguns poucos exemplos são (Gn 20.7; Êx
7.1; Nm 12.6; Dt 13.1; Jz 6.8; 1Sm 3.20; 2Sm 7.2; 1Rs 1.8; 2Rs 3.11; Ed 5.1; Sl
74.9; Jr 1.5; Ez 2.5; Mq 2.11) (CHAMPLIN, 2004, p. 423).
1.2 No Novo Testamento.
A palavra
comumente usada é: “prophétes”, que aparece por cento e quarenta e nove vezes, que
exemplificamos com (Mt 1.22; 2.5,16; Mc 8.28; Lc 1.70,76; 7.16; Jo 1.21,23;
3.18,21; Rm 1.2; 11.3; 1Co 12.28,29; 14.29,32,37; Ef 2.20; Tg 5.10; 1Pd 1.10;
2Pe 2.16; 3.2; Ap 10.7; 11.10). O substantivo “propheteía”, “profecia”,
é usado por dezenove vezes no NT (Mt 13.14; Rm 12.6; 1Co 12.10; 13.2,8;
14.6,22; 1Ts 5.20; 1Tm 1.18; 4.14; 2Pe 1.20,21; Ap 1.3; 11.6; 19.10;
22.7,10,18,19). Essas palavras derivam do grego: “pro”, “antes”,
“em
favor de”; e, “phemi”, “falar”, ou seja, “alguém
que fala por outrem”, e por extensão, “intérprete”,
especialmente da vontade de Deus (CHAMPLIN, 2004, p. 424).
II.
O CHAMADO PROFÉTICO DE SAMUEL
O registro de
Atos 3.24 está escrito: “E todos os profetas, desde Samuel, todos
quantos depois falaram, também anunciaram estes dias”, indicando que
Samuel foi o primeiro de uma nova ordem ou linhagem de profetas. Vejamos
algumas considerações sobre seu chamado:
2.1 O tempo do chamado.
Assim como o
profeta Jeremias foi chamado para exercer o ministério profético ainda muito
jovem (Jr 1.1-6), a convocação de Deus para a vida de Samuel se dá no momento
de sua tenra idade (1Sm 3.4). Por essa época, provavelmente Samuel já era um
adolescente; mas o texto sagrado nada revela sobre a idade dele por ocasião da
visita divina. O termo hebraico “na’ar” empregado aqui (1Sm 3.1),
pode falar de uma criança de qualquer idade, desde um infante recém nascido
(1Sm 4.21) até um homem de 40 anos (ver 2Cr 13.7). Fávio Josefo disse que
Samuel, por essa época, tinha 12 anos de idade (CHAMPLIN, 2001, p. 1136). Era
aos 12 anos que um menino israelita se tornava filho da lei, passando a ser
considerado pessoalmente responsável por obedecer e seguir aquele documento (Lc
2.39). Fica portanto claro no chamado de Samuel, que as escolhas de Deus para o
serviço sagrado são baseadas em sua soberania, e não estão restritas a status,
capacidade ou mesmo idade (1Sm 16.11-13; Am 7.14,15; Mc 3.13).
2.2 O contexto espiritual do chamado.
Este era um
período de declínio espiritual na nação de Israel (Jz 21.25). Além do exemplo
negativo dos filhos do sacerdote Eli (1Sm 2.17,22-24) naqueles dias a revelação
de Deus era algo raríssimo: “[…] E a palavra do SENHOR era de
muita valia naqueles dias; não havia visão manifesta” (1Sm 3.1) de modo
que, assim como suas reiteradas manifestações eram consideradas um sinal de
favor e aprovação (Os 12.10), pouca frequência destas revelações era um sinal
de desaprovação por parte do Senhor (Sl 74.9; Lm 2.9; Ez 7.26; Am 8.11). É em
meio a esta realidade que: a) Samuel
ouve a voz de Deus: “o SENHOR chamou a Samuel [...]”
(1Sm 3.4), b) a presença de Deus é
revelada: “Então, veio o SENHOR e ali esteve [...]” (1Sm 3.10) e, c) Samuel recebe a mensagem de Deus: “E disse
o SENHOR a Samuel: Eis aqui vou eu a fazer uma coisa em Israel”
(1Sm 3.11). O jovem profeta é levantado por Deus em tempos de crises, para
mudar aquele ambiente hostil (1Sm 3.21).
2.3 O reconhecimento do chamado.
O crescente
reconhecimento, entre o povo de Israel, de que o Senhor estava com Samuel e
fazia dele o Seu porta-voz, está indicado no seguinte texto: “E
crescia Samuel, e o SENHOR era com ele, e nenhuma de todas as suas palavras
deixou cair em terra”. “E todo o Israel, desde Dã até Berseba, conheceu
que Samuel estava confirmado por profeta do SENHOR” (1Sm 3.19,20).
Desde Dã até Berseba é a típica maneira de descrever “a extensão e a amplitude
da terra” (cf. Jz 20.1). Dã estava no extremo norte, Berseba era o ponto mais
ao sul. Tradicionalmente, Dã marcava a fronteira do extremo norte de Israel, ao
mesmo tempo que Berseba assinalava o extremo sul. Isto posto, a expressão
“desde Dã até Berseba” tornou-se proverbial, indicando toda a extensão do
território de Israel. Todos quantos são chamados por Deus, têm o atesto da
escolha Divina (Êx 3.12; 4.1-9; 15-17; 2Rs 2.12-15; Js 1.5,17; 3.7; Jr 1.17-19;
Ag 2.23; Mc 16.20; At 5.12; 14.3; Hb 2.4).
III.
DIFERENÇA ENTRE O PROFETA DO AT E DO NT
Tanto no Antigo
quanto no Novo Testamento, o profeta era um “porta-voz oficial da divindade,
sua missão era preservar o conhecimento divino e manifestar a vontade do Único
e Verdadeiro Deus” (ANDRADE, 2006, p. 305). Todavia, eles eram diferentes um do
outro, como veremos abaixo:
3.1 O profeta no Antigo Testamento.
Os profetas
foram homens que Deus suscitou durante os tempos sombrios da história de Israel
(2Rs 17.13). “No Antigo Testamento, este ofício era de âmbito nacional. Quando
Deus levantava um profeta, conferia-lhe a missão de falar em seu Nome para toda
a nação e até para povos estranhos” (RENOVATO, 2014, p. 84). Na Teologia, o
período do surgimento dos profetas é nomeado de “profetismo” aludindo ao
“movimento que, surgido no Século VIII a.C., em Israel, tinha por objetivo
restaurar o monoteísmo hebreu, combater a idolatria, denunciar injustiças
sociais, proclamar o Dia do Senhor e reacender a esperança messiânica num povo
que já não podia esperar contra a esperança. Tendo sido iniciado por Amós, foi
encerrado por Malaquias. João Batista também é visto como o último
representante deste movimento (Mt 11.13)” (ANDRADE, 2006, p. 305 – acréscimo
nosso). O profeta do AT era um homem que, além de transmitir a mensagem de Deus
tinha outras atribuições, tais como: 1)
ungir
reis (1Sm 9.16; 16.12- 13; 1Rs 19.16); 2) aconselhar reis (1Sm 10.8; 21.18; 2Sm 12; 2Rs 6.9-12); 3) ser consultado pelas pessoas (1Sm
9.8- 10; 1Rs 14.5; 22.7; 22.18; Jr 37.7). Os oráculos dos santos profetas que
estão no cânon sagrado não estão a mercê de julgamento humano (2Pd 1.21).
3.2 O profeta no Novo Testamento.
Sobre a figura
do profeta no NT, Donald Stamps (2012, p. 1814) afirma: “Os profetas eram
homens que falavam sob o impulso direto do Espírito Santo, e cuja motivação e
interesse principais eram a vida espiritual e pureza da Igreja. Sob o novo
concerto, foram levantados pelo Espírito e revestidos pelo seu poder para
trazerem uma mensagem da parte de Deus ao seu povo”. Portanto, os profetas são
ministros pregadores cuja prédica pode ser uma mensagem de edificação,
exortação e consolação dos crentes como também acontece com o dom de profecia
(1Co 14.3). Na igreja em Antioquia havia homens que exerciam este ministério
(At 13.1). “Em Atos 15.22-29, temos o profeta consolando, fortalecendo
e aconselhando.
É certo também que o título de profeta poderia ser usado para designar o
ministério de alguns obreiros, em virtude da sua natureza sobrenatural, pela
abundância da inspiração com que proclamam os oráculos de Deus” (SOUZA, 2013,
pp. 33,34). Eis algumas características do profeta no NT: (a) Proclamava e
interpretava, cheio do Espírito Santo, a Palavra de Deus, por chamada divina
(At 2.14-36; 3.12-26); (b) Exercia o dom de profecia (1Co 12.10; 14.3); e, (c)
Às vezes predizia o futuro (At 11.28; 21.10,11).
IV.
DIFERENÇAS ENTRE O DOM DE PROFETA E O DOM DE PROFECIA
4.1 Dom ministerial de profeta (Ef 4.11).
A palavra
“ministro” de acordo com alguns textos (1Co 3.5; 4.2; 2Co 3.6; 6.4) diz
respeito a um servo de Deus que ocupa um “ministério ou serviço” (1Co 4.1,2;
2Co 6.3), ou seja, um encargo constituído por Deus, que, da parte de Cristo
(2Co 5.20), funciona na “Igreja do Deus vivo” (1Tm 3.15). Segundo Atos 13.1 e
15.32, os profetas constituíam o ministério da Palavra de Deus, impulsionado
por inspiração profética. Por meio dessa inspiração, esse ministério é
acompanhado de “edificação, exortação e consolação”, que são evidências da
operação do verdadeiro espírito da profecia (1Co 14.3). Observamos, assim, que
o simples uso do dom de profecia não faz de ninguém um profeta nos moldes do
AT, pois profeta no NT, é um ministro da Palavra ( Ef 2.20; 4.11) (BERGSTÉN,
2007, pp. 115,116 – acréscimo nosso).
4.2 Dom de profecia (1Co 12.10)
“Profecia é uma
mensagem de Deus dada a pessoa a quem o Espírito manifesta este dom. Tal pessoa
deve transmiti-la exatamente como a recebeu (Jr 23.28). A atitude de quem
profetiza deve ser “A palavra que Deus puser na minha boca essa falarei” (Nm 22.38b).
A mensagem recebida por inspiração do Espírito Santo não é transmitida
mecanicamente, mas fiel e conscientemente (1Co 14.32). No momento em que a
profecia é transmitida, não é Deus quem está falando, mas é o homem quem está
transmitindo o que de Deus recebeu (1Co 14.29). Se fosse o próprio Deus
falando, não haveria necessidade de se julgar a mensagem como a Palavra nos
orienta que faça” (1Co 14.29; 1Ts 5.21) (BERGSTÉN, 2007, p. 113 – grifo nosso).
CONCLUSÃO
Aprendemos com o
chamado profético de Samuel que existe um tempo certo para a concretização da
chamada de Deus na vida do homem. Entendemos também a diferença entre o profeta
do Antigo e do Novo Testamento; bem como a distinção entre o dom de profeta no
período veterotestamentário e o dom de profecia nos dia de hoje.
REFERÊNCIAS
Ø ANDRADE,
Claudionor de. Dicionário Teológico. CPAD.
Ø BERGSTÉN,
E. Teologia
Sistemática. CPAD.
Ø CHAMPLIN,
R. N. Dicionário de Bíblia, Teologia e Filosofia. HAGNOS.
Ø RENOVATO,
Elinaldo. Dons Espirituais & Ministeriais. CPAD.
Ø SOARES,
Esequias. O Ministério Profético na Bíblia. CPAD.
Ø STAMPS,
Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD
Por Rede
Brasil de Comunicação.
quinta-feira, 17 de outubro de 2019
COMO NASCEM OS PROFETAS?
Objetivo:
Mostrar como
se deu a chamada profética de Samuel.
Material:
Quadro
com as perguntas abaixo.
Procedimento:
Peça que
seus alunos formem 2 grupos. Dê um tempo para que os grupos leiam a seção
Leitura Bíblica em Classe. Em seguida, peça que cada grupo, depois de ler o texto,
faça uma representação da chamada de Samuel, mas sem utilizar palavras. Eles devem
usar apenas gestos. Faça uma avaliação e ofereça uma lembrança (pode ser um
bombom) ao grupo que melhor representou, usou mais detalhes e interpretou
melhor. Depois peça que, em grupo, respondam às seguintes perguntas:
- Por que
Samuel se dirigiu a Eli ao ouvir a voz de Deus?
- Por que Deus preferiu falar com um menino ao invés de falar com o sacerdote?
Faça um
único grupo e discuta com eles as perguntas. Conclua enfatizando que na nova
aliança fomos chamados e capacitados pelo Senhor para sermos porta-voz da sua
Palavra, suas testemunhas (At 1.8).
Por Telma Bueno e Simone Maia.
Adaptado pelo Amigo da EBD.
segunda-feira, 14 de outubro de 2019
QUESTIONÁRIOS DO 4° TRIMESTRE DE 2019
PODER, CURA E SALVAÇÃO –
O
Espírito Santo Agindo
na
Igreja em Atos.
Lição 02
Hora da Revisão
A
respeito do tema “E todos foram cheio do Espírito Santo”,
responda:
1. Quando
ocorreu a descida do Espírito Santo?
A descida
do Espírito Santo ocorreu no Dia de Pentecostes, festa judaica importante, 50
dias após a Páscoa (At 2.1).
2. O
que significou aqueles sinais da vinda do Espírito no Dia de Pentecostes?
Significou
que aquele acontecimento era, de fato, de origem divina. Aqueles sinais
deixaram claro às pessoas que Deus havia realizado algo (At 2.2).
3. Por
que é importante para o crente ser cheio do Espírito Santo?
É
importante para que viva de forma plena e santa, a fim de que possa ser uma testemunha
eficaz de Cristo.
4. Quais
são algumas das atribuições do Espírito Santo na vida do crente?
O
Espírito Santo tem o propósito de nos ensinar todas as coisas e nos fazer
lembrar-se de tudo que Ele havia dito (Jo 14.26). Ele também nos guiaria em
toda verdade (Jo 16.13). Também nos santifica levando-nos a parecer cada vez
mais com Cristo (1Co 11.1).
5. Como
podemos identificar que uma pessoa está deixando o Espírito Santo guiar sua
vida?
Por
manifestar no seu dia a dia o fruto do Espírito.
QUESTIONÁRIOS DO 4° TRIMESTRE DE 2019
O GOVERNO DIVINO EM MÃOS HUMANAS –
Liderança
do Povo de Deus
em
1º e 2º Samuel.
Lição 02
Para Refletir
A
respeito de “O Nascimento de um Líder Profético em Israel”, responda:
O que de especial podemos destacar na família de
Samuel?
Apesar de
todas as querelas presentes na família de Samuel, há um destaque especial para
o seu lado piedoso: de ano em ano subiam todos à casa do Senhor para O adorar.
Como a palavra amargura pode ser entendida no caso
de Ana?
No caso
de Ana, pode ser entendida como desapontamento, frustração.
Qual voto Ana fez a Deus?
Ana fez
um voto mencionando duas promessas: primeira, se o pedido fosse atendido, ela
dedicaria o seu filho como levita para sempre (1Sm 1.22); segunda, ele seria um
nazireu de Deus (1Sm 1.11).
O que diz o versículo 20 do capítulo um de 1
Samuel?
O
versículo 20 diz que, passado algum tempo, Ana concebeu, teve um filho e o
nomeou de Samuel.
O que Ana lembrou a Eli?
Ana
lembrou a Eli que esteve perante a sua presença anos passados, orando ao Senhor
para que “se lembrasse dela”.
LIÇÃO 02 – O NASCIMENTO DE UM LÍDER PROFÉTICO EM ISRAEL (SUBSÍDIO)
1 Sm 1.20-28
INTRODUÇÃO
Nesta lição,
estudaremos rapidamente sobre a biografia de Samuel; veremos seu triplo ofício;
pontuaremos os três níveis das consagrações de Samuel; e por fim, notaremos
como ele nos deixou o exemplo de obediência e submissão a Deus e aos homens.
I.
QUEM FOI SAMUEL
1. O nome de Samuel.
Para o
significado exato do nome Samuel existem várias alternativas sugeridas pelos
intérpretes. As principais são: “ouvido por Deus”, “aquele
que provém de Deus”, “nome de Deus” e “prometido
ou dado por Deus”. Pela vocalização do nome em hebraico “Shemu’el”
sugere-se o significado de “nome de Deus” e, sem dúvida, isso
está certo.
2. Local do nascimento de Samuel.
De acordo com o
livro de Samuel, Ramá (nome abreviado de Ramataim-Zofim) foi o lugar do
nascimento (1Sm 1.19), da residência (1Sm 7.17) e sepultamento (1Sm 25.1)
(CHAMPLIN, 2001, p. 1125 – grifo nosso). A cidade de Ramataim-Zofim estava
situada na região montanhosa de Efraim, distando ao norte de Jerusalém
aproximadamente 24 quilômetros. Samuel era de Ramataim-Zofim, palavra que do
hebraico é “vigilante em dupla altura” ou então “cumes gêmeos de Zofim”.
Esse local é descrito como sendo a terra do nascimento da família de Samuel, e
dele mesmo. Um detalhe importante pode ser dito sobre essa localidade: ela será
o lugar permanente de Samuel. Vale dizer que somente aqui é que aparece a
completude dessa localidade, sendo que em outras passagens bíblicas vem apenas
o primeiro nome: Ramá. Assim, pode-se crer que Zofim vem para fazer distinção
entre outras regiões que também eram denominadas de Ramá, que quer dizer cume
(1Sm 7.17), nela Samuel nasce, morre e é sepultado
(1Sm 25.1) (GOMES, 2018, p. 28 – grifo e acréscimo nosso).
3. A família de Samuel.
Elcana do
hebraico “criado ou adquirido de Deus” era levita descendente de Coate
(1Cr 6.26,33-38), e estava habitando na terra de Efraim (1Cr 6.22-30). Os
coatitas eram encarregados do serviço nas coisas santíssimas (Nm 4.4). Temos
que ter sempre em mente que Elcana era um levita, mas efraimita somente por
causa de sua residência (BEACON, 2005, p. 179). Samuel irá atuar como sacerdote
porque era de origem levita também (1Cr 6.66,33,34) (GOMES, 2018, p. 29 – grifo
nosso). A mãe de Samuel era Ana e seu nome vem do hebraico “Hannah”
que significa: “graciosa, benevolência ou favor”. Algumas tradições
judaicas atribuem a Ana sete filhos por influência do cântico de 1Samuel 2.5. O
registro bíblico, entretanto, fala somente em cinco filhos além de Samuel,
totalizando seis. Ou seja, Samuel tinha três irmãos e duas irmãs (CHAMPLIN,
2001, p. 1133 – grifo nosso).
4. A linhagem de Samuel.
A genealogia de
Elcana mencionada até a quarta geração passada, pode ser uma indicação de sua
posição na sociedade, embora nada mais se conheça sobre as pessoas ali citadas.
Elcana é um nome recorrente na lista dos descendentes de Coate (1Cr 6.22-30).
E, em 1 Crônicas 6.66,33,34, apresenta Samuel como um levita. Vale assinalar o
seguinte: […] Belém é também chamada de Efrata no AT (Gn 36.15,19; Rt 4.11; Mq
5.2) e efraimita [...] pode indicar um membro da tribo de Efraim ou um belemita
[...] havia ligações entre os levitas de Belém e os da região montanhosa de
Efraim (Jz 17.7-12; 19.1-21). Se Elcana teve algum vínculo de parentesco com
pessoas de Belém, seria natural que seu filho Samuel voltasse ali para oferecer
sacrifício (1Sm 16.2,5), embora a família tivesse se reunido mais
frequentemente em Siló no santuário de Efraim (BALDWIN apud GOMES, 2018, p. 29
– grifo nosso).
II.
OS OFÍCIOS DE SAMUEL
1. Samuel atuou como profeta.
Nessa função de
profeta, Samuel deu a sentença para a casa de Eli (1Sm 3.1-18), ungiu Saul e
Davi (1Sm 10.1; 16.13), reprovou Saul por desobediência (1Sm 13.13; 15.22,23),
encorajou a Davi (1Sm 19.18), e escreveu a história dos atos de Deus em Israel
(1Cr 29.29).
2. Samuel atuou como juiz.
Samuel se
tornou, no sentido exato do termo, o maior e último juiz de Israel (1 Sm
7.15-17). Como os juízes de outrora, ele conduziu o povo em batalhas exercendo
este ofício (ZUCK apud GOMES, 2018, pp. 29,30).
3. Samuel atuou como sacerdote.
Quando era
menino Samuel usava o éfode feito de linho, o sinal de sacerdócio (1Sm 2.18;
3.1). É significativo, portanto, que Eli tenha dado ao menino Samuel uma estola
de linho (éfode), o que o identificava com o um sacerdote, e não com o mero levita
que executava trabalhos manuais: “Samuel, porém, ministrava perante o Senhor,
sendo ainda menino, vestido de uma estola sacerdotal de linho” (1Sm
2.18 - ARA). A estola de linho era usada pelos sacerdotes, mas não pelos
levitas em geral (1Sm 22.18; 2Sm 6.14). D. L. Moody diz que esta estola
sacerdotal era uma vestimenta usada pelos sacerdotes menos graduados, os
levitas juízes e pessoas importantes, com propósitos religiosos (2Sm 6.14)
(MOODY, sd, p. 10). Já a túnica, elaborada com grande cuidado por Ana que ela
trazia de ano em ano, era uma espécie de, sobretudo do hebraico “me'îl”,
além de fazer parte de uma veste sacerdotal (1 Sm 2.19 ver Êx
28.4). O Talmude diz que tal peça podia ser confeccionada pela mãe de um
sacerdote […] E é provável que o exemplo dado pela túnica de Ana tenha aberto
precedente para tal prática (CHAMPLIN, 2001, p. 1133 – grifo nosso).
Como sacerdote Samuel liderou na adoração do Senhor no lugar alto em uma das
cidades benjaminitas (1Sm 9.11-24), praticou o papel sacerdotal de sacrificar e
ensinar (1Sm 7.9; 6.13-15; 13.8- 14; 10.17-27; 12.1-25; 16.1-3;), e o próprio
Deus testificou do seu sacerdócio (1Sm 2.35) (ZUCK apud GOMES, 2018, pp. 29,30
– grifo e acréscimo nosso).
III.
AS ETAPAS DAS CONSAGRAÇÕES DE SAMUEL
1. A dedicação de Samuel desde o ventre de sua mãe.
Samuel foi
dedicado a Deus por sua mãe como parte de um voto que ela fez antes dele
nascer. O nascimento de Samuel foi fruto de uma promessa feita por sua mãe,
Ana, que fez um voto com Deus, prometendo que seu filho seria um nazireu deste
o ventre (1 Sm 1.11). A Bíblia nos diz que o nazireado já é possível desde o
ventre materno: “Porque eis que tu conceberás e terás um filho sobre cuja cabeça não
passará navalha; porquanto o menino será nazireu de Deus desde o ventre [...]”
(Jz 13.5). Nazireu vem do hebraico “nazir” derivado de “nazar”
que significa: “separar; consagrar; abster-se”. Vem ainda da palavra “nezer”
que significa: “diadema; coroa de Deus” (Nn 6.3-6). Em virtude desta
consagração, tanto a mãe, durante a gravidez, como o futuro nazireu deviam
abster-se de certos alimentos, de bebidas fermentadas, de cortar o cabelo e
tocar em cadáveres. Este voto podia ser feito tanto por um homem como por uma
mulher (Nm 6.1-21).
2. A dedicação de Samuel na sua infância.
Mesmo quando
criança, Samuel recebeu sua própria túnica, uma vestimenta normalmente
reservada a um sacerdote enquanto ministrava diante do Senhor na tenda da
congregação em Siló, onde a arca da aliança era mantida (1Sm 2.18; 3:3). Sem
dúvida, Ana contou a seu esposo, sobre seu voto, pois sabia que, de acordo com
a lei mosaica, o marido poderia anular o voto da esposa caso não concordasse
com ele (Nm 30). Como levita, nazireu, profeta e juiz,
Samuel serviria fielmente ao Senhor e a Israel e ajudaria a dar início a uma
nova era na história de seu povo. As mães israelitas costumavam desmamar os
filhos aos 3 anos de idade: “[…] E era o menino ainda muito
criança” (1Sm 1.24c) (CHAMPLIN, 2001, p. 1129). Sem dúvida, durante
esses anos preciosos, Ana ensinou o filho e o preparou para servir ao Senhor
[…] Quando Elcana e Ana apresentaram o filho ao Senhor, Ana lembrou a sacerdote
Eli que ela era a mulher que havia orado pedindo um filho três anos ante (1Sm
1.24-27) (WIERSBE, 2010, p. 203).
3. A dedicação de Samuel na adolescência.
Samuel teve uma
infância e uma juventude incomum. Logo muito cedo começou uma vida de serviço
no tabernáculo que ficava em Silo, a mais de 30 quilômetros de sua casa, em
Ramá. O historiador judeus Fávio Josefo também conhecido pelo seu nome hebraico
Yosef
ben Mattityahu disse que Samuel, por essa época, tinha 12 anos de idade
(JOSEFO, 2007, p. 276). Aos 12 anos um menino israelita se tornava “adulto
para as coisas religiosas” como aconteceu com Jesus (Lc 2.39). O “Bar
Mitzvá” (filho do mandamento) é a cerimônia que insere o jovem judeu
como um membro maduro na comunidade judaica. É nesta idade que Samuel vai ouvir
a voz de Deus e o Senhor vai se manifestar a ele confirmando o seu chamado (1Sm
3.4,10,11). Samuel foi escolhido por Deus para mudar a história de seu povo
(1Sm 3.21).
IV.
SAMUEL COMO EXEMPLO DE OBEDIÊNCIA E SUBMISSÃO
1. Samuel crescia diante de Deus e dos homens.
Em alguns casos
a maturidade espiritual supera a maturidade física. Samuel crescia em estatura
e no favor do Senhor e “fazia-se agradável tanto para Deus como para
homens” (1Sm 2.21;26). Samuel crescia em Deus e quando crescemos em
Deus, também crescemos diante dos homens (1Sm 3.1;19). Samuel era aprendiz de
Eli, mas acima de tudo aprendiz do Senhor pois o próprio Deus testificou disso
(1Sm 2.35). Naquela época as obrigações que um aprendiz tinha era de abrir as
portas do tabernáculo todas as manhãs (1Sm 3.15), limpar as mobílias do templo,
varrer o chão e etc. Aos poucos, a medida que crescia em Deus, Samuel ajudava
Eli nos holocaustos. Uma das maiores virtudes de Samuel era servir a Deus em
submissão.
2. Samuel aprendeu a servir em submissão e
obediência.
Hoje muitos
querem servir a Deus, querem ser “profetas”, mas não querem se submeter as suas
lideranças. Samuel poderia muito bem seguir o exemplo dos filhos de Eli (1Sm
8.1-3) mas preferiu viver em submissão ao seu tutor. Muitos querem fazer a obra
de Deus, mas não se submetem em obedecer seus líderes. Na história dos reis de
Israel vemos que existiam homens que faziam o que era “reto a Deus”, mas também
os que fizeram o que era “mal perante ao Senhor”. Todos esses
responderam por seus atos. Deus permite que isso aconteça para ver a nossa
obediência e submissão. Para ver se realmente sabemos ouvir e seguir o nosso
chamado em obediência.
3. Samuel aprendeu ouvir o chamado de Deus.
A vida de Samuel
foi caracterizada por ouvir o chamado de Deus (1Sm 3.3- 10). Samuel seguiu o
seu chamado “ouvindo ao Senhor” e obedecendo sua palavra. Como um aprendiz e
jovem profeta faltava a Samuel experiência com Deus. Samuel veio a servir a
Deus na época da velhice de Eli (1Sm 2.22), e por isso, tinha dificuldade pois
a referência de ouvir a Deus não era clara por parte de Eli e seus filhos, que
como sacerdotes não eram exemplos. E Samuel aprendeu em sua própria experiência
a ouvir a voz de Deus e lhe obedecer.
4. Samuel um verdadeiro exemplo moral e espiritual.
Tradicionalmente,
os filhos do sacerdote sucederiam o ministério do pai; no entanto, os filhos de
Eli, Hofni e Finéias, eram iníquos por serem imorais e mostrarem desprezo pela
oferta do Senhor (1Sm 2.17,22). Enquanto isso, Samuel continuou a crescer em
estatura e em favor do Senhor e dos homens (1Sm 2.26). Podemos aprender que
Samuel era mais que um profeta, um sacerdote ou juiz. Samuel era um líder
espiritual a ser seguido e imitado. Seus relacionamento com Deus fez com que
ele se tornasse referência a povo santo (Jr 15.1; At 3.24; 13.20). Por ter sido
fiel a Deus, o Senhor o fez juiz, sacerdote, profeta, conselheiro e intercessor
de Deus e dos homens. Um homem de Deus que desempenhava bem os papéis
atribuídos a Ele. Um homem que em nada tinha de dolo (1Sm 12.1-4).
CONCLUSÃO
Aprendemos com a
vida de Samuel que é possível servirmos a Deus fielmente mesmo em meio a uma
geração corrompida e desviada, e servos sal da terra e luz do mundo
glorificando ao Senhor por meio de nossa vida.
REFERÊNCIAS
Ø HOUAISS,
Antônio. Dicionário da Língua Portuguesa. SP: OBJETIVA, 2001.
Ø JOSEFO,
Flávio (Trad. Vicente Pedroso). História dos Hebreus. RJ: CPAD,
2007.
Ø STAMPS,
Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, 1997.
Ø TENNEY,
Merril C. Enciclopédia da Bíblia. SP: CULTURA CRISTÃ, 2010.
Ø WIERSBE
Warren W. Comentario Bíblico Claro e Conciso AT – Históricos. SP:
GEOGRÁFICA, 2010.
Por Rede
Brasil de Comunicação.
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