quinta-feira, 28 de junho de 2012

LIÇÃO 01 – NO MUNDO TEREIS AFLIÇÕES



                                                    Jo 16.20,21,25-33



INTRODUÇÃO
                A queda e a degeneração da raça humana são as chaves para se compreender a realidade do sofrimento (Gn 3. 13- 19). Através da história, as pessoas vem lutando contra uma aparente contradição: Se Deus é absolutamente bom, então por que o mal existe? Se Deus é tanto “Bom” como “Poderoso”, Ele não permitiria que o mal e o sofrimento existissem em sua Criação. Então, ou Deus não é “Bom” (e por isso tolera o mal) ou não é “Poderoso” (e por isso não pode livra-nos do mal, mesmo que queira). Esse visível problema de séculos de história é chamado na Teologia e na Filosofia de Teodicéia, palavra derivada do grego “Theos (Deus) + Dikes (Justiça)” que significa “A justiça de Deus”, ideia que gerou a discussão do “Posicionamento teológico e filosófico para justificar a bondade de Deus em vista da existência do mal no mundo”. Este será o assunto que permeará a primeira lição como também todo este trimestre.


I – QUAL A DEFINIÇÃO DE AFLIÇÃO?
                A palavra aflição no grego é “Kakoucheõ” que significa: “sofrer infortúnio, ser maltratado” (Hb 11.25; 11.37; 13.3) e a palavra “Kakopatheõ” que quer dizer: “sofrimento, adversidade, padecer” (2Tm 1.8; 2.9; 4.5; Tg 5.13). A palavra “Kakopatheia” também poder ser definida como: “aflição, maltrato, angústia” (At 7.34; Rm 8.18; 1Pe 1.11; 5.1; Hb 2.9; 2Co1.5; Fp 3.10; 1Pe 4.13; 5.1). O Mestre amado falou sobre isso quando disse: “[...]no mundo tereis aflições, mas tendes bom ânimo[...]” (Jo 16.33c).

1.1. O justo e o ímpio sofrem igualmente. A fidelidade a Deus não é garantia de que o crente não passará por aflições, dores e sofrimentos nesta vida (Jo 16.33; 2Tm 3.12; Sl 34.19). Podemos perceber esta verdade nas palavras de Jesus: “Porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos” (Mt 5.45). Também nas palavras do sábio Salomão: Tudo sucede igualmente a todos; o mesmo sucede ao justo e ao ímpio, ao bom e ao puro, como ao impuro; assim ao que sacrifica como ao que não sacrifica; assim ao bom como ao pecador; ao que jura como ao que teme o juramento” (Ec 9.2).


II – QUAL A ORIGEM DO MAL?
                Durante muito tempo se procurou respostas a seguinte pergunta: O Deus absolutamente BOM não poderia ter criado o MAL. Então, de onde veio o mal? Podemos responder da seguinte forma:
• Deus é ABSOLUTAMENTE perfeito (Sl 145.17; Mt 19.17; Mc 10.8; Lc 18.19);
• Deus criou apenas criaturas PERFEITAS ( Gn 1.31; Ec 7.29 );
• Deus concedeu o LIVRE-ARBÍTRIO a suas criaturas (Dt 30.11-20; Ec 12.14; Mt 7.13-14; Lc 13.24; Hb 11.24-25 );
• Algumas dessas criaturas ESCOLHERAM LIVREMENTE FAZER O MAL (Gn 3. 13-19; Is 14.12-16; Ez 28.4-7 );
• Portanto, UMA CRIATURA PERFEITA, E NÃO DEUS, CAUSOU O MAL (Gn 3. 13-19; Is 14.12-16; Ez 28.4-7 ).


III – QUEM CRIOU O MAL?
                Se existe um Deus Todo Poderoso e cheio da amor, que conhece todas as coisas, por que Ele permite que tanta agonia e sofrimentos existam no mundo? Esta é uma das muitas perguntas que perturbam a humanidade. A experiência humana tem atestado universalmente a realidade do mal. A face sombria da realidade mostra-se concretamente por meio da dor, da morte, da angústia da injustiça, de epidemias, da fome, de guerras injustas, da opressão política, e da morte de inocentes. Tudo isso são algumas das manifestações específicas do que é normalmente chamado de MAL. A Bíblia é o único livro que tem condições de responder a essa pergunta. Vejamos:
O Sofrimento é fruto diretamente do pecado (Gn 3. 13-19; Rm 5.12; 3.23; 8.20);
Deus não é o culpado pelo sofrimento do povo. (Pv 26.2; Lm 1.8,9,14,18,20,22);
Existe a Lei da semeadura (Gn 37.20-28; 42.21-22; 2Sm 16.22; Mt 7.1-2; 2Tm 3.13; Gl 6.7-8; 2Co 9.6; Mt 6.19-20; Tg 5.24; Ec 8.11-13; Os 5.7-8; 10.13; Pv 22.8; Jó 4.8; Et 3.6,8,9; 5.14; 10.8);
Tudo que Deus criou era bom (Gn 1.31; Ec 7.29);
A situação trágica de Judá foi causa dos seus próprios pecados. (Jr 26.7-11,16; Lm 4.13; Jr 42.14; Lm 4.17);
O homem queixa-se dos seus próprios pecados. (Gn 50.20; Lm 3.39; Pv 19.3; Mq 7.9).


III – POR QUE OS JUSTOS SOFREM?
                Orlando Boyer define sofrimento por: “Padecimento, dor, amargura” (BOYER, 2008, p. 712). No grego é a palavra “Pathema” que significa: “Aflição” (2Tm 3.11; Hb 10.32; 1Pe 5.9;) e pode ser também a palavra “Paschõ” que quer dizer: “Sofrer” (Mt 16.21; 17.12; 1Pe 2.23; Hb 9.26; 13.12; 1Pe 2.21; 3.18; 4.1). A Bíblia nos mostra que a origem dos sofrimentos reside no primeiro ato de desobediência contra Deus (Gn 3. 13-19). São diversas as razões por que os crentes sofrem.
Vejamos algumas:

Pela decorrência da herança do pecado de Adão e Eva (Gn 3.16-19; Gn 25.21-34; Rm 5.12; 8.20-23; 2Pe 3.10-13);
Pelos seus atos (Sl 42.7; Jó 34.11; Jr 17.10; Pv 6.27; Mt 16.17; 1Co 3.8; 2Co 5.10; Gl 6.7; Rm 2.6; Ap 2.23);
Por habitar num mundo pecaminoso e corrompido (Ez 9.4; At 17.16; 2Pe 2.8);
Por correção de Deus (Is 26.16; Jó 5.17; Pv 3.11-12; Sl 119.67, 71; Hb 12.6-8; 1Co 11.31-32; Ap 3.19);
Por enfrentar ataques do inimigo (Jó 1.12; 2.6; Mt 5.10-11; 1Pe 5.8-9; 1Jo 5.19; Ef 6.12; Gl 1.4; 2Tm 4.6,8);
Por ter a natureza de Cristo (Mt 16.24; Jo 17.14; 1Co 2.16; 2Co 4.8; 2Tm 3.12; 1Pe 2.21; Lc 19.41; 2Co 11.23-32);
Por perseguição religiosa (Mt 5.10-12; Mt 10.22; 24.9; Jo 15.19; At 5.41; 2Tm 2.11-13; 1Pe 4.12-14; Ap 3.1-4);
Por “provação” da fé (Dt 8.3; Jó 19.25-27; Sl 23.4; Is 43.2; Rm 5.3-5; 1Co 10.13; 2Co 1.4; 12.9; Tg 1.3; 1Pe 1.7).


IV – QUAIS OS EXEMPLOS DE ALGUNS JUSTOS QUE SOFRERAM POR PERMISSÃO DE DEUS?
                Há quem diga que as feridas abertas em nossas almas, são portas por onde Deus opera. Muitos sofrimentos que enfrentamos aqui nesta vida, têm como finalidade a manifestação do poder da glória de Deus. O Senhor NUNCA falou que “nos livraria DA fornalha, mas sim NA fornalha”. Existem alguns exemplos na Bíblia de justos que sofreram por permissão de Deus para um propósito determinado. Analisemos alguns destes exemplos:
José o governador do Egito (Gn 37-45);
O profeta Daniel na cova dos leões (Dn 6.1-28);
Os companheiros de Daniel na fornalha de fogo ardente (Dn 3.28-30);
O salmista (Sl 119.67, 71);
O patriarca Jó (Jó 42.117);
O homem cego de nascença. (Jo 9.1-38);
Lázaro, o amigo de Jesus.(Jo 11.1-45);
O mártir Estêvão (At 7.55-60; 1Pe 4.14; 2Co 12.9; Tg 4.6; 1Pe 2.20);
O apóstolo Paulo (2Co 4.8-9; 11.16-33; Fp 3.7-11);
O apóstolo Pedro (1Pe 2.20);
O próprio Jesus (Is 53.1-12; Jo 15.18-21; Mc 15.3-5; Lc 23.9; Jo 19.9; At 8.32-33; 1Pe 2.20-24; Ap 5.6).


V – COMO O JUSTO DEVE ENCARAR O SOFRIMENTO?
                Se conhecêssemos como Deus conhece as glórias ocultas que ele tem para cada um de nós na vida futura, saudaríamos com alegria por cada quebrantamento e prova, e o agradeceríamos por tudo! Deus é o melhor professor Primeiro dá a prova e depois a bênção (Tg. 1.2-4). Como devemos encarar o sofrimento mesmo em tempos de crises?
Vejamos alguns exemplos:
Tendo Esperança (Jr 17.7-8; Is 64.4; Jó 13.15; Pv 14.32; Lm 3.18-22, 26; Nm 13.14; Fl 4.13; Rm 8.24-25; 37).
Tendo alegria (Jo 16.20-21; Mt 5.11-12; 1Pe 4.13; Rm 8.28; Gl 6.17; Fl 1.29; Cl 1.24);
Através da Fé (Jó 42.5; 1Jo 5.4; Ef 6.10-18; Hb 11.1, 6, 33-38);
Em oração (Sl 55.17; Dn 6.10; Lc 3.21-22; 4.1-13; 5.15-16; 6.12; 9.18-29; Hb 5.7; At 2.42; Ef 6.18; Fl 4.6);
Enfrentando as “fraquezas” da vida (Pv 24.10; Ap 3.10);
Enfrentando o luto (2Sm 12.18-20; Jó 1.20-21);
Enfrentando as enfermidades (Is 38.9-22);
Enfrentando as necessidades (Hc 3.17-19);
Enfrentando as perseguições (Mt 5.10-11; At 7.55-60; 20.24-25);
Enfrentando as angústias (Sl 50.15; 1Co 11 16-31).


CONCLUSÃO
                Podemos concluir com as palavras do Mestre amado: Eu conheço as tuas obras” (Ap 2.9). Lembremo-nos do profeta messiânico: “Quando passares pelas águas estarei contigo, e quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti” (Is 43.2). “Não sabes, não ouviste que o eterno Deus, o SENHOR, o Criador dos fins da terra, nem se cansa nem se fatiga? É inescrutável o seu entendimento. Dá força ao cansado, e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor. Os jovens se cansarão e se fatigarão, e os moços certamente cairão; Mas os que esperam no SENHOR renovarão as forças, subirão com asas como águias; correrão, e não se cansarão; caminharão, e não se fatigarão (Is 40. 28-31). E do salmista quando falou: “DEUS é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia” (Sl 46.1).




REFERÊNCIAS
BOYER, Orlando. Pequena enciclopédia bíblica. CPAD.
CHAMPLIN, R.N. O Novo Testamento Interpretado versículo por Versículo. HAGNOS.
MACARTHUR JR, John. O poder do sofrimento. CPAD.
RIBEIRO, Hélio. Bênçãos e frutos do sofrimento.
STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD
VINE, W.E, et al. Dicionário Vine. CPAD.

Por Rede Brasil de Comunicação

VENCENDO O GIGANTE



Objetivo: Refletir sobre as condições para vencer os obstáculos, os problemas e aflições.

Material: ½ folha de papel ofício e caneta para cada aluno.

Procedimento:
- Entreguem ½ folha de papel ofício para cada aluno.
- Solicitem que cada aluno desenhe uma figura humana grande e outra pequena, que representarão um gigante e ele(o aluno) respectivamente.
- Peçam para que o aluno reflita sobre qual o “gigante” que está perturbando sua vida, isto é, aquilo que está causando dor, sofrimento etc.
- Leiam: I Sm 17. 23,24,37,40,41,42,48,49.                                                   
- Solicitem que desenhe 05 pedras ao lado da figura pequena, que representarão as atitudes que ele dever ter para vencer o gigante(o problema, a dificuldade).
Por exemplo: paz, confiança em Deus, oração, jejum, conselho etc.
- Para concluir, leiam Salmo 34.19 e João 16.33.

Por Sulamita Macedo

SOFRER FAZ ALGUM SENTIDO?


Subsídio apologético
 Um Deus que não aboliu o sofrimento – pior ainda, um Deus que aboliu o pecado precisamente pelo sofrimento – é um escândalo para a mente moderna.’ ( Peter Kreeft)
[...] É vital reconhecermos a historicidade da Queda. Se a Queda é meramente um símbolo, enquanto na realidade o pecado é intrínseco à natureza humana, então voltamos ao dilema de Einstein: que Deus criou o mal e está implicado em nossos erros. As Escrituras dão uma resposta genuína para o problema do mal somente porque insiste que Deus criou o mundo originalmente bom – e que o mal entrou num certo ponto da história. E quando isso aconteceu, causou uma mudança cataclísmica, distorcendo e desfigurando a Criação, resultando em morte e destruição. É por esse motivo que o mal é tão odioso, tão repulsivo, tão trágico. Nossa resposta é inteiramente apropriada, e a única razão por que Deus pode realmente nos confortar é que Ele está do nosso lado. Ele não criou o mal, e também, detesta a maneira com que isso desfigurou o trabalho de suas mãos. (COLSON, Charles; PEARCEY, Nancy. E Agora Como Viveremos? 2.ed. Rio de Janeiro:CPAD, 2000, p.258).

QUESTIONÁRIOS DO 2° TRIMESTRE DE 2012

                            (As Sete Cartas do Apocalipse)


 
Lição 13

1. Por que a Jerusalém Celeste é mais sublime que os céus?
R. Ela é mais sublime do que os céus, porque estes são insuficientes para receber a Noiva do Cordeiro. Por isso, Deus formará um novo céu, quando consumar a atual criação.

2. Como o apóstolo Paulo descreve a cidade divina?
R. Desta maneira, o apóstolo Paulo descreve a cidade divina: “Mas a Jerusalém que é de cima é livre, a qual é mãe de todos nós” (Cl 4.26).

3. Quem é o construtor da Nova Jerusalém?
R. Deus, o Todo-Poderoso.

4. Explique, de acordo com a lição, a realidade da Jerusalém Celeste.
R. Ela é real e foi descrita rica e detalhadamente por João no capítulo 21 do Apocalipse.

5. Na Jerusalém Celeste, será possível reconhecer uns aos outros? Explique.
R. Sim, lá conheceremos os patriarcas, profetas e apóstolos. E não deixaremos de reconhecer nossos irmãos, amigos e parentes que morreram na esperança da vida eterna. O rico reconheceu a Lázaro no paraíso (Lc 16.23) e o Senhor transfigurado foi igualmente reconhecido pelos discípulos (Mt 17.1-4).

quinta-feira, 21 de junho de 2012

A NOVA JERUSALÉM

                                                 
                                                    Ap 21.9-18

9. “E veio um dos sete anjos que tinham as sete taças cheias das últimas sete praga, e falou comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei a esposa, a mulher do Cordeiro”.

I. “...a mulher do Cordeiro”. Uma introdução particularmente solene (21.9-10) prepara a verdadeira descrição da Jerusalém celeste. Numa perspectiva literária que se reporta a Oséias (2.19-21), a Isaías (44.6; 54.1 e ss; 61.10), a Ezequiel (capítulo 16), desenvolve-se gradualmente a imagem da nova Jerusalém. Na presente era, a Igreja, como uma virgem, é a noiva de Cristo (2Co 11.2; Ef 5.22); Após o arrebatamento, ela é contemplada como sendo a “esposa, a mulher do Cordeiro” (19.7; 21.9; 22.17). É curioso observar duas expressões significativas do anjo a João; a primeira é descrita no capítulo 17.1 e a segunda no capítulo 21.9: (“Vem, mostrar-te-ei...”). Embora estes versículos e o trecho sejam paralelos em sua forma de expressão, aquilo que é mostrado em segunda é bastante diferente. O primeiro mostra uma “mulher poluída” (Babilônia), o segundo uma “mulher pura” (a Igreja). Notemos o entrelaçamento entre a esposa do Cordeiro e a cidade amada; uma é contemplada como sendo a outra, visto que no reino eterno e na glória infinda, tudo é de Cristo e Cristo de Deus.

10. “E levou-me em espírito a uma grande e alto monte, e mostrou-me a grande cidade, a santa Jerusalém, que de Deus descia do céu”.

I. “...a santa Jerusalém”. Devemos observar que no versículo 2, deste capítulo, essa cidade é chamada de (“nova”), enquanto que agora no presente versículo de (“santa”). A diferença é apenas em relação ao tempo. Tudo sugere uma cidade literal: ouro, ruas, dimensões, pedras. Ela desce do céu, pois é impossível construir uma cidade santa aqui. O versículo 10 desta secção tem uma ação retrospectiva; enquanto que o versículo 2, prospectiva; no versículo 2, João contempla esta nova cidade já na (“eternidade”) como capital do “Novo Céu e da Nova Terra”. Porém, o nome será o mesmo que o Senhor lê deu durante o Milênio: “Jerusalém-Shammah” – isto é, O Senhor está ali (Ez 48.35). A frase no texto e contexto: “...de Deus descia do céu”, significa: desceu para a terra no início do Milênio (v.10); enquanto que no versículo 2, o significado do pensamento deve ser: desceu para a nova terra já na Eternidade. A concebida como algo encobria o monte, mas como algo que descia o local próximo, conforme se ver descrito em Ez 40.2.

11. “E tinha a glória de Deus; e a sua luz era semelhante a uma pedra preciosíssima, como a pedra de jaspe, como o cristal resplandecente”.

I. “..semelhante a uma pedra preciosíssima”. A glória da cidade do senhor, do presente texto, é comparada a uma pedra (“preciosíssima”). Por igual modo, a salvação que os homens recebem de Cristo não tem descrição em palavras, não podendo ser calculado o seu valor. Isso envolve até mesmo a obtenção de “toda a plenitude de Deus”. Isso indica também particularmente, a presença de Deus, e não somente sua manifestação ocasional como acontecia no antigo tabernáculo montado no deserto (Êx 40.34). Essa situação fará a glória divina a “Shekinah”, vir habitar permanentemente com os santos, pois a frase em si: “...o Senhor está ali” (Ez 48.35) no seu equivalente ocorre três vezes aqui (vs. 3, 22; 22.3). No deserto a nuvem especial servia de sombra, aqui, porém, só de luz da cidade, como já ficou demonstrado, compara-se ao ofuscar do jaspe, como cristal resplandecente, isto é, tem uma glória como a do Criador, cuja aparência se diz ser como a de pedra jaspe (4.3).

12. “E tinha um grande e alto muro com doze portas, e nas portas doze anjos, e nomes escritos sobre elas, que são os nomes das doze tribos de Israel”.

I. “...com doze portas”. O número (“12”), com seus cognatos, ocorre mais de 400 vezes na Bíblia e é extremamente importante. Neste livro ocorre cerca de (“20”) vezes, e permeia o governo patriarcal, apostólico e nacional. Temos, assim: “As 12 estrelas (12.1); os 12 anjos (12.12); as 12 tribos (21.12); os 12 fundamentos (21.14); os 12 frutos (22.2); as 12 portas (21.12, 21); as 12 pérolas (21.21); entre os múltiplos de 12 temos: 12.000 estádios (21.16); 12.000 selados (7.5-8); 144.000 é um número formado de 12 vezes 12.000 (14.1); 24 anciãos e 24 tronos (4.4; 11.16), são também especiais”. Todos esses números se relacionam agora com a Jerusalém celestial, na qual se viam 12 portões como sendo 12 pérolas, 3 de cada lado do quadrado (21.21). Em cada portão havia a gravação do nome de uma das 12 tribos de Israel. Em Ez 48.31-34, há uma descrição semelhante da nova Jerusalém durante o Reino Milenial de Cristo.

13. “Da banda do levante tinha três portas, da banda do norte três portas, da banda do sul três portas, da banda do poente três portas”.

I. “...tinha três portas, etc”. Na antiga cidade de Jerusalém terrestre, havia também 12 portas, sendo, por assim dizer, uma cópia da Jerusalém celestial (cf. Hb 8.5 e 9.23); essas portas estavam também nas cardeais; ladeavam toda a cidade de Davi: a porta do gado (Ne 3.1); a porta do peixe (Ne 3.3); a porta velha (Ne 3.6); a porta do vale (Ne 3.13); a porta do monturo (Ne 3.14); a porta da fonte (Ne 3.15); a porta da casa de Eliasibe: sumo-sacerdote (Ne 3.20); a porta das águas (Ne 3.36); a porta dos cavalos (Ne 3.28); a porta oriental (Ne 3.29); a porta de Mifcade (Ne 3.31); a porta de Efraim (Ne 8.16). “Isso pode ser comparado também ao acampamento de Israel, onde havia o arranjo das tribos de acordo com direções dos pontos cardeais: A leste ficava Judá, Issacar e Zebulom; Ao sul, Rúben, Simeão e Gade; A oeste, Efraim, Manassés e Benjamim; E ao norte, Dã, Asser e Naftali. Números capítulo 2.

14. “E o muro da cidade tinha doze fundamentos, e neles os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro”.

I. “...doze apóstolos do Cordeiro”. Devemos observar que, cada vista da cidade se menciona o (“Cordeiro”), e a referência sétupla a ele (21.9, 14, 22, 23, 27; 22.1, 3) indica que embora Cristo entregue o reino ao Pai, não obstante partilha-o com os remidos. Os Apóstolos do cordeiro, mostram nisso sua importância, tanto naquilo que eram como naquilo que faziam. Porém, Cristo Jesus é quem dá por empréstimo o seu valor àqueles, o que significa que eram grandes somente por sua causa. Não obstante, os Apóstolos e profetas são grandes, tal como todos os homens o são, uma vez que sejam transformados segundo a imagem de Cristo, já que participação da sua natureza divina. Na nova Jerusalém o divino se combinará com o humano, da mesma maneira que o número três, multiplicado pelo número do mundo “quatro”, resulta em doze. Assim cumpre-se a frase: “...para o humano se tornar divino, foi necessário que o divino torna-se humano”. Na cidade do Deus vivo, o humano se encontra com o divino absorve o humano, menos a individualidade (2Co 5.4).

15. “E aquele que falava comigo tinha uma cena de ouro, para medir a cidade, e as suas portas, e o seu muro”.

I. “...para medir a cidade”. O texto em foco, mostra-nos um anjo que trazia “...uma cana de medir” para medir a grandeza da cidade do senhor. “Neste ponto, a cidade, ao ser medida, dá a entender a sua total importância e consagração, em todas as suas partes, trazida ao padrão exato das exigências de Deus; outrossim, fica entendido o cuidado de Deus, dali por diante, cada partícula de sua Santa Cidade, para o mal não a atinja”. É a medição que exibe a beleza e as proporções da cidade, a qual agora viverá em paz. O ouro é uma das grandes características dessa cidade; as ruas são de ouro; isso pode representar o rico resplendor da cidade real (cf. 1Rs 10.14-21; Sl 77.15); mas a riqueza daquela cidade será o amor. Essa “medição”, sem dúvida, denota o caráter e ideal da Igreja eterna, o conhecimento e a nomeação divina da mesma (Ez 42.16; Ap 11.1).

16. “E a cidade estava situada em quadrado; e o seu comprimento era tanto como a sua largura. E mediu a cidade com a cana até doze mil estádios: e o seu comprimento, largura e altura eram iguais”.

I. “...doze mil estádios”. Segundo os rabinos, o estádio era uma oitava da milha romana, ou seja, cerca de 185 metros. Portanto, doze mil estádios correspondem mais ou menos a 2.200 quilômetros. Porém, devido à ambigüidade das conforme é observada no grego, os intérpretes diferem imensamente no que se refere ao seu formato tencionado. “Os judeus dizem acerca de Jerusalém que, no porvir, ela será tão grande e ampliada que atingirá os portões de Damasco, sim, até ao trono da glória”. Cremos que realmente a nova Jerusalém terá, sem dúvida, essas dimensões em foco nesta secção, isto é, 12.000 estádios. “Doze mil estádios multiplicados por cento e oitenta e cinco metros, e o resultado elevado à terceira potência dará a medida cúbica da cidade: (“dez bilhões, novecentos e quarenta e um milhão e quarenta e oito mil quilômetros”). A grandeza da cidade assegura lugar para todos!”.

17. “E mediu o seu muro, de cento e quarenta e quatro côvados, conforme à medida de homem, que é a dum anjo”.
I. “...à medida de homem”. Essa expressão (“à medida de homem, que é a dum anjo”) tem deixado alguns teólogos perplexos. Provavelmente isso deriva do fato de que o côvado era uma medida tomada com base na estrutura do corpo humano, o comprimento entre a ponta do dedo médio da mão e a junção do cotovelo. Para ocidentais, o côvado mais conhecido é o francês: 66 centímetros, mas o côvado mencionado na Bíblia é o hebraico: 50 centímetros, aproximadamente. Apesar da cidade ter aproximadamente 555 quilômetros de altura, o seu muro é bastante baixo (cerca de 72 metros) para nós aqui na terra; mas, segundo se diz que, no céu ele é bastante alto. Pois é importante lembrarmos que lá não existe ladrão! Há outras possíveis interpretações sobre a medida do anjo, vista nesta secção. “Supõe-se que esse “côvado” é uma medida angelical, não do mesmo comprimento do côvado humano, sendo antes cerca de 180 centímetros, isto é, da altura de um homem. Mas essa opinião é extremamente improvável”. É evidente que 144 côvados, refere-se a medida estabelecida acima, isto é, cerca de 72 metros.

18. “E a fábrica do seu muro era de jaspe, e a cidade de ouro puro, semelhante a vidro puro”.

I. “...a cidade de ouro”. O livro do Apocalipse traz muitas alusões ao “ouro”. Para o leitor curioso, esta lista é provida: (1.12, 13, 20; 2.4; 3.18; 4.4; 5.8; 8.3; 9.7, 13, 20; 14.14; 15.6, 7; 17.4; 18.12, 16; 21.15, 18, 21). Mas a maioria das referências aludi ai ouro de qualidade celestial. Será um ouro transparente, de qualidade metafísica, o da cidade do Senhor! Presumivelmente de uma qualidade desconhecida na terra. será um “ouro” celeste, de origem divina. “O ouro é emblema da natureza divina (Jó 22.25), difundido por todo o mundo, por causa da fusibilidade desse metal”. Alguns intérpretes instem aqui em um material literal, mas a maioria deles vê o ouro como símbolo de dignidade, valor, pureza e natureza exaltada do caráter da Noiva. Mas essa opinião não se coaduna com a natureza do argumento principal. Seja como for, importantíssimo aparece aqui, e, evidentemente, refere-se mesmo ao “ouro”, mas de natureza celestial. (Da Silva, Severino Pedro. Apocalipse - versículo por versículo. CPAD)

quarta-feira, 20 de junho de 2012

LIÇÃO 13 - A FORMOSA JERUSALÉM

                                   
                                                             Ap 21.9-18   
 

                                                     
INTRODUÇÃO
Nesta última lição do trimestre, estudaremos sobre a Nova Jerusalém, a cidade planejada e arquitetada pelo próprio Deus, onde os salvos habitarão no futuro. O apóstolo João descreveu esta cidade como “…a santa cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido” (Ap 21.2). Muito mais do que uma cidade, a Nova Jerusalém será o lugar onde a tristeza será esquecida; os pecados se desvanecerão; não haverá mais trevas; a temporalidade se transformará em eternidade, pois nela “…não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas” (Ap 21.4).


I - A JERUSALÉM TERRESTRE
A cidade de Jerusalém recebeu no passado diversos outros nomes, tais como: Sião (II Sm 5.7); a cidade de Davi (I Rs 2.10); Santa Cidade (Ne 11.1); A Cidade de Deus (Sl 46.4); A Cidade do Grande Rei (Sl 48.2), dentre outros. Esta cidade tinha um significado especial para o povo de Deus no Antigo Testamento: era a cidade onde Deus revelava sua Palavra ao seu povo (Is 2.3) e o lugar onde o Senhor reinava sobre Israel (Sl 99.1,2; 48.1-3,12-14). Mas, esta cidade também tem a sua importância para a igreja cristã, pois, foi nela que nasceu o cristianismo (At 2.1-47) e dela Cristo reinará sobre o mundo, no futuro (Is 2.3; Mq 4.2). Mas, a esperança do cristão não está voltada para a Jerusalém terrestre, mas, para a Jerusalém celestial, a cidade do Deus Vivo (Fp 3.20; Hb 11.13-16; 12.22).


II - AS CARACTERÍSTICAS DA NOVA JERUSALÉM
Jerusalém vem da palavra grega “Yerushalaim” que quer dizer: habitação de paz. Cidade que o Pai celestial preparou para que os santos vivessem quando da consumação de todas as coisas. A palava NOVO no grego é “Kainos” que significa: algo totalmente novo; maravilhoso; desconhecido totalmente. No livro do Apocalipse são descritas diversas características dessa NOVA cidade. Vejamos algumas:

2.1 A cidade é santa (Ap 21.2,10). A palavra para Santa no grego é “hagios” que é da mesma raiz de “hagnos” que significa fundamentalmente “separado”. Nesta cidade não haverá ódio, violência, maldade nem corrupção, pois nela não entrará pecado, pois há uma separação do santo e do profano, nem coisa alguma que contamine (Ap 21.27). A Bíblia é enfática ao dizer que ficarão de fora os feiticeiros, os que se prostituem, os homicidas , os idólatras e todos os que amam e cometem a mentira (Ap 22.15), mas “somente os que estão inscritos no livro da vida” (Ap 21.27). Esta, sem dúvida, é uma das principais características desta cidade. Desde que o pecado entrou no mundo (Gn 3.1-7) o homem sofre suas consequências. Mas, no futuro, nós estaremos, enfim, livres da presença do pecado, bem como de toda e qualquer tentação.

2.2 Ela tem a glória de Deus (Ap 21.11). A palavra para Glória no grego é “Doxa” que é aplicada para descrever a natureza de Deus em sua auto-manifestação, ou seja, o que Ele essencialmente é e faz (Jo 17.5,24; Ef 1.6,12,14; Hb 1.3; Rm 6.4; Cl 1.11; 1Pe 1.17; 5.1; Ap 21.11). Já a palavra grega “Doxazõ” significa magnificar, engrandecer, atribuir honra, exaltar. (Mt 5.16; 9.8; 15.31; Rm 15.6,9; Gl 1.24; 1Pe 4.16). Glória e esplendor é um termo bíblico muito comum para identificar a presença de Deus (Ex 16.10; Lv 9.23; Nm 14.10; II Cr 7.1,2; Ez 43.4,5); pois esta cidade será o tabernáculo de Deus com os homens (Ap 21.3). O tabernáculo, como sabemos, era a tenda em que permanecia a glória de Deus, e onde, no deserto, o povo se reunia para, através de sacrifícios e sacerdotes, aproximar-se de seu Criador (Ex 25.8). Mas, na Nova Jerusalém, o próprio Deus estará com os homens, ou seja, o que no passado era sombra, nesta cidade será realidade (Hb 8.5).

2.3 A Iluminação da cidade. A sua luz é semelhante a uma pedra preciosa (Ap 21.11). Devemos atentar para o termo “semelhante”. Quando o apóstolo João tentou descrever o brilho da cidade, ele o comparou com uma pedra, mas não uma pedra qualquer, e sim, uma pedra preciosíssima como um cristal resplandecente, ou um diamante. Além disso, esta cidade não necessita do sol, nem da lua, porque a glória de Deus a tem iluminado, e o Cordeiro é a sua lâmpada (Ap 21.23), ou seja, ela não necessita de luz natural ou artificial, pois, o próprio Cristo a ilumina.

2.4 A Arquitetura da cidade. A cidade possui um grande e alto muro com doze portas (Ap 21.12). De acordo com a descrição do apóstolo, a cidade possui doze portas, sendo três de cada lado (Ap 21.13). Na antiga cidade de Jerusalém terrestre, havia também doze portas, sendo, por assim dizer, uma cópia da Jerusalém celestial ( Hb 8.5; 9.23). João diz ainda que em cada portão havia a gravação do nome de uma das doze tribos de Israel (Ap 21.12) e nos fundamentos dos muros estão os nomes dos doze apóstolos (Ap 21.14), o que nos leva a entender que nesta cidade estará a Igreja do Senhor Jesus, que está fundamentada na doutrina dos profetas e apóstolos (Ef 2.20) e que é composta, tanto por judeus como por gentios.

2.5 Sua dimensão (Ap 21.16). A cidade é quadrangular: comprimento, largura e altura iguais, ou seja, doze mil estádios1 de comprimento, de largura e de altura, o que equivale a aproximadamente 2.200 km de comprimento, de largura e de altura. É uma gigantesca cidade que vai de São Paulo a Aracaju, e equivale quase a metade do continente norte-americano. A grandeza dessa cidade assegura lugar para todos!.

2.6 A cidade é de ouro (Ap 21.18). O livro do Apocalipse traz muitas alusões ao ouro (1.12, 13, 20; 2.4; 3.18; 4.4; 5.8; 8.3; 9.7, 13, 20; 14.14; 15.6, 7; 17.4; 18.12, 16; 21.15, 18, 21). Mas, tudo nos leva a crer que o ouro ali descrito refere-se a um material desconhecido aqui na terra, de qualidade infinitamente superior, e que é descrito como ouro apenas para que possamos ter a ideia da beleza, brilho e valor do que está reservado para os salvos no futuro.


III - O PERFEITO E ETERNO ESTADO
A Bíblia descreve não apenas a beleza da Nova Jerusalém, mas, também, como será o estado eterno e perfeito, para os salvos, como veremos a seguir:

3.1 A comunhão será perfeita. Através da fé em Cristo, nós podemos desfrutar de uma comunhão com Deus já no presente século (I Co 1.9; Fp 2.1; I Jo 1.3). Mas, no futuro, esta comunhão será ainda mais perfeita. Como disse o apóstolo Paulo: “Porque, agora, vemos como em espelho, obscuramente; então, veremos face a face” (1 Co 13.12). E, o apóstolo João diz: “Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifestado o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos”. (I Jo 3.2).

3.2 O conhecimento será perfeito. Devido às limitações humanas, todos necessitamos de estudos, pesquisas e de aprendizado. Até mesmo para conhecer “as coisas de Deus”, nós necessitamos, além da Bíblia, de livros e de tratados teológicos. Porém, no futuro, os mistérios de Deus serão revelados. Como disse o apóstolo Paulo: “Mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado. Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido” (I Co 13.10,12).

3.3 O serviço será perfeito. Ao contrário do que muita gente pensa, o céu não é um lugar de ociosidade. Aquele que colocou o homem no primeiro paraíso, e deu-lhe instruções para o lavrar e guardar (Gn 2.15), certamente não deixará o homem sem ter o que fazer no segundo paraíso, pois, de acordo com as Sagradas Escrituras, na eternidade “… e os seus servos o servirão” (Ap 22.3). Se servir a Deus aqui na terra é um grande privilégio (Rm 12.7,8; I Co 3.9; 12.7), como não será servi-lo por toda a eternidade?

3.4 A vida será perfeita. Enquanto estivermos aqui no mundo, todos nós estamos sujeitos ao sofrimento, enfermidades e até mesmo a morte, pois, o fato de sermos cristãos não nos isenta de sofrimento. O próprio Senhor Jesus disse: “No mundo tereis aflições…” (Jo 16.33). Porém, na eternidade, os salvos estarão, enfim, livres de todo e qualquer sofrimento, pois “… não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor…” (Ap 21.4).


CONCLUSÃO
Uma das mais belas descrições do livro do Apocalipse foi a da Nova Jerusalém, uma cidade real, onde o apóstolo João descreve detalhes sobre a sua grandeza, seus muros, seus habitantes e, principalmente a sua glória e esplendor (Ap 21.2-22.5). No entanto, devemos entender sua beleza e perfeição é infinitamente superior a tudo que possamos ver ou pensar. O ouro e as pedras preciosas nela descritas, por exemplo, são apenas para que possamos compreender a sua beleza e perfeição. Apesar de ainda não podermos vê-la, guardamos em nosso coração a certeza de que em breve não só a contemplaremos, mas, também, habitaremos nesta cidade, com o Senhor Jesus, por toda a eternidade.

NOTA
1 Estádio. Era uma oitava da milha romana, ou seja, cerca de 185 metros. Portanto, doze mil estádios correspondem mais ou menos a 2.200 quilômetros.




REFERÊNCIAS
  • STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. C.P.A.D.
  • LADD, George. Apocalipse Introdução e Comentário. Vida Nova.
  • HENDRIKSEN, William. Mais que Vencedores. Editora Cultura Cristã.
  • SILVA, Severino Pedro da. Apocalipse Versículo por Versículo. C.P.A.D.
  • HORTON, Stanley M. Nosso Destino. C.P.A.D.





terça-feira, 19 de junho de 2012

A Cidade é Medida (Ap 21.19,20)


Subsídio Bibliológico


O anjo que falava a João tinha na mão uma 'cana de ouro' para medir a cidade, seus muros e portões. Enquanto o anjo mede a cidade, João o observa. O apóstolo, pois, vê uma cidade literal, não meramente um símbolo espiritual da Igreja.
Tudo na cidade é maravilhoso e magnificente. Seria impossível a qualquer arquiteto humano, engenheiro, ou mestre de obra, edificar uma cidade como esta. O seu arquiteto e construtor é o próprio DEUS (Hb 11.10). Sua simetria, tamanho, perfeição e beleza refletem não somente sua glória, mas seu inigualável amor para conosco.
O tamanho da cidade é algo que vai além de nossa compreensão. Haverá lugar suficiente aos crentes de todos os tempos. O texto diz: 'Doze mil estádios' (o estádio grego equivale a 1.380 milhas - quase dois quilômetros). Sua área total, pois, seria equivalente a metade do Continente Americano.
A cidade é quadrada. O comprimento, a largura e a altura são iguais. A palavra 'quadrada' era usada para indicar as pedras devidamente preparadas às construções e objetos cúbicos. Muitos acham, por isto, que a cidade será um perfeito cubo como o SANTO dos santos, onde DEUS manifestava sua presença no Tabernáculo e, posteriormente, no Templo (1 Rs 6.20). Por interferência, podemos dizer que a cidade será um imenso Santos dos santos" (HORTON, Stanley M. Apocalipse: As coisas que brevemente devem acontecer. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2001, pp.305,06)

QUESTIONÁRIOS DO 2° TRIMESTRE DE 2012

                            (As Sete Cartas do Apocalipse)


 
Lição 12
1. O que é o Juízo Final?
R. É o julgamento que o Senhor Deus conduzirá no final dos tempos, para retribuir a cada um consoante às suas obras (2 Tm 4.1; Ap 20.12).

2. Quais os três personagens que serão julgados antes da instauração do Juízo Final?
R. Besta, Falso Profeta e o Dragão.

3. Segundo a lição, qual será o símbolo do Juízo Final?
R. O Trono Branco.

4. O Juízo Final será coletivo ou individual? Explique.
R. Individualmente. Cada um será tratado individual e personalizadamente. Diz o texto sagrado: “E foram julgados cada um segundo as suas obras” (Ap 20.13).

5. Quais foram os dois grandes castigos que recaíram sobre os filhos de Adão?
R. A experiência física terminal e a penalidade eterna.