sexta-feira, 24 de abril de 2020
terça-feira, 21 de abril de 2020
QUESTIONÁRIOS DO 2° TRIMESTRE DE 2020
TEMPO DE CONQUISTAS –
Fé
e Obediência no Livro de Josué.
Lição 03
Hora da Revisão
A
respeito do tema “Preparativos para a Conquista”,
responda:
1. Segundo
a lição, Deus sempre determina que haja preparação antes das conquistas, mas
mesmo assim ainda acontecem imprevistos. Por quê?
Há fatos imprevisíveis, não controláveis pelos
homens, os quais surgem a fim de que a glória pela vitória seja dada
exclusivamente a Deus.
2. Quantos
espias foram enviados para a cidade de Jericó?
Ele enviou dois espias.
3. Onde
os espias, enviados por Josué, se hospedaram?
Em uma estalagem que ficava no muro da cidade.
4. O
que fez Raabe em favor dos espias?
Ela os escondeu.
5. Para
quem apontava o fio escarlate?
O fio de escarlate, que pendia sobre a janela de
sua casa, no dia da invasão, em que a forte muralha caiu, apontava para a
gloriosa salvação disponível a todos os homens que se arrependessem dos seus
pecados (Jo 3.16).
QUESTIONÁRIOS DO 2° TRIMESTRE DE 2020
A IGREJA ELEITA –
Redimida
pelo Sangue de Cristo
e
Selada com o Espírito Santo
da
Promessa.
Lição 03
Para Refletir
A respeito de “Eleição e Predestinação”, responda:
O que significa eleição?
Eleição
traz a ideia de escolha.
Qual a finalidade específica da eleição?
Segundo o
apóstolo Paulo, a eleição tem a finalidade específica de sermos “santos e
irrepreensíveis diante dEle” (1.4).
Literalmente, o que significa a predestinação?
Predestinação
significa literalmente “determinar antes”.
O que moveu o Pai a nos adotar?
O amor.
Em que consiste a sublimidade dos propósitos
eternos da salvação?
A
sublimidade dos propósitos eternos em prover a salvação consiste no amor de
Deus (Jo 3.16, 1Jo 4.10,19).
sábado, 18 de abril de 2020
LIÇÃO 03 – A ELEIÇÃO E PREDESTINAÇÃO (SUBSÍDIO)
Ef 1.4-12
INTRODUÇÃO
Nesta lição
estudaremos sobre a eleição e a predestinação, duas doutrinas de suma
importância, que diz respeito a soteriologia; veremos o que significam esses
termos à luz das Escrituras; e quais as principais distorções interpretativas
sobre a eleição e predestinação e sua respectiva refutação.
I. O QUE É ELEIÇÃO
1. Definição etimológica e exegética.
O termo eleição
advém do latim: “electionem” que quer dizer: “ato de eleger, escolha”
(ANDRADE, 2000, p. 133). Atrelado a eleição encontramos os termos gregos: “eklektós”,
que significa literalmente: “escolhido, eleito” (formado de ek,
“de”,
e legõ,
“juntar,
escolher”), e é usado para designar: a) Cristo, o escolhido de Deus, como Messias (Lc 23.55), como a
principal pedra de esquina (1Pe 2.4,6); b)
os anjos (1Tm 5.2); e, c) os crentes
(Rm 8.33; Cl 3.12; 2Tm 2.10; Tt 1.1; 1Pe 1.2; 2.9). Como também o termo: “eklegõ”,
“escolher,
selecionar, eleger, escolher para si mesmo”, não implicando
necessariamente a rejeição do que não é escolhido, mas escolher com as ideias
subsidiárias de generosidade, favor ou amor (Jo 6.70; 13.18; 15.16,19; 1Co
1.27,28; At 13.17; 15.7; Ef 1.4; Tg 2.5) (VINE, 2002, pp. 584,608 – acréscimo
nosso).
2. Definição teológica.
De acordo com
Thiessen (2009, p. 246) eleição é: “o ato
soberano de Deus em graça, pelo qual Ele escolheu em Jesus Cristo para a
salvação todos aqueles que de antemão sabia que O aceitariam. Esta é a eleição
em seu aspecto redentor”. Em termos práticos a eleição bíblica diz respeito
a verdade que: “[…] pela presciência divina, Deus soube quem iria crer e perseverar em
Cristo desde a eternidade e elegeu-os conforme a sua vontade e, para
esses eleitos, determinou propósitos específicos” (1Pe 1.2) (BAPTISTA,
2020, p. 34). A eleição é a escolha graciosa feita por Deus daqueles que estão
em Cristo para formarem o Seu povo (Ef 1.4).
II. A ELEIÇÃO À LUZ
DAS ESCRITURAS
1. A eleição é cristocêntrica.
Fora de Cristo
não existe eleição para nenhuma pessoa; do início ao fim a bênção de Deus é
realizada “em Cristo” como vemos o apóstolo declarar: a) nos abençoou em Cristo (Ef 1.3); b) nos
elegeu nEle (Ef 1.4); c) nos
predestinou para filhos por Jesus
Cristo (Ef 1.5); d) nos fez agradáveis a si no Amado (Ef 1.6); e) em quem temos a redenção (Ef 1.7); f) nEle fomos feitos
herança (Ef 1.11). A expressão paulina “em Cristo” aparece 106 vezes
nas suas epístolas. Somadas às suas equivalentes “no Senhor e nEle”, o número é
160 vezes (36 das quais apenas em Efésios) (STAMPS, 1995, p. 1807). Ficando
claro que, estar em Cristo é a condição para fazer parte do povo eleito (Rm
8.1,2910,39; 1Pe 2.9 ). Todos estão entre os não-eleitos até que
estejam nEle (Cristo). Estar em Cristo é estar em união redentora com
Ele; e para estar nEle a condição é: a)
fé (Jo 1.11,12; 3.18; At 16.31; Rm 1.16,17; 5.1; Gl 3.26; 5.6; Ef 2.8; Cl
2.12;); e, b) arrependimento (Mc
1.15; At 2.38; 3.19; 17.30).
2. A eleição é corporativa.
As Escrituras
sempre que tratam da doutrina da eleição, sempre usam o plural: “nos elegeu” (Ef 1.4). Na epístola as
Efésios Paulo refere-se aos eleitos sempre como um conjunto, como: a) um corpo (Ef 1.23; 2.15,16; 3.6;
4.4,12,16,25; 5.23,30); b) uma
família (Ef 2.19; 3.15); e, c) um
edifício (Ef 2.20-22). De modo que o foco não são indivíduos, mas o grupo, a
Igreja, formada por todos aqueles que creram em Cristo e permanecerão até o fim
(Ef 1.22; 3.10; 5.23-25,27,29,32).
3. A eleição é segundo a presciência de Deus.
A eleição ou
escolha de Deus não é arbitrária, de forma que alguns sejam destinados à
salvação e outros à perdição, sem levar em conta a disposição de cada
indivíduo, como Paulo afirma: “[…] os que dantes conheceu,
também os predestinou [...] (Rm 8.29). O detalhe é que estes que Deus
conheceu, do grego: “proginosko” que significa: “ato
de saber de antemão”, conforme a
construção da oração paulina, são: “aqueles que amam a Deus” (Rm 8.28),
ou seja, Deus previu ou pré conheceu aqueles que o amariam e continuariam a
amá-lo até o fim, e os predestinou a serem feitos conforme a imagem de Cristo.
O apóstolo Pedro corrobora esta doutrina asseverando que: “somos eleitos, segundo a
presciência de Deus Pai” (1Pe 1.2). Fica claro que a presciência
vem antes da eleição e da subsequente
predestinação (DANIEL, 2017, p. 431 – acréscimo nosso). Os eleitos são
constituídos, não por decreto absoluto, mas por aceitação das condições do
chamado de Deus (Jo 3.16; Rm 10.13).
III. FALSAS
CONCEPÇÕES A RESPEITO DA ELEIÇÃO
1. Eleição incondicional.
Para os que
defendem este ponto de vista, a escolha divina se dá a um grupo seleto de forma
incondicional, ou seja, que Deus desde a eternidade passada, já determinou para
a salvação, sendo os demais predestinados por Deus à condenação eterna. No
entanto, esta doutrina não é ensinada nas Escrituras (Ez 18.23,32; 33.11; 1Tm
2.3,4; 2Pe 3.9), que mostra claramente que Deus é bom para com todos (Sl
145.9), é inteiramente imparcial (Tg 3.17), não faz acepção de pessoas (At
10.34), e deseja que todos sejam salvos
(1Tm 2.3,4). Podemos então dizer que: todos os homens são igualmente, dignos de
Sua condenação e, igualmente, indignos de Sua graça (HUNT, 2015, p. 354 –
acréscimo nosso).
2. Eleição individual.
A eleição
individual só aparece na Bíblia em relação a “chamados específicos” de pessoas
para serviços diversos (Is 45.1-4). Deus sabendo que determinadas pessoas lhe
seguirão e segundo os propósitos que Ele tem em vista serem realizados, escolhe
alguns indivíduos para exercerem funções de relevância em seu Reino. Entre
outros podemos citar: a) Jeremias
(Jr 1.5); e, b) Paulo (At 9.15).
Essa chamada é um ato soberano de Deus (Sl 105.26; 43.13; Sl 78.70-72), que
escolhe, nomeia, capacita e envia (Mt 9.37,38; 20.1-14; Lc 10.2; Jo 15.16; Ef
4.8-12) a quem Ele quer (Mc 3.13,14). Vale salientar que, esta escolha de Deus,
também está diretamente ligada a livre escolha de quem por ele é chamado.
IV. O QUE É
PREDESTINAÇÃO
1. Definição etimológica e exegética.
O vocábulo “predestinação”
vem do grego: “prooridzo”, que significa: “assinalar diante mão”. A
preposição grega: “pró” trás a ideia de: “uma atividade feita de antemão”, já
a expressão: “oridzo” quer dizer: “dividir com fronteira, definir”
(SILVA, 1989, pp. 11,12 – acréscimo nosso). De modo que predestinação
significa: “destinar com antecipação”. À luz do Novo Testamento, o termo
equivalente a predestinação ocorre seis vezes, traduzido por: a) ordenou antes (1Co 2.7); b) anteriormente determinado (At 4.28);
e, c) destinar (Rm 8.28,30; Ef
1.5,11). Com o passar do tempo, o vocábulo predestinação tornou-se sinônimo de
“decreto
divino” e com este sentido, passou a indicar um conjunto de palavras e
expressões com os seguintes resultados: a)
determinado conselho (At 2.23); b)
beneplácito (Ef 1.9); e, c)
propósito da Sua vontade (Ef 1.11) (SILVA, 1989, pp. 11,12 – acréscimo nosso).
2. Definição teológica.
Do ponto de
vista teológico predestinação diz respeito a: “propósito determinado por Deus
desde a eternidade para os que estão em Cristo”. Desse modo, é bom que
se destaque que embora estejam intimamente relacionadas, eleição e
predestinação não são uma e mesma coisa. Eleição significa escolha, enquanto
predestinação tem a ver com o fim dado aos escolhidos. Eleição é o ato pelo
qual Deus escolhe homens para si mesmo; predestinação é o ato determinativo de
Deus quanto ao destino dos que Ele escolheu. Predestinação, na Bíblia, não tem
a ver com escolha, mas com o destino dado àqueles que já foram escolhidos
(DANIEL, 2017, pp. 424,425 – grifo nosso).
3. O objetivo da predestinação.
Podemos afirmar
à luz dos ensinos do apóstolo Paulo, que três são os objetivos da predestinação
bíblica em relação aos salvos em Cristo: a)
serem filhos de adoção (Ef 1.5); b)
serem coerdeiros com Cristo (Ef 1.11); e, c)
serem conforme a imagem de Cristo (Rm 8.29). Predestinação à luz da Bíblia, não
tem por objeto a fé (não define se alguém vai crer ou não) […] trata-se da
definição divina daquilo em que aqueles que estão em Cristo se tornarão ao
final (DANIEL, 2017, p. 424).
V. FALSAS
CONCEPÇÕES A RESPEITO DA PREDESTINAÇÃO
A problemática a
respeito da predestinação não é se ela existe ou não, como alguns
pretensiosamente querem fazer pensar, pois a Bíblia deixa muito claro que a
predestinação é uma doutrina bíblica (Rm 8.29,30; Ef 1.5,11), de modo que o
ponto a ser considerado é como ocorre essa predestinação (OLIVEIRA, 2016, p. 17–
acréscimo nosso). Vejamos, portanto, algumas falsas concepções a respeito:
1. Dupla predestinação.
A predestinação
dentro desta falsa perspectiva seria: “o decreto eterno de Deus, pelo qual […]
alguns são predestinados à vida eterna, e outros à condenação eterna […]”,
segundo esta afirmativa, implica que: “aqueles,
portanto, a quem Deus ignora, Ele reprova, e por nenhuma outra causa, senão
porque Ele tem prazer de os excluir da herança que Ele predestina para seus
Filhos [...]”. Tal doutrina deve ser rejeitada, visto que isso é no
mínimo uma calúnia contra o caráter de Deus, dizer que rejeitar pessoas O
agrada! (HUNT, 2015, pp. 390,391 – acréscimo nosso), como também contraria
frontalmente as Escrituras (1Tm 2.4; ver
Jo 3.16,17; 6.37). A Bíblia não fala em lugar algum sobre predestinação
dupla. Ela só fala de predestinação em um sentido: em relação aos salvos em
Cristo, ou seja, o propósito determinado por Deus desde a eternidade para seu
povo (Ef 1.5,11; Rm 8.29) (DANIEL, 2017, pp. 423,424).
2. Predestinação fatalista.
Fatalismo é uma
crença distorcida da doutrina da predestinação, uma vez que ela atribui as
ações e escolhas do homem ao “determinismo” de Deus. De modo que,
se Deus não o eleger e predestinar incondicionalmente, embora querendo ser
salvo não o poderá ser, pois lhe é negado essa graça. Vieram ao mundo, recebem
benefícios naturais, ouvem o evangelho, mas não poderão ser salvos, uma vez que
Deus decretou de antemão, a perdição deles. Tal ensino não tem base nas
Escrituras, uma vez que a predestinação bíblica não é uma
manipulação divina das escolhas do homem, isso o faria um fantoche, sem
capacidade de escolha e de vontade, o que não se harmoniza com várias passagens
bíblicas. A Bíblia deixa claro que nós podemos agir livremente, ao invés de
sermos robôs programados apenas para seguir comandos pré-determinados (Gn
4.6,7; Js 25.15; Dt 28.1,15; 30.19; Jr 4.1,2; Sl 119.30; 1Pe 2.16; 5.2; Fm
v.14; Gl 5.13).
CONCLUSÃO
A eleição e
predestinação é um tema fundamental para a compreensão da doutrina da salvação,
que percorre as Escrituras Sagradas do começo ao fim. Um Deus soberano que a
todos concede o favor da salvação.
REFERÊNCIAS
Ø ANDRADE,
Claudionor de. Dicionário Teológico. CPAD.
Ø BAPTISTA,
Douglas. A Igreja Eleita: Redimida pelo Sangue de Cristo e Selada com o
Espírito Santo da Promessa. CPAD.
Ø DANIEL, Silas. Arminianismo
e a Mecânica da Salvação: Uma exposição Histórica, Doutrinária e
Exegética Sobre a Graça de Deus e a Responsabilidade Humana. CPAD.
Ø HUNT, Dave. Que amor é este? A falsa representação
de Deus no Calvinismo. REFLEXÃO.
Ø OLIVEIRA,
Ebenezer. A Doutrina da Predestinação em Calvino e o Caráter Moral de Deus.
EDITORA BEREIA.
Ø SILVA, Severino
Pedro da. A Doutrina da Predestinação. CPAD.
Ø STAMPS, Donald C.
Bíblia
de Estudo Pentecostal. CPAD.
Ø THIESSEN,
Clarence Henry. Palestras em Teologia Sistemática. IBR.
Por Rede
Brasil de Comunicação.
quinta-feira, 16 de abril de 2020
QUESTIONÁRIOS DO 2° TRIMESTRE DE 2020
TEMPO DE CONQUISTAS –
Fé
e Obediência no Livro de Josué.
Lição 02
Hora da Revisão
A
respeito do tema “O Chamado de um Líder”,
responda:
1. Segundo
a lição, a abordagem inicial de Deus a Josué tratou de qual assunto?
A morte de Moisés.
2. Segundo
a lição, no tópico “não despreze ninguém” qual o exemplo bíblico utilizado para
representar esse princípio?
A sarça (um arbusto sem muitas qualidades aparentes
para os homens) que Moisés viu, no deserto do Sinai, a qual queimava, mas não
se consumia, representa bem essa circunstância.
3. Segundo
a lição, quando Deus falava para Josué se esforçar, Ele estava transmitindo
qual ideia, em outras palavras?
“Dê o seu máximo”!
4. Cite
duas promessas feitas por Deus a Josué.
Prosperidade e derrota dos inimigos.
5. Segundo
a lição, por que o chamado de Josué está logo no início do livro?
O livro de Josué começa com a determinação para que
ele assumisse a liderança, haja vista esse ser o ponto de partida de qualquer
empreitada.
QUESTIONÁRIOS DO 2° TRIMESTRE DE 2020
A IGREJA ELEITA –
Redimida
pelo Sangue de Cristo
e
Selada com o Espírito Santo
da
Promessa.
Lição 02
Para Refletir
A respeito de “A Sublimidade das Bênçãos Espirituais
em Cristo”, responda:
Qual é a característica de Efésios 1.3-14?
O
apóstolo Paulo apresenta uma sequência de texto que se caracteriza pela
verdadeira adoração e bondade ativa de Deus (1.3-14).
De onde provêm as bênçãos espirituais?
Obviamente
que as bênçãos espirituais não são materiais, mas provenientes dos “lugares celestiais”,
isto é, do reino espiritual.
O que a frase “descobrindo-nos o mistério da sua
vontade” (1.9) sinaliza?
A frase
“descobrindo-nos o mistério da sua vontade” (1.9) sinaliza a revelação da
verdade que estava oculta aos santos de Deus (Cl 1.26).
O que a expressão “também vós” indica?
Paulo
muda do pronome “nós” (ele e os judeus) para o “também vós” (os gentios),
indicando que em Cristo os crentes de ambos os povos são herdeiros da promessa
(1.11-13).
Nos tempos bíblicos como era usado o selo?
Nos
tempos bíblicos, o selo era usado como sinal de propriedade e posse pessoal.
sábado, 11 de abril de 2020
LIÇÃO 02 – A SUBLIMIDADE DAS BÊNÇÃOS ESPIRITUAIS EM CRISTO (SUBSÍDIO)
Ef 1.3,4,9-14
INTRODUÇÃO
Nesta lição,
veremos a definição da palavra “bênção”; pontuaremos as bênçãos de Deus
ministradas por meio da santíssima Trindade destacando cada uma das pessoas;
mostraremos que Deus planejou de antemão conceder bênçãos espirituais aos seus
servos e que essas bênçãos revelam a grandeza, a excelência e a perfeição do
projeto divino.
I. DEFINIÇÃO DA
PALAVRA BÊNÇÃO
A palavra “benção”
segundo o dicionarista Houaiss significa: “graça concedida por Deus” (2001, p.
432). Teologicamente benção significa: “todo e qualquer bem dispensado por Deus ao
homem” (ANDRADE, 2006, p. 81 – acréscimo nosso). A palavra grega é “eulogia”
que significa: “benefício, graça divina”. No capítulo 1 de Efésios Paulo
destacou a fonte das bênçãos: “Deus pai”; a natureza das bênçãos: “bênçãos
espirituais”; e, por fim, a esfera das bênçãos: “nos lugares celestiais”.
Matthew Henry (2008, p. 578) alerta que: “deveríamos aprender a reconhecer as
coisas espirituais e celestiais como as coisas principais, as bênçãos
espirituais e celestiais como as melhores bênçãos”.
II. AS BÊNÇÃOS DE
DEUS MINISTRADAS POR MEIO DA SANTÍSSIMA TRINDADE
O crente é
apresentado como o recipiente de toda sorte de bênção espiritual (Ef 1.3). O
Pai decidiu redimir as pessoas para si próprio (Ef 1.3-6); o Filho, pelo preço
de sua morte sacrificial, também é o Redentor, e aquEle através do qual a
Igreja é a escolhida (Ef 1.7-12), e o Espírito Santo aplica a presença viva e a
obra de Cristo à Igreja e à experiência humana (Ef 1.13-14) (ARRINGTON, 2003,
p. 1197). Todas as três Pessoas da Santíssima Trindade participam desta
provisão de bênçãos espirituais. Notemos:
1. O Pai, a fonte das bênçãos.
Paulo iniciou a
epístola aos Efésios reconhecendo e louvando o Pai como a fonte de todas as
bênçãos: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou
[...]” (Ef 1.3). Bendito é, em grego, “eulogetos”, que é palavra
composta de “eu”, que significa “bem”, e “logetos”, que significa “falar”.
Literalmente, o grego transmite a ideia de “falar bem” ou “elogiar”
(BEACON, 2006, p. 119). O apóstolo bendiz ao Pai porque Ele nos bendisse: “o
qual nos abençoou” (Ef 1.3b); e, isto Ele fez “para louvor e glória da sua graça”
(Ef 1.6). Tiago nos diz que: “toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem
do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de
variação” (Tg 1.17).
2. O Filho Jesus, o agente e a condição das bênçãos.
As bênçãos
decorrentes da salvação são condicionais, ou seja, elas são pertencentes àqueles
que estão em Cristo: “Bendito o Deus e Pai [...] o qual nos
abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo”
(Ef 1.3). A expressão “em Cristo” aparece aproximadamente
30 vezes na epístola inteira, e as expressões relacionadas — “nele”,
“em
quem”
e “no
qual” — ocorrem 11 vezes (Ef 1.1,3,4,5,6,7,9,10,12 e 13). Esses dois
vocábulos “em Cristo” aparecem 164 vezes nas epístolas paulinas. Isso
significa que é exclusivamente em conexão com Cristo que somos abençoados com
todas as bênçãos espirituais. Em termos gerais, revela que nenhuma dessas
maravilhosas dádivas seria possível sem Cristo (BAPTISTA, 2020, p. 25).
3. O Espírito, o aplicador das bênçãos.
O Pai a planejou
a salvação, o Filho a providenciou e o Espírito Santo a aplicou. É a terceira
pessoa da Trindade quem nos leva a nos apropriarmos dessas bênçãos, sendo o
selo, a garantia de que somos sua propriedade (Ef 1.13); e, o penhor da nossa
herança (Ef 1.14).
III. AS BÊNÇÃOS QUE
OBTIVEMOS DO PAI
1. Ele nos elegeu (Ef 1.3,4).
A primeira coisa
que Paulo destacou como bênção, é que o Pai nos elegeu (Ef 1.3). A expressão
grega que aparece é “eklegomai” que significa: “selecionar,
escolher, escolher para si mesmo”. É bom dizer que essa escolha foi
baseada na presciência divina, atributo que lhe dá condições de antever as
coisas antes que aconteçam. Deus viu aqueles que, mediante a pregação
evangélica, receberiam a Cristo como Salvador e a estes Ele elegeu: “Eleitos
segundo a presciência de Deus [...]” (1 Pe 1.2). Confira ainda: (Rm
8.29). Certo teólogo disse: “a eleição ou escolha de Deus não é arbitrária, de
forma que alguns sejam destinados à salvação e outros à perdição, sem levar em
conta a disposição de cada indivíduo. O âmbito da salvação é a todos os homens,
como a Bíblia copiosamente declara (Jo 3.16; Rm 10.13). Os eleitos são
constituídos, não por decreto absoluto, mas por aceitação das condições do
chamado de Deus, as quais são arrependimento (Mt 4.17; 9.13; Lc 24.47; At 2.38;
3.19; 8.22) e da fé (Mc 16.16; Rm 10.9; Ef 2.8)” (BEACON, 2006, p. 121 – acréscimo
nosso). É bom destacar também que o apóstolo deixou claro que esta eleição foi:
a) coletiva, não individual: “nos
elegeu”; b) condicional: “nos
elegeu nele” (em Cristo); e, c) proposital: “para que fôssemos santos e irrepreensíveis
diante dele em caridade” (Ef 1.4b).
2. Ele nos adotou (Ef 1.5).
Em Efésios 1.4,5
está escrito que fomos predestinados por Deus para adoção de filhos “e nos
predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo […]”. A palavra
grega traduzida para “adoção” é “huiothesia” é uma palavra
composta formada de “huios” que significa: “filho”,
e “thesis”
que por sua vez é “posição ou colocar” (Rm 8.15,23; 9.4, Gl 4.5; Ef 1.5).
Portanto, seu sentido primário é: “colocar como filho”, “dar a
alguém a posição de filho”. Os principais textos que tratam dos crentes
como filhos de Deus são (Ef 1.5; Gl 4.4,5; Rm 8.15-17; Jo 1.12; 2 Co 6. 18; Rm
8.15; 23; Gl 4.6; Hb 12.6; Hb 6.12; 1Pe 1.3,4; Hb 1.14). Como consequência
dessa filiação, o crente passa a ter todos os direitos e privilégios de filho:
“E,
se nós somos filhos, somos, logo, herdeiros também, herdeiros de Deus e
coerdeiros de Cristo […]” (Rm 8.17). O status de filhos traz-nos alguns
privilégios, a saber: a) tratar a
Deus como Pai nas nossas orações e de receber o perdão de nossos pecados (Mt
6.9); b) ter o testemunho do
Espírito acerca da nossa salvação, o qual clama “Aba, Pai”, dando-nos o
testemunho de que somos filhos de Deus (Rm 8.15,16); c) sermos amados por ele, enquanto ignorados pelo mundo (1Jo 3.1); d) ter o privilégio de sermos guiados pelo
Espírito Santo (Rm 8.14), e) gozamos
do cuidado do Pai (Mt 6.32) e da liberdade de lhe pedir o suprimento das nossas
necessidades (Mt 7.11); f) podemos
lhe pedir o Espírito Santo (Lc 11.13) e gozarmos do direito a ter uma herança
nos céus (G1 4.7; 1Pd 1.4).
3. Ele nos fez agradáveis (Ef 1.6).
O pecado nos
tornou inimigos de Deus (Rm 5.10), pois estávamos fazendo o que agradava a
nossa carne e desagradava a Deus, sendo assim por natureza filhos da ira (Ef
2.3). No entanto, ao recebermos Cristo, como nosso Salvador, Ele nos tornou
agradáveis a Deus, por Sua graça maravilhosa: “Para louvor da glória de sua
graça, pela qual nos fez agradáveis a si no Amado” (Ef 1.6).
IV. AS BÊNÇÃOS QUE
OBTIVEMOS DO FILHO
Ainda no
capítulo primeiro da epístola aos Efésios, Paulo elencou as bênçãos que
recebemos por meio do Filho de Deus, Jesus Cristo. Vejamos:
1. Ele nos redimiu (Ef 1.7a).
Paulo diz que
Jesus nos redimiu (Ef 1.7-a). Aqui, a palavra-chave é redenção no grego “apolytrosis”.
E o substantivo do verbo “apolytroo”, que no grego clássico
significa “libertar por meio de resgate”. Era termo usado para falar de “comprar
de volta um escravo ou cativo, libertá-lo mediante o pagamento de um resgate”
(BEACON, p. 124). Paulo diz que Cristo nos resgatou com o preço de sangue (Ef
1.7). Outras passagens paulinas também enfatizam a questão do custo (1 Co 6.20;
7.23; 1Tm 2.6), coisa que o próprio Jesus afirmou (Mt 20.28). Os fariseus
fizeram a observação de que nenhum homem pode perdoar pecados a não ser Deus
(Mc 2.7). O fato do Senhor Jesus Cristo perdoar é evidência de que é Deus (Mc
2.10).
2. Ele nos congregou (Ef 1.10).
Paulo afirmou
que Cristo veio “congregar” em si todas as coisas (Ef 1.10). A palavra grega “anakephalaiõsasthai”
que significa: “fazer convergir”, e era usada no sentido de juntar várias
coisas e apresentálas como sendo uma só (FOULKES, 2011, p. 45). Devido ao
pecado, vieram ao mundo desordem e desintegração intermináveis; mas ao final,
todas as coisas serão restauradas à sua função original e à sua unidade pelo
fato de terem sido trazidas à obediência a Cristo (Cl 1.20). A expressão “todas
as coisas” inclui “tanto as que estão nos céus como as que
estão na terra” (Cl 1.16-19) e devem ser reunidas em Cristo.
V. AS BÊNÇÃOS QUE
OBTIVEMOS DO ESPÍRITO SANTO
Nessa última
estrofe da doxologia de Efésios, o Espírito Santo pelo menos recebe duas
designações: “um selo e uma garantia” (Ef 1.13,14). Notemos:
1. O Espírito Santo como um selo (Ef 1.13).
Os que recebem o
Espírito Santo são identificados por Deus como pertencentes a Cristo. Esses
crentes são “selados” como propriedade particular de Cristo no momento da
conversão (Ef 1.13; 4.30). Acerca do selo, convém afirmar que:
a) O
selo fala de um direito de posse. Deus nos selou com o seu Espírito porque
agora somos seus (1 Co 6.19).
b) O
selo fala de segurança e proteção. O selo romano sobre a tumba de Jesus era
a garantia de que ele não seria violado (Mt 27.62-66). Assim o crente pertence
a Deus (1 Co 6.19).
c) O
selo fala de autenticidade. Fomos selados com o Espírito Santo (Ef 4.30),
como propriedade de Deus (Rm 8.9).
2. O Espírito é o penhor (Ef 1.14).
O penhor era o
primeiro pagamento efetuado na aquisição de uma propriedade. Paulo usou em suas
epístolas a linguagem de que o Espírito Santo nos foi dado como penhor (2 Co
1.22; 5.5; Ef 1.14), deixando claro que o Senhor deu-nos o Espírito Santo, como
garantia de que somos sua propriedade exclusiva.
CONCLUSÃO
Vimos nesta
lição que Deus planejou de antemão conceder bênçãos espirituais aos seus
servos. Essas bênçãos revelam a grandeza, a excelência e a perfeição do projeto
divino. O plano de salvação arquitetado pelo nosso Criador é algo
incomensurável. Em Cristo, Ele estava reconciliando o mundo consigo mesmo. Essa
é uma doutrina gloriosa que revela o imenso amor de Deus. Em Cristo, fomos
eleitos para desfrutar desse maravilhoso plano.
REFERÊNCIAS
Ø ANDRADE, Claudionor de. Dicionário
Teológico. CPAD.
Ø GILBERTO, Antônio, et al. Teologia
Sistemática Pentecostal. CPAD.
Ø HOUAISS, Antônio. Dicionário
da Língua Portuguesa. OBJETIVA.
Ø STAMPS, Donald C. Bíblia
de Estudo Pentecostal. CPAD.
Por Rede
Brasil de Comunicação.
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