sexta-feira, 16 de novembro de 2012

LIVRO DO PROFETA MIQUÉIAS

Pouse se conhece sobre Miquéias, cujas mensagens foram dirigidas a Israel e Judá. Não obstante, o que importa é sua mensagem em sua época e em nossos dias. O profeta nos mostra um Deus comprometido com o julgamento do pecado e com as obrigações decorrentes de Seu pacto. Deus punirá a sociedade pecaminosa, mas dos remanescentes purificados, ele construirá um reino perene, construído em justiça e completamente submisso ao Senhor. 


Autoria: Miquéias  (1.1)                                                                          

Data: 740 a.C.
 
Tema: Juízo e Salvação Messiânica. 
 

Contexto Histórico:
 
O profeta Miquéias era originário da pequena cidade de Moresete-Gate (1.14) no sul de Judá, área agrícola a 32 km ao sudoeste de Jerusalém. À semelhança de Amós, era homem do campo, e provinha com certeza de família humilde. Se Isaías, seu contemporâneo em Jerusalém, assistia ao rei e observava o cenário internacional, Miquéias, um profeta do campo, condenava os governantes corruptos, os falsos profetas, os sacerdotes ímpios, os mercadores desonestos e os juízes venais, que havia em Judá. Pregava contra a injustiça, a opressão aos camponeses e aldeões, a cobiça, a avareza, a imoralidade e a idolatria. E advertiu sobre as severas consequências de o povo e os líderes persistirem em seus maus caminhos. Predisse a queda de Israel e de sua capital, Samaria (1.6,7), bem como a de Judá, e de sua capital, Jerusalém (1.9-16; 3.9-12). O ministério de Miquéias foi exercido durante os reinados de três reis de Judá: Jotão (751-736 a.C.), Acaz (736-716 a.C.) e Ezequias (715-686 a.C.). Algumas de suas profecias foram proferidas no tempo de Ezequias (cf. Jr 26.18), porém a maioria delas reflete a condição de Judá durante os reinados de Jotão e de Acaz, antes das reformas promovidas por Ezequias. Não há dúvida de que o seu ministério, juntamente com o de Isaías, ajudou a promover o avivamento e as reformas dirigidas pelo justo rei Ezequias. 
 

Mensagem:
O nome de Miquéias significa “Quem é semelhante a Jeová”. A mensagem de Miquéias era de denúncia dos pecados sociais praticados nos seus dias. Ele viu o modo injusto de os ricos tratarem os pobres. Os pecados deles clamavam aos céus. Nenhuma classe estava livre de influências corruptas: os príncipes, os sacerdotes e o povo indistintamente estavam afetados. Todos sofreram a sua reprovação. Miquéias queria que o povo soubesse que todo ato de crueldade para com o semelhante era um insulto a Deus. Apesar da situação, o povo procurava manter as observâncias religiosas. Miquéias mostra a inutilidade de tudo isso. O Reino do Norte (Israel) foi levado para o cativeiro durante o tempo de Miquéias. Judá foi poupada por cento e cinquenta anos, porque ouviu as mensagens dos profetas. O profeta sabia que os pecados nacionais levariam ao desastre nacional. A mensagem de Miquéias consistia, então, em procurar alertar o povo de Deus a desistir da corrupção moral e espiritual; e a voltar ao Supremo Pastor, antes que a mão de disciplina os ferisse.
 

Conteúdo:
Belém de Judá
 
O Livro de Miquéias é uma profecia acerca do Senhor, que não tem concorrentes no perdão dos pecados e na compaixão pelos pecadores. Sua fidelidade compassiva mantém um concerto com Abraão e seus descendentes. A “excelência do nome do Senhor” (5.4) está caracterizada, bem como a face do Senhor (3.4), seu louvor (2.9), seus caminhos (4.2), seus pensamentos (4.12), sua força (5.4), suas justiças (6.5; 7.9) e sua consequente ira (7.9) e furor (5.15; 7.18) contra todas as formas de rebelião moral. Na visão de abertura, o Senhor vem desde o templo da sua santidade, para ser testemunha contra o povo (1.2). O fator mais notável no manejo do Senhor da sua causa é quão fundo ele foi para apresentar sua contenda (6.2), até mesmo desejando sentar-se à mesa do réu e deixando seu povo levar qualquer queixa quanto ao modo que o Senhor Deus o tenha tratado (6.3). Além disso, aquele que verdadeiramente se arrepende terá o Senhor como seu advogado de defesa (7.9). Enquanto a Babilônia ainda não era um poder mundial que podia permanecer independente da Assíria, o cativeiro babilônico (mais de um século depois) foi claramente predito como o julgamento de Deus contra a rebelião feita contra ele (1.16; 2.3,10; 4.10; 7.13). Mas, assim como Isaías, contemporâneo de Miquéias, a esperança foi estendida pra um restante a ser restaurado, que seja desse cativeiro ou de um povo espiritualmente restaurado (a igreja) nos dias do Messias (2.12-13; 4.6-7; 5.3,7-8; 7.18). O Senhor libertaria o restante (2.12-13; 4.3-8,10; 5.9; 7.7). Miquéias tinha de censurar a liderança da nação por destruir o rebanho que lhes foi confiado. Entretanto, a grande compaixão de Deus colore cada uma das suas atitudes e ações em relação ao seu povo, representando-o como uma filha extraviada (1.13; 4.8,10,13), pois sua compaixão, que, uma vez, redimiu a Israel do Egito 96.4), irá também redimir Judá da babilônia (4.10). Sua fidelidade compassiva a Abraão e aos pais (7.20) é atualizada a cada nova geração. Essa mensagem está focalizada num única pergunta central para toda a profecia: “Quem, ó Deus, é semelhante a ti, que perdoas a iniquidade e que esqueces da rebelião do restante da tua herança?” (7.18). A compaixão de Deus (7.18-19) é um atributo precioso a que nenhuma deidade pode se igualar. A compaixão e a fidelidade do concerto são exclusivos a Deus. A esperança do povo de viver sob a completa bênção de Deus estava ligada à vinda de Messias. Deus, em seu amor, prevendo as glórias da sua graça a ser manifesta em Jesus, manteve-se proclamando aquele Dia e reino futuros como o acontecimento no qual o fiel devia por sua esperança.


Propósito
Miquéias escreveu a fim de advertir a sua nação a respeito da certeza do juízo divino, para especificar os pecados que provocavam a ira de Deus, e para resumir a palavra profética dirigida a Samaria e a Jerusalém (1.1). Predisse, com exatidão, a queda de Israel; profetizou que destruição semelhante seria sofrida por Judá e Jerusalém em consequência de seus pecados e flagrante rebeldia. Este livro, portanto, preserva a grave mensagem de Miquéias às últimas gerações de Judá antes de os babilônios invadirem a nação. Além disso, faz uma contribuição importante à revelação total do Messias vindouro.
 

Esboços:
 

Teológico de Jonas

I. JUÍZO DE DEUS, caps.1-2
II. PURIFICAÇÃO, caps.3-5
III. VITÓRIA, caps.6-7 

Geral de Jonas

I. Juízo e restauração (1.1-2.13)
A. Aproximação do juízo (1.1-7)
B. Advertências de Miquéias (1.8-16)
C. Acusação dos opressores (2.1-5)
D. Profetas verdadeiros versus falsos profetas (2.6-11)
E. Promessa de esperança (2.12,13) 

II. Acusação dos dirigentes de Israel (3.1-5.15)
A. chefes indiciados (3.1-4)
B. Líderes religiosos indiciados (3.5-8)
C. Impacto decorrente dos dirigentes corruptos (3.9-12)
D. Sião será exaltada (4.1-8)
E. Sião será fortalecida (4.9-13)
F. O rei de Sião virá de Belém (5.1-4)
G. Sião conhecerá a paz (5.5,6)
H. Sião será vindicada (5.7-9)
I. Sião será purificada (5.10-15) 

III. Triunfo do reino de Deus (6.1-7.20)
A. Corrupção do reino atual (6.1-8)
B. Julgamento do reino atual (6.9-16)
C. Lamento do profeta (7.1-6)
D. A atitude do homem piedoso (7.7-10)
E. O triunfo definitivo do reino de Deus está assegurado (7.11-20)
 
 

Referências:
Ø  BOYER, Orlando. Pequena Enciclopédia Bíblica. CPAD.
Ø  RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia. CPAD.
Ø  GILBERTO, Antônio. A Bíblia Através dos séculos. CPAD.

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