Subsídio Teológico

Em Miqueias 5.2, a atenção é dada à insignificância relativa de Belém
entre os clãs de Judá. Ironicamente, o rei escolhido do Senhor surgiria desta
pequena cidade. Este padrão de Deus elevar o pequeno e insignificante ocorre em
outros textos do Antigo Testamento (Gn 25.23; 48.14; Jz 6.15; 1 Sm 9.21).
Este rei, que surge de tais origens humildes, protegerá o povo como um
pastor (o mesmo foi dito acerca de Davi; 2 Sm 5.2; Sl 78.71,72). Reinando pelo
poder do Senhor, a sua fama alcançará proporções universais (Mq 5.4). Ele e o
vice-regente evitarão que o mais poderoso dos inimigos de Israel (simbolizado
aqui pela Assíria, o inimigo tradicional de Israel) invada a terra (Mq
5.5,6).
Junto com a restauração do rei davídico, Miqueias também profetizou uma
reversão na sorte de Jerusalém. Miqueias advertiu que esta cidade, escolhida
por Davi como capital e local do templo do Senhor, seria sujeita ao sítio (Mq
5.1) e reduzida a entulhos (Mq 3.12). Ele personificou a cidade em sua
humilhação como uma mulher em trabalho de parto, estorcendo-se em agonia para
dar à luz (Mq 4.9,10). Da perspectiva do exílio, Jerusalém personificada
reconhece a justiça do castigo de Deus e prevê o dia da justificação e
restauração (Mq 7.8-12). Utilizando a imagem de Miqueias 4.9,10, o profeta
comparou a volta do povo exilado em Sião a dar à luz (Mq 5.3). No futuro, o
Senhor livraria Jerusalém dos que a atacavam (Mq 4.11-13). (ZUCK, Roy B). Teologia do Antigo Testamento. 1.ed.
Rio de Janeiro: CPAD. 2009, p.444).
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