Gn 2.18-24
Neste
segundo trimestre de 2013 estudaremos sobre A Familia Crista no Seculo
XXI: Protegendo seuLar dos Ataques do Inimigo. O momento é mais do que
oportuno para estudar este tema tão relevante, tendo em vista que o Diabo, o
principal inimigo de Deus e da família, tem investido diuturnamente contra esta
instituição divina. Nesta primeira lição, que tem por título: Família, Criação
de Deus, estudaremos o que é família; sua importância para os cônjuges,
filhos, Igreja e sociedade; a família, antes e depois da Queda; o propósito de
Deus para a família; e os mandamentos divinos para cada membro da família.
I -
DEFINIÇÕES E IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA
Existem
dois termos hebraicos para a família: o primeiro é bayit,
que designa tanto uma “residência”, “templo”, “lar”,
a “parte interior de uma casa”, “casa”, quanto também o conceito de “família”
ou “os moradores de uma mesma casa” (Êx 12.7; Lv 25.29; Dt 11.20); o segundo é mishp?ha,
que significa literalmente “família”, “parentes” ou “clã”.
Neste caso, a ênfase está nos laços sanguíneos que existem entre as pessoas de
um mesmo círculo (Nm 11.10). No grego, o termo é oikos e
significa “habitação”, “casa” (I Tm 5.4).
O Aurélio
define como “pessoas aparentadas que vivem geralmente na mesma casa,
particularmente, o pai, a mãe e filhos”. Biblicamente, podemos dizer
que família é o sistema social básico, instituído por Deus no Éden, para a constituição
da sociedade e perpetuação da raça humana (Gn 2.18-24). Sem dúvida, a família
faz parte do projeto divino visando a felicidade dos seres humanos (Sl 128). Já
o termo lar, do latim lare é o ambiente onde vive a família. É no
lar que marido, mulher, pais e filhos, encontram o ambiente adequado para
amadurecer, conviver e compartilhar seus sentimentos. Vejamos, então, a
importância da família para os cônjuges, filhos, Igreja e sociedade:
1.1 A
importância da família para os cônjuges. É no seio da família que marido e mulher passam a conviver juntos e
aprendem a suportar e a perdoar mutuamente (I Co 13.7; Cl 3.12,13); a ter
paciência (Rm 5.3; I Co 13.7); a lidar com os problemas do dia a dia (Gn
16.1-6; 27.1-46; 30.1); de forma que o lar contribui, não só para o
amadurecimento do casal, como também, para o ajustamento de ambos.
1.2 A
importância da família para os filhos. O lar é o ambiente onde os filhos se sentem seguros e felizes, junto aos
pais, onde recebem amor, carinho, proteção e educação cristã (Dt 6.1-8; Pv
22.6; Ef 6.1-4; II Tm 1.5,6), e também aprendem, desde cedo, a serem
responsáveis e a se prepararem para o futuro (II Tm 1.5,6; 3.14-17).
1.3 A
importância da família para a Igreja. É
possível existir família sem igreja, mas não existe igreja sem família. Uma
igreja não pode ser forte, viva e santa com famílias fracas na fé ou
espiritualmente mortas (I Co 3.1-3;5.1-13; 6.9-11). Quando a família cristã
vive em paz e harmonia no lar, a Igreja também é beneficiada, pois, estando em
paz com Deus e com os seus, a família passa a viver em comunhão com os irmãos
(Sl 133; At 2.42; Rm 12.18).
1.4 A
importância da família para a sociedade. A sociedade é composta por famílias. Logo, famílias estruturadas geram
sociedades estruturadas; e, consequentemente, famílias desestruturadas geram
sociedades desestruturadas. É por esta razão que Satanás investe tanto contra
os lares (Gn 3.1-5), pois, desestabilizando-as, ele desestruturará também a
sociedade. A sociedade só poderá ser forte e equilibrada, se as famílias também
estiverem assim.
Antes da
Queda, o primeiro casal vivia em paz e harmonia. Não havia nada que lhes
trouxesse dissabores (Gn 1.31). Além disso, pela viração do dia, o Senhor vinha
dialogar com Adão e Eva (Gn 3.8). Mas, o Diabo investiu contra o casal,
colocando dúvidas na mulher sobre a bondade e a retidão de Deus (Gn 3.1-5).
Então, Eva deu ouvidos a voz da serpente e comeu do fruto que o Senhor Deus
havia proibido, e deu também ao seu marido (Gn 3.6). Dessa forma, o pecado
entrou no mundo e trouxe uma série de consequências maléficas para a família: a
mulher passou a ter filhos com mais dores (Gn 3.16); a terra tornou-se maldita
e passou a produzir espinhos e cardos, tornando o trabalho humano mais difícil
e pesado (Gn 3.17-19); e o homem, tornou-se mortal (Gn 3.19). Podemos dizer,
então, que todos os dissabores e aflições que afetam a família, tais como:
violência familiar, divórcio, vício, infidelidade conjugal, e outros, são
consequências do pecado.
III - O
PROPÓSITO DE DEUS PARA A FAMÍLIA
Ao
instituir a família, Deus tinha propósitos pré estabelecidos, como veremos a
seguir:
3.1
Propagação do gênero humano. Deus deu
ao homem o direito de gerar seres semelhantes, para que haja perpetuação da
espécie (Sl 127.3). Ao instituir a família, Deus disse ao primeiro casal: “Frutificai,
multiplicai-vos e enchei a terra…” (Gn 1.28). Encontramos diversos
exemplos na Bíblia de casais gerando filhos (Gn 4.1,2; 5.1-32; 6.10; 10.1-32;
11.10-32). Logo, as uniões homossexuais não podem ser consideradas como
famílias, pois, além de serem condenadas por Deus (Lv 18.22; Rm 1.26,27), não
são capazes de procriarem.
3.2
Proporcionar prazer ao casal. Embora
este não seja o único objetivo do casamento, não podemos negar que seja um dos
principais (Pv 5.18; Ec 9.9). Deus criou os seres humanos sexuados (macho e
fêmea) para lhes proporcionar a bênção do prazer conjugal (Gn 1.26,27; Hb
13.4). Escrevendo aos Coríntios, o apóstolo Paulo ensina acerca dos perigos da
abstinência sexual (I Co 7.3-5), e diz que ela só deve ocorrer por
consentimento mútuo, por um tempo determinado pelo casal e para um fim
específico.
3.3
Subsistência e provisão. Ao criar
o homem, o Senhor lhe deu algumas atribuições, tais como: arar a terra, cuidar
do jardim e dar nome aos animais (Gn 2.15,19,20). Ainda no capítulo quatro do
livro de Gênesis, encontramos os homens realizando diversas atividades, como:
lavrador (Gn 4.2); pastor (Gn 4.2); criador de gado (Gn 4.20); tocador (Gn
4.21); ferreiro (Gn 4.22), dentre outros. No exercício de sua profissão, o
homem tralhava para promover o sustento e bem estar da família.
IV - OS
MANDAMENTOS DIVINOS PARA A FAMÍLIA
A Bíblia
é o manual da família. Nela encontramos os preceitos e mandamentos divinos para
os cônjuges, filhos, pais, como veremos a seguir:
4.1 Os
deveres do esposo
- Amar a esposa (Ef 5.25-30; Cl 3.19);
- Governar bem a sua casa (1Tm 3.4,12);
- Trabalhar para prover o sustento familiar (Gn
3.19; 1Ts 4.11,12; 1Tm 5.8);
- Ser o sacerdote do lar (Gn 18.19; Jó 1.5).
4.2 Os
deveres da esposa
- Ser submissa ao marido (Ef 5.22-24; Cl 3.18);
- Atender as necessidades do lar, tais como:
alimentação (Pv 31.21-22); vestuário (Pv 31.21-22), e da casa (Tt 2.5);
- Quando necessário, ajudar nas despesas
financeiras (Pv 31.16-18,24);
- Ensinar as mulheres mais novas a desempenharem
seu papel de esposa e mãe (Tt 2.3-5).
4.3 Os
deveres dos pais
- Educar os filhos com disciplina, conforme o
modelo bíblico (Pv 13.24; 19.18; 22.6,15; 23.13,14; 29.15,17);
- Ensinar, desde cedo aos filhos a temerem e
amarem ao Senhor (Dt 6.1-9);
- Conduzir os filhos a Deus (Jó 1.5; Js 24.15;
At 16.30-34; Ef 6.4);
- Ser exemplo para os filhos (Pv 22.6).
4.4 Os
deveres dos filhos
- Ser obediente aos pais (Ef 6.1; Cl 3.20);
- Honrar aos pais (Êx 20.12; Dt 5. 16; 27.15);
- Ajudar aos pais nos afazeres domésticos (Gn
29.9; Êx 2.16; I Sm 17.15).
CONCLUSÃO
A família
foi a primeira instituição divina e a célula mãe da sociedade. Ela foi
instituída pelo Criador para perpetuação da espécie, proporcionar prazer ao
casal, e promover meios de subsistência. Mas, para que o propósito divino seja
alcançado, é necessário que cada membro da família cumpra o seu papel com
fidelidade, diligência e amor.
REFERÊNCIAS
Bíblia de
Estudo Aplicação Pessoal. CPAD.
CHAMPLIN,
R. N. Dicionário de Bíblia, Teologia e Filosofia. HAGNOS.
OLSON, N.
Laurence. O Lar Ideal. CPAD.
STAMPS,
Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
Por Rede Brasil de Comunicação
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