ÊX 16.1-15
INTRODUÇÃO
Graça e Paz amados
(as) do Senhor! A lição passada, como vocês sabem, foi uma lição introdutória
ao tema do trimestre. Pois bem, assim
tivemos uma visão geral do que estudaremos neste trimestre. Assim sendo, a
partir desta lição, estaremos tratando de cada subtema relacionado ao tema
geral do trimestre. Portanto, nesta lição, trataremos do subtema ‘provisão’ sob
as várias situações vivenciadas pelo povo de Deus. Dentre as quais destacam-se a
provisão divina no deserto, a provisão de divina para Elias em Querite e em
Sarepta,
a provisão divina em um mundo caótico, e a característica do mundo atual. Desejo
a todos uma excelente aula!
I. PROVISÃO DIVINA EM UM MUNDO
CAÓTICO
Sendo a
palavra-chave desta lição “provisão”, você saberia responder o
que é provisão? Segundo Aurélio, provisão é “Provimento; Sortimento; Mantimento, víveres”. No entanto, o
Dicionário Online é mais esclarecedor, pois diz que é “Estoque de produtos alimentícios
necessários ao sustento de uma pessoa, comunidade, família, durante um período
de tempo; reserva”.
Biblicamente, Boyer a define como “Fornecimento” (Fp 1.19). Já, segundo o
Dicionário Teológico, o termo ‘provisão’, ou melhor, ‘providência divina’ é
definida como “Resolução prévia tomada por Deus, visando a consecução de seus
planos e decretos, a preservação de quanto Ele criou e a salvação do ser
humano” (At 2.23). Veremos, a seguir, exemplos desta provisão ou providência
divina:
1. A
provisão de Deus no deserto.
Todavia, Moisés confiava na providência do Pai.
Então, ele orou e Deus lhe mostrou um lenho. Moisés jogou o lenho nas águas e
elas se tornaram boas para o consumo (Êx 15.25). Segundo o Comentário
Bíblico Beacon, “Deus usou esta ocasião para ensinar uma lição a Israel,
dando-lhes estatutos e uma ordenação. Se as pessoas ouvissem a Deus e
obedecessem inteiramente à sua palavra, elas seriam curadas de todas as
enfermidades que Deus tinha posto sobre o Egito. Assim como Deus curou as águas
amargas de Mara, assim Ele curaria Israel satisfazendo-lhe as necessidades
físicas e, mais importante que tudo, curando o povo de sua natureza corrompida.
Deus queria tirar o espírito de murmuração do meio do povo e lhe dar uma fé forte”. Israel era uma massa de gente
briguenta e sem fé que precisava ser lapidada pelo Senhor para que se
transformasse em uma nação santa. A lapidação veio com as provações rumo ao
monte Sinai.
Depois de
Mara os israelitas foram para Elim (Êx 15.27) e em seguida para o deserto de
Sim (Êx 16.1), que ficava entre Elim e Sinai (Êx 19.1,2). Esse é um lugar
inóspito, repleto de areia e pedra, porém um local perfeito para Deus tratar do
seu povo. Diante das dificuldades o povo volta a murmurar e quer mais uma vez
retornar ao Egito (Êx 16.2,3). Mas Deus é bom e misericordioso. Ele mais uma
vez supriu as necessidades do seu povo. Talvez você esteja sendo também provado
pelo Senhor. Este é um momento difícil, mas em vez de murmurar adore ao Senhor.
Você, assim como Israel, verá o sobrenatural de Deus em sua vida. No deserto de
Sim, Deus envia o maná ao seu povo. Segundo Boyer, opina-se que esta palavra se
deriva do hebraico, Manhu, que significa “Que é isto?” (Êx 16.15). Uma coisa
fina e semelhante a escamas, fina como a geada (Êx 16.14,15). Como sementes de
coentro, e a sua aparência semelhante à de bdélio (Nm 11.7). Branco e de sabor
como bolos de mel (Êx 16.31). Evidentemente, Segundo Wycliffe,
quando os israelitas o viram pela primeira vez no chão, o apelidaram de ‘O que
é?’, ou de forma coloquial ‘Como se chama isto?’, o que parece ser o
significado literal com referência à qualidade misteriosa do pão divino. Logo,
o maná não
foi um fenômeno natural, como alguns cogitam. Foi uma provisão especial de
Deus. Esta provisão apontava para Jesus, o Pão Vivo que desceu do céu (Jo
6.31-35).
Deus sustentou seu povo através do deserto não
somente com pão, mas também com carne e água. Em Refidim, Deus fez água jorrar
da rocha (Êx 17.1-7). Ele é o nosso provedor (Sl 23.1). Tudo que temos vem do
Senhor, por isso devemos ser gratos a Ele pela provisão. Depois de partir de
Refidim, o povo, sob a orientação de Deus, caminhou até o monte Sinai (Êx
19.1,2), onde os israelitas receberam a lei do Senhor.
Vale salienta, ainda, que a
distância do Sinai a Canaã é de quase 500 quilômetros, e seria percorrida em um
curto prazo pelos israelitas, mas infelizmente levou 38 anos. A demora decorreu
como parte do julgamento divino dos pecados de incredulidade, murmuração,
rebelião e desvio dos israelitas (Dt 2.14,15).
2. A
provisão de Deus para Elias em Querite (1Rs 17.1-6).
Antes de tudo precisamos distinguir a diferença entre seca e
estiagem. Estiagem é um fenômeno climático que ocorre num intervalo de tempo,
já a seca é permanente. Assim, diante do contexto da época, a seca foi uma arma apropriada
neste conflito. Baal e Aserá eram deidades da natureza, suspeito de controlar
as chuvas e a fertilidade da terra. Ao anunciar uma seca no nome do Senhor,
Elias demonstrou conclusivamente que Iahweh, e não Baal, é supremo. Todavia, há
sempre uma provisão de Deus para aquele que o serve em tempos de crise. Embora
houvesse uma escassez generalizada em Israel, Deus cuidou de Elias de uma forma
especial que nada veio lhe faltar (1 Rs 17.1-7). A forma como o Senhor conduz o
seu servo é de grande relevância. Primeiramente, Ele o afasta do local onde o
julgamento seria executado: “Vai-te daqui” (1 Rs 17.3). Deus
julga e não quer que o seu servo experimente as consequências amargas desse
juízo! Em segundo lugar, o Senhor o orienta a se esconder: “Esconde-te
junto ao ribeiro de Querite” (1 Rs 17.3). Deus não estava fazendo
espetáculo; era uma ocasião de juízo. Em terceiro lugar, Elias deveria ser suprido
com aquilo que o Senhor providenciasse: “Os corvos lhe traziam pão e carne”
(1 Rs 17.6). Não era uma iguaria, mas era uma provisão divina!
Há alguns fatos que devemos atentar sobre a ação do Deus de
Elias, conforme registrado nos versículos do capítulo 17 do primeiro livro dos
Reis. Antes de mais nada, a sua onipotência. Ele demonstra controle sobre os
fenômenos naturais (1 Rs 17.1). Em segundo lugar, Deus mostra a sua onipresença
durante esses fatos. Elias, ao se referir ao Senhor, reconheceu-o como um Deus
sempre presente: “Vive o Senhor, Deus de Israel, perante cuja face estou” (1 Rs
17.1). Em terceiro lugar, Ele é onisciente, pois sabe todas as coisas, quer
passadas, quer presentes, ou futuras. O profeta disse que não haveria nem
orvalho nem chuva, e não houve mesmo! (1 Rs 17.1).
3. A
provisão de Deus para Elias em Sarepta (1Rs 17.8-16).
Quando o
Senhor ordenou ao profeta que se deslocasse até Sarepta, revelou-lhe também
qual era o seu propósito: “Ordenei ali a uma mulher viúva que te
sustente” (1 Rs 17.9). Quem era essa viúva ninguém sabe. Todavia, foi a
única escolhida pelo Senhor, dentre milhares de outras viúvas, para fazer
cumprir seu projeto soberano (Lc 4.25,26). Era uma gentia que, graças ao
desígnio divino, contribuiu para a construção e desenvolvimento do plano
divino. Assim, a providência divina para com Elias revelou-se naquilo que
Paulo, muito tempo depois, lembrou (1 Co 1.27). Um gigante espiritual ajudado
por uma frágil mulher! Sim, uma mulher viúva e pobre. Muito pobre! Ficamos a pensar
o que teria passado pela cabeça do profeta quando o Senhor lhe disse que havia
ordenado a uma viúva que o sustentasse. Era de se imaginar que a mulher
possuísse algum recurso. Como em toda a história de Elias, a provisão de Deus
logo fica em evidência. A providência divina já havia se manifestado nos
alimentos trazidos pelos corvos (1 Rs 17.4-6). Agora revelar-se-ia através de
uma viúva pobre.
Esta,
contudo, logo disse não possuir nada ou quase nada: “nem um bolo tenho, senão somente
um punhado de farinha numa panela e um pouco de azeite numa botija; e, vês
aqui, apanhei dois cavacos e vou prepará-lo para mim e para o meu filho, para
que o comamos e morramos” (1 Rs 17.12). De fato, o que essa mulher possuía
como provisão era algo humanamente insignificante! A propósito, o termo
hebraico usado para punhado, dá a ideia de algo muito pouco! Era pouco, mas ela
possuía! Deus queria operar o milagre a partir do que a viúva tinha. A
suficiência divina se revela na escassez humana. O pouco com Deus torna-se
muito! Todavia, o profeta entrega à viúva de Sarepta a chave do milagre quando
lhe diz: “porém faze disso primeiro para mim um bolo pequeno e traze-mo para
fora; depois, farás para ti e para teu filho” (1 Rs 17.13), O profeta
era um agente de Deus, e atendê-lo primeiro significava colocar a Deus em
primeiro lugar. O texto sagrado afirma que “foi ela e fez segundo a palavra
de Elias” (1 Rs 17.15). Tivesse ela dado ouvidos à sua razão, e não
obedecido as diretrizes do profeta, certamente teria perdido a bênção. O
segredo, pois, é colocar a Deus sempre em primeiro lugar (Mt 6.33).
II. UM MUNDO CAÓTICO
É
perceptível essa triste realidade em nossos dias. Mas, que é mundo caótico?
Você sabe o que significa estes dois termos? Segundo Aurélio, o termo “caótico” significa “muito confuso; desordenado”. O Dicionário
Online também traz a mesma definição. E, o termo “mundo”, o que significa? É o
que veremos a seguir.
1. O
mundo jaz do Maligno.
A palavra
"mundo", do grego “cosmo” nos textos de João 15.18,19; 1 João 2.15-17; 5.19
dentre outros, não diz
respeito aos campos, mares, escarpas, acidentes geográficos e nem à ordem geral
da criação. Este "mundo" designa a maneira de viver organizada,
conduzida por Satanás e caracterizada pela indiferença, rejeição e oposição a
Deus, à sua Palavra e ao seu Reino. Trata-se de um sistema constituído de
pessoas, ideais, leis, instituições, comportamentos e atividades. Ler Jo 3.19;
Tg 4.4; 1.27; 2 Co 4.4.
No
princípio, Deus criou o mundo perfeito e bom (Gn 1.31). Mas, com a contaminação
do pecado, "o cosmos" (1 Jo 5.19) tornou-se um sistema maligno (Ef
2.2; Gl 1.4; 2 Co 4.4), controlado por Satanás, o príncipe deste mundo (Mt 4.8;
Jo 14.30; 16.11; 2 Tm 2.26; 1 Jo 5.19). Ele exerce autoridade sobre grande
parte das atividades típicas deste mundo e chefia um sistema invisível de
maldade e destruição, no qual anjos malignos e homens ao seu serviço fazem
direta oposição a Deus (At 8.4), à sua Palavra e ao seu povo (1 Pe 1.18,19; At
26.18). Isto pode ser claramente visto na mentalidade mundana dos nossos dias,
expressa pelas ideias, opiniões, posicionamentos, leis, objetivos e metas do
povo, dos governos, das nações e até mesmo de "certas igrejas"
semelhantes à Laodicéia (Ap 3.14-18). Ler 2 Co 4.4; 2 Tm 3.1-5.
Quando o
cristão se deixa enganar pelas propostas desse mundo espiritualmente tenebroso,
torna-se escravo de um sistema maligno que rouba, mata e destrói (Jo 10.10). Por
isso, a Bíblia adverte-nos a não amarmos o mundo, uma vez que ele é dominado
pelas trevas (Ef 6.12) e "jaz no maligno" (1 Jo 5.19; Jo
14.30). O mundo, ou seja, as pessoas são alvos do amor de Deus. Nesta
perspectiva, temos a responsabilidade de resgatar do mundo todos os que vivem
sem Deus, sem luz e sem salvação. "Deus amou o mundo de tal maneira que deu o
Seu Filho" (Jo 3.16). Em sua oração sacerdotal, Jesus rogou ao Pai
que não nos tirasse do mundo, mas que nos livrasse do mal. Ele, na verdade,
queria que, pelo evangelho, alcançássemos a humanidade perdida neste cosmos (Jo
17.15,18). Deus não tem prazer na condenação do homem. O Senhor tem manifestado
seu infinito amor desde que o primeiro homem lhe desobedeceu (Gn 3.15,21; Ez 18.4;
1 Tm 2.4). Todavia, este mundo não escapará da condenação eterna, caso não se
arrependa de seus pecados, especialmente da incredulidade. É, por isso, que o
apóstolo João registrou em seu evangelho: "a luz veio ao mundo, e os homens
amaram mais as trevas do que a luz" (Jo 3.19).
Portanto, o "sistema do mundo", conforme denominado
pela Bíblia, além de manipular, subjugar e manter os seres humanos sob o
domínio de Satanás, também objetiva desviar, por todos os meios, os crentes dos
caminhos do Senhor. A Igreja jamais pode minimizar, ou ignorar, as ardilosas
tramas deste sistema. Ela precisa, sim, posicionar-se contra ele, a fim de
prosseguir vitoriosamente em Cristo Jesus (1 Jo 5.4,5).
2. O
mundo globalizado.
Bem, já
explicado o termo ‘mundo’, vamos agora conceituar o que é globalização. Este é
um termo bastante atual em nossos dias. E você sabe o que significa? Segundo o
Dicionário Online é um: “Processo que ocasiona uma
integração, ou ligação estreita, entre economias e mercados, em diferentes
países, resultando na quebra das fronteiras entre eles”. No entanto, mais que um
processo, a globalização é um sistema que tem suas raízes no pós-modernismo.
Este pressiona a vida atual e provoca a incredulidade e a rebeldia humana que
rejeita a Deus e absorve o materialismo humanista. Assim, a globalização não é
um termo isolado e técnico dos cientistas políticos. Pois, na sua estrutura,
existe um plano diabólico que esconde as verdadeiras razões satânicas sob o
manto colorido da união das nações, do ecumenismo religioso, da liberdade
individual das pessoas. Portanto, é um sistema que se destaca pela diversidade,
multiplicidade, prazer físico em detrimento da racionalidade. Logo, é mais que
um sistema econômico, social, cultural e político mundial, é um sistema que
visa a padronização de ideias e valores. E, por que padronizar ideias e valores?
Para
preparar o mundo para a chegada do Anticristo que, sob a influência de Satanás,
será o personagem que aparecerá no cenário político mundial num período
especial identificado pela profecia de Daniel como a “Grande Tribulação”,
especialmente para Israel (Dn 9.24-27). Ele ainda não está entre nós, mas o seu
espírito opera no mundo atual, e a ideia da globalização, ou seja, “aldeia
global” ou “nova ordem mundial”, está sendo preparada. No momento, a única
barreira na globalização é a linguística, e já houve a tentativa de criar uma
língua universal chamada de “Esperanto”, mas sem sucesso.
3. Tempo
de mudanças.
Ao longo
da sua história, a humanidade experimentou diferentes transformações na área
tecnológica, científica, econômica e social. Tais mudanças tiveram como ponto
de partida a era moderna ou modernismo. A era moderna é um sistema centrado na
premissa de que “toda causa de cima para baixo”, principalmente aquela que
reconhece a soberania de Deus e o Causador de toda a criação do universo e tudo
que representar o sobrenatural deve ser substituído por “causas de baixo para
cima”. É, na verdade, uma inversão de valores e de objetivos em que o
sobrenatural é rejeitado e o natural ganha espaço na vida das pessoas. Em
síntese, é uma declarada rejeição de Deus pelo homem moderno. Paulo, inspirado
pelo Espírito Santo, escreveu o seguinte: “Pois mudaram a verdade de Deus em mentira e
honraram e serviram mais a criatura do que o Criador” (Rm 1.25). O
modernismo desenvolveu conceitos humanistas e materialistas, de modo que a sua
fé é desviada para um falso sentido de liberdade, para a ciência e para o
progresso humano. Essas mudanças, contudo, acabaram trazendo crises de ordem
social, econômica e política.
Vale
salientar que um dos aspectos que chamam a atenção na diferença do modernismo
para o pós-modernismo é que esse tempo que vivemos não possui um estilo
uniforme e coerente em várias áreas como a filosofia, a religião, a moralidade,
as artes, a economia. Tudo sofreu mudanças radicais, prevalecendo a diversidade.
Se em tempos passados a verdade era concebida como algo absoluto para ser
absorvido pelas pessoas, hoje se ensina que as verdades são particulares e
relativas, e cada povo tem a sua forma de aceita-las e expressá-las,
contradizendo, assim, abertamente, a verdade de Deus. Esse período é o nosso
tempo atual, e é nesse contexto que estamos vivendo. Por isso, o Apóstolo Paulo
exortou-nos dizendo: “Sabe, porém, isto: que nos últimos dias
sobrevirão tempos trabalhosos” (2 Tm 3.1). Na atualidade, temos experimentado
o progresso cientifico e tecnológico, mas também crises econômicas e éticas sem
precedentes.
III. CARATERÍSTICAS DO MUNDO ATUAL
1. Uma
sociedade antropocêntrica.
O termo “antropocentrismo”
é de origem grega “antropos” que significa “homem”, e “kentron” que significa
“centro”. Logo, tal termo significa “o homem no centro de tudo”. Esta
assertiva foi desenvolvida pelo filósofo grego Pitágoras que disse: “o homem é a medida de todas as coisas”. Isto
pressupõe a predominância da filosofia humanista que o coloca como o centro do
Universo em flagrante contraste com o ensino bíblico (Sl 73.25; 1 Co 10.31; 1
Pe 4.11). Filosofia esta, prevalece sobre nossa sociedade que descarta a ideia
de um Deus bom, justo e que se interessa pelos negócios humanos. Assim, essa
perspectiva teológico-filosófica é de inspiração demoníaca. Porquanto, ela
trata de deificar ou cultuar o homem como se fosse um deus; como se fosse
senhor absoluto de si mesmo e do seu próprio destino.
A
expressão que melhor se adapta a esse perfil, segundo o Apóstolo dos gentios, é
“amantes
de si mesmos” (2 Tm 3.2). Portanto, os servos de Deus devem ser
repudiar tal ensino maligno, pois as Escrituras asseveram que: “Ele é
antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por Ele” (Cl
1.17).
2. Uma
sociedade relativista.
Consequentemente,
o materialismo promove o existencialismo, que por sua vez, é uma das principais
concepções humanistas pós-modernas. Segundo esta teoria, o homem existe
independente de qualquer ato divino, porquanto é responsável por aquilo que é,
por seu destino, pelo seu domínio e pela sua existência. Em resumo, cada um
constrói o seu momento presente de acordo com o que vive, pensa e acredita. Popularmente
falando, pode-se sintetizar numa só frase o relativismo: “cada um por si e Deus
por ninguém”. Contudo, o cristão não apenas contesta essas duas filosofias
seculares, como também reafirma que os princípios bíblicos são absolutos,
imutáveis e universais (Sl 119.89-96; Ec5.1,19,20; 11.9,10; 12.1-4).
3. Uma
sociedade secularizada.
O
secularismo é uma consequência do humanismo pós-moderno. O termo secularismo
procede do latim “saeculum” e significa “pertencente a uma época”. Em sentido
religioso, o vocábulo é empregado para designar o comportamento e o pensamento
do mundo de nosso tempo, que são inversos ao sagrado ou espiritual. Daí,
pervertem os ensinos bíblicos, abandonam-se o que é santo, utiliza-se a fé para
fins escusos e se adotam ideias contrarias à doutrina cristã. Portanto, o
“secular” representa o modo de viver deste mundo, aquilo que se opõe ou que não
comunga com os interesses espirituais do Reino de Deus.
Na
igreja, o secularismo transparece quando o sagrado começa a ceder ao profano.
Nas igrejas secularizadas, o Calvário não é mais pregado, o sangue de Cristo é
descartado, o sofrimento e a cruz de Cristo são rejeitados porque ofendem o
gosto estético dos secularizados. A cruz é substituída pelo trono e a confissão
de pecados, pela proclamação das bênçãos terrenas.
CONCLUSÃO
Em Hebreus 11.6
está escrito: “Ora, sem fé é impossível agradar a Deus”. Eis, aqui, o motivo das
murmurações de Israel no deserto; murmurações, essas, que custaram um alto preço
para eles, pois o Apóstolo Paulo diz: “E não murmureis, como também alguns deles
murmuraram, e pereceram pelo anjo destruidor” (1 Co 10.10 cf Nm
14.26-32). Por isso, em vez de
murmuramos, sigamos o exemplo do profeta Elias que, mesmo vivendo em um mundo
distante de Deus, não se conformou com apostasia de seus dias. Mas, crendo e
confiando na providência divina, não só foi abençoado como também foi um canal
de bênçãos. Portanto, atentemos para a advertência apostólica: “E não
vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso
entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita
vontade de Deus” (Rm 12.2). A esta boa, agradável e perfeita vontade de
Deus está inserido: “Lançai sobre ele toda a vossa ansiedade,
porque ele tem cuidado de vós” (1 Pe 5.7). Deus abençoe a todos!
REFERÊNCIAS
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CPAD.
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Claudionor de. Dicionário Teológico.
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Lira e. Lições Bíblicas. (3º
trimestre/2009). CPAD.
AURÉLIO, Minidicionário. 3º Edição. NOVA
FRONTEIRA.
Por Amigo da EBD.
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