sábado, 27 de fevereiro de 2021
QUESTIONÁRIOS DO 1° TRIMESTRE DE 2021
ENSINA-NOS A ORAR
Exemplos
de Pessoas e Orações
que
Marcaram as Escrituras.
Lição 08
Hora da Revisão
A respeito de “Habacuque: A Intercessão de um Homem cheio de Esperança ”,
responda:
1. Conforme
nossos estudos, o que significa hamas?
Violência extrema e desmedida.
2. O
que a Igreja deve fazer diante da iniquidade do mundo atual?
Deve anunciar o Reino de Deus e a salvação em
Cristo!
3. Qual
a mensagem de Deus que mudou a percepção de Habacuque com relação ao sofrimento
que estava por vir?
A mensagem de que o justo viverá pela sua fé!
4. O
que levou Deus a permitir que Habacuque o questionasse?
O fato de o profeta ter intimidade com Deus e
profundo sentimento pelas pessoas justas que estavam sofrendo.
5. O
que é intercessão?
É o ato de interceder por alguém, ou seja, pedir
algo que essa pessoa necessite muito a Deus (no caso do nosso estudo).
QUESTIONÁRIOS DO 1° TRIMESTRE DE 2021
O
VERDADEIRO PENTECOSTALISMO –
A
Atualidade da Doutrina Bíblica sobre
a
Atuação do Espírito Santo.
Lição 08
Para Refletir
A respeito de “Comprometidos com a Palavra de Deus”
responda:
O que significa o brado da Reforma de Sola
Scriptura para nós?
O brado
de Sola Scriptura significa que a Bíblia é a única regra de fé e prática para a
vida cristã, e é por meio dela que podemos conhecer a Deus e entender a sua
vontade (2Tm 3.14-17).
Como Deus se comunica conosco atualmente?
Nós
cremos que Deus continua a se comunicar com o seu povo por meios dos dons
espirituais (At 2.14-21).
O que significa “e perseveravam na doutrina dos
apóstolos” (At 2.42)?
Que os
discípulos permaneciam seguindo o ensino dos apóstolos.
O que significa “modismo”?
O
significado de “modismo” é o que está na moda. Isso se aplica também no campo
teológico. São os ventos de doutrina que vêm e se vão (Ef 4.14), que tem
caráter efêmero, passageiro, “que para nada aproveitam”. Em outras palavras,
são inúteis e inaproveitáveis.
Qual a preocupação do apóstolo Paulo com uso da
frase “maneja bem a palavra da verdade”?
A
preocupação de Paulo é com o ensino correto da Palavra de Deus, com base numa
exegese sólida com a aplicação para a edificação espiritual da igreja.
LIÇÃO 08 – COMPROMETIDDOS COM A PALAVRA DE DEUS (SUBSÍDIO)
2 Tm 2.14-19; 2 Pe
1.20,21
INTRODUÇÃO
Nesta
lição ressaltaremos a nossa confissão de fé em relação à Palavra de Deus;
destacaremos também as principais características e propósitos das Escrituras
como regra de fé e prática; e, por fim, demonstraremos as principais razões
pelas quais devemos seguir comprometidos com a Palavra de Deus.
I. A PALAVRA DE DEUS E A VISÃO ASSEMBLEIANA
1. A declaração de fé e a
Bíblia:
“Cremos,
professamos e ensinamos que a Bíblia Sagrada é a Palavra de Deus, única
revelação escrita de Deus (Ap 1.1) dada pelo Espírito Santo (1Co 2.13,14),
escrita para a humanidade e que o Senhor Jesus Cristo chamou as Escrituras
Sagradas de a “Palavra de Deus” (Mc 7.13); que os livros da
Bíblia foram produzidos sob inspiração divina: “Toda a Escritura é
inspirada por Deus e útil” (2Tm 3.16 – ARA). Isso significa que toda a
Escritura foi respirada ou soprada por Deus, o que a distingue de qualquer
outra literatura, manifestando, assim, o seu caráter sui generis. As Escrituras
Sagradas são de origem divina; seus autores humanos falaram e escreveram por
inspiração verbal e plenária do Espírito Santo (2Pd 1.21). Deus soprou nos
escritores sagrados, os quais viveram numa região e numa época da história e
cuja cultura influenciou na composição do texto. Esses homens não foram usados
automaticamente; eles foram instrumentos usados por Deus, cada um com sua
própria personalidade e talento. A inspiração da Bíblia é especial e única, não
existindo um livro mais inspirado e outro menos inspirado, tendo todos o mesmo
grau de inspiração e autoridade. A Bíblia é nossa única regra de fé e prática
(Is 8.20), a inerrante, completa e infalível Palavra de Deus: “A lei do
SENHOR é perfeita” (Sl 19.7). É a Palavra de Deus, que não pode
ser anulada: “e a Escritura não pode falhar” (Jo 10.35 – ARA)” (SOARES
(Org), 2017, p. 23 - grifo nosso).
2. Definição do termo Bíblia.
A
palavra “Bíblia” não se encontra no texto das Sagradas
Escrituras. É derivado do nome que os gregos davam à folha de papiro preparada
para a escrita - “biblos”. Um rolo de papiro de tamanho
pequeno era chamado “biblion”, e vários destes era uma “bíblia”.
Portanto, a palavra Bíblia quer dizer “coleção de livros pequenos”.
“Atribui-se a João Crisóstomo a disseminação do uso desse vocábulo para se
referir à Palavra de Deus. No Ocidente, a palavra em questão foi introduzida
por Jerônimo — tradutor da Vulgata (tradução da Bíblia do grego para o
latim) —, o qual, costumeiramente, chamava o Sagrado Livro de Biblioteca
Divina” (ANDRADE, 2008, p. 20 – acréscimo nosso). Os nomes mais comuns que a
Bíblia dá a si mesma são: a) Escrituras (Mt 21.42; 22.29; Mc
14.29; Lc 24.27; Jo 5.39); b) Sagradas Letras (2Tm 3.15); c) Livro
do Senhor (Is 34.16); e, d) Palavra de Deus (Pv 30.5; Hb
4.12).
II. CARACTERÍSTICAS DA PALAVRA DE DEUS
A
autoridade da Bíblia deriva de sua origem divina. O selo dessa autoridade
aparece em expressões como: “assim diz o SENHOR” (Êx 5.1; Is
7.7); “veio a palavra do SENHOR” (Jr 1.2); “está escrito” (Mc
1.2). Isso encerra a suprema autoridade das Escrituras com plena e total
garantia de infalibilidade, pois a Bíblia é a Palavra de Deus (Mc 7.13; 1Pd
1.23-25) (HORTON, 1996, p. 218). A Bíblia é um livro superior a qualquer outro
livro, pois possui características que a fazem ser singular. Vejamos:
1. A Palavra de Deus é
inspirada.
A
Bíblia alega ser um livro de Deus e ter uma mensagem com autoridade divina.
Paulo diz que: “Toda a Escritura é divinamente inspirada [...]” (2Tm
3.16). A palavra grega é “theopneustos”, e significa literalmente
“soprada por Deus”. Portanto, a Bíblia não contém, nem se torna,
ela é a Palavra de Deus. Geisler (2010, p. 460 - acréscimo nosso) define a
inspiração da seguinte forma: “é a operação sobrenatural do Espírito
Santo, que, por intermédio de diferentes personalidades e estilos literários
dos autores humanos escolhidos, investiu as palavras exatas dos livros
originais das Sagradas Escrituras, em separado ou no seu conjunto, como a
própria Palavra de Deus, isenta de erro em tudo o que ensina, e é, dessa forma,
a regra infalível e a autoridade final de fé e prática para todos os crentes”.
As próprias Escrituras afirmam ser inspiradas no todo, em partes, em palavras e
em cada letra: a) Inspiração do todo (Mt 5.17; 2 Tm 3.16); b) Inspiração
de partes (Jo 12.14-16); c) Inspiração das palavras (Mt 4.4); e, d) Inspiração
de cada letra (Mt 5.18).
2. A Palavra de Deus é
revelada.
A
Bíblia é a revelação escrita de Deus ao homem, pois através dela o Senhor se
fez conhecido de forma especial (Jo 3.16). O conhecimento divino preservado nas
Sagradas Escrituras, é posto à disposição da humanidade (Dt 8.3; Is 55.11; 2Tm
3.16; Hb 4.12). Por ela, conhecemos Seus atributos comunicáveis e
incomunicáveis, dentre outras coisas (Sl 139.1-10; 1Jo 4.8). “Pela
Bíblia, Deus fala em linguagem humana, para que o homem possa entendê-lo. Isto
é, Deus, para fazer-se compreender, vestiu a Bíblia da nossa linguagem, bem
como do nosso modo de pensar” (GILBERTO, 2004, p. 06 – acréscimo
nosso). A revelação é a ação de Deus pela qual Ele dá a conhecer aos escritores
da Bíblia, coisas e fatos desconhecidos, que eles saberiam, nem descrever,
senão por revelação divina (Gn 1,2).
3. A Palavra de Deus é
inerrante.
Segundo
o Aurélio (2004, p. 1100) a palavra “inerrância” significa: “que
não pode errar; infalível; não errante, fixo”. Teologicamente “a
inerrância bíblica é a doutrina segundo a qual as Sagradas Escrituras não
contêm quaisquer erros, por serem a inspirada, infalível e completa Palavra de
Deus” (ANDRADE, 2008, p. 33). A palavra de Deus não pode mentir (Sl 19.8,9; Hb
6.18); não pode passar ou ser destruída (Mt 5.18); permanecerá para sempre (1Pe
1.25); e é a própria verdade (Jo 17.17).
4. A
Palavra de Deus é infalível.
Segundo
Andrade (2006, p. 229 – acréscimo nosso) é a “doutrina de acordo com a qual a
Bíblia Sagrada é infalível em seus propósitos, promessas e profecias”. Ela pode
ser assim considerada porque: a) seus propósitos jamais falham; b) suas
promessas são rigorosamente observadas; e, c) suas profecias cumprem-se
de forma detalhada, exata e clara. Deus usou o profeta Isaías para dizer: “[...]
a [...] palavra, que sair da minha boca; ela não voltará para mim vazia, antes
fará o que me apraz, e prosperará naquilo para que a enviei” (Is 55.11
ver ainda Hb 4.12a).
5. A
Palavra de Deus é completa.
Quando
afirmamos que a Bíblia é um livro completo, dizemos que ela contém tudo aquilo
que Deus quis revelar à humanidade (Dt 29.29). Ela é completa no que diz
respeito ao seu propósito principal, que é revelar-nos a origem de todas as
coisas (Gn 1-3); como o pecado passou a fazer parte da história (Gn 3.1-24);
como o homem tornou-se destituído da glória de Deus (Rm 3.23); e apresentar o
único meio de o homem obter a salvação, através da fé em Jesus Cristo (Jo 3.16;
Rm 3.21-24).
III. PROPÓSITOS DA PALAVRA DE DEUS
1. A
Bíblia foi escrita para ensino nosso.
Paulo
diz: “Porque tudo o que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito
[…]” (Rm 15.4). Segundo Champlin (2004, p. 855), “Paulo faz aqui uma
pausa momentânea a fim de relembrar aos seus leitores qual a autoridade e qual
o devido uso das Escrituras. Ele também quis dar a entender, que ela está
repleta de boas coisas para nossa instrução moral e espiritual, e a igreja tem
feito bom emprego dela, quanto a esses propósitos”.
2. A
Bíblia foi escrita para aviso nosso.
O
mesmo apóstolo assevera acerca da Bíblia que as coisas que estão escritas “[…]
estão escritas para aviso nosso […]” (1Co 10.11). Para exortar os
crentes de Corinto, Paulo utiliza-se do mau comportamento do povo de Israel no
deserto (1Co 10.1-6). O apóstolo diz que este exemplo negativo serve de aviso a
fim de que não caiamos nos mesmos erros (1Co 10.6,11). Segundo Champlin (1995,
p. 396 – acréscimo nosso) a palavra “aviso” no original
grego é: “nouthesia”, que significa: “admoestação”,
“instrução”, “aviso”, que é utilizada tanto no
sentido positivo quanto negativo, ou seja, uma atitude que pode ser reproduzida
ou evitada”. Os bons exemplos quanto os maus exemplos de personagens das
Escrituras também foram registrados para nos trazer advertências.
3. A
Bíblia foi escrita para nos instruir no caminho certo.
Paulo
descreveu para o jovem obreiro Timóteo quais os muitos propósitos da Escritura
em relação ao homem: “Toda a Escritura é […] proveitosa para ensinar, […]
redarguir, […] corrigir, […] instruir em justiça” (2Tm 3.16). Tudo que
foi escrito, o foi para nos instruir no caminho da justiça. Segundo Champlin
(1995, p. 396 – acréscimo nosso), no tocante à justiça que no grego é: “dikaiosune”,
fica indicado o “treinamento naquilo que é reto”. Porém, no
sentido cristão, “praticar o que é reto” consiste em cultivar o
caráter moral de Cristo, o qual, por sua vez, reproduzirá a moralidade de Deus
Pai”.
IV. POR QUE DEVEMOS NOS COMPROMETER COM A PALAVRA DE DEUS
1.
Porque a ela é o manual do crente (2Tm 2.15; 3.16).
Ela é
o livro-texto do cristão. Ela nos ensina como devemos amar, temer e obedecer a
Deus (Dt 17.18,19; Ec 12.13; Lc 10.27); como devemos amar ao próximo (Mc 12.33;
Lc 10.27-37); bem como nos ensina a viver neste mundo (Mt 5.13-16; 1Co 10.32).
Por isso, devemos ler a Bíblia para ser sábio; crer na Bíblia para ser salvo e
praticar a Bíblia para ser santo (1Tm 4.16; 2Tm 3.15).
2.
Porque a ela alimenta nossas almas (Mt 4.4; Jr 15.16; 1Pe 2.2).
Sem
dúvidas, a leitura da Palavra de Deus produz nutrição e crescimento espiritual.
Ela é tão indispensável à vida espiritual como o alimento é para o corpo. Por
isso, ela é comparada ao alimento. O texto de l Pedro 2.2, fala do intenso
apetite do recém-nascido: “Desejai afetuosamente, como meninos novamente
nascidos, o leite racional, não falsificado, para que por ele vades crescendo”.
Assim deve ser o nosso apetite pela Palavra de Deus. Bom apetite pela
Bíblia, é sinal de saúde espiritual.
3.
Porque a ela é a espada do Espírito (Ef 6.17; Hb 4.12).
Escrevendo
aos efésios, o apóstolo Paulo fala sobre a armadura de Deus (Ef 6.10-17), onde
ele descreve diversas peças da armadura, que servem para defesa, tais como:
capacete, couraça, escudo etc. A Palavra de Deus, que é chamada de “espada do
Espírito”, é a única arma de ataque nessa descrição (Ef 6.17). O escritor aos
Hebreus também compara a Bíblia a uma espada, quando diz que ela é mais
penetrante do que qualquer espada de dois fios (Hb 4.12). Foi com esta arma que
Jesus venceu a tentação (Mt 4.1-11).
4.
Porque a ela é um livro diferente dos demais livros.
Desde a
invenção da escrita e da imprensa, milhares de livros já foram escritos no
mundo. Muitos deles se tornaram conhecidos no mundo, marcaram a história e até
se tornaram best-seller, ou seja, mais vendidos. Mas, nenhum deles pode ser
comparado à Bíblia. Isto por quê: a) Somente a Bíblia é inspirada por Deus (2Tm
3.16; 2Pe 1.20,21); é viva e eficaz (Hb 4.12; Is 55.10,11); é infalível (Is
40.8; 1Pe 1.24,25).
CONCLUSÃO
O
comprometimento com a Palavra de Deus é uma característica preservada pelo
verdadeiro pentecostalismo. Deus colocou à disposição dos seus servos a Bíblia:
a Palavra de Deus, inspirada, revelada, inerrante, infalível e completa, a fim
de que, por ela, todos possam conhecê-lo como também a Sua vontade.
REFERÊNCIAS
Ø ANDRADE, Claudionor de. Dicionário
Teológico. CPAD.
Ø GEISLER, Norman. Teologia
Sistemática. CPAD.
Ø GILBERTO, Antonio, et al. Teologia
Sistemática Pentecostal. CPAD.
Ø STAMPS, Donald C. Bíblia
de Estudo Pentecostal. CPAD.
Ø HORTON, Stanley M. Teologia
Sistemática: Uma perspectiva
Pentecostal. CPAD.
Por Rede
Brasil de Comunicação.
sábado, 20 de fevereiro de 2021
QUESTIONÁRIOS DO 1° TRIMESTRE DE 2021
ENSINA-NOS A ORAR
Exemplos
de Pessoas e Orações
que
Marcaram as Escrituras.
Lição 07
Hora da Revisão
A respeito de “Daniel: Um Estadista que Orava ”, responda:
1. Qual
a postura dos jovens de Judá ao serem recebidos no palácio?
Não se deixaram iludir pelos banquetes e mantiveram
seu compromisso com Deus.
2. Qual
a estratégia usada para abalar a identidade de Daniel e seus amigos? Seus nomes
foram trocados.
Seus nomes foram trocados.
3. O
que acontecem aos três jovens que não aceitaram adorar a estátua do rei?
Foram jogados na fornalha ardente, porém não sofreram
nenhum mal.
4. O
que aprendemos com o quarto homem na fornalha?
Que onde estivermos, Deus lá conosco também estará.
5. Daniel
era um estadista sendo auxiliar direto de diversos monarcas. Quais eram eles?
Nabucodonosor, Belsazar e Dario.
QUESTIONÁRIOS DO 1° TRIMESTRE DE 2021
O
VERDADEIRO PENTECOSTALISMO –
A
Atualidade da Doutrina Bíblica sobre
a
Atuação do Espírito Santo.
Lição 07
Para Refletir
A respeito de “Cultuando a Deus com Liberdade e
Reverência” responda:
O que queremos dizer com a expressão “culto
pentecostal”?
O que
queremos dizer com a expressão “culto pentecostal” é a nossa liturgia, isto é,
a forma como adoramos a Deus.
Qual o momento mais sublime na vida humana?
A
adoração a Deus é o momento mais sublime na vida humana, significa
essencialmente o reconhecimento, a celebração e a exaltação da majestade
divina.
Quem é o centro de nossa adoração?
O Senhor
Jesus é o centro da nossa adoração e da mensagem pregada pelas Assembleias de
Deus.
O que a exortação paulina à comunidade de Corinto
nos ensina sobre o culto?
Que o
culto não era entediante e nem consistia num pregador falando para um rebanho
atento e silencioso, pois havia uma interação dinâmica de compartilhar e
receber.
Como é a nossa liturgia?
A nossa
liturgia é simples e permite que quaisquer irmãos e irmãs adorem a Deus com
liberdade.
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021
LIÇÃO 07 – CULTUANDO A DEUS COM LIBERDADE E REVERÊNCIA (SUBSÍDIO)
1 Co 14.26-32
INTRODUÇÃO
Nesta
lição destacaremos princípios que são indispensáveis ao modelo de culto aceito
por Deus; elencaremos elementos que devem existir na liturgia da adoração
oferecida ao Senhor; e por fim, pontuaremos características do verdadeiro culto
pentecostal.
I. PRINCÍPIOS BÍBLICOS INDISPENSÁVEIS AO CULTO
Devemos
lembrar que o culto não é espetáculo nem um show caracterizado por som alto e
dançante, gelo seco, roupas extravagantes, músicas carregadas de agressividade
e barulho, nos mais diversos ritmos, tais como rock, funk, rap, e axé, onde os
participantes estão mais interessados em euforia, gritaria, diversão e autossatisfação.
Todo elemento que intervém nesta relação, desviando a atenção para si, não
atende à finalidade do culto, que é elevar o homem a Deus (Sl 73 25-28; 1Co
10.31). Como veremos, o culto é importante porque Deus atribui a ele um valor
espiritual e singular. Notemos:
1. O culto deve ser
teocêntrico.
“...
preste culto somente a Ele” (Mt 4.10;
Dt 6.13; Êx 20.4; Lv 26.1; Sl 97.7; Lc 4.8). Deus é zeloso da adoração e do
culto oferecido a Ele. “Não adore essas coisas, nem preste culto a elas,
porque eu, o Senhor, ... sou Deus zeloso...” (Dt 5.9 – NAA; Sl 78.58;
1Co 10.20-22). Deus quer ser adorado pelos seus filhos: “...Assim diz o
Senhor: Israel é meu filho... deixe meu filho ir para que me adore...” (Êx
3.12 - NAA). Percebamos que a adoração precede ao culto: “Adore ... e
preste culto somente a Ele” (Mt 4.10 - NAA); “Temam ... e sirvam
a Ele...” (Dt 6.13 - NAA).
2. O culto deve ser
espiritual.
A
primeira característica da adoração é que ela deve ser de adoradores que “... adorem em espírito ...” (Jo 4.23).
Somente uma adoração espiritual pode gerar um culto espiritual e verdadeiro.
Por isso, os sacrifícios no culto cristão são espirituais: a) o corpo
(Rm 12.1,2); b) o louvor (Hb 13.15); c) a prática do bem (Hb
13.16); e, d) a mútua cooperação (Hb 13.16; Fp 4.18).
3. O culto deve ser
verdadeiro e reverente.
A
Bíblia nos ensina que o verdadeiro culto ao Senhor deve ser verdadeiro (Is
29.13; 1Sm 15.22; Is 1.10-17; Dt 10.12; Ez 33.31; Jo 4.23). Nossa liturgia é
simples e pentecostal, conforme o modelo do Novo Testamento: “Que fareis,
pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem
revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação” (1Co
14.26). Ela consiste em oração, louvor, leitura bíblica, exposição das
Escrituras Sagradas ou testemunho e contribuição financeira, ou seja, ofertas e
dízimos. Entendemos que a adoração está incompleta na falta de pelo menos um
desses elementos, exceto se as circunstâncias forem desfavoráveis ou contrárias
(SOARES (Org.), 2017, p. 145). É preciso ter reverência nos cultos ao Senhor
(Êx 19.16-25; 20.18-19; Ec 5.1; Hb 10.19-22; 1Co 14.40 Hb 12.28).
4. O culto deve ser
espontâneo e alegre (Êx 35.5,21,29;
2Cr 5.12-14).
No
NT há espontaneidade para orar e interceder: “Quero, pois, que os homens
orem em todo lugar, levantando mãos santas” (1Tm 2.8). A espontaneidade
chegou a tal ponto que houve necessidade de estabelecer ordem e limites na
igreja primitiva (1Co 12.3;14).
II. O CULTO CRISTÃO E A LITURGICA NA BÍBLIA
Nos diversos atos litúrgicos
registrados na Bíblia estão traçados os elementos do culto cristão. Notemos:
1. Elementos litúrgicos do
Tabernáculo e do Templo.
Fazia
parte da liturgia judaica: a) oração (2Cr 7.1); b) sacrifício
(1Sm 1.3); c) oferta (Dt 26.10; 1Cr 16.29); d) louvor e cântico
(2Cr 7.3); e) a oração antífona do Shema, “ouve Israel”, a confissão de
fé dos judeus (Dt 6.4); f) a leitura bíblica (Ne 8.1-8; Lc 4.16,17); e, g)
e a exortação (At 13.15) (SOARES (Org.), 2017, p. 145 – grifo nosso). Os
sacrifícios, apontavam de forma tipológica a Cristo e se cumpriram nEle, não
sendo mais praticados pela Igreja (Hb 9;10).
2. Elementos litúrgicos de
Esdras (Ne 8.1-12).
Após
a reconstrução do Templo o povo se congregou oferecendo um culto na seguinte
ordem: a) proclamação - leitura da Lei de Moisés; b) pregação -
interpretação da leitura; c) adoração - tempo para oração e adoração
coletiva; e, d) comunhão - compartilhamento de alimentos e festejos.
3. Elementos litúrgicos de
Jesus (Jo 14-17; Mt 26).
Nos
últimos atos de Jesus, ao instituir a Ceia, são claros os elementos litúrgicos:
a) pregação (Jo 14-16); b) oração e intercessão (Jo 17); c) instituição
dos símbolos do Pão e do vinho; e, d) cântico de hino.
4. Elementos litúrgicos no
culto da Igreja Primitiva (At 2.42).
Na
Igreja Primitiva também havia uma liturgia bem definida: a) ensino da
Palavra; b) comunhão através do comer juntos e das coletas (ofertas ou
contribuições); c) partir do Pão – Ceia do Senhor; d) orações
tanto na vida pessoal como comunitária ou congregacional. O apóstolo Paulo
instruiu a igreja a preservar com: hinos, sempre eram cantados os Salmos; exposição
da Palavra; manifestação dos dons espirituais - profecia e mensagem em línguas
quando houvesse interpretação; e ofertas – denominadas de coletas (1Co 14.26;
1Co 16.1-3).
III. DISTORÇÕES NO CULTO E NA LITURGIA DA IGREJA
O
culto em algumas igrejas, infelizmente, tem se desviado dos padrões bíblicos e
históricos, chegando-se a uma situação em que, em nome da liberdade e da
espontaneidade, o culto se desvirtuou em muitas igrejas, sendo marcado pela
irreverência, superficialidade e preocupação prioritária com as necessidades
humanas, e não com a presença e a glória de Deus. Notemos algumas mudanças no
culto e liturgia da igreja ao longo da história:
1. O
culto e liturgia na Igreja primitiva.
O
culto da igreja primitiva inspirou-se na liturgia das sinagogas. Nos cultos
eram lidas passagens do Pentateuco e dos Profetas, seguindo-se uma exposição do
texto. Também eram cantados salmos, especialmente o “Hallel” (Sl 113-118). O
culto cristão foi extremamente simples (não simplório), constando de orações, cânticos,
leituras do AT e dos livros dos apóstolos. Eram feitas exortações pelo
dirigente, ensinamentos das verdades bíblicas, coletas (ofertório) e celebração
da Ceia do Senhor (COUTO, 2016, pp. 47,48 – grifo nosso). Até o século III, o
culto transcorria com a seguinte ordem litúrgica: a) Leitura da Palavra;
b) Cântico de hinos; c) Oração em pé com a participação coletiva;
d) celebração da Ceia do Senhor; e, e) Coleta para ajudar viúvas,
enfermos, encarcerados (RODRIGUEZ, 1999. p. 43).
2. O
culto e liturgia na Igreja da contemporaneidade.
Infelizmente
têm surgido muitas formas estranhas e até exageros nos cultos e liturgias em
algumas igrejas em nossos dias: a) regressão espiritual. Uma espécie de
“segunda conversão”, algo que a Bíblia condena veementemente (Nm 23.23; Jo
8.32; Gl 3.13; 2Co 5.17); b) dança no espírito. Davi dançou
patrioticamente, mas, nunca no Templo, pois o templo é o local de adoração e
reverência (2Sm 6.14-16; 1Cr 15.29); no NT não há menção a este comportamento
entre os elementos do culto e a manifestação do Espírito; c) entrevista
espiritual. Caracterizada por ênfase desordenada na atuação de satanás no
mundo e na igreja, com conversações e entrevistas com demônios; d) maldição
hereditária. Consiste em pactos ascendentes da família feitos com demônios
que trazem maldição. A Bíblia é clara ao mostrar que tal doutrina é herética
(Jr 31.29,30; Ez 18.2-4,20; Rm 8.1); e) riso no espírito. Propagado no
Brasil, principalmente pelos grupos neopentecostais, onde as pessoas caem rindo
no chão, histéricas e dando gargalhadas sem nenhum controle de suas ações; e, g)
outras inovações. Introdução de elementos judaicos (judaização) no culto
cristão etc.
3.
Desafios quanto ao culto e a liturgia na atualidade.
Diante
do crescimento de outros movimentos denominados pentecostais e neopentecostais,
bem como a comunicação global pela internet, a igreja tem vivenciado uma
influência de modismos, substituindo, em alguns lugares, os elementos bíblicos
que marcam o seu culto e liturgia como: Perda do costume da oração coletiva (Jz
21.2; Jz 2.4; 2 Cr 5.13; At 2.14; 4.24); diminuição de tempo para exposição da
Palavra (Cl 3.16); perda da adoração cristocêntrica; perda da adoração
ultracircunstancial; ênfase em mensagens de auto-ajuda; hinos, sem adoração,
centrada apenas no homem e suas experiências (antropocentrismo); utilização de
símbolos judaizantes (estrela de Davi, menorá, talit, kipá, shophar); aplausos
substituindo a glorificação espontânea (Rm 15.9; Ap 4.9); e, danças e teatro
nos cultos que retiram a centralidade da palavra, transferindo-a à estética.
IV. OS ELEMENTOS DO GENUÍNO CULTO PENTECOSTAL
Os principais elementos
do culto pentecostal são:
1.
Oração.
Oração
é uma prece dirigida pelo homem ao seu Criador, com o objetivo de adorá-Lo e
lhe pedir perdão pelas faltas cometidas, agradecer-Lhe pelos favores recebidos,
buscar proteção e, acima de tudo, uma comunhão mais íntima com Ele (1Cr 16.11;
Sl 105.4; Is 55.6; Am 5.4,6; Mt 26.41; Lc 18.1; Jo 16.24; Ef 6.17,18; Cl 4.2;
1Ts 5.17).
2.
Hinos.
Um dos
principais elementos do culto é o louvor a Deus. Louvar a Deus significa
servi-lo em espírito e em verdade. A música esteve presente no culto de Israel
e da Igreja primitiva (Nm 10.1-10; Jz 7.22; Jó 38.7; Ef. 5.19; 1Tm 3.16; At
16.25).
3.
Leitura Bíblica.
A
leitura da Bíblia é indispensável em um culto cristão e deve ser um momento de
profunda reverência, onde os verdadeiros adoradores deverão acompanhar a
leitura do texto. Encontramos diversos exemplos da leitura das Sagradas
Escrituras, tanto no Antigo como no Novo testamento (Nm 24.7; Dt 31.26; Js
8.34,35; 2Cr 34.14-21; Ne 8.8; 9.3; Lc 4.14-21; At 17.11).
4.
Contribuição.
As
ofertas representam a expressão de gratidão do cultuador (Êx 35.29; 36.3; Lv
7.16; 22.18), bem como os dízimos (Ml 3.10). Devemos dar a Deus parte daquilo
que dEle recebemos (Êx 23.15; 2Co 9.7). A contribuição no culto é bíblica e
deve ser oferecida tanto pelos ricos como pelos pobres (Mc 12.41-44).
5.
Pregação.
A
pregação é a parte central do culto cristão e sem ela o culto fica sem brilho e
objetivo, pois é através dela que a fé é gerada (Rm 10:14-17; Gl 3:2); é a
vontade de Deus, que todos se arrependam e cheguem ao pleno conhecimento da
verdade (Ez 18:23; At 17:30; 1Tm 2:4).
6.
Dons espirituais.
Não se
pode pensar em Culto Pentecostal sem a manifestação dos dons espiritais, pois
ele é caracterizado não apenas pela verdadeira adoração ao Criador, mas também
pelas manifestações espirituais e sobrenaturais do Espírito Santo entre os
adoradores (1Co 14.26). Além da adoração “Salmos”, e do ensino “doutrina”, no
culto pentecostal a manifestação dos dons é comum. Paulo faz menção a diversos
dons, tais como: revelação, língua, interpretação, profecia e outros (1Co
14.26-40).
CONCLUSÃO
O culto verdadeiramente
pentecostal é baseado no que Deus determinou por meio de sua Palavra. De modo
que, os cultos que não possuem tais princípios, não fazem parte do verdadeiro
pentecostalismo.
REFERÊNCIAS
Ø
COUTO, Vinicius. Culto Cristão: Origens, desenvolvimento e desafios contemporâneos. 1 ed. SP:
Editora Reflexão, 2016.
Ø
HOUAISS, Antônio. Dicionário da Língua Portuguesa. 1
ed. RJ: OBJETIVA, 2001.
Ø
KESSLER, Nemuel. O culto e suas formas. 1 ed.
RJ:CPAD, 2016.
Ø
LUIZ, Gesse. Caminhos e Descaminhos na História da
Liturgia Cristã. 1 ed. Curitiba: AD Santos, 2016.
Ø
MARTIN, Ralph P. Adoração na Igreja Primitiva. 2 ed.
SP: Vida Nova, 2012.
Ø SOARES,
Ezequias (Org.). Declaração de Fé das Assembleias de Deus. 1 ed. RJ: CPAD, 2017.
Por Rede Brasil de Comunicação.
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