Oséias,
cujo nome significa “salvação”, é chamado “o
mais gentil” dos profetas do Antigo Testamento. Ele foi convocado para
uma das mais difíceis missões da história sagrada. O profeta desposou Gômer,
que o trocou por uma série de amantes, rompendo, assim, o vínculo matrimonial
que os unia. Não obstante, o amor de Oséias por sua esposa era tão grande que
ele não conseguia abandoná-la. Quando seus caminhos devassos conduziram-na para
a escravidão, seu marido comprou-a, trouxe-a de volta para o lar e a reconduziu
para uma vida santa. Com essa maneira de agir, o profeta imita a própria
experiência de Deus com Israel, Seu povo. Muito embora ligado ao Senhor num
relacionamento de aliança, Israel abandonou-O ao persistir na idolatria, num
estilo de vida adúltero, associado ao paganismo. Essa mesma idolatria,
inclusive, acabaria por conduzir a nação também à escravidão, mas Deus, a
exemplo de Oséias, também não conseguia deixar de amar Seu povo. Um dia, o
Senhor também trará de volta para casa Sua gente humilhada, quando então será
renovado o compromisso com Ele.
O
livro de Oséias é extremamente tocante. Na medida em que sentimos o sofrimento
do profeta, compartilhamos da mesma dor que Deus sente quando Seus amados lhe
são infiéis. O verdadeiro amor de Deus, entretanto, não permitirá que nos
afastemos dele.
Autoria: Oséias (1.1)
Data: 760 a.C.
Tema: O Julgamento Divino e o Amor
Redentor de Deus.
Contexto Histórico:
Oséias, Amós e Miquéias viveram na mesma época. Com o
profeta Isaías eles formam o quarteto do período áureo da profecia hebraica,
entre 790 e 695 a.C. Oséias e Amós eram profetas do Reino do Norte, enquanto
Miquéias profetizou em Judá.
Segundo Keil seu ministério durou de 60 a 65 anos.
Isso parece ser confirmado pelo próprio texto sagrado: “Palavra do SENHOR que foi dita a Oséias, filho de Beeri, nos dias de Uzias,
Jotão, Acaz, Ezequias, reis de Judá, e nos dias de Jeroboão, filho de Joás, rei
de Israel” (Os 1.1). A soma dos anos desses quatro reis de Judá são 113
anos. Jeroboão II reinou 41 anos (2 Rs 14.23) entre 793-753. Se Oséias começou seu ministério no final do reinado de
Uzias e alcançou pelo
menos os primeiros anos de Ezequias fica claro que Oséias exerceu seu ministério por tempo prolongado. Foi
ele um dos primeiros representantes da profecia clássica da nação hebraica.
Mensagem:
Sua
mensagem consiste no apelo contra o pecado, advertências sobre o juízo de Deus,
o amor eterno de Jeová e a profecia sobre a restauração de Israel, no fim dos
tempos.
Oséias encabeça a lista dos Profetas Menores. Contém
14 capítulos e está dividido em duas partes principais. A primeira trata-se da
biografia do profeta que retrata a história de seu povo, na sua geração (1 –
3); é o sumário do livro. A segunda parte trata do mesmo assunto de maneira
mais ampla e detalhada. É o livro do amor de Jeová. Oseias é citado por nome em
o Novo Testamento (Rm 9.25,26) e o livro em outras partes, como a profecia
messiânica (11.1; Mt 2.15).
Propósito:
A profecia de Oséias foi a última tentativa de Deus em levar Israel a arrepender-se de sua idolatria e iniquidade persistentes, antes que Ele entregasse a nação ao seu pleno juízo. O livro foi escrito com o objetivo de revelar: (1) que Deus conserva seu amor ao seu povo segundo o concerto, e deseja intensamente redimi-lo de sua iniquidade; e (2) que consequências trágicas se seguem quando o povo persiste em desobedecer a Deus, e em rejeitar-lhe o amor redentor. A infidelidade da esposa de Oséias é registrada como ilustração da infidelidade de Israel. Gômer vai atrás de outros homens, ao passo que Israel corre atrás de outros deuses. Gômer comete prostituição física; Israel, prostituição espiritual.
A profecia de Oséias foi a última tentativa de Deus em levar Israel a arrepender-se de sua idolatria e iniquidade persistentes, antes que Ele entregasse a nação ao seu pleno juízo. O livro foi escrito com o objetivo de revelar: (1) que Deus conserva seu amor ao seu povo segundo o concerto, e deseja intensamente redimi-lo de sua iniquidade; e (2) que consequências trágicas se seguem quando o povo persiste em desobedecer a Deus, e em rejeitar-lhe o amor redentor. A infidelidade da esposa de Oséias é registrada como ilustração da infidelidade de Israel. Gômer vai atrás de outros homens, ao passo que Israel corre atrás de outros deuses. Gômer comete prostituição física; Israel, prostituição espiritual.
Visão
Panorâmica:
Os capítulos 1-3 descrevem o casamento entre Oséias e Gômer. Os nomes
dos três filhos são sinais proféticos a Israel: Jezreel (“Deus espalha”), Lo-Ruama (“Não compadecida”) e Lo-Ami (“Não meu povo”). O amor perseverante de
Oséias à sua esposa adúltera simboliza o amor inabalável de Deus por Israel. Os
capítulos 4-14 contêm uma série de profecias que mostram o paralelismo entre a
infidelidade de Israel e a da esposa de Oséias. Quando Gômer abandona Oséias, e
vai à procura de outros amantes (cap. 1), está representando o papel de Israel
ao desviar-se de Deus (4-7). A degradação de Gômer (cap. 2) representa a
vergonha e o juízo de Israel (8-10). Ao resgatar Gômer do mercado de escravos
(cap. 3), Oséias demonstra o desejo e intenção de Deus em restaurar Israel no
futuro (11-14). O livro enfatiza este fato: por ter Israel desprezado o amor de
Deus e sua chamada ao arrependimento, o juízo já não poderá ser adiado.
Esboços:
Teológico
de Oséias
II. Um Povo
Infiel, cap. 4-14
a. a denúncia dos
pecados, 4-8;
b. a condenação é
anunciada, 9-10;
c. a afirmação do
amor, 1;
d. a disciplina,
2-13;
e. a restauração,
14.
Geral de Oséias
I.
O casamento de Oséias (1.1-3.5)
A. A mulher
prostituta (1.1-2.1)
1. A Comissão de
Oséias (1.1-2)
2. A tragédia de
Oséias (1.3-9)
3. O triunfo de
Oséias (1.10-2.1)
B. O povo infiel
(2.2-23)
1. Israel é
indiciada (2.2-23)
2. Israel é punida
(2.6-13)
3. Israel é
renovada (2.14-23)
C. A restauração de
Gômer e de Israel (3.1-5)
II.
A mensagem de Oséias para Israel (4.1-14.9)
A. A acusação de
Deus (4.1-7.16)
1. A quebra dos
mandamentos (4.1-19)
2. O julgamento é
certo (5.1-14)
3. A necessidade
de arrependimento (5.15-6.3)
4. A restauração está
longe (6.4-7.16)
B. A justiça de
Deus (8.1-10.15)
1. Sua necessidade
(8.1-14)
2. Sua natureza
(9.1-10.15)
C. O amor de Deus
(11.1-14.9)
1. A compaixão de
Deus (11.1-11)
a.
O passado (11.1-4)
b.
O presente (11.5-7)
c.
O futuro (11.8-11)
2. A angústia de
Deus (11.12-12.14)
3. As opções
equivocadas de Israel em resposta ao amor de Deus (13.1-16)
4. O triunfo da
graça de Deus (14.1-9)
a.
O arrependimento (14.1-5a)
b.
A restauração (14.5b-9)
Referências:
Ø
SOARES,
Esequias. Visão Panorâmica do Antigo Testamento. CPAD.
Ø
RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia. 1 ed.
Rio de Janeiro: CPAD, 2005.
Ø
GILBERTO, Antônio. A Bíblia Através dos séculos.
22º ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.
que bençao este estudo do profeta Oseias DEUS abençoe
ResponderExcluirAmém! Oreis por nós e por este blog!!
ExcluirGloria a Deus, enriquecedor este estudo. Deus continue iluminando as mentes e enriquecendo de sabedoria.
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