quarta-feira, 30 de junho de 2021
domingo, 27 de junho de 2021
QUESTIONÁRIOS DO 2° TRIMESTRE DE 2021
O
CUIDADO DE DEUS COM
O CORPO DE CRISTO
Lições
da Carta do Apóstolo Paulo
aos
Coríntios Para os Nossos Dias.
Lição 13
Hora da Revisão
A respeito de “A Santa Ceia, O Amor e A Ressurreição ”, responda:
1. Para quem apontava a Ceia do Senhor?
2. O que simboliza o pão na Ceia do Senhor?
3. O que simboliza o suco de uva na Ceia do Senhor?
4. Qual é a base para a absolvição de todo pecador?
5. Em qual capítulo da Primeira Carta aos Coríntios encontramos o chamado “poema do amor”?
QUESTIONÁRIOS DO 2° TRIMESTRE DE 2021
DONS
ESPIRITUAIS E MINISTERIAIS –
Servindo
a Deus e aos Homens
com
Poder Extraordinário.
Lição 13
Para Refletir
A respeito de “A Multiforme Sabedoria de Deus”,
responda:
Segundo a lição, quais são as dádivas de Deus
dispensadas à sua Igreja para comunicar o Evangelho a todos?
A dádiva
do amor, a dádiva da filiação divina e o ministério da reconciliação.
Segundo o apóstolo Paulo quais habilidades são
indispensáveis ao exercício do ministério (1Tm 3.2)?
A
sobriedade e a vigilância.
Como Paulo termina o capítulo sobre os dons
espirituais?
Dizendo:
“Portanto, procurai com zelo os melhores dons; e eu vos mostrarei um caminho
ainda mais excelente” (1Co 12.31).
Qual o caminho ainda mais excelente que os dons,
segundo a lição?
O caminho
do amor.
Sejam quais forem os dons, como aqueles que os
possuem devem usá-los?
Com
humildade e fidelidade, não buscando os interesses próprios, mas, sobretudo, o
amor, pois sem amor de nada adianta possuir dons.
sábado, 26 de junho de 2021
LIÇÃO 13 – A MULTIFORME SABEDORIA DE DEUS (SUBSÍDIO)
Ef 3.8-10; 1 Pe 4.7-10
INTRODUÇÃO
Nesta última lição
do trimestre veremos como Deus, em sua multiforme sabedoria, distribui os dons
espirituais, ministeriais e de serviço para que a Igreja possa cumprir a sua
missão aqui na terra. Veremos também que cada um de nós, como despenseiros dos mistérios
divinos devemos administrar os dons, visando a edificação do Corpo de Cristo; e
também, sobre o Fruto do Espírito.
I.
A MULTIFORME SABEDORIA DE DEUS
O termo multiforme
deriva-se do grego: “polupoikilos” e significa: “muito
variado” ou “multilateral” e tem o sentido de: “variados
modos de interpretação”. Em Ef 3.10 o termo refere-se à sabedoria de
Deus, que é um dos atributos divinos (1Sm 2.3; Jó 12.13; Sl 104.24) e, é: a)
perfeita (Jó 36.4; 37.16); b) poderosa (Jó 36.5); c) infinita
(Sl 147.5; Rm 11.3); d) insondável (Is 40.28; Rm 11.33); e) maravilhosa
(Sl 139.6); f) ultrapassa a compreensão humana (Sl 139.6); e, g) incomparável
(Is 44.7; Jr 10.7). Toda sabedoria humana é derivada da sabedoria divina (Ed
7.25; Dn 2.2). Jesus é a personificação da sabedoria de Deus (1Co 1.24,30) e o
evangelho contém os tesouros da sabedoria divina (1Co 2.7). Já a palavra sabedoria
é oriunda do termo grego: “sophia” e é usada com referência a
Deus (Rm 11.33; 1Co 1.21,24; 2.7; Ef 3.10; Ap 7.12); a Jesus (Mt 13.54; Mc 6.2;
Lc 2.40,52; 1Co 1.30; Cl 2.3; Ap 5.12); e aos homens (Mt 12.42; Lc 11.31; At
7.22; 1Co 1.17,19,20,21). A multiforme sabedoria de Deus pode ser vista em suas
palavras e também em suas obras (Sl 19.7; 104.24; Pv 2.6; 8.14; 3.19). Em sua
eterna sabedoria, visando a edificação, santificação e capacitação para a
Igreja cumprir a sua missão aqui na terra, colocou à sua disposição os dons
sobrenaturais, a saber: espirituais (1Co 12.7-11); ministeriais (Ef 4.11) e de
serviço (Rm 12.7,8).
II.
OS BONS DESPENSEIROS DOS MISTÉRIOS DIVINOS
O termo
despenseiro deriva-se do grego: “oikonómos” e significa: “mordomo
da casa” (Lc 12.42; 16.1,3,8; Rm 16.23; 1Co 4.1,2; Gl 4.2; Tt 1.7; 1Pd
4.10). O despenseiro ou mordomo era alguém que administrava uma casa, propriedade,
ou negócio de outrem. Assim, como despenseiro dos mistérios divinos, devemos
conhecer (1Co 12.1); buscar (1Co 12.31); e zelar pelos dons (1Co 12.31) para
que sejamos úteis e eficazes no Corpo de Cristo. Vejamos algumas
características dos bons despenseiros:
• Humildes (At 20.19);
|
• Abnegados (1Co 9.27);
|
• Santos (Êx 28.36; Lv 21.6; Tt 1.8);
|
• Sóbrios, justos e temperantes (Lv 10.19;
Tt 1.8);
|
• Puros (Is 52.11; 1Tm 3.9);
|
• Hospitaleiros (1Tm 3.2; Tt 1.8);
|
• Pacientes (1Tm 3.2; Tt 1.7);
|
• Aptos a ensinar (1Tm 3.2; 2Tm 2.24);
|
• Voluntários (Is 6.8; 1Pe 5.2);
|
• Estudiosos da Palavra de Deus (1Tm
4.13,15);
|
• Vigilantes (2Tm 4.5);
|
• Não cobiçosos (2Co 12.14; 1Ts 2.6);
|
• Imparciais (1Tm 5.21);
|
• Dedicados à oração (Ef 3.14; Fp 1.4);
|
• Gentis (1Ts 2.7; 2Tm 2.24);
|
• Bons governantes de suas famílias (1Tm
3.4,12);
|
• Dedicados (At 20.24; Fp 1.20,21);
|
• Afetuosos com o rebanho (Fp 1.7; 1Ts
2.8,11);
|
• Fortes na fé (2Tm 2.1);
|
• Bons exemplos (Fp 3.17; 2Ts 3.9; 1Tm
4.12; 1Pe 5.3).
|
III.
OS DONS ESPIRITUAIS E O FRUTO DO ESPÍRITO
Os Dons
Espirituais são de extrema relevância para que a Igreja cumpra a sua missão
aqui na terra. Mas, eles não são mais importantes do que o Fruto do Espírito (Gl
5.22). Em Mateus 7.21-23 o Senhor Jesus falou acerca de pessoas que iriam
profetizar, expulsar demônios e fazer maravilhas, mas, Ele não as conhecia: “Nunca
vos conheci” (Mt 7.23). Logo, devemos ser abundantes nos dons (1Co
14.12); mas, acima de tudo, devemos ser frutíferos (Mt 3.8; Jo 15.1-16).
1. O que é o fruto
do Espírito.
São virtudes e qualidades
manifestadas pelo Espírito Santo na personalidade do crente. O Fruto do
Espírito é a verdadeira característica da vida cristã. É o resultado na vida dos
que participam da natureza divina, ou seja, dos que estão ligados à Cristo, a “videira
verdadeira” (Jo 15.1-5). Assim, passamos a obter uma nova natureza, porque
fomos “gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela
palavra de Deus, viva e que permanece para sempre” (1Pd 1.23). Pelo
fruto do Espírito manifestado em sua vida diária, é que o cristão dá evidência
da vida de Cristo em seu interior (Mt 7.16-20). Analisemos cada uma de suas
virtudes:
Caridade (amor). Do grego: “agape”,
é o maior de todos os sentimentos e o fundamento sobre o qual os demais dons e
virtudes do Espírito Santo estão edificados (Gl 5.22). O amor é o solo onde são
cultivadas as demais virtudes e é a base onde todos os dons espirituais são
implantados (1Co 13.1-3). O amor é o sentimento que busca o bem maior de outra
pessoa sem nada querer em troca (Rm 5.5; 1Co 13.1-13; Ef 5.2; Cl 3.14); e é a
principal virtude do cristão (Jo 13.35).
Gozo.
O termo deriva-se do grego: “chara”,
e refere-se à felicidade que o crente desfruta no Espírito Santo, independente
das circunstâncias: “Grande é a ousadia da minha fala para convosco, e
grande a minha jactância a respeito de vós; estou cheio de consolação; transbordo
de gozo em todas as nossas tribulações” (2Co 7.4). “Regozijo-me
agora no que padeço por vós, e na minha carne cumpro o resto das aflições de
Cristo, pelo seu corpo, que é a igreja” (Cl 1.24). A Epístola aos
Filipenses, por exemplo, foi escrita quando Paulo estava preso em Roma (Fp
1.12,14). No entanto, nesta carta ele demonstra o seu regozijo e alegria (Fp
1.4,18; 2.2,17; 3.1; 4.1,4,10).
Paz. Do grego: “eirene”
significa: “estado ou condição de tranquilidade ou quietude”. A
Bíblia diz que Cristo é a nossa paz (Ef 2.14) e Nele o crente desfruta a paz
(Jo 14.17; 16.33). A paz como fruto do Espírito Santo é, primeiramente, ascendente,
para Deus (Rm 5.1,2); depois, interior, para
nós mesmos (Cl 3.15); e, finalmente, exterior,
para nosso semelhante (Rm 12.18). Esta característica do fruto do
Espírito excede todo entendimento: “E a paz de Deus, que excede todo o
entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo
Jesus” (Fp 4.7).
Longanimidade. Do grego: “makrothumia”,
significa: “perseverança”, “paciência”, “tardio para irar-se” (Ef 4.2;
2Tm 3.10; Hb 12.1). Deus é o exemplo supremo que devemos seguir: “Jeová,
o Senhor, Deus misericordioso e piedoso, tardio em iras e grande em
beneficência e verdade” (Êx 34.6). A paciência como fruto do Espírito
opera exteriormente, em direção ao nosso semelhante; e intimamente, em direção
a nós mesmos (Hb 12.7-11; 1Ts 5.14).
Benignidade. Deriva-se do
grego: “chrestotes” e significa: “ternura”, “compaixão”,
“brandura” e tem o sentido de “sentimento de não querer magoar ninguém,
nem lhe provocar dor” (Ef 4.32; Cl 3.12; 1Pd 2.3). Se Deus é benigno (Sl
5.7; 6.4; Is 63.7; Jr 31.3); Jesus é benigno (2Co 10.1; Tt 3.4); o crente não
pode ser diferente (2Co 6.6; Cl 3.12). Por isso, Paulo diz: “Antes sede
uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros,
como também Deus vos perdoou em Cristo” (Ef 4.32).
Bondade. Deriva-se do
grego: “agathosune” e significa: “zelo pela verdade e pela
retidão, e repulsa ao mal”. É a prática do bem ou daquilo que é bom. Pode
ser expressa em atos de bondade (Lc 7.37-50) ou na repreensão e na correção do
mal (Mt 21.12,13). Nas Escrituras, o homem bom é retratado como sendo
acompanhado por Deus: "Os passos de um homem bom são confirmados
pelo Senhor, e ele deleita-se no seu caminho" (Sl 37.23).
Fé. A fé como fruto do
Espírito não é a fé natural (Hb 11.3); nem a fé como dom espiritual (1Co 12.9);
nem a fé salvífica (Ef 2.8,9). Trata-se da “lealdade constante e inabalável
a Cristo e à Sua Palavra”. Ela tem o sentido de “compromisso,
fidedignidade e honestidade” (Mt 23.23; Rm 3.3; 1Tm 6.12; 2Tm 2.2; 4.7; Tt
2.10). A fé como dom opera no crente momentaneamente. Mas, como fruto do
Espírito, opera permanentemente na vida do salvo (Ap 2.10).
Mansidão. O termo grego para
mansidão é “prautes” e significa: “moderação associada à força
e à coragem”. Descreve alguém que pode irar-se com equilíbrio quando for
necessário, e também humildemente submeter-se quando for preciso (2Tm 2.25; 1Pd
3.15). Jesus Cristo foi o maior exemplo da mansidão: “Aprendei de mim,
que sou manso e humilde de coração” (Mt 11.29; 21.5; 2Co 10.1). A
mansidão deve estar presente em cada detalhe da vida espiritual, nas obras e no
viver (1Co 4.21; 1Pd 3.4; Tg 3.13; Tt 3.2). Esta virtude é considerada uma
grande qualidade espiritual, e deve ser desejada e buscada pelos santos (Mt
5.5; 1Co 4.21; 2Co 10.1; Gl 5.22; 6.1; Ef 4.2; Cl 3.12; 2Tm 2.25).
Temperança. No grego, a
palavra traduzida por temperança é: “egkrateis” e significa: “autocontrole”,
“domínio próprio”, “estado ou qualidade de ser controlado” ou “moderação
habitual” e diz respeito ao controle ou domínio sobre os próprios desejos e
paixões, inclusive a fidelidade aos votos conjugais (1Co 7.9; Tt 1.8; 2.5).
Quando o Espírito do Senhor implanta em nosso ser esta virtude espiritual, nossas
ações e palavras passam a ser diretamente controladas por Ele (Gl 5.16,25). Se
permitirmos ao Espírito encher nossa vida, seremos também por Ele controlados.
CONCLUSÃO
Como pudemos ver,
a multiforme sabedoria de Deus pode ser vista na manifestação dos dons
assistenciais, espirituais e ministeriais para que a Igreja seja edificada e
possa cumprir eficazmente a sua missão. Mas, cada crente individualmente, deve
ser um bom despenseiro dos mistérios divinos, fazendo bom uso dos dons para a
edificação do corpo de Cristo. Embora os dons espirituais sejam extremamente
necessários à Igreja, eles não devem ser vistos como mais importantes do que o
fruto; pois, enquanto os dons “falam” de serviço, o fruto “fala” de caráter.
Por isso, devemos buscar os dons, mas, acima de tudo, manifestar as virtudes do
fruto do Espírito no dia a dia.
REFERÊNCIAS
Ø Bíblia de Estudo
Palavras Chave Hebraico e Grego. CPAD.
Ø
CHAMPLIN,
R. N. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. HAGNOS.
Ø
RENOVATO,
Elinaldo. Dons Espirituais & Ministeriais. CPAD.
Ø
GILBERTO,
Antônio. O Fruto do Espírito. CPAD.
Ø
STAMPS,
Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
Ø VINE, W. E. Dicionário
Vine. CPAD.
Por Rede
Brasil de Comunicação.
quarta-feira, 23 de junho de 2021
QUESTIONÁRIOS DO 2° TRIMESTRE DE 2021
O
CUIDADO DE DEUS COM
O CORPO DE CRISTO
Lições
da Carta do Apóstolo Paulo
aos
Coríntios Para os Nossos Dias.
Lição 12
Hora da Revisão
A
respeito de “Da
Circuncisão e Dos Alimentos Sacrificados ao Ídolos ”, responda:
1. Segundo
a lição a circuncisão começou com qual patriarca?
A circuncisão teve sua origem em Abraão
2. O
que é circuncisão?
A circuncisão é a remoção do prepúcio, uma pele que
cobre o órgão sexual masculino.
3. Quando
deveria ser realizado o ritual da circuncisão?
O ritual da circuncisão deveria ser realizado no
oitavo dia de vida e simbolizava a inserção do indivíduo no povo eleito pelo
Senhor, segundo a promessa feita a Abraão.
4. O
que a assembleia de Jerusalém deliberou a respeito da circuncisão?
A decisão foi de que a circuncisão seria observada
somente pelos judeus.
5. O
que a assembleia de Jerusalém deliberou a respeito das coisas sacrificadas a
ídolos?
Que os crentes deveriam evitar os alimentos sacrificados
aos ídolos.
QUESTIONÁRIOS DO 2° TRIMESTRE DE 2021
DONS
ESPIRITUAIS E MINISTERIAIS –
Servindo
a Deus e aos Homens
com
Poder Extraordinário.
Lição 12
Para Refletir
A respeito de “O Diaconato”, responda:
Qual o significado do termo grego “diaconia”?
“Ministério”
ou “serviço”.
Qual o significado da “diaconia da toalha e da
bacia”?
Significa
a convocação cristocêntrica para uma vida de serviço humilde (Jo 13.12-17).
Quais as qualificações para o diaconato?
Caráter
moral, caráter espiritual e caráter familiar.
Qual a função dos diáconos em Atos 6?
Assistir
socialmente as viúvas: tanto as de fala hebraica como as de fala grega.
Qual a função dos diáconos hoje?
Auxiliar
a igreja local através das orientações do seu pastor em atividades ligadas a
visitar os enfermos, os necessitados e os desviados, bem como cuidar das
tarefas espirituais ligadas ao culto, como distribuir os elementos da Ceia do
Senhor, recolher as contribuições para a manutenção da igreja local (dízimos e
ofertas) e auxiliar na ordem e na segurança do culto, bem como de outras
tarefas para as quais for designado.
sexta-feira, 18 de junho de 2021
LIÇÃO 12 – O DIACONATO (SUBSÍDIO)
1 Tm 3.8-13
INTRODUÇÃO
Nesta lição traremos a definição do termo diácono e também
como seu deu a instituição do diaconato na igreja primitiva; destacaremos
também a ampliação desse ministério nos dias de hoje; e por fim, pontuaremos a
diferença entre ser diácono e exercer a diaconia.
I. DEFINIÇÃO DA
PALAVRA DIÁCONO
A palavra diácono no grego: “diákonos” denota
primariamente: “criado”, quer aquele que faz trabalhos servis, ou
o ajudante que presta serviços voluntários, sem referência particular ao seu
caráter. A palavra está provavelmente relacionada com o verbo: “diõko”,
“apressar-se após, perseguir” (talvez dito originalmente acerca de um
corredor). Ocorre no Novo Testamento em alusão a) aos criados domésticos
(Jo 2.5,9); b) ao governante civil (Rm 15.8; Gl 2.17); c) a
Cristo (Rm 15.8; Gl 2.17); d) aos seguidores de Jesus em sua relação com
o Senhor (Jo 12.26; Ef 6.21; Cl 1.7; 4.7); e) aos seguidores de Jesus em
relação uns com os outros (Mt 20.26; 23.11; Mc 9.35; 10.43); f) aos
servos de Cristo no trabalho de orar e ensinar (1Co 3.5; 2Co 3.6; 6.4; 11.23;
Ef 3.7; Cl 1.23,25; 1Ts 3.2; 1Tm 4.6); g) àqueles que servem nas igrejas
(Rm 16.1 [usado acerca de uma mulher só aqui no NT]; Fp 1.1; 1Tm
3.8,12); e, h) aos falsos apóstolos, servos de Satanás (2Co 11.15)
(VINE, 2002, p. 563 – grifo nosso).
II. O OFÍCIO DE
DIÁCONO À LUZ DA ESCRITURAS
1. No Antigo Testamento.
Embora o ministério de diácono seja uma realidade
neotestamentária, o serviço que lhe é peculiar, pode ser visto nas páginas do
Antigo Testamento, nas atribuições dadas aos levitas. A Bíblia nos mostra que
os levitas eram ajudantes dos sacerdotes (Nm 3.5-9). As obrigações menores,
algumas até manuais, como de limpeza, arranjo e arrumação no templo, cabiam aos
levitas não sacerdotais. Alguns dos seus deveres são descritos em (Êx
13.2,12,13; 22.29; 34.19; Lv 27.27; Nm 3.12,13,41,45; 8.14-17; 18.15; Dt
15.19).
2. No Novo Testamento.
Em Atos 6 temos o registro da separação dos primeiros
diáconos que tinham a função de administrar as coisas materiais e se ocupavam
do suprimento dos necessitados na igreja. Diz respeito ao ministério
eclesiástico que foi instituído pelos apóstolos para: (a) socorrer os
necessitados; (b) servir às mesas; e (c) manter a boa ordem na
Casa de Deus (At 6.1-6). Em suas funções básicas, servindo a igreja, os
diáconos atuam como ajudantes do pastor, proporcionando-lhe tempo necessário
para à oração, dedicação a Palavra, etc. (ANDRADE, 2006, p. 144 – acréscimo
nosso).
III. O MINISTÉRIO DE
DIÁCONO NA IGREJA PRIMITIVA
“A igreja nos seus primeiros dias de existência não tinha
organização formal, nem oficiais ou líderes, com exceção dos apóstolos. O
crescimento numérico da igreja e os problemas que surgiram na comunidade
interna exigiu que se começasse a organizá-la e que se escolhesse líderes ou
ministros adicionais” (MOODY, sd, p. 29). Em Atos, o segundo tratado de Lucas,
encontramos o registro da nomeação dos primeiros diáconos e o que levou os
apóstolos a apresentação destes homens para auxiliarem na obra do Senhor.
1. “Ora, naqueles dias, crescendo o número dos discípulos
[...]” (At 6.1,2).
A igreja primitiva desenvolvia um trabalho de assistência aos
irmãos carentes e necessitados, mas com o crescimento da comunidade cristã,
tornou-se cada vez mais difícil distribuir os bens de modo eficaz, o que levou
algumas viúvas a serem esquecidas na distribuição diária de alimentos (At
6.1-b). Surgiram queixas de que os helenistas (os judeus de fora de Israel),
estavam sendo negligenciados pelos hebreus (os judeus nascidos em Israel). Os
apóstolos não tinham como lidar sozinhos com o numeroso grupo e ainda assim
garantir uma distribuição justa (At 6.2). Para isto foi necessário a nomeação
de diáconos para este importante trabalho filantrópico enquanto os apóstolos se
ocupariam com a oração e a Palavra (At 6.2-4). Como podemos ver, Deus
disponibiliza diversos ministérios “serviços” para atender a
igreja nas suas diversas necessidades (1Co 12.5; Ef 4.11).
2. “Escolhei,
pois, irmãos, dentre vós [...]” (At 6.3a).
Os apóstolos
pediram, portanto, que se escolhessem sete assistentes para garantir que todos
fossem atendidos (At 6.3). Embora tenha sido a igreja que reconheceu as pessoas
aptas para este ministério, os tais só seriam constituídos por meio do governo
da igreja (At 6.3-a). Em Atos 6.3-b, Lucas registra quais foram os critérios
para esta nomeação: a) qualificações morais: “boa reputação”;
b) qualificações espirituais: “cheios do Espírito Santo”;
e c) qualificações intelectuais: “e de sabedoria”.
3. “E os
apresentaram ante os apóstolos, e estes, orando, lhes impuseram as mãos” (At
6.6).
Após a indicação
dos nomes, os apóstolos confirmaram a escolha, apresentando-os diante da igreja
e lhes conferindo autoridade com a imposição de mãos a fim de exercerem o
serviço para o qual foram chamados (At 6.6). Os resultados da nomeação, e
separação destes diáconos foram os seguintes: a) oportunidade para os
apóstolos continuarem seu ministério (At 6.3,4); b) satisfação da igreja
(At 6.5); e, c) crescimento para a obra do Senhor (At 6.7).
IV.
O MINISTÉRIO DE DIÁCONO NA IGREJA HOJE
1. Quem são os
diáconos.
“É um encargo sob
a direção do ministro da igreja (At 6.3), relacionado com os serviços de ordem
material e social. A Bíblia faz referência a alguns desses encargos da esfera
dos diáconos, como o repartir, o exercer misericórdia (Rm 12.8) e o socorrer
(1Co 12.28). Conforme o modelo do Novo Testamento, os diáconos não tomavam
parte na administração e direção da igreja, mas, além de fazer serviços
materiais e sociais, alguns cooperavam na pregação da Palavra, como Estevão (At
6.8,10) e Filipe (At 6.5; 8.4)” (BERGSTÉN, 2007, p. 117).
2. A ampliação
desse ministério.
“O ofício e a
função dos diáconos tiveram começo no tempo dos apóstolos, conforme a descrição
do sexto capítulo do livro de Atos; mas a passagem do tempo tal como sucede a
tudo mais, ampliou o escopo e a natureza do ofício, até que o mesmo se tornou
uma posição eclesiástica (1Tm 3.8-13). A própria palavra diácono é usada de
várias maneiras, nas páginas do NT, subentendendo serviço de qualquer espécie,
espiritual ou material” (CHAMPLIN, 2005, p. 312 – acréscimo nosso). “Os
diáconos poderão realizar diversas tarefas, na Casa do Senhor, com dignidade,
cuidado e zelo, 'de todo coração, como ao Senhor, e não aos homens' (Cl 3.23).
A função principal dos diáconos, atualmente, é auxiliar o pastor ou ao
dirigente da congregação, nas atividades espirituais, ligadas ao culto ou não,
bem como nas atividades sociais e materiais da igreja, para as quais for
designado” (RENOVATO, 2014, p. 144).
3. A especialidade
desse ministério.
“Os dons listados
por Paulo em Romanos 12 (dons de serviço) são tão necessários e
importantes a Igreja como os dons de 1Coríntios 12 (dons espirituais).
O dom de socorro, por exemplo, no grego “antilempseis”, indica
que toda sorte de ações úteis pode ser inspirada pelo Espírito Santo. O verbo
correspondente é usado para referir-se a auxiliar os enfermos (At 20.35) e a
servir melhor os mestres (1Tm 6.2)” (HORTON, 2006, p. 122 – grifo nosso).
A partir da definição da palavra diácono (servo) e da função do mesmo que é
servir, percebe-se claramente que o “dom de socorro” ou “exercer misericórdia”
é a especialidade do diaconato (Rm 12.8; 1Co 12.28).
V. DIACONIA, A FUNÇÃO POR
EXCELÊNCIA
Assim como os
demais dons ministeriais são dados a algumas pessoas (Ef 4.11), não são todos
que recebem o dom de diácono. A frase: “Escolhei, pois, irmãos, dentre
vós...” usada em Atos 6.3 nos mostra isso. Todavia, a “função de
servir” no grego “diaconia”, é peculiar a todos os outros
dons ministeriais. “Todo ministro começa como diácono. Isto é uma verdade. Mas
ele jamais cessa de ser um diácono. O ministro continua sendo um diácono”.
(CHAMPLIN, p. 130, 2005). Logo são diáconos: (a) os apóstolos (At 20.19;
1Co 3.5); (b) os profetas (At 13.1); (c) os pastores (1Pd 5.2); (d)
os evangelistas (2Tm 4.5); e, (e) os presbíteros (At 20.28).
VI. DIFERENÇA ENTRE DIÁCONO
MINISTÉRIO E DIACONIA SERVIÇO
Já vimos que a
palavra diácono é usada de várias maneiras, nas páginas do NT., subentendendo
“serviço” de qualquer espécie, espiritual ou material. Paulo a aplica a si
mesmo (1Co 3.5); a Jesus Cristo (Gl 2.17; Rm 15.8); aos governantes civis (Rm
13.4) e até mesmo a uma mulher: “Recomendo-vos, pois, Febe, nossa irmã, a
qual serve na igreja que está em Cencréia” (Rm 16.1). O texto deixa
claro que a irmã Febe exercia “diakonia” que é “serviço”,
mas ela não era diaconisa no sentido ministerial, pois, nenhum dom
ministerial, inclusive o de diácono foi exercido por mulheres (At
6; Ef 4.11). Embora alguns queiram advogar que a passagem de 1Timóteo 3.11
Paulo esteja se referindo a diaconisas quando diz: “Da mesma sorte as
esposas sejam honestas, não maldizentes, sóbrias e fiéis em tudo”; o
que realmente o texto está dizendo é que: “as esposas dos diáconos devem ser
mulheres de boa reputação e de bom senso, a fim de que não impeçam o ministério
de seus maridos. Com frequência elas acompanhavam a seus maridos em visitas
diaconais e em muitos outros aspectos cooperariam com o trabalho deles. Por
conseguinte, não deveriam ser mulheres entregues à maledicência, e nem mulheres
de qualidade espiritual duvidosa. Antes, de maneira geral, devem possuir as
mesmas qualificações que seus maridos” (CHAMPLIN, 2005, p. 313 – acréscimo
nosso).
CONCLUSÃO
Embora o dom
ministerial de diácono seja dado por Deus a alguns, a “diakonia” que
é “serviço” deve ser uma atribuição de todo aquele que recebeu a
Cristo como seu Salvador, como expressão de sua gratidão a Deus e amor a Sua
igreja.
REFERÊNCIAS
Ø
STAMPS,
Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal.
CPAD.
Ø
CHAMPLIN,
Russell Norman, O Novo Testamento
Interpretado versículo por versículo. HAGNOS.
Ø
RENOVATO,
Elinaldo. Dons espirituais e
ministeriais: servindo a Deus e
aos homens com o poder extraordinário. CPAD.
Ø BERGSTÉN, Eurico. Teologia Sistemática. CPAD.
Por Rede
Brasil de Comunicação.
Assinar:
Postagens (Atom)