Vídeo Aula - Pastor Valmir
terça-feira, 30 de julho de 2024
segunda-feira, 29 de julho de 2024
QUESTIONÁRIOS DO 3° TRIMESTRE DE 2024
Na Cova dos Leões –
O Exemplo de Fé e Coragem de Daniel para o
Testemunho Cristão em Nossos Dias.
Lição 04
Hora da Revisão
A respeito de “Uma Firme Decisão de Não se Contaminar”,
responda:
1.
Diante do manjar oferecido pelo rei, o que Daniel propôs em seu coração?
Daniel propôs em seu coração não contaminar-se com as
finas iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia, pedindo que fossem
dispensados (Dn 1.8).
2.
Como Daniel, agiu ao formular o pedido a Aspenaz?
Daniel
foi firme e ao mesmo tempo gentil.
3.
No lugar da comida do rei, qual foi a proposta feita por Daniel?
Durante
dez dias eles comeriam somente legumes e beberiam somente água.
4.
Ao final dos dez dias, como se apresentam Daniel e seus amigos?
Depois dos dez dias os hebreus se apresentaram com
melhor semblante e mais fortes que os outros jovens que comiam do manjar do rei
da Babilônia (1.15).
5. Que tipos de banquetes o mundo
tem oferecido aos jovens da atualidade?
Resposta
livre.
QUESTIONÁRIOS DO 3° TRIMESTRE DE 2024
O Deus
que Governa o Mundo e Cuida da Família-
Os Caminhos Divinos nos
Livros
de Rute e Ester para a
Nossa Geração.
Lição 04
Revisando o Conteúdo
A respeito de “O Encontro de Rute
com Boaz”
responda:
1. Quem era Boaz?
Um “homem valente e poderoso, da geração
de Elimeleque” (Rt 2.1). Um grande produtor rural, Boaz tinha plantações de
cevada e trigo, e muitos trabalhadores a seu serviço (Rt 2.5,6,23).
2. Qual o significado de “Goel” e
“Levir”?
“Goel”, ou seja, o resgatador da
terra que o falecido havia vendido (Rt 4.3). “Levir”, o irmão do
cunhado.
3. Qual o versículo chave do livro de
Rute?
O versículo chave do livro é uma
declaração feita por ele a Rute: “O Senhor galardoe o teu feito, e seja
cumprido o teu galardão do Senhor, Deus de Israel, sob cujas asas te vieste
abrigar” (2.11).
4. O que motivou Boaz a tratar Rute com
tanta generosidade?
Boaz tinha uma profunda compreensão
espiritual. Ele reconhecia que o Deus dos hebreus não estava limitado a
fronteiras territoriais ou barreiras étnicas.
5. Qual a reação de Noemi quando Rute lhe
informou sobre Boaz?
Quando Rute retornou para casa e contou
onde havia trabalhado, Noemi não escondeu sua exultação: “Bendito seja do
Senhor, que ainda não tem deixado a sua beneficência nem para com os vivos nem
para com os mortos […]: Este homem é nosso parente chegado e um dentre os
nossos remidores” (Rt 2.20).
sexta-feira, 26 de julho de 2024
LIÇÃO 04 – O ENCONTRO DE RUTE COM BOAZ
Rt
2.1-4;11,12,14
INTRODUÇÃO
Nesta
lição, estudaremos sobre quem foi Boaz; pontuaremos o amor altruístas que é a
entrega pelo outro e a abnegação pelo outro em detrimento a si mesmo. Em dias
em que o egoísmo infelizmente se prolifera cada vez mais na sociedade, a
mensagem cristã permanece sendo o altruísmo. Trataremos sobre o encontro de
Boaz e Rute como uma providência divina; veremos com Rute que o amor por
sua sogra lhe trouxe grandes benefícios, mas que ela nunca os fez para
recebê-lo, e que a lei da retribuição é algo que nenhum ser humano poderá
escapar. E por fim; falaremos sobre a recompensa de Deus para Rute.
I. QUEM FOI BOAZ
1. Conhecendo Boaz.
O
nome Boaz vem do hebraico e significa: “a força está nele”. Nome
encontrado no livro de Rute e nas genealogias em 1 Crônicas, Mateus e Lucas.
Boaz foi um proprietário de terras temente a Deus, que viveu em Belém de Judá
no período dos Juízes (Gandner, 2013, p. 103). Boaz aparece no livro de Rute,
onde é retratado como um parente próximo do falecido marido de Rute,
Elimeleque. Rute, uma viúva moabita, decide seguir sua sogra Noemi de volta a
Belém depois da morte de seu marido. Em Belém, Rute vai colher espigas nos
campos de Boaz, que a trata com gentileza e generosidade. Foi ele quem se
dirigiu a ela primeiro, pois Rute não teria ousado falar com um homem,
especialmente um desconhecido e que era o “senhor da ceifa”. Que
direito uma viúva e estrangeira tinha de se dirigir a um homem importante com o
Boaz? E, no entanto, ele interrompeu a conversa com seu capataz para conversar
com uma pobre desconhecida respigando em seu campo (Wiersbe, 2012, p. 182).
Isso fala muito deste homem que é um tipo de Cristo.
2. A Lei do Levirato.
Em
Levítico 25.25 encontra-se pela primeira vez referência ao parente próximo [em
hebraico goel] como quem podia resgatar a seu irmão ou a propriedade de seu
irmão. O “goel” tinha de ser o parente consanguíneo mais próximo
(Rt 2.20; 3.9,12; 4.1,3,6,8). No período bíblico, também era vingador do sangue
de seu irmão, dando morte ao homicida em caso de assassínio (Nm 35.12-29).
Outro dever do parente próximo era casar-se com a viúva de seu falecido irmão
se este morria sem deixar filho varão. O primeiro varão desta união levirata
trazia o nome do falecido e recebia a herança do finado, para que seu nome não
se extinguisse em Israel (Dt 25.5-10). A ideia fundamental do sistema do goel é
a proteção do pobre ou do desventurado (Holf, 2011, p. 217).
II. O ENCONTRO DE BOAZ E RUTE UMA
PROVIDÊNCIA DIVINA
1. Um homem poderoso.
A
expressão traduzida como “homem poderoso” em Rute 2.1 é multiforme, tanto em
significado como em propósito no livro de Rute. Embora tenha relação com a
proeminência de Boaz em Belém (Rt 4.1,2), provavelmente se refere à sua
excelência moral e espiritual e talvez até mesmo à sua coragem reconhecida e
honra. Em Provérbios 31.10 o equivalente a essa frase é usado para falar da
excelência da esposa perfeita. Um termo similar também foi usado com referência
aos “valentes de Davi”, conhecidos como guerreiros valorosos (2Sm 23.8-39).
2. Um encontro que demostra a graça de Deus.
Como
mulher, viúva pobre e estrangeira, Rute não poderia reivindicar coisa alguma a
quem quer que fosse. Ocupava a posição mais inferior da sociedade. O canal
dessa graça foi Boaz. Que consolo saber que Deus tem pessoas boas vivendo em
tempos ruins! Se você só soubesse do que se encontra registrado no Livro de
juízes, poderia concluir que os justos haviam desaparecido da terra (Sl 12.1,
2; Is 57.1; 1Rs 19.10; Mq 7.2). No entanto, ainda havia pessoas como Boaz que
conheciam o Senhor e que desejavam obedecer à sua vontade. Boaz se preocupava
com seus trabalhadores e queria que desfrutassem as bênçãos do Senhor (Rt 2.4).
Assim que Boaz havia cumprimentado seus trabalhadores, percebeu a presença de
uma desconhecida em seu campo; aliás, uma bela desconhecida. Tenho a impressão
de que foi um caso de amor à primeira vista, pois, daquele momento em diante,
Boaz voltou seu interesse para Rute e não para a colheita. Apesar de ser
estrangeira, Rute era uma mulher livre e desimpedida que, sem dúvida, havia
sido notada pelos rapazes da cidade (Rt 3.10). No livro de Rute 2.11 dá a
entender que Boaz já havia ouvido falar de Rute, mas estava prestes a
conhecê-la pessoalmente (Wiersbe, 2012, p. 181).
3. Um encontro para ser reanimada.
Boaz
conhecia bem a história de Rute, pois as notícias não demoravam a se espalhar
numa cidade pequena como Belém, sabia que Rute havia deixado sua terra natal e
seus deuses e depositado sua fé em Jeová. Havia se refugiado "sob suas
asas". Trata-se de uma imagem que, por vezes, refere-se à galinha
protegendo os pintinhos (Sl 91:4; Mt 23:37), mas também pode ser uma referência
aos querubins no Santo dos Santos (Sl 36.7; 61.4). Rute não era mais uma
estrangeira e uma desconhecida. A palavra traduzida por “respondeu”,
em Rute 2.11, significa, literalmente, “levantou a voz”. Boaz
estava se empolgando! Queria que todos ouvissem o que pensava de Rute e não
teve vergonha de ser identificado com ela. Rute havia confiado em Jeová e
provado sua fé ao apegar-se à sogra e tornar-se parte do povo de Israel em
Belém. As palavras de Rute: “falaste ao “coração de tua serva”,
no versículo 13, lembram-nos de que a Palavra de Deus vem do coração de Deus
(Sl 33.11) e fala ao coração de seu povo (Mt 23.18-23), dando ânimo e esperança
(Rm 15.4) (Wiersbe, 2012, p. 183).
III. A RECOMPENSA DE DEUS PARA RUTE
A
virtude nunca fica sem recompensa. Quem semeia ainda que com lágrimas, colhe
seus frutos com alegria (Sl 126.5,6). Quem semeia com fartura, com abundância
faz a sua colheita (2Co 9.6) (Lopes, 2007, p. 82). Rute chegou em Belém como
uma viúva estrangeira, sem perspectiva aparente, no entanto, Deus cumpriu na
íntegra a palavra dita por Boaz: “O SENHOR retribua o teu feito; e te
seja concedido pleno galardão da parte do SENHOR Deus de Israel, sob cujas asas
te vieste abrigar” (Rt 2.12). Vejamos algumas ações de Deus em
benefício de Rute:
1. Dirigiu seus passos.
Ao
tomar a iniciativa em ir em busca do necessário para o sustento dela e de sua
sogra, Rute sem saber estar sendo guiada pela mão invisível de Deus “[…]
por casualidade entrou na parte que pertencia a Boaz, o que era da
família de Elimeleque” (Rt 2.3 – ARA). Por trás de um aparente acaso,
Deus revela sua providência graciosa “[…] quanto a mim, o SENHOR
me guiou no caminho” (Gn 24.27). “A vida é composta por dois
andares. No andar de baixo, pensamos que as coisas acontecem por casualidade,
mas, no andar de cima, temos a garantia de que as mãos de Deus dirigem o nosso
destino” (Schaeffer apud Lopes, 2007, p. 70). “E sabemos que todas as
coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus […]” (Rm
8.28).
2. Restaurou a honra familiar.
Ao
voltar do campo após o encontro com Boaz, Rute conta as boas novas à sua sogra
que, da condição de amargurada passou à abençoada (Rt 2.20), isso ocorre em
virtude de uma nova esperança, Boaz é um dos remidores da família. Como pode
ser visto, o parente resgatador poderia salvar os familiares da pobreza e
dar-lhes um recomeço (Lv 25.25-34). Quando Rute contou a Noemi o que Boaz havia
dito, a esperança de Noemi se fortaleceu ainda mais, pois as palavras de Boaz
revelaram seu amor por Rute e seu desejo de fazê-la feliz. Após um extenso
período de perdas, chega o momento da restauração “[…] o choro
pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã” (Sl 30.5b). A
chegada de Rute no campo, deu a Boaz a oportunidade inicial de tornar-se seu
benfeitor e abriu o caminho para que se casasse com ela no sistema do levirato,
retirando toda a vergonha que repousava sobre a família de Noemi (Dt 25.5,6; Rt
3 e 4).
3. Incluída na genealogia de Jesus.
O
Livro de Rute começa com três funerais, mas termina com um casamento. O
primeiro capítulo registra um bocado de choro, mas o último traz
superabundância de alegria (Wiersbe, 2006, p. 192). Rute recebeu do Senhor a
capacidade para conceber (Rt 4.13). O menino foi motivo de grande alegria para
família e vizinhos, em especial sua avó Noemi (Rt 4.14-16). O nome “Obede”
significa “servo”. Obede foi o pai de Jessé, avô de Davi, e
ancestral do Senhor Jesus (Rt 4.17,21,22; 1Cr 2.12; Mt 1.5; Lc 3.32). Ao ser
incluída na árvore genealógica do Messias, Rute passou também a ser uma figura
no Antigo Testamento, que aponta para o valor universal da obra redentora de
Jesus Cristo. Revelando a verdade que a participação no reino vindouro de Deus
é determinada não por sangue ou nascimento, mas, por ajustarmos a vida à
vontade do Senhor mediante a obediência que vem pela fé (Rm 1.5).
CONCLUSÃO
Sim,
não acreditamos em acasos, acreditamos em um Deus que sabe cuidar nos mínimos
detalhes da nossa vida e existência. A lei da semeadura é uma forma de Deus nos
ensinar a fazer o certo e esperar o tempo de colher. Mas o mais belo nesta
história é que Rute em nenhum momento esboça esperar algo pelo que faz, ela
simplesmente faz. Sejamos como ela, sejamos como Boaz, sejamos como Cristo.
REFERÊNCIAS
Ø ELLISEN, Stanley. Conheça
melhor o Antigo Testamento. VIDA.
Ø GARDNER, Paul. Quem é Quem na
Bíblia. VIDA.
Ø HOLF. Paul. O Pentateuco.
VIDA.
Ø LOPES, Hernandes Dias. Comentário
Expositivo Rute. HAGNOS.
Ø MORRIS, Leon. Introdução e
comentário de Juízes e Rute. VIDA NOVA.
Ø WIERSBE, Warren W. Comentário
Bíblico Expositivo do Antigo Testamento. GEOGRAFICA.
Por
Rede Brasil de Comunicação.
segunda-feira, 22 de julho de 2024
QUESTIONÁRIOS DO 3° TRIMESTRE DE 2024
Na Cova dos Leões –
O Exemplo de Fé e Coragem de Daniel para o
Testemunho Cristão em Nossos Dias.
Lição 03
Hora da Revisão
A respeito de “Conservando os valores e guardando a
identidade”, responda:
1.
Por que se considera que os caldeus possuíam um ensino desenvolvido?
Eles foram pioneiros nos estudos da astronomia e
responsáveis pelo avanço da matemática. Eles também dominavam a escrita
cuneiforme, usada para registrar leis, negócios e eventos históricos.
2.
Durante os estudos na Babilônia, os jovens corriam qual risco?
Corriam o risco de aculturação, isto é, a perda da
cultura e das crenças hebraicas, por meio da assimilação e acomodação a cultura
dos caldeus.
3.
O que é Identidade?
É
aquilo que define e dá significado às nossas vidas.
4.
Por que os nomes dos jovens hebreus foram mudados?
Pretendiam substituir o Deus verdadeiro pelos deuses
do paganismo, com o propósito de mudar seus referenciais e identidades.
5.
Qual o significado original do nome Daniel e qual o sentido do nome que lhe
deram?
Daniel
significa ‘Deus é meu juiz’; deram-lhe o nome Beltessazar, ‘Bel protege o rei’
QUESTIONÁRIOS DO 3° TRIMESTRE DE 2024
O Deus
que Governa o Mundo e Cuida da Família-
Os Caminhos Divinos nos
Livros
de Rute e Ester para a
Nossa Geração.
Lição 03
Revisando o Conteúdo
A respeito de “Rute e Noemi: Entrelaçadas pelo Amor” responda:
1.
Que atitudes de Noemi revelam seu altruísmo?
Noemi decidiu liberá-las, para que
voltassem à casa dos pais (Rt 1.7,8; 2.11). Mesmo de avançada idade, Noemi
pensou primeiro em suas noras e no futuro delas
2.
O que a insistência de Noemi extraiu de Rute?
A atitude de Noemi extraiu o que havia no
mais íntimo de Rute: uma convicção amorosa por sua sogra, além de uma
declaração de fé no Deus de Israel.
3.
Como se revelou o amor prático de Rute?
Rute trabalhou – e muito – nos campos de
Boaz. Seu esforço impressionou o chefe dos trabalhadores. No fim do dia,
recolhia tudo e levava para a sogra (Rt 2.7,17,18). Rute não apenas dizia amar,
ela praticava o amor (1 Jo 3.18).
4.
Qual a missão das mulheres mais velhas em relação às mais novas?
As mulheres mais velhas têm a missão de
resistir aos ventos da superficialidade espiritual, sendo piedosas, dedicadas a
Deus e à família, a despeito das pressões da sociedade mundana. Somente assim
poderão inspirar e ensinar as mais novas (Tt 23-5).
5.
Qual a importância da liderança em relação à sensibilidade espiritual da
mulher?
E de grande valor quando esse
extraordinário potencial feminino é reconhecido e floresce sob uma liderança
séria, que orienta o trabalho da mulher, evitando que ela seja explorada em sua
fé (Fp 4.3; Rm 16.12; Mc 12.18- 40; 2 Tm 3.6,7).
sábado, 20 de julho de 2024
LIÇÃO 03 – RUTE NOEMI: ENTRELAÇADAS PELO AMOR
Rt
1.6-8; 14-19
INTRODUÇÃO
Nesta
lição veremos que o amor entre Rute e Noemi e o consequente apego entre ambas,
foram imprescindíveis para que a trágica experiência de um tríplice luto em
família se tornasse numa das Histórias mais belas da Bíblia. A disposição de
Rute em seguir a sua sogra, mesmo sem que houvesse qualquer expectativa de um
segundo casamento, conduziu essas duas mulheres a uma nova etapa em suas vidas,
resultando em restituição, novo casamento, geração de filho, demonstrando
claramente que Deus governa o mundo e cuida da família. Veremos nesta aula quem
eram Rute e Noemi; o significado do termo “entrelaçadas”; a trágica história
marcada pela fome, peregrinação e luto; e, finalmente, falaremos sobre o
relacionamento de Rute com a sua sogra Noemi.
I. DEFINIÇÃO E EXPLICAÇÃO DO TEMA
1. Quem era Rute.
O
nome da moabita Rute significa “amizade”. No Antigo Testamento,
este vocábulo é encontrado apenas no livro de Rute, e no Novo Testamento ocorre
apenas na genealogia de Jesus Cristo, apresentada por Mateus 1.5. Em ambos os
casos se referem à mulher moabita que se casou com um israelita que vivia em
Moabe, ficou viúva e acompanhou a sogra, chamada Noemi, que retornou para a
cidade de Belém, em Judá; ali, posteriormente casou-se com Boaz e teve um filho
por nome Obede. A genealogia no final do livro de Rute apresenta seu filho como
o avô de Davi.” (Gardner, 1995, p. 560).
2. Quem era Noemi.
Tradicionalmente
conhecida como a sogra de Rute (Rt 1). Era casada com Elimeleque, com quem teve
dois filhos: Malom e Quiliom. Durante um período de fome em Judá, seu esposo
levou a família para morar em Moabe, a fim de sobreviver. Com a morte de
Elimeleque, Noemi e os dois filhos permaneceram em Moabe, onde os jovens se
casaram com duas moabitas, chamadas Rute e Orfa. Depois de viver em Moabe por
cerca de dez anos, Malom e Quiliom também morreram; Noemi ficou só, sem marido
e filhos. Não conseguiu vislumbrar nenhuma esperança de felicidade adiante
dela; por isso, decidiu voltar para Judá.” (Gardner, 1995, p. 493).
3. O significado do termo
“entrelaçadas”.
Aurélio
define como “prender, ligar ou enlaçar um ao outro”, “entretecer”, “entrançar”,
“ligar-se”. (Ferreira, 2004, p. 295). “A amizade de Rute e Noemi mostrou-se
realmente profunda e surpreendente. Salomão escreveu: “O amigo ama em
todos os momentos; é um irmão na adversidade.” (Pv 17.17 – NVI). [...]
Rute também estava disposta a enfrentar toda e qualquer dificuldade em nome do
sentimento que devotava a Noemi. As expressões “onde quer que pousares à noite,
ali pousarei eu” e “onde quer que morreres, morrerei eu” (Rt 1.16,17)
demonstram o grau de companheirismo e comprometimento da jovem moabita, que não
ficou somente em palavras, mas transformou-se em atitudes concretas por toda a
vida.” (Queiroz, 2024, p. 41).
II. UMA TRÁGICA HISTÓRIA MARCADA
PELA FOME, PEREGRINAÇÃO E LUTO
Por
conta de uma fome que ocorreu em Judá, Elimeleque, sua esposa Noemi e seus dois
filhos Malom e Quiliom foram peregrinar nas terras de Moabe (Rt 1.1). Nesse
período Elimeleque veio a falecer (Rt 1.3); seus filhos casaram-se com duas
mulheres moabitas: Orfa e Rute (Rt 1.4). Depois disso morreram também os dois
filhos de Noemi (Rt 1.5). O texto bíblico narra a situação que ficou Noemi: “ficando
assim a mulher desamparada dos seus dois filhos e de seu marido.” (Rt
1.5). Se perder o marido e ficar viúva já era difícil para uma mulher que
peregrinava em terras que não eram suas, imagina perder também os dois filhos!
A angústia no coração de Noemi era tão imensa que ela chegou a dizer que não
deveria mais ser chamada de Noemi, que significa “agradável”, e sim, de Mara,
ou seja, “amargura” ou “amargurada” (Rt 1.20). Mas, é em meio a estas tragédias
que se inicia uma bela história de amor entre Rute e Noemi.
1. A proposta de Noemi.
Seu
desejo foi que as duas noras, Rute e Orfa, voltassem para as casas de seus
pais: “Tornai, filhas minhas, ide-vos embora, que já mui velha sou para
ter marido; ainda quando eu dissesse: Tenho esperança, ou ainda que esta noite
tivesse marido, e ainda tivesse filhos, esperá-los-íeis?” (Rt 1.11-13).
Orfa, então, seguiu o conselho de sua sogra Noemi e retornou para a casa dos
seus pais e, também, para os seus deuses (Rt 1.14,15).
2. A resposta de Rute.
Diferente
de Orfa, Rute decidiu acompanhar a sua sogra E não aceitou tal plano. Pelo
contrário, apegou-se a Noemi, e fez esta sublime declaração: “Não me
instes para que te deixe, e me obrigues a não seguir-te. Aonde quer que fores
irei, e onde quer que pousares, ali pousarei. O teu povo será o meu povo, e o
teu Deus será o meu Deus.” (Rt 1.16).
III. O RELACIONAMENTO DE RUTE COM A
SUA SOGRA NOEMI
O
relacionamento entre Rute e sua sogra Noemi torna-se um exemplo nobre a ser
seguido por todas as famílias. Vejamos atitudes louváveis desse relacionamento:
1 Afinidade e respeito (Rt 1.9).
O
grau de carinho e consideração é algo que deve ser destacado entre Noemi e suas
noras: a) A forma fraternal com que a sogra se dirige, sempre chamando Orfa e
Rute de filhas (Rt 1.11,12,13); b) a empatia de Noemi, ao priorizar o
bem-estar de suas noras, mesmo resultando na própria solidão (Rt 1.8,9); e, c)
o reconhecimento, de que Orfa e Rute só lhe fazia bem: “[...] Que o
SENHOR seja bom para vocês, assim como vocês foram boas para mim e para os
falecidos!” (Rt 1.8 - NTLH).
2. Altruísmo (Rt 1.14).
Um
dos traços do caráter de Rute era o amor para com o próximo, nesse caso, à sua
sogra. A despeito da tentativa de Noemi em fazê-la voltar para a casa de sua
mãe (Rt 1.8), com o argumento de não ter nada para lhe oferecer (Rt 1.11,12);
Rute revela seu amor altruísta, ou seja, sem interesses pessoais, quando nos
diz o texto: “[…] porém Rute se apegou a ela” (Rt 1.14). A sua amizade não era
uma relação utilitarista e conveniente. Seu amor não era apenas de palavras,
mas de fato e de verdade (1Jo 3.18). O altruísmo de Rute é a expressão do
verdadeiro amor que Paulo descreveu: “[…] não procura seus interesses” (1Co
13.5); é o amor sacrificial que tem como o maior exemplo Cristo Jesus (Rm
5.6-8); é o amor que devemos ter para com todos (Jo 13.34; 1Co 10.33; 16.14;
1Ts 3.12; 1Jo 4.21; 2Pe 1.7). Como disse o apóstolo Paulo: “Ninguém
busque seu próprio interesse, e sim o de outrem” (1Co 10.24).
3. Lealdade (Rt 1.16).
Rute
se apegou a Noemi e decidiu continuar ao seu lado. Sua fidelidade e devoção são
destacadas por sua resposta, o que caracteriza uma expressão clássica de
lealdade: “[...] faça-me assim o SENHOR, e outro tanto, se outra coisa
que não a morte me separar de ti” (Rt 1.17b). Embora a morte do seu
marido tenha cortado os laços dela com a família de Noemi pelas normas da
sociedade, Rute escolhe ficar com ela voluntariamente; esse ato reflete uma
abnegação notável, a ponto de pôr em risco a própria felicidade.
4. Determinação (Rt 1.18).
Outra
virtude notável dessa jovem moabita é a sua convicção; diante da insistência de
Noemi, Rute se mostra resoluta, e persiste em ficar ao lado da sua amada sogra
(Rt 1.14,16). Sua determinação não estava apenas no âmbito afetivo, mas, também
em suas convicções religiosas, pois estava decidida a abandonar os deuses de
Moabe tornando-se seguidora do Deus de Israel “[…] o teu povo é o meu
povo, o teu Deus é o meu Deus” (Rt 1.16). Esta determinação ainda é
ressaltada ao se dispor em ir ao campo colher espigas trazendo provisão para
ela e sua sogra (Rt 2.1,7,1 7,18). À semelhança de Rute, foi com firme
propósito que Daniel deu testemunho de sua fé em Babilônia (Dn 1.8); essa é a
atitude necessária de quem está envolvido na obra de Deus (1Co 15.58); de quem
visa a recompensa divina (Hb 6.11; 10.35,36); e de quem espera a vinda de Jesus
(Tg 5.7,8).
5. Submissão (Rt 2.2,7,10).
De
acordo com Aurélio submissão quer dizer: “Ato ou efeito de submeter-se.
Disposição para aceitar uma condição de dependência” (2004, p. 1885).
Submissão é outro aspecto do relacionamento de Rute e sua sogra; sua humildade
é revelada ao se submeter, pedindo autorização para ir ao campo. O Paulo nos
ensina que a submissão voluntária derivada do amor, deve ser: a) a base
dos relacionamentos domésticos (Ef 5.21,22,25; Cl 3.18-21); b) necessário
como um meio evangelístico (1Pe 3.1); c) no trato com os líderes (Tt
3.1; Hb 13.17; 1Pe 2.13-15); d) também com os liderados (1Pe 2.18); e)
nos relacionamentos interpessoais (1Pe 5.5); e f) com Deus (Hb
12.9; Tg 4.7).
6. Amor e honra (Rt 4.13-16).
O
amor de Rute por sua sogra se conhecia e admirava em todo o povo: “[...]
pois a tua nora, que te ama” (Rt 4.15). Noemi tinha perdido dois
filhos, mas em Rute ela conseguiu o equivalente a sete filhos: “[...] e
ela te é melhor do que sete filhos”, falando metaforicamente. Para uma
mulher israelita, ter sete filhos era uma bênção divina e uma grande honra (Jó
1.2; 1Sm 2.5; Jr 15.9). Rute amou sua sogra, pelo que qualquer coisa boa que
Boaz desse a Rute, também dava a Noemi: “E Noemi tomou o filho, e o pôs no
seu colo, e foi sua ama.” (Rt 4.16).
CONCLUSÃO
Como
pudemos ver, o relacionamento saudável entre Rute e Noemi envolve afinidade,
respeito, altruísmo, lealdade, submissão, determinação, honra, e,
principalmente, amor, servem de exemplo para as mulheres de todas as épocas.
Esta História nos ensina que é possível, sim, nora e sogra viverem em paz e em
harmonia, visando o bem comum. Em um mundo caracterizado pelo individualismo e
conflitos familiares, Rute e Noemi deixam um exemplo extraordinário, não apenas
para seus contemporâneos, mas, também, para as gerações futuras.
REFERÊNCIAS
Ø FERREIRA, Aurélio Buarque de
Holanda. Minidicionário da língua portuguesa. NOVA FRONTEIRA.
Ø GARDNER, Paul. Quem é Quem na
Bíblia. VIDA.
Ø QUEIROZ, Silas. O Deus que
Governa o Mundo e Cuida da Família. CPAD.
Ø STAMPS, Donald Carrel. Bíblia
de Estudo Pentecostal. CPAD.
Por
Rede Brasil de Comunicação.
quarta-feira, 17 de julho de 2024
terça-feira, 16 de julho de 2024
QUESTIONÁRIOS DO 3° TRIMESTRE DE 2024
Na Cova dos Leões –
O Exemplo de Fé e Coragem de Daniel para o
Testemunho Cristão em Nossos Dias.
Lição 02
Hora da Revisão
A respeito de “Como Viveremos na Babilônia”,
responda:
1.
Como era a cidade da Babilônia nos tempos de Daniel?
A cidade era cercada por uma forte e extensa muralha
em milhares de torres. Também se fazia conhecer por seus luxuosos palácios
reais e obras de arte, pátios e jardins, dentre os quais os jardins suspensos,
assim reconhecidos como umas das sete maravilhas do mundo antigo.
2. Qual a origem bíblica da Babilônia?
A Torre de Babel (Gn 11.1-9).
3. Biblicamente, quais as duas formas de definir a Babilônia?
Babilônia é tanto um lugar geográfico quanto a representação de um sistema reprovável diante de Deus e seus valores espirituais e morais.
4.Qual o nome da divindade que era considerada patrono da cidade da Babilônia.
Marduque.
5.Quais
admoestações Deus deu a Jeremias sobre como os judeus deveriam viver na terra
para onde seriam transportados?
Eles deveriam constituir família, multiplicarem-se e buscar a paz e prosperidade da cidade (Jr 29.5-7).
Eles deveriam constituir família, multiplicarem-se e buscar a paz e prosperidade da cidade (Jr 29.5-7).
segunda-feira, 15 de julho de 2024
QUESTIONÁRIOS DO 3° TRIMESTRE DE 2024
O Deus
que Governa o Mundo e Cuida da Família-
Os Caminhos Divinos nos
Livros
de Rute e Ester para a
Nossa Geração.
Lição 02
Revisando o Conteúdo
A respeito de “O Livro de Rute” responda:
1. Como o livro
de Rute é classificado na Bíblia Hebraica?
O Livro de Rute pertence à terceira divisão ou
seção da Tanakh, a Bíblia Hebraica: Ketuviim ou Hagiógrafos (Escritos).
2. Como e por que o livro é categorizado na Bíblia Cristã?
Rute está categorizado como um livro histórico, por
seu evidente gênero narrativo.
3. Que evidências apontam para a autoria de Samuel?
O Talmude, obra milenar de regulamentos e tradições
judaicas, atribui a ele a autoria. A forma como o autor se refere a Jessé e
Davi parece indicar contemporaneidade e familiaridade com os personagens, o que
também aponta para Samuel (Rt 4.17).
4. Qual o contexto histórico de Rute?
O tempo dos Juízes.
5. Qual a principal mensagem do livro?
Vários propósitos são atribuídos ao Livro de Rute.
O principal e mais evidente deles é apresentar Davi como descendente de Judá, a
tribo real da qual viria o Messias, “o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi”
(Ap 5.5; cf. Rt 4.18 -22).
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