sábado, 7 de dezembro de 2024

LIÇÃO 10 – A PROMESSA DA PROTEÇÃO DIVINA

 




Ef 6.10-17; Sl 91.1-8
 
 
 
INTRODUÇÃO
Nesta lição falaremos sobre o conceito de proteção. A promessa de proteção divina é um dos maiores consolos para o cristão, conforme vemos em Efésios 6:10-17 e Salmo 91:1-8. Deus nos oferece uma armadura espiritual poderosa, composta por elementos como a verdade, a justiça, a fé e a palavra de Deus, para que possamos resistir às forças do mal. Ao nos revestirmos dessa armadura, não apenas nos protegemos, mas também reconhecemos que nossa segurança vem unicamente de Deus e não da dependência de anjos. A proteção divina é assegurada através da presença constante de Cristo, que é nosso refúgio e fortaleza. Portanto, é essencial que observemos e vivamos de acordo com essa armadura, confiando plenamente no poder e cuidado de Deus. 


I. DEFINIÇÃO DA PALAVRA PROTEÇÃO. 
Segundo o dicionarista Antônio Houaiss (2001), proteção é o “ato ou efeito de proteger(-se)”, “cuidado (com algo ou alguém) mais fraco”, “aquilo que serve para abrigar”; “abrigo, resguardo, guarita”; “aquilo que protege de um agente exterior”. No Antigo Testamento, o conceito de segurança era expresso pela palavra hebraica “bātach”. Esse vocábulo quer dizer “confiar”, “sentir-se seguro”, “estar despreocupado” ou “descansar em Deus”. No Salmo 78.53 designa a segurança com que o Senhor conduziu o povo de Israel no deserto. O termo, portanto, descreve a segurança e proteção que o Senhor concede ao seu povo contra “todas as ciladas do inimigo” (1 Sm 12.11; 1 Rs 8.56; Ef 6.11). 


II. ATITUDES QUE DEVEMOS TER EM RELAÇÃO A ARMADURA DE DEUS 
A armadura de Deus, conforme descrita em Efésios 6:10-18, é um conjunto de atitudes e comportamentos espirituais que devemos adotar para enfrentar os desafios e as tentações da vida cristã. Paulo nos ensina a nos revestir de forças espirituais, como a verdade, a justiça e a fé, para resistir aos ataques do inimigo. Cada peça dessa armadura nos lembra da importância de estarmos firmes em Cristo e dependermos de Sua força. Dessa forma, devemos viver em vigilância e oração, confiantes na proteção divina.
 
1. Conhecer a armadura.
Houaiss (2001, p. 802) diz que conhecer é “perceber e incorporar algo; ficar sabendo; adquirir informações sobre; tomar ou ter consciência de; estar familiarizado com; ter ideia bastante exata sobre; experimentar; dar-se conta de”. Contra os inimigos espirituais não podemos lutar de “qualquer jeito”, nem com “qualquer arma”, nem tampouco usarmos “armadura humana” como foi sugerido a Davi (1Sm 17.38-40). Uma vez que lutamos contra inimigos na esfera espiritual e imaterial, precisamos conhecer nossas armas espirituais (2Co 10.3-5), pois Deus nos supriu com elas, e não devemos deixar parte alguma de fora (Ef 6.10). Alguns estão sendo derrotados porque não tem dado a devida importância a estas armas espirituais, e por isso, estão sendo “[…] vencidos por Satanás” (2Co 2.10c; ver ainda Ef 4.27; 1Pe 5.8).
 
2. Revestir-se da armadura.
Segundo o dicionário da língua portuguesa, a palavra revestir é: “vestir mais uma vez; vestir de novo; cobrir-se com adornos; recobrir; tornar firme, estável e resistente algo aplicando-lhe um revestimento para enfrentar situação adversa; armar-se” (2001, p. 2453). No grego a palavra “revestir” é “enduo” que quer dizer: “entrar em uma roupa, vestir duas vezes”. A ideia deixada pelo apóstolo Paulo é que este revestimento serve para “estar firmes” (Ef 6.11), de onde vem a palavra “histemi” que significa: “ficar de pé, tornar firme, fixar, manter-se no lugar, permanecer imóvel, continuar seguro, ileso, permanecer preparado, ter uma mente firme, alguém que não hesita, que não desiste”. Só assim podemos vencer “as astutas ciladas do diabo”.
 
3. Usar a armadura.
O dicionarista Antônio Houaiss define o verbo “usar” como: “servir-se de algo; lançar mão de; utilizar algo; pôr algo em uso ou serviço para atingir um fim; exercitar; praticar” (2001, p. 2815). No grego é a expressão “analambano” que significa: “pegar, levantar, erguer algo para usar”. Paulo dá uma ênfase muito grande a ação de “tomar toda armadura” (Ef 6.13;16; 17).


III. OS ELEMENTOS DA ARMADURA DE DEUS
Paulo ordena a seus leitores que vistam: “toda a armadura de Deus” (Ef 6.13). É usando o contexto militar romano que o apóstolo fala sobre o combate espiritual, e por isso está presente a figura da armadura, em uma linguagem metafórica para que os crentes compreendessem com clareza a realidade da peleja […] Quando o apóstolo Paulo fala sobre a armadura de Deus, “panoplían ton theou”, em grego, está se referindo a uma armadura completa: “Revesti-vos de toda a armadura de Deus […]” (Ef 6.11) (SOARES; SOARES, 2018, pp. 114, 119). Vejamos aspectos da armadura de Deus:
 
1. O cinto da verdade.
Satanás é um mentiroso e pai da mentira (Jo 8.44), mas o cristão cuja vida é controlada pela verdade o derrotará: Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade […]” (Ef 6.14a). O termo “cingidos” do grego “perizonnumi” também usado pelo apóstolo traz a ideia de prender as vestes com um cinturão, cobrir-se. Já as palavras “lombos” vem da expressão “osphus” que fala do quadril lugar onde os hebreus achavam que o poder generativo residia por causa do sêmen (partes geradoras de vida), e “verdade” “aletheia” fala algo verdadeiro, sinceridade de mente. A verdade e a mentira são opostas (1Jo 2.21). A verdade, como as outras peças da armadura, é na realidade um aspecto da natureza do próprio Deus. Portanto, cingir-se com o cinturão da verdade é cingir-se de Cristo, pois Cristo é a “verdade” (Jo 14.6) (HANEGRAAFF, 2005, p, 53).
 
2. A couraça da justiça.
Couraça é uma armadura defensiva que cobre o peito e as costas onde ficam os órgãos vitais como o coração e o pulmão. Uma couraça protegia um guerreiro contra um golpe fatal contra estes órgãos importantes: “[…] e vestida a couraça da justiça” (Ef 6.14b). O peitoral, que consistia em duas partes, chamadas “asas”. A primeira cobria a região inteira do peito, a parte frontal do tórax e a outra cobria a parte das costas. A palavra “couraça” vem do grego “thorax”. Era colocada sobre peito e abdômen para proteger o coração e outros órgãos vitais do soldado. Um dos “órgãos” que o inimigo mais ataca é o nosso coração. Por isso, precisamos guardá-lo, porque dele procedem as fontes da vida (Mt 6.21; Mc 12.30). Não guardar o coração pode gerar marcas e sequelas: “Escondi a tua Palavra no meu coração, para não pecar contra ti” (Sl 119.11).


CONCLUSÃO
Pais e filhos têm a sua disposição, como a garantia da Palavra de Deus, várias promessas, No entanto, essas são condicionadas aos ditames das Escrituras Sagradas, que exige tantos dos pais como filhos. 
 
 
 
REFERÊNCIAS
Ø  ADEYEMOI, Tokunboh. Comentário Bíblico Africano. Mundo Cristão.
Ø  MACDONALD, William. Comentário Bíblico Popular. Mundo Cristão.
Ø  STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
Ø  SILVA, Soares Esequias. Declaração de Fé das Assembleia de Deus no Brasil. CPAD.     
  
Por Rede Brasil de Comunicação.





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