1 Rs 21.1-5;15,16
INTRODUÇÃO
Na lição
passada, após o
comentarista quebrar a sequência lógica dos eventos vividos pelo profeta Elias,
estudamos sobre a primeira fuga do profeta Elias que foi para Sarepta onde, de
forma inexplicável, porém milagrosa, ele foi sustentado por uma pobre viúva.
Portanto, retornando a sequência dos fatos relacionados à vida do profeta de
tisbe, abordaremos, na aula de hoje, uma das maiores injustiças narradas nas
Sagradas Escrituras cometida pela cobiça do rei Acabe. Assim, trataremos do
objeto, das causas, do fruto e das consequências dessa cobiça. Que esse fato
nos sirva de exemplo, pois o Apóstolo Paulo nos alerta: “tudo o que o homem semear, isso
também ceifará” (Gl 6.7). Esta é uma lei que ninguém está isento!
I.
O OBJETO DS COBIÇA
1. O direto à propriedade no
Antigo Israel.
O termo “propriedade” do latim “proprius”
significa “privado, de si mesmo”. Assim, a propriedade é definida com sendo
um prédio, fazenda ou herdade. Por essa razão as Escrituras afirmam que: “a
terra é do Senhor, e toda a sua plenitude” (1 Co 10.26; Êx 19.5; Dt
10.14). E, por esse motivo, o Senhor criou, dentre as muitas leis que regiam a
vida social de Israel, o Ano do Jubileu (Lv 25). Apos sete observâncias do ano sabático,
vinha o ano de jubileu. Este era inaugurado quando eram tocadas as trombetas,
no decimo dia de Tisri, o sétimo mês. De conformidade com as instruções baixadas
em Lv 25.8-55, isso assinalava o ano de liberdade, quando a herança da família
era restituída aqueles que tivessem tido o infortúnio de perdê-la, quando os
escravos hebreus eram libertos e quando a terra ficava sem cultivo. Os
israelitas tinham o dever de reconhecer, na possessão da terra, que Deus era o
doador. Portanto, a terra devia ser guardada na família, passando de pais a
filhos como uma herança. No caso de necessidade, somente o direito a produção
da terra podia ser vendido. E posto que a cada cinquenta anos essa terra
revertia ao proprietário original, o preço estava diretamente relacionado ao número
de anos que restavam antes do ano de jubileu. A qualquer tempo, durante esse período,
a terra poderia ser remida pelo proprietário ou por um parente próximo.
As
casas erigidas em cidades muradas, excetuando as cidades dos levitas, não
estavam incluídas nas provisões do ano de jubileu. Além do ano do jubileu,
Nabote estava devidamente amparado pela Lei do Senhor como mostra-nos os textos
de Nm 27.8-11; 36.7 e Ez 46.18. Portanto, o propósito dessas leis do Senhor
era, verdadeiramente, proteger seu povo da desigualdade social, bem como
garantir-lhe o direto de cultivar a terra para sua subsistência. Por isso, não
devemos ficar surpresos quando a injustiça e a maldade forem companheiras das
práticas de uma nação quando a mesma se afasta do Senhor. Era isso que ocorria
com o reino do norte, porquanto seu rei não tinha nenhuma consideração pela Lei
do Senhor!
2.
A herança de Nabote.
Nabote era um israelita que habitava em
Jezreel e, que nesta cidade tinha uma vinha; tratava-se de uma terra deixada
por seu pai. Ou seja, era sua herança! O
termo “herança” do latim “heres” significa “aquele
que tem condições de receber os bens de um falecido, herdeiro”. Assim,
a herança é o bem, direito ou obrigação transmitidos por disposição
testamentária ou por via de sucessão.
Nabote estava, como vimos acima, amparado
pela lei mosaica e Acabe ignorando isto disse-lhe: “Dá-me a tua vinha, para que me
sirva de horta, porque está vizinha, ao lado de minha casa. E te darei por ela
outra vinha melhor, ou, se for do teu agrado, dar-te-ei o seu valor em dinheiro”
(1Rs 21.2). Aparentemente, Acabe parece está fazendo a coisa certa, pois ele
não planeja tomar a vinha de Nabote, mas, sim, trocá-la ou comprá-la segundo o
seu valor de mercado. Porém, ele estava desprezando a Lei do Senhor que proibia
tal negócio. Nabote sabedor que a Lei do Senhor o protegia disse ao rei: “Guarde-me
o Senhor de que eu te dê a herança de meus pais” (1 Rs 21.3). Sua
resposta manifesta que ele, realmente, não podia vendê-la nem trocá-la por
outra propriedade. É provável que Nabote tenha sido criado naquele terreno,
dedicando-se com seus pais ao cultivo de uvas. Diferentemente de Nabote, muitos
estão vendendo sua herança espiritual por uma herança material, estão trocando
a glória celestial pela glória material. Estejamos atentos, pois, para não
terminarmos como Esaú, que depois de ter vendido sua primogenitura (o espiritual) por um prato de lentilhas
(o material), ficou chorando
amargamente por não ter direito a benção (Gn 25.30-34; 27.38). A Escritura
afirma que somos herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo (Rm 8.17), portanto,
assim como Nabote, não negociemos as bênçãos de Deus em nossas vidas, a começar
pela nossa salvação (1 Pe 1.18,19)!
II.
AS CAUSAS DA COBIÇA
1. A casa de campo
de Acabe.
De fato, o palácio de Acabe em
Jezreel não era a sua moradia fixa, ou seja, não era a casa real, sede do
governo e capital do reino (1 Rs 16.24,32), mas era uma casa de campo, também
chamada casa de verão (1 Rs 18.45,46). E, como sabemos, esta servia para
descanso, lazer e entretenimento. Desta forma, o fato de existir ao lado de sua
casa de campo um terreno de um dos seus súditos, despertou no rei Acabe o
interesse de apropriasse do mesmo. Como disse, aparentemente, parecia que Acabe
estava agindo dentro da legalidade, mas além de ignorar a Lei do Senhor que
proibia a venda da propriedade, Acabe também violou o décimo principio do
decálogo: “Não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu
próximo, nem o seu escravo, nem a sua escrava, nem o seu boi, nem o seu
jumento, nem coisa alguma do teu próximo” (Êx 20.17). Mas, o que é
cobiça? O termo “cobiça” vem do latim “cupiditas” que significa “desejo
intenso, ambição”. Já no hebraico é behtsah,
geralmente traduzida por ganância, e no grego é pleonaxia,
traduzida como avareza. Segundo o dicionário Online, a
cobiça é um desejo desmedido pelo
poder, dinheiro, bens materiais, glórias etc; ambição: a cobiça pode acabar com
algumas amizades. Obstinação intensa para conseguir algo. Já segundo o Pr. Claudionor de Andrade, a
cobiça é um desejo de se possuir alguma coisa a que não se tem direito. Ainda
segundo o Pr. Claudionor, a cobiça é tão grave, que o decálogo encerra-se
justamente com uma forte prevenção contra este pecado que, sem dúvida alguma,
constituí-se na raiz de todos os males. Ainda segundo ele, a cobiça é o pecado
que dá origem a todos os outros pecados. Foi através da cobiça que o mal
introduziu-se no Universo.
O querubim ungido pecou ao cobiçar o ser igual a
Deus; nossos pais, ao desejarem saber tanto quanto Deus. Realmente, o
texto de 1 Timóteo 6.10 encaixasse perfeitamente aqui, pois diz: “Porque
o amor do dinheiro é a raiz de todos os males; e nessa cobiça alguns se
desviaram da fé, e se transpassaram a si mesmos com muitas dores”. Amor
e cobiça não são a mesma coisa, logo o amor enfatizado no texto refere-se a
própria cobiça, pois amor não gera males, mas, sim, a cobiça como trata o
Apóstolo explicitamente no texto. Por isso, concordo com o Pr. Claudionor, ao
afirmar que a cobiça é o pecado que originou os outros pecados (Gn 3.6; Is
14.13,14)!
2.
A horta de Acabe.
Diante da
resposta de Nabote, Acabe volta completamente “desgostoso e indignado à sua
casa, por causa da palavra de Nabote, o jezreelita, lhe falara: Não te darei a
herança de meus pais. Deitou-se na sua cama, voltou o rosto, e não comeu pão”
(1 Rs 21.4). O rei estava, de fato, dominado pelo desejo de “ter”
e de “possuir”. Acabe, portanto, estava mais preocupado com questões
estéticas do que éticas. Ele não estava preocupado como agradar a Deus através
de sua administração, mas como desfrutar prazerosamente a vida.
Lamentavelmente, a filosofia mundana do “ter” em detrimento do “ser”
já invadiu a vida de muitos que dizem conhecer a Deus (Mt 6.24; 1 Tm 6.9,10; 1
Jo 2.15). Embora a igreja tenha sido levantada por Deus para combater o pecado,
bem como, toda forma de injustiça decorrente do mesmo (Ef 2.10; 1 Tm 3.15; 1 Jo
2.29; 3.3), muitas delas não possuem nem mais a identidade de igreja. Isso
porque, a semelhança de Acabe, se deixaram guiar pelo espirito do mundanismo,
em vez de obedecerem a vontade de Deus e de sua lei revelada por sua Palavra. Este
espirito pode ser identificado através de algumas características, tais como:
ü Materialismo – é o
ceticismo a respeito da existência daquilo que é transcendental. Um estilo de
vida pautado somente nas coisas materiais. Após essa vida, dizem os
materialistas, tudo acaba.
ü Hedonismo – ética
pautada na busca intensa pelo prazer inteiramente pessoal. O sexo, a paz
interior e a prosperidade são os sonhos de vida do ser humano.
ü Pragmatismo – é o
estilo de vida que objetiva o lucro pessoal. Os relacionamentos de ordem
sentimental, espiritual e profissional são baseados numa perspectiva de
barganha.
Por essa
razão, o Senhor é bastante enfático em Tiago 4.4, ao dizer: “Adúlteros
e adúlteras, não sabeis que a amizade do mundo é inimizade com Deus? Portanto,
qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus”. Infelizmente,
muitas igrejas deixaram os conceitos mundanos adentrarem os seus apriscos (Ap
3.12-17; Mt 7.21). As Escrituras mostra-nos um típico exemplo de uma igreja assim,
ela dizia: “rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta” (Ap 3.17a).
Como resposta o Senhor lhe disse: “Mas não sabes que és um coitado, e
miserável, e pobre, e cego, e nú” (Ap 3.17b). Portanto, cuidado para não
fazer como o rei Acabe que, priorizou seus sonhos e sua vontade em detrimento
da vontade e da Lei do Senhor!
III.
O FRUTO DA COBIÇA
1. Falso testemunho.
Diante do desgosto e indignação demostrados
pelo estado do semblante de Acabe, Jezabel lhe indaga: “Por que está o teu espirito tão
desgostoso, e não comes pão” (1 Rs 21.5). As Escrituras afirmam que um coração alegre aformoseia o rosto (Pv
15.13). Porem, não era o caso de Acabe, já que ele não realizou seu desejo
pecaminoso. Então ele conta para Jezabel o ocorrido e ela lhe questiona: “Governa
tu, com efeito, no reino de Israel?” (1 Rs 21.7a) , e ela promete ao
rei realizar seu desejo pecaminoso, dizendo: “eu te darei a vinha de Nabote, o
jezreelita” (1 Rs 21.7b). A partir de então, Jezabel arquiteta um plano
sem escrúpulos, sem temor a Deus, sem piedade e sem
misericórdia, onde Nabote seria vitimado por uma terrível calúnia. Conhecedora
dos costumes e das leis do povo a qual Jezabel era rainha, pois a Lei Mosaica
requeria o testemunho de duas ou três testemunhas dignas de fé com o fim de se
sustentar a afirmação de um fato (Nm 35.30; Dt 17.6), ela utiliza-se de tal
recurso. Porquanto, era uma prática comum em Israel, isto é, já fazia parte da
vida e dos hábitos de todo judeu que, o próprio Novo Testamento tanto confirma
como absorveu esta prática (Mt 18.16; 2 Co 13.1; 1 Tm 5.19; Hb 10.28). Embora
fosse uma prática dos hábitos judaicos, ela não tinha nada de comum no sentido
literal do termo, isso porque a pessoa que testemunhava deveria fazê-lo jurando
pelo nome do Senhor (Lv 19.12).
Por essa razão, o ato de testemunhar falsamente
violava dois mandamentos do decálogo, os quais são: “Não tomarás o nome do Senhor, teu
Deus, em vão” (Êx 20.7), e “Não dirás falso testemunho contra o teu
próximo” (Êx 20.16). Jezabel usou o recurso do testemunho e, também, o
nome do Senhor para fins impróprios. É curioso ver que pessoas malignas não
adoram ao Senhor nem o temem, mas não se furtam de usar o nome do Senhor para
perverter o juízo e cometer atrocidades. Mas lembremo-nos de que Deus não se
deixa escarnecer nem deixa seu nome ser
usado em vão.
2. Assassinato e apropriação
indevida.
Dando andamento ao seu ardiloso
plano, Jezabel que não era e nunca foi uma mulher qualquer, pois já havia em outros episódios demonstrado a sua influência e
força no reino, na mesa de quem quatrocentos e cinquenta profetas de Baal e
quatrocentos profetas de Aserá comiam, que tomava decisões sem pedir a
aprovação do seu manipulável e omisso marido (1 Rs 19.1), possuidora de um
temperamento difícil e cruel em suas deliberações (1 Rs 19.2), toma ela o sinete real para selar a carta que
escrevera aos nobres de Jezreel que dizia: “Apregoai um jejum, e ponde a
Nabote diante do povo. Ponde defronte dele dois homens, filhos de Belial, que
testemunhem contra ele, dizendo: Blasfemaste contra Deus e contra o rei. Depois
levai-o para fora, e apedrejai-o, para que morra” (1 Rs 21.9,10). É interessante observar que o maligno plano de Jezabel se
reveste de um caráter espiritual, com direito a proclamação de um jejum. O ‘dia
de jejum’ que Jezabel proclamou sugere que ela havia convocado os anciãos em
assembleia para identificar a causa de algum recente desastre ou dificuldade
(cf. Jl 1.14-18). Alguns sugerem que a acusação feita pelos dois ‘vilões’ era
que Nabote abandonara a promessa feita em nome de Deus para vender sua terra ao
rei. O fracasso em manter um juramento feito em nome de Deus seria blasfêmia.
Nesse caso, após a morte de Nabote, o rei podia legalmente tomar posse da
propriedade em disputa. Mas, Nabote não foi a única vítima desta trama maligna,
pois o texto de 2 Rs 9.26 diz: “Ontem eu vi o sangue de Nabote e o sangue de
seus filhos, diz o Senhor”. Desta forma, sem nenhum herdeiro vivo,
aparentemente não havia ficado ninguém para disputar a reclamação de Acabe pela
terra. Vemos, portanto, que é possível “espiritualizar”
até a cobiça. Em nome de Deus, e com a máscara da falsa espiritualidade, muitas
barbáries e injustiças são realizadas sob a influência do “espírito de Jezabel”, muitas cobiças são alimentadas à custa da
destruição de vidas, casamento e famílias.
IV.
AS CONSEQUÊNCIAS DA COBIÇA
1. Julgamento divino.
Depois que o plano sórdido da
rainha Jezabel foi devidamente executado, ela aguardou, juntamente com o seu
cumplice o rei Acabe, o mensageiro que lhe traria as novas. Que novas! Então, o
mensageiro chega e lhe diz: “Nabote foi apedrejado, e morreu” (1 Rs 21.14). Pronto! O plano
sujo da rainha deu certo, e a essa altura tanto ela como o rei Acabe estavam
convictos de que ninguém saberia o que de fato aconteceu. Eles pensavam que o
assassinato de Nabote e de sua família, que teve inicio com a cobiça do rei,
ficaria impune. Porém, eles esqueciam que “não há criatura alguma encoberta diante
dele. todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos de daquele a quem havemos
de prestar contas” (Hb 4.13). Tão logo Acabe se apossou da vinha de Nabote, imediatamente, o Senhor manda o
profeta de tisbe encontrasse com o rei na vinha de Nabote e dizer-lhe: “Assim
diz o Senhor: Não mataste e tomaste a herança? Então lhes dirás: Assim diz o
Senhor: No lugar em que os cães lamberam e sangue de Nabote, lamberão o teu
sangue, o teu mesmo... Trarei o mal sobre ti, lançarei fora a tua posteridade,
e arrancarei de Acabe todo o homem, escravo ou livre, em Israel... Também
acerca de Jezabel disse o Senhor: Os cães comerão a Jezabel junto ao antemuro
de Jezreel. Quem morrer de Acabe na cidade, os cães o comerão, e o que morrer
no campo, as aves do céu o comerão” (1 Rs 21.19,21,23,24). Deus,
portanto, envia o seu julgamento como punição contra a desobediência (Lv
26.14-16; 2 Co 7.19,20); desprezo às advertências divinas (2 Cr 36.16; Pv
1.24-31; Jr 44.4-6); murmuração contra Deus (Nm 14.29); idolatria (2 Rs 22.17;
Jr 16.18); iniquidade (Is 26.21; Ez 24.13-14); pecados dos líderes (1 Cr
21.2,12). Que isso sirva de lição a todos os que de alguma forma detém o poder
e dele abusam: não se pode zombar de Deus utilizando o poder temporal para
realizar propósitos pessoais e até malignos.
2. Arrependimento e
morte.
Acabe e Jezabel esperavam adquirirem a vinha
de Nabote por meios ilícitos. Porém, o que eles não esperavam era uma sentença
tão dura como essa entregue pelo profeta Elias (1 Rs 21.19-24). Por isso, ao
ouvir a sentença divina, o rei Acabe logo tratou de se humilhar diante do
Senhor (1 Rs 21.27). Diferentemente das outras vezes em que Acabe ignorou a
palavra do Senhor endurecendo seu coração (1 Rs 18.17), Agora, para quem sempre
esteve a incitar a ira do Senhor (1 Rs 16.33), prontamente se humilha como
querendo que o Senhor desistisse dessa sentença. Afinal de contas, a sentença
foi a destruição completa da dinastia de Acabe (1 Rs 21.21)! Assim, o texto
bíblico de 1 Rs 21.20, 25, 26 resumem o caráter de Acabe. Deus revelou-se a
Acabe de muitas maneiras, de severo julgamento a atos de grande graça. Nada
moveu seu coração, que “vendeste para fazer o que era mau”
(1 Rs 21.20). Ainda que os sinais exteriores de arrependimento não sinalizem
uma verdadeira mudança no coração. No caso de Acabe, o Senhor foi gracioso e retardou a sentença (1 Rs 21.29). Desta
forma, o arrependimento aparente de Acabe além de não tê-lo salvo, não pode nem
ainda livrá-lo da morte já decretada pelo Senhor (1 Rs 22.33-38).
CONCLUSÃO
Diante
da aula de hoje aprendemos que a cobiça transforma indivíduos comuns em
criminosos, pois como diz as Escrituras “um abismo chama outro abismo” (Sl
42.7). Por isso, precisamos ter o devido cuidado com nossas ações, porque o
Senhor nos assegura de que “nada há encoberto que não haja de ser descoberto,
nem oculto, que não haja de ser sabido” (Lc 12.2). O rei Acabe com sua
esposa Jezabel acreditavam que ninguém jamais descobririam seus planos
sórdidos, mas, esqueceram de que “tudo o que o homem semear, isso também
ceifará” (Gl 6.7). Mesmo diante do arrependimento tardio de Acabe, Deus
foi gracioso com ele, porém, não retirou a espada da justiça de sobre os atos reprováveis
de Acabe. A lei da semeadura é uma das leis divina que absolutamente ninguém
está livre dela! Hoje muitos clamam por justiça, mas muitos daqueles que clamam
são os que causam a própria injustiça. Portanto, evitemos a cobiça e pratiquemos
a justiça, pois “aquele que pratica a justiça é nascido dele” (1 Jo 2.29). Além
disso, aquele que é conhecido como “Senhor, Nossa Justiça” ( Jr 23.6),
nos promete: “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão
fardos” (Mt 5.6). Que Deus
abençoe a todos!
Referências:
Ø ANDRADE, Claudionor Corrêa. Dicionário Teológico. CPAD.
Ø BOYER, Orlando. Pequena Enciclopédia Bíblica. CPAD.
Ø RICHARDS,
Lawrence. Guia do Leitor da Bíblia.
CPAD.
Ø SCHULTZ,
Samuel. A História de Israel no Antigo
Testamento. VIDA NOVA.
Ø ENSINADOR CRISTÃO, Revista. nº53 p.39. CPAD.
Ø THOMPSOM, Bíblia de Referência. VIDA.
Ø GONÇALVES, José. Lições Bíblicas. (1º Trimestre/2013). CPAD.
Ø www.altairgermano.net/
Ø www.dicio.com.br
Ø http://origemdapalavra.com.br/palavras/cobica/
Ø http://origemdapalavra.com.br/palavras/propriedade/
Ø http://origemdapalavra.com.br/palavras/heranca/
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