Paulo enfatiza o conceito de consolo. 'O
Deus de toda a consolação' (2 Co 1.3). Deus Pai não é
apenas um Deus que se compadece de nós nas nossas tribulações, mas aquEle que
alivia nossos sofrimentos com o bálsamo de consolação do seu Espírito (Is 40.1;
66.13). A força da palavra consolo está no termo grego parák[l]etos utilizado em o Novo Testamento em referência à
pessoa do Espírito Santo, como 'o outro consolador' prometido por
Jesus, antes de ascender ao seu lugar no céu (Jo 14.16; 16.13,14). No versículo
4, Paulo dá um caráter bem pessoal com a frase: 'Aquele que nos consola'
referindo-se especialmente à sua experiência pessoal vivida naqueles dias com
as perseguições e calúnias contra a sua pessoa. Tanto ele quanto seus
companheiros de ministério tinham passado por tribulações no mundo, mas tinham
também o consolo e a paz de Cristo Jesus (Jo 14.27; 16.33). Na sequência do
versículo 4, Paulo diz que o consolo que recebemos de Deus em meio às
tribulações tem por objetivo servir de bênçãos para nós mesmos, que aprendemos
a lidar com as circunstâncias, e nos tornar canais de consolo para outros. Na
verdade, esse texto nos fala da responsabilidade do crente em relação aos seus
irmãos em Cristo, quando enfrentam tribulações. (CABRAL, Elienai. A Defesa do Apostolado de Paulo: Estudo
na Segunda Carta aos Coríntios. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009,
p.36).
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