domingo, 15 de setembro de 2013

LIÇÃO 11 – UMA VIDA CRISTÃ EQUILIBRADA



Fp 4.5-9




INTRODUÇÃO
Na aula passada, tratamos mais uma vez da temática da epístola: A Alegria. Vimos que esta alegria é necessária para nos mantermos firmes na fé, por ser ela quem sustenta a nossa vida cristã. Também tratamos sobre a ansiedade, o que é ela, quais as suas causas e sintomas; além de abordamos a paz de Deus, que como a alegria, é fruto do Espírito !Na aula de hoje, trataremos sobre o equilíbrio que é necessário à vida cristã. Definiremos alguns conceitos sobre a mente, o equilíbrio e qual a relação de uma para com a outra. Também trataremos sobre o que é a “mente de Cristo”, bem como quais as virtudes que devem ocupar a nossa mente. Por fim, veremos o quão valorosa é a conduta do crente para que ele desfrute da paz de Deus. Boa aula para todos!!


I. A EXCELÊNCIA DA MENTE CRISTÃ
Se observarmos o texto bíblico que serve como base para esta lição, veremos que os versículos 5 a 7 já foram explicados na lição passada, por isso, não abordaremos mais eles, até por que os versículos que realmente fundamentam esta lição são os versículos 8 e 9. 
Assim, iniciaremos esta lição com três perguntas que, para esta aula, considero inevitáveis: 1) O que é equilíbrio? Este, segundo o dicionário online, é o estado de repouso de um corpo solicitado por várias forças que se anulam. Posição estável do corpo humano. Ponderação, calma, prudência: equilíbrio de espírito. 2) O que é a mente? Segundo a lição, a mente é a parte incorpórea, inteligente ou sensível do ser humano; pensamento, entendimento. Ela é também conhecida como a imaginação, o intelecto, o espírito. 3) Que relação há entre equilíbrio e mente? Ora, o estado de repouso, isto é, a posição estável do corpo ocorre em nossa mente; visto que, é ela, a sede de todos os nossos estímulos e sentimentos. Daí, o porquê dela simbolizar o espírito como está registrado em Sl 139.2,23 e Hb 8.10. O Apóstolo Paulo fez uso do termo “mente” para simbolizar o Espírito de Deus ao dissertar sobre homem espiritual, disse ele: “Mas o que é espiritual discerne bem a tudo, e ele de ninguém é discernido. Pois quem conheceu a mente do Senhor, para que o possa instruir? Mas nós temos a mente de Cristo” (1 Co 2.15,16). Logo, que significa ter a “mente de Cristo”? Segundo Lawrence Richards, o homem natural pode ridicularizar as declarações do crente ao discernir a realidade. Entretanto, porque o Espírito liga-nos com Jesus, nós o conhecemos e podemos discernir sua vontade. Já ter a mente de Cristo, segundo a Bíblia de Estudo Pentecostal, significa conhecer sua vontade e seu plano e propósito redentor. Significa avaliar e considerar as coisas, da mesma maneira que Deus as vê, atribuir-lhes a importância que Deus lhes atribui, amar o que Ele ama e detestar o que Ele detesta. Diante desta dissertiva, surge a pergunta: “O que tem ocupado as mentes dos crentes da atualidade?”. 
Para responder essa indagação faz-se necessário observarmos, em primeiro lugar, o que tem ocupado as mentes da nossa sociedade. Com a palavra, nosso comentarista, o pastor Elienai Cabral: “Infelizmente, deparamo-nos com uma geração atraída pela ideologia do consumismo e do materialismo, onde o ter é mais importante do que o ser. Tal postura anula o ser humano, e faz com que os relacionamentos sejam pensados em termos de vantagens, ou seja, se não houver algum benefício imediato, logo são descartados. Esse comportamento nos aproxima do modo de vida mundano, e nos distancia das coisas do Alto”. Este é o mundo que estamos inseridos, e que além de materialista, é também hedonista e relativista. Aqui está a resposta daquela indagação! A igreja tem absolvido o comportamento do mundo que por anos ela mesma condenava (eu disse condenava), mas que agora se encontra pior do que ele, pois tendo conhecimento da verdade de Deus e de como proceder, vive e age como se vivessem sem Deus (Mt 7.21; Lc 6.46; Ap 3.15,16). 
Lamentavelmente, a “ética” que a igreja de hoje tem adotado é a do ter no lugar da do ser. Ser salvo, ser santo, ser verdadeiro, ser justo, ser honesto, ser amável, ser imparcial, não tem tanto valor quanto ter status, ter glamour, ter fama, ter popularidade, ter carros, ter imóveis, ter muito dinheiro num banco de grande nome, enfim, coisas do tipo que os que não têm a Deus se preocupam, e as quais ocupam suas mentes. Porém, Paulo nos admoesta quanto a esse tipo de conduta, dizendo: “E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus” (Rm 12.2). A expressão “E não vos conformeis com este mundo” significa que não devemos moldar ao mundo. A transformação de nossa mente, e de nosso interior – transformação pelo Espírito Santo (2 Co 3.18) repele o modelo mundano. Por isso devemos nos transformar pela renovação de nosso entendimento. Aquele que tem a “mente de Cristo” preocupa-se em fazer a vontade de Deus assim como Cristo (Jo 4.32-34).  


II. O QUE DEVE OCUPAR A MENTE DO CRISTÃO (4.8)
No versículo 8, Paulo ensina aos filipenses sobre quais as virtudes que devem ocupar a mente do crente: “Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai”. São essas as virtudes que Paulo quer que estejam nas mentes dos filipenses: a verdade, a honestidade, a justiça, a pureza (santificação), o amor, o bom testemunho, toda e qualquer virtude, além de tudo que redunde em louvor a Deus. O mesmo disse Paulo aos colossenses, porém, de forma diferente: “Portanto, se fostes ressuscitados por Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra” (Cl 3.1,2). Assim comenta o Pastor Elinaldo Renovato sobre este texto: “O “homem natural” (1 Co 2.14 ) é voltado para as “coisas da carne” (Rm 8.5), “as coisas do homem” (1 Co 2.11), “as coisas pertencentes a esta vida” (1 Co 6.3), ou ainda para as “coisas terrenas” (Fp 3.29). A Palavra de Deus nos exorta a buscar “as coisas que são de cima”. “As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu” (1 Co 2.9). São “as coisas de Deus” (1 Co 2.11), “as coisas espirituais” (1 Co 2.13), as bênçãos que acompanham a salvação, a paz de Deus, o seu amor, a sua bondade, a sua misericórdia, a sua graça; “a fé, a esperança e a caridade” (1 Co 13.13), a cura divina, o batismo com o Espirito Santo, os dons do espirituais, e tudo o que tem origem em Deus, em Cristo, e no Espírito Santo, consoante as Sagradas Escrituras. A palavra “buscar”, como aqui está no v.1, implica um esforço contínuo do crente, não apenas para descobrir e conhecer as coisas de Deus, mas para obtê-las”.
Quanto ao que pensar, diz Pr. Elinaldo: Pensar nas “coisas que são de cima” é oferecer a Deus o “culto racional” (Rm 12.1). É ocupar a mente com aquilo que agrada a Deus (Fp 4.8). “E não nas que são da terra”. O crente tem de escolher uma ou outra das duas coisas do v.2. As coisas do céu, ou as mundanas. Não há posição neutra para o crente. Sabemos de antemão que o apego às coisas mundanas é inimizade contra Deus (Tg 4.4). Diante desta dissertiva, resta-nos escolher entre as coisas do céu e as terrenas, isto é, entre as “coisas que são de cima” e as “coisas que são da terra”. Aqueles que já são “ressuscitados por Cristo” sempre priorizam as “coisas que são de cima”!


III. A CONDUTA DE PAULO COMO MODELO (4.9)
No versículo 9, Paulo mais uma vez mostra-se como exemplo, isto é, como modelo de conduta para os filipenses, ele diz: “O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e viste em mim, isso fazei; e o Deus de paz será convosco”. Observa-se que no versículo anterior Paulo enfatiza o ‘pensai, mas agora, ele enfoca o ‘fazei. Assim, Paulo deixa bastante claro que, como disse Myer Pearlman: “O pensamento é o pai da ação”. Desta forma, Paulo mostra que toda ação humana é antes de tudo fruto dos nossos pensamentos; e de igual modo o Mestre Jesus asseverou tal ensino, em seu Sermão do Monte, ao dizer: “Qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura, no coração já cometeu adultério com ela”.  Como pode ser isto? Parece até absurdo! Todavia, o Senhor está condenando esta prática a partir de sua fonte – nossos pensamentos! Por isso, Paulo trata primeiro daquilo que deve ocupar nossos pensamentos, e só posteriormente trata do que devemos fazer. E, é neste fazer, que está inserido a promessa: “e o Deus de paz será convosco”. Portanto, tenhamos disposição para praticar os bons exemplos de fé e conduta como o do Apóstolo Paulo, que asseverou: “Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo” (1 Co 11.1). De nada adianta bons exemplos, se não estivermos dispostos a imitá-los!


CONCLUSÃO
Diante do exposto, aprendemos que a nossa mente deve está ocupada com aquilo que traz edificação para nós, isto é para nossa comunhão com Deus. Por isso, evitemos tudo quanto é supérfluo e priorizemos o “Reino de Deus e a sua Justiça” (Mt 6.33). Porquanto, somos pessoas transformadas pelo poder de Evangelho de Cristo e, temos hoje, a “mente de Cristo”! Desta forma, retenhamos os ensinos e bons exemplos citados na Palavra de Deus, pois assim, Jeová Shalom será conosco (Fp 4.9). Que Deus em Cristo abençoe a todos!



REFERÊNCIAS
CABRAL, Elienai. Lições Biblicas (3º trimestre/ 2013) CPAD.
SOARES, Esequias. Lições Bíblicas. (2º trimestre/ 1998) CPAD.
RENOVATO, Elinaldo. Lições Bíblicas. (3º trimestre/ 2004) CPAD.
 RICHARDS, Lawrence. Guia do Leitor da Bíblia. CPAD.
 Bíblia de Estudo Pentecostal. 


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