sábado, 25 de janeiro de 2014

LIÇÃO 04 – A CELEBRAÇÃO DA PRIMEIRA PÁSCOA





Êx 12.1-11




INTRODUÇÃO
Na lição passada, vimos como Moisés e Arão não se deixaram levar pelas ardilosas propostas do Faraó, mas responderam-lhe: “Nem uma unha ficará” no Egito (Êx 10.26). Também vimos como Deus humilhou a todos os deuses do Egito mostrando que Ele é o único Senhor. Na lição de hoje, estudaremos sobre a instituição de uma das mais importantes festas judaicas que ocorrera por ocasião da décima praga – a morte dos primogênitos. Esta festa é a páscoa do Senhor! Assim, abordaremos a relevância desta festa, sua simbologia e seu valor para o cristão. Por fim, trataremos da instituição da Ceia do Senhor, seus elementos e simbologia. Que todos tenham uma excelente aula!


I. PÁSCOA – A CONSUMAÇÃO DA LIBERTAÇÃO DOS HEBREUS
Após Faraó resistir, com seu coração endurecido, as nove pragas enviadas pelo Senhor; Deus fala a Moisés, e diz: “Ainda uma praga trarei sobre Faraó, e sobre o Egito. Então vos deixará ir daqui, e quando vos deixar ir, é certo que vos expulsará completamente” (Êx 11.1). O último Juízo sobre o Egito possibilitaria, então, o que os hebreus tanto desejavam ao longo período de 430 anos: o livramento da servidão egípcia. É exatamente, nesta ocasião, que o Senhor institui o rito da páscoa, pois disse a Moisés: “Dizei a toda a congregação de Israel: Aos dez deste mês tome cada homem um cordeiro para a sua família, um cordeiro para cada casa... Tomarão do sangue e o porão em ambas as ombreiras, e na verga da porta, nas casas em que o comerem... Naquela noite comerão a carne assada ao fogo, com pães asmos e ervas amargas... Comê-lo-eis apressadamente; esta é a páscoa do Senhor” (Êx 12.3,7,11b). A páscoa é uma festa memorial alusiva ao livramento da décima praga que atingiu apenas aos egípcios, e consecutivamente, livrou os hebreus de modo definitivo da servidão egípcia (Êx 12. 4,26,27,31). Por isso, o termo “páscoa” do hebraico “Pesach” significa “passar por cima” ou “passar de largo”, pois o anjo destruidor passou de largo (por cima) das casas onde havia sido aplicado o sangue nas ombreiras e na verga da porta (Êx 12.23).
Além do livramento no Egito (da décima praga) e do Egito (da servidão egípcia), a páscoa se constituiu no primeiro dia do ano religioso dos hebreus e o começo de sua vida nacional. A páscoa foi um marco na historia dos hebreus, pois ela representou a última noite em que os hebreus passaram como escravos na terra do Egito. Ela ocorreu no mês de Abibe (chamado Nisã após o exílio babilônico, Ne 2.1; Et 3.7), que corresponde aos nossos meses de março e abril. O termo “Abibe” significa “espiga de trigo”, e “Nisã” significa “princípio, abertura”. Até então o ano judaico tinha começado com o mês de Tisri, perto do equinócio do outono. O mês em que sucedeu a saída, o mês de Abibe, era no equinócio da primavera. Os judeus começavam agora seu ano civil no mês de Tisri (setembro-outubro), mas seu ano sagrado começava no mês de Abibe (março-abril). Portanto, o ano civil começa, ainda hoje, no outono, com a Festa das Trombetas (Lv. 23:24; Nm. 29:1), hoje chamado Rosh Hashanah, que significa “Ponta do Ano” ou “Ano Novo”.


II. O SIMBOLISMO DOS ELEMENTOS DA PÁSCOA
Agora, conforme o relato bíblico, observemos os elementos requeridos pelo Senhor para a páscoa judaica. O texto de Êxodo 12.8 diz: “Naquela noite comerão a carne assada ao fogo, com pães asmos e ervas amargas”. Cada um destes elementos que compunha a referida celebração, possuía um simbolismo que a pontava para a Obra Perfeita de Cristo na Cruz. Vejamos:

ü  O Cordeiro – simbolizava a Cristo “o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29; Is 53.7; 1 Pe 1.19; Ap 5.6). Assim, o fato de assar em vez de cozer o cordeiro exemplifica a perfeição do sacrifício de Cristo (Hb 9.13,14; 10.12-14).

ü  Pães Asmos – simbolizavam a purificação dos hebreus, já que o fermento era um símbolo de corrupção moral e pecado (Lv 2.11; Mt 16.6; Mc 8.15; 1 Co 5.7,8). Além disso, o pão sem fermento, também, simbolizava a sinceridade e a verdade (I Coríntios 5.6-8). O pão asmo é feito somente de farinha de trigo e água.

ü  Ervas Amargas – simbolizavam toda a aflição e amargura que os hebreus sofreram por tanto tempo (Êx 1.14; 12.8). A tradição judaica menciona alface, escarola, chicória, hortelã e dente-de-leão como essas ervas.

Embora esses fossem os ingredientes essenciais à páscoa, havia um ato deste memorial que não poderia ser negligenciado pelos judeus. O texto de Êxodo 12.7 diz: “Tomarão do sangue e o porão em ambas as ombreiras, e na verga da porta, nas casas em que o comerem”. Já pensou se os judeus tivessem desobedecido a esta determinação divina!? Que sentido teria então a pascoa, visto que eles não estariam livres do anjo destruído? Logo, esta refeição simbólica perderia todo o seu sentido de ser; porquanto, todos os primogênitos dos hebreus também morreriam. Assim, a aspersão do sangue do cordeiro nos umbrais das portas era, também, um dos elementos imprescindível à páscoa. Visto que simbolizava o livramento da morte com base no sacrifício do cordeiro (Êx 12.13; Ro 5.9; Ef 1.7). Percebe-se, então, que embora fossem três os ingredientes daquela refeição simbólica; na verdade, eram quatro os elementos daquele memorial. Portanto, a obediência à ordem divina era o cerne de todo o simbolismo desta importantíssima festa, como disse Paulo: “Pois como pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores, assim pela obediência de um muitos serão feitos justos” (Rm 5.19). Glória a Deus por isso!!


III. CRISTO – A NOSSA PÁSCOA
Sendo, portanto, a páscoa uma celebração ordenada restritamente aos judeus pelo Senhor (Êx 12; Nm 9.1-14; Dt 16.1-8). Ela possui, no Novo Testamento, um profundo significado para o cristão por ser um símbolo profético da morte de Cristo, da salvação e do andar pela fé a partir da redenção. O Apóstolo Paulo entendia bem esta verdade, por isso escrevendo aos coríntios disse: “Lançai fora o fermento velho, para que sejais uma nova massa, assim como sois sem fermento. Pois Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós” (1 Co 5.7). Vejamos, então, algumas similaridades deste rito:

ü  O animal para o sacrifício devia ser um cordeiro macho de um ano (Êx 12.5). Esta exigência retrata o pleno desenvolvido e a plenitude da vida da vítima. Assim, Jesus morreu no pleno desenvolvido de sua vida quando tinha 33 anos aproximadamente. Além disso, ao exigir que o sexo do cordeiro fosse macho prova-se que no plano salvífico não existe nenhuma “medianeira”, pois a fêmea não serviria para o sacrifício (1 Tm 2.5,6; 1 Jo 2.2).

ü  O cordeiro tinha de ser sem mácula (Êx 12.5). Para assegurar que assim fosse os israelitas o guardavam em casa durante quatro dias. De igual maneira, Jesus era impecável (Hb 4.15; 1 Pe 2.22; 1 Jo 3.5) e foi provado durante quarenta dias no deserto (Mc 1.12,13).

ü  O cordeiro foi sacrificado à tarde como substituto do primogênito (Êx 12.6). O cordeiro pascal foi sacrificado em favor dos hebreus (Êx 12.14,26,27);  já o Cordeiro de Deus morreu em favor de todos os homens (Jo 3.16; 1 Tm 4.10; 1 Jo 2.2), por isso, Deus proveu um substituto que "foi ferido pelas nossas transgressões" (Is 53.5). Segundo Josefo, o cordeiro era morto entre as horas nona e décima primeira, ou seja, entre as 15 e as 17 horas. Note-se que foi na hora nona (15 horas) que Jesus clamou com alta voz e entregou o espírito (Mt 27.45-50).

Vemos, então, que o rito da páscoa não só olhava retrospectivamente para aquela noite no Egito, mas também antecipadamente para o dia da crucificação. Assim, a Santa Ceia ou Ceia do Senhor é algo parecido com a páscoa e a substitui no Cristianismo. De igual modo, esta olha em duas direções: atrás, para a cruz, e adiante, para a segunda vinda de Cristo (1 Co 11.26). No entanto, quanto aos elementos da Santa Ceia, eles são:

ü  O Pão – simbolizando o corpo de Cristo e a vida abundante (Mt 26.26; Lc 22.19; Jo 6.51-56; 10.10).

ü  O Vinho – simbolizando o sangue de Cristo, isto é, da nova aliança (Mt 26.27,28; Lc 22.20; Rm 5.9; Hb 9.22).

A Ceia do Senhor possui duas mensagens centrais. A primeira é memorial: “Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor”; a segunda é profética: “até que ele venha” (1 Co 11.26). Portanto, a páscoa judaica foi instituída por ocasião da libertação dos filhos de Israel do Egito (Êx 12); porém, foi exatamente por ocasião da celebração da páscoa judaica que Cristo instituiu a Ceia do Senhor – a nossa páscoa (Mt 26.17-30; Mc 14.12-26; Lc 22.7-23)!  Assim sendo, a Ceia do Senhor não é um mero símbolo, mas um memorial da morte redentora de Cristo por nós. Porquanto, trata-se da segunda ordenança da Igreja e, é a cerimônia mais solene da Igreja!


CONCLUSÃO
Nesta lição, aprendemos que a páscoa fora instituída pelo Senhor para agradecê-lo pelo grande livramento concedido aos hebreus, e que além de livrar da morte, também, livrou o povo hebreu da escravidão egípcia. De igual modo, a Ceia do Senhor é um memorial que nos leva a refletir e agradecer ao Senhor por ter nos livrado da escravidão do pecado e da morte, pois “nos tirou do poder das trevas, e nos transportou para o reino do Filho do seu amor” (Cl 1.13). Portanto, ao nos assentarmos na mesa do Senhor, sejamos gratos por tão maravilhosa graça. Pois, o escrito sacro, nos adverte: “como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação?” (Hb 2.3a).



REFERENCIAS
Ø  HOFF, Paul. O Pentateuco. VIDA.
Ø  DAVISON, Francis. O Novo Comentário da Bíblia. Vida Nova.
Ø  GILBERTO, Antônio. Lições Bíblicas. (1º Trimestre/2014). CPAD.
Ø  ANDRADE, Claudionor Corrêa de. Dicionário Teológico. CPAD.
Ø  GILBERTO, Antônio. A Bíblia Através dos Séculos. CPAD.


domingo, 19 de janeiro de 2014

QUESTIONÁRIOS DO 1° TRIMESTRE DE 2014

           

                                             Uma Jornada de Fé - 
                                      A formação do povo de Israel 
                                          e sua herança espiritual

                                


 Lição 03

1. Qual foi a primeira proposta de Faraó?
R. “Ide, sacrificai ao vosso Deus nesta terra” (Êx 8.25).

2. Descreva a segunda proposta de Faraó.
R. “Somente que indo, não vades longe”.

3. Qual foi a terceira proposta de Faraó?
R. “Deixa ir os homens” (Êx 10.7).

4. Qual foi a proposta final de Faraó?
R. “Ide, servi ao Senhor; somente fiquem ovelhas e vossas vacas”.

5. Qual deve ser a atitude do cristão ante às malditas e traiçoeiras propostas do Maligno?
R. A atitude do cristão hoje ante as malditas e traiçoeiras propostas do Maligno deve ser a mesma dos representantes de Israel, Moisés e Arão: “Nem uma unha ficará” no Egito (Êx 10.26).


sábado, 18 de janeiro de 2014

LIÇÃO 03 – AS PRAGAS DIVINAS E AS PROPOSTAS ARDDILOSAS DE FARAÓ



Êx 3.19,20; 7.4,5; 8.8,25; 10.8,11,24




INTRODUÇÃO
Na lição passada, vimos como Deus agiu na vida e preparação de Moisés para torna-lo o libertador de Israel. Na lição de hoje, estudaremos os fatos que levaram o Faraó ao endurecimento de seu coração, bem como a participação divina neste ato. Além disso, faremos uma correlação das pragas enviadas ao Egito, como ato do juízo divino, e de algumas das principais divindades egípcias. Por fim, abordaremos as propostas ardilosas de Faraó e o que elas significam. Que todos tenham uma excelente aula!


I. O ENDURECIMENTO DO CORAÇÃO DE FARAÓ
Após ser devidamente comissionado pelo Senhor, Moisés retorna ao Egito e, juntamente com Arão, seu irmão, dirigem-se ao Faraó para, com intrepidez, entregarem a mensagem do Senhor: “Assim diz o Senhor, o Deus de Israel: Deixa ir o meu povo, para que me celebre uma festa no deserto” (Êx 5.1). É bastante curioso o ato de Deus realizar um pedido a Faraó, pois sendo o Deus Todo-poderoso não necessitava de fazer pedido algum ao Faraó. Porém, em tudo que Deus faz há um propósito já estabelecido (Êx 9.15,16; 14.4). No entanto, surge a questão: Por que Deus pediu a Faraó somente a permissão de que seu povo fosse ao deserto para celebrar festa por três dias, quando pensava em efetuar sua saída permanentemente? Deus provou ao rei com uma petição pequena sabendo com antecedência da dureza de seu coração. Então, de quem veio o endureceu do coração de Faraó? Do próprio Faraó ou de Deus? Quanto a esta questão, o Dr. Francis Davison diz: “É dito que Faraó endureceu o seu próprio coração, ou que seu coração foi endurecido, em Êx 7.13,14-22; 8.15,19,32; 9.7,34-35; e também que Deus endureceu o coração de Faraó, em Êx 9.12; 10.1,20,27; 14.4,8. Essa ação é predita em Êx 4.21; 7.3. Note-se que esse endurecimento é primeiramente atribuído principalmente ao próprio Faraó, e mais diretamente a Deus só mais tarde. Deus não causa positivamente a rebeldia do homem contra Si, mas Ele conformou de tal maneira o coração do homem que, cada vez que ele se recusa a fazer a vontade de Deus torna-se menos responsivo à próxima chamada ou mandamento. A consciência, assim, torna-se menos sensível, e o coração se vai endurecendo. O homem endurece seu próprio coração, mas na linguagem bíblica, "os acontecimentos, quer físicos ou morais, que são o resultado inevitável do arranjo divino do universo, são referidos como se fossem operação direta de Deus" (Hertz). Em adição a essa significação da frase devemos notar que, tendo Faraó uma vez endurecido seu próprio coração, Deus o feriu diretamente com um endurecimento do qual era-lhe impossível ser renovado para o arrependimento (cf. Hb 6.4-6), tanto como uma penalidade como a fim de demonstrar sobre ele o Seu poder (Rm 9.17-18), conforme também ficou demonstrado tanto na queda do Faraó como na libertação do povo de Deus”. Portanto, Deus apenas conservou esse endurecimento em Faraó para mostrar-lhe quem, de fato, é o Senhor, e também para que, em Faraó, seu Nome fosse glorificado (Êx 14.4; Rm 9.17).


II. AS PRAGAS – O JUIZO DE DEUS SOBRE O EGITO
Depois de ignorar o pedido do Senhor por intermédio de Moisés, restou a Faraó e ao seu povo padecer as terríveis pragas enviadas ao Egito. Mas, qual o propósito de Deus enviar essas pragas? O propósito era Julgar o governo de Faraó e a idolatria egípcia, apressar a saída dos hebreus do Egito e demonstrar que o Senhor é o Deus supremo e soberano (Gn 15.14; Êx 3.19,20; 9.14-16; 14.4). Desta forma, as pragas foram a resposta de Deus à pergunta de Faraó: "Quem é o Senhor para que eu ouça a sua voz ?”(Êx 5.2). Por outro lado, cada praga foi um desafio aos deuses egípcios e uma censura à idolatria. Os egípcios prestavam culto às forças da natureza tais como o rio Nilo, o Sol, a Lua, a Terra, o touro e muitos outros animais. Agora as divindades egípcias ficaram em evidente demonstração de sua impotência perante o Senhor, não podendo proteger aos egípcios nem intervir a favor de ninguém. A ordem das pragas é a seguinte:
01) As águas do rio Nilo convertem-se em sangue (Êx 7.14-25). O Senhor feriu a Sobek (deus do Nilo) e a Hapi (deus das inundações do Nilo).
02) A terra do Egito fica infestada de rãs (Êx 8.1-15). O Senhor feriu a Amonet (deusa do oculto e do poder que não se extingue) e a Hapi (deus das inundações do Nilo). A rã representava, na crença egípcia, a deusa Amonet.
03) O pó da terra converte-se em piolhos (Êx 8.16- 19). A terra egípcia era considerada pelos egípcios solo sagrado. No entanto, Senhor feriu a Geb (deus da terra). Os sacerdotes egípcios eram, também, os médicos do povo. No entanto, eles não conseguiam curar-se a si mesmos, pois reconheceram: “Isto é o dedo de Deus!” (Êx 8.19a). Logo, devido a esta praga, eles ficaram impossibilitados de cumprirem seus rituais.
04) Enormes enxames de moscas infestam as casas do egípcios (8.20-32). O Senhor feriu a Bastet (deusa protetora da casa). Esta deusa era a guardiã das casas dos egípcios contra toda forma de mal. Porém, não conseguiu vencer pequenas moscas!
05) Gravíssima pestilência e morte de todos os animais dos egípcios (Êx 9.1-7). O Senhor feriu a Amom (deus criador), o deus adorado em todo o Egito, que era um carneiro, considerado por eles, animal sagrado. No Baixo Egito eram adoradas diversas divindades cujas formas eram de carneiro, de bode ou de touro. Porém, com este golpe do Senhor morreram todos!
06) Os egípcios e seus animais são acometidos de úlceras terríveis (Êx 9.8-12). Os sacerdotes egípcios tinham por costume espalhar cinzas como sinal de bênção. Porém, essas mesmas cinzas causaram-lhes úlceras dolorosas. Desta forma, o Senhor feriu a Hórus (deus do céu) e a Nut (deusa do céu). Esta deusa era também conhecida como mãe dos deuses.
07) A tempestade de trovões, raios e saraiva devastou a vegetação, destruiu as colheitas de cevada e de linho e matou os animais do Egito (Êx 9.13-35). Este tipo de tempestade era quase desconhecido no Egito. O Senhor feriu a Osíris (deus da vegetação) e a Ísis (deusa da natureza).
08) A praga dos gafanhotos trazida por um vento oriental consumiu a vegetação que havia sobrado da tempestade de saraiva (Êx 10.1-20). Assim, o Senhor feriu aos deuses Ísis (deusa da natureza) e Seráfis (deus da lavoura) enviando tão grande enxame de gafanhotos. Tais deuses foram impotentes diante deste grande ataque dos gafanhotos, pois, segundo a crença egípcia, eram essas as divindades que protegiam o Egito dos gafanhotos.
09) O Egito é coberto por densas trevas (Êx 10.21-29). As trevas que caíram sobre o país foram o grande golpe contra todos os deuses, especialmente contra Rá, o deus solar. Os luminares celestes, objetos de culto, eram incapazes de penetrar a densa escuridão. Assim, o Senhor feriu a (deus solar). Esta praga foi, também, um golpe direto contra o próprio Faraó, suposto filho do Sol.
10) A morte dos primogênitos (capítulos 11 e 12.29-36). Após o Senhor humilhar a principal divindade egípcia; Faraó, que também fora humilhado, disse: “Vai-te da minha presença! Guarda-te que não mais vejas o meu rosto! No dia em que vires o meu rosto, morrerás” (Êx10.28). Assim, o Senhor usou a ameaça e a sentença dada a Moisés contra o próprio Faraó e seu povo. O Deus que livrou Moisés, quando criança, tornaria a livrá-lo novamente! O Egito havia oprimido o primogênito do Senhor (os hebreus) e agora eles próprios (os egípcios) sofriam a perda de todos os seus primogênitos. Deus aplicara sobre os egípcios a Lei da Semeadura! Além disso, com esta praga, o Senhor feriu a Anúbis (deus da morte) e, também, a Osíris (deus da vida). Mostrando, assim, que o Senhor é único que pode dar a vida ou matar (Dt 30.19).
Diante da grande humilhação que sofreram os deuses egípcios, o Senhor mostrou a todos, principalmente a Faraó, que somente Ele é O Senhor. A frase que nos revela tal propósito divino é: “para que saibais que eu sou o Senhor” (Êx 6.7; 7.5,17; 8.22; 10.2; 14.4,18). Portanto, as primeiras três pragas: sangue, rãs e piolhos caíram tanto sobre Israel como na terra egípcia, pois Deus quis ensinar a ambos os povos quem era o Senhor, já os sete seguintes açoites castigaram somente aos egípcios para que soubessem que o Deus que cuidava de Israel era também o soberano do Egito e mais forte do que seus deuses (Êx 8.22; 9.14). As pragas foram progressivamente mais severas até que quase destruíra o Egito (Êx 10.7). Calcula-se que o período das pragas tenha durado pouco menos de um ano.


III. AS PROPOSTAS ARDILOSAS DE FARAÓ A MOISÉS
A partir da ocorrência da segunda praga (a das rãs, Êx 8.1ss), Faraó passa a fazer uma série de propostas ardilosas e destruidoras a Moisés e Arão. Porquanto, com receio das pragas que já estavam castigando duramente o Egito, Faraó propõe:

A Primeira Proposta (Êx 8.25)
Ide, sacrificai ao vosso Deus nesta terra”. O que esta proposta representava? Representava a falta de santidade, de separação das coisas deste mundo. Deus exige santidade do seu povo: “E ser-me-eis santos, porque eu, o Senhor sou santo, e separei-vos dos povos, para serdes meus” (Lv 20.26). O povo de Deus enfrenta “concessões egípcias” semelhantes hoje em dia, quando buscamos servir ao Senhor. O inimigo nos diz que não precisamos ser separados do pecado, pois podemos servir a Deus “nesta terra”.

A Segunda Proposta (Êx 8.28)
Somente que indo, não vades longe”. O que esta proposta representava? Uma separação parcial do Egito. Atualmente muitos já aceitaram esta proposta e querem viver um cristianismo sem compromisso com Deus e sem a cruz. Infelizmente, este tem sido o tipo de evangelho que mais tem crescido em nosso país. Porém, o Senhor nos adverte quanto a isto, dizendo: “Por que me chamais, Senhor, Senhor, e não fazeis o que eu mando?” (Lc 6.46). Uma das coisas que Ele manda é: “Saí do meio deles, apartai-vos... Não toqueis nada imundo, e eu vos receberei” (2 Co 6.17). É tempo de refletimos como anda nosso compromisso com Deus? Isto é, para os que querem ter compromisso com Ele!

A Terceira Proposta (Êx 10.11)
Agora, ide vós, os homens, e servi ao Senhor”. O que esta proposta representava? A divisão da família. Deus criou a família e deseja que ela viva unida, pois nenhum reino (ou instituição) dividido pode estar de pé (Mc 3.24), porém o inimigo trabalha sempre para separá-la. Quantas famílias já foram destruídas por não observarem a Palavra do Senhor! Cuidemos de nossas famílias, pois elas são a base do nosso ministério (1 Tm 5.8)!

A Quarta e Última Proposta (Êx 10.24)
Ide, servi ao Senhor; somente fiquem as ovelhas e vossas vacas”. O que esta proposta representava? A falta de sacrifícios, de entrega ao Senhor e de adoração. Evangelho sem a cruz de Cristo não é evangelho autentico! Segundo a Bíblia Explicada, esta proposta também significa “os nossos negócios e interesses materiais, não santificados e não sujeitos à vontade de Deus”. Portanto, a santidade é um imperativo na vida do cristão até mesmo nos negócios (2 Co 8.21).


CONCLUSÃO
Nesta lição, aprendemos que “não há outro como eu (Deus) em toda terra (Egito)” (Êx 9.14). Assim, o Senhor mostrou, tanto para os egípcios como para os hebreus, que Ele é o Deus supremo e soberano. Por isso, Moisés e Arão não se deixaram levar pelas ardilosas propostas do Faraó, mas responderam-lhe: “Nem uma unha ficará” no Egito (Êx 10.26). Que sigamos os exemplos de Moisés e Arão, e também como eles, estejamos vigilantes e preparados contra “as astutas ciladas do diabo” (Ef 6.11b).



REFERENCIAS
Ø  HOFF, Paul. O Pentateuco. VIDA.
Ø  DAVISON, Francis. O Novo Comentário da Bíblia. Vida Nova.
Ø  GILBERTO, Antônio. Lições Bíblicas. (1º Trimestre/2014). CPAD.
Ø  Revista Ensinador Cristão. CPAD. nº 57, p.37.
Ø  Site: pt.wikipedia.org/wiki/Anexo:Lista_de_deuses_eg%C3%ADpcios


sábado, 11 de janeiro de 2014

QUESTIONÁRIOS DO 1° TRIMESTRE DE 2014



                                               Uma Jornada de Fé - 
                                        A formação do povo de Israel 
                                             e sua herança espiritual
                                



 Lição 02

1. Qual era a atividade que Moisés estava exercendo quando Deus o chamou para libertar seu povo?
R. Ele estava apascentando as ovelhas do seu sogro.

2. Qual foi o objetivo da chamada divina na vida de Moisés?
R. O objetivo da chamada divina na vida de Moisés era fazer o povo de Israel sair do Egito.

3. Quais foram as desculpas de Moisés ao ser chamado pelo Senhor?
R. “Eles não vão crer que o Senhor me enviou”, “não sou eloquente”.

4. O que Deus fez para encorajar Moisés?
R. A fim de encorajar Moisés e confirmar o seu chamado, o Senhor realiza alguns sinais (Êx 4.1-9).

5. Chegando ao Egito, Moisés e Arão foram até Faraó. O que eles foram comunicar ao rei do Egito?
R. A vontade de Deus para o povo de Israel.


QUESTIONÁRIOS DO 1° TRIMESTRE DE 2014



                                                Uma Jornada de Fé - 
                                         A formação do povo de Israel 
                                             e sua herança espiritual
                                


Lição 01

1. Qual o propósito do livro de Êxodo?
R. O propósito era “para que tivéssemos um registro permanente dos atos históricos e redentores de Deus, pelos quais Israel foi liberto do Egito”.

2. Qual foi a ordem de Faraó em relação aos bebês meninos israelitas?
R. Que todos os recém-nascidos fossem mortos.

3. Quem tocou no coração da filha de Faraó para que ela adotasse o bebê Moisés?
R. Deus.

4. Na tentativa precipitada de defender seu povo, o que fez Moisés?
R. Moisés acabou matando um homem e enterrando o corpo na areia.

5. De acordo com a lição quem nos libertou da escravidão do pecado?
R. Deus. Somente Ele poderia quebrar o terrível jugo do pecado que estava sobre nós.


LIÇÃO 02 – UM LIBERTADOR PARA ISRAEL



Êxodo 3.1-9



INTRODUÇÃO
Na lição de hoje, veremos como Deus agiu, não só para chamar e vocacionar Moisés, mas, principalmente, para preparar aquele que se tornaria o libertador do povo hebreu. O preparo de Moisés durou cerca de 80 anos e teve a participação de seus pais, especialmente de sua mãe Joquebede, da filha de Faraó, possivelmente, Hatsepute e, por fim, na casa de Jetro. Foi exatamente em Midiã onde ocorreu o clímax do preparo de Moisés, bem como a sua chamada ministerial. Que todos tenham uma excelente aula!


I. MIDIÃ – O LUGAR DO PREPARO DE MOISÉS
Todos os eventos ocorridos na vida de Moisés não aconteceram por mera casualidade, mas foram planejados cuidadosamente pelo Senhor. Moisés nasceu justamente num período em que muitas crianças eram mortas (Êx 1.16, 22), mas Moisés, segundo o relato bíblico, de forma milagrosa foi salvo (Êx 2.1-10). Deste modo, até mesmo a filha de quem deu a ordem para tal infanticídio, foi juntamente ela a pessoa que o achou e adotou como filho, mesmo sabendo que aquele menino era hebreu (Êx 2.6). Assim, a semelhança do profeta Jeremias e do apóstolo Paulo, Moisés fora escolhido desde o ventre de sua Mãe para ser o libertador dos filhos de Israel (Jr 1.5; Gl 1.15 cf Êx 2.2; 3.10). A mão do Altíssimo estava a cuidar passo-a-passo da preparação de Moisés, se não vejamos:

1) Moisés foi criado em um lar piedoso, pelo menos durante os primeiros cinco ou sete anos de sua vida, e assim aprendeu a ter não somente fé em Deus mas também simpatia e amor por seu povo oprimido (Êx 2.9).

2) Moisés foi educado no palácio do Egito. Segundo o historiador Flávio Josefo, Moisés era o comandante-em-chefe dos exércitos egípcios. Moisés recebeu não apenas todas as vantagens de caráter educacional e comuns dos mais favorecidos jovens egípcios, mas também lhe foi dado um treinamento superior. Somente ele estava sendo preparado para assumir o trono, quando do falecimento de seu avô de criação, o Faraó. Será que esse treinamento excepcional não poderia ser considerado como uma preparação suficiente para a liderança da nação de Israel? Nós poderíamos responder que “sim”, mas a resposta de Deus foi “não”. A intelectualidade, a sabedoria e os conhecimentos adquiridos por Moisés no Egito tinham suas utilidades (At 7.22), porém jamais o habilitariam a ser um homem de Deus devidamente preparado para aquela tão grandiosa tarefa que receberia.

3) Moisés adquiriu experiência no deserto. É justamente na segunda etapa de sua vida, nos 40 anos que ficou exilado em Midiã, que Moisés, como pastor, aprendeu muitas lições que o tornariam um líder completo. Por essa razão, Deus o conduziu ao deserto de Midiã para, ali, forjar em Moisés um caráter de um verdadeiro líder vocacionado e amadurecido pelo Senhor. Nesse treinamento dado a Moisés, ele deve que passar por disciplinas como: silêncio, solidão, sofrimento, resignação. Isto sem falar do calor, frio e fome que passou ao fugir para Midiã!
De fato, o deserto sempre foi à escola preparatória dos grandes homens de Deus (Êx 3.1; 1 Sm 23.14; 1 Rs 19.4; Lc 1.80; Mt 4.1)! Deste modo, a experiência adquirida por Moisés no deserto, deu-lhe também o conhecimento do lugar para o qual guiaria a Israel em sua peregrinação de quarenta anos (Êx 3.1,12b). Além disso, foi no deserto de Midiã que Moisés passou a ter comunhão com Deus e chegou a conhecê-lo pessoalmente. Ali aprendeu a confiar nele e não em sua própria força. Portanto, embora seu preparo tenha ocorrido desde o momento de seu nascimento; contudo, foi em Midiã que Moisés passou a ter as qualidades e características requeridas por Deus!
Desta forma, aprendemos que na formação de um líder evangélico, partimos da premissa de que líderes são feitos não nascem prontos. Contudo, também entendemos que a liderança cristã não é para todos. Pois diz as Escrituras Sagradas: “Ninguém toma para si esta honra, senão o que é chamado por Deus” (Hb 5.4). Moisés é um clássico exemplo desta verdade!


II. DEUS COMISSIONA A MOISÉS UMA GRANDE TAREFA
Já haviam se passado 40 anos que Moisés fugira do Egito, e finalmente, Deus considerou que esses quarenta longos anos de treinamento e amadurecimento pessoal haviam produzido o efeito desejado. Então, chegou o tempo do Senhor chamar e comissionar Moisés para a grande tarefa para qual havia sido preparado pelo Senhor. Moisés estava, como os demais dias, pastoreando as ovelhas de seu sogro no sopé do monte Horebe. Quando o Senhor manifestou-se a ele “numa chama de fogo do meio de uma sarça” (Êx 3.2). Segundo Paul Hoff, o fogo na sarça simbolizava a presença e santidade purificadora de Deus (Gn 15.17; Dt 4.24), e a sarça talvez representava a Israel em sua baixa condição. Como a sarça ardia sem consumir-se, assim Israel não foi consumido no forno da aflição. Todavia, Deus revela a Moisés seu plano redentor para tirar os hebreus do cativeiro egípcio, e ainda adverte de que Faraó não deixaria os israelitas ir a não ser forçado pela poderosa mão de Deus (Êx 3.19), mas Moisés estava pouco disposto a aceitar a comissão de Deus. Respondeu com quatro escusas:

1) "Quem sou eu, que vá a Faraó?" (Êx 3.11). Moisés conhecia melhor que ninguém o orgulho do rei egípcio e o poderio do Egito; já tentara livrar a Israel fazia quarenta anos e havia fracassado. Deus respondeu-lhe: "Certamente eu serei contigo." Não seria uma luta de Moisés versus Faraó, mas de Moisés apoiado pelo Senhor versus Faraó. Anteriormente, Moisés teve de aprender a não confiar em si mesmo. Agora tinha de aprender a confiar em Deus. O Senhor deu-lhe um sinal de que o apoiaria: os israelitas adorariam a Deus no mesmo local onde Moisés se encontrava nesse momento: no monte Sinai. É bom que o obreiro cristão compreenda suas limitações para reconhecer ao mesmo tempo o poder ilimitado de Deus que o sustenta, porém não deve ocultar-se atrás de sentimentos de indignidade como escusa para não fazer a obra para a qual o Senhor o chama. No entanto, é bom entender que, a obra que Deus tem para fazer em nós é mais importante para a nossa vida do que aquilo que Ele tem para fazer através de nós”.

2) "Em nome de quem me apresentarei diante dos filhos de Israel?" (Êx 3.13). Talvez Moisés sentisse que se não tivesse o apoio da autoridade do nome de Deus, não seria aceito pelos israelitas, ou talvez desejasse ter uma nova revelação do caráter divino, pois os nomes de Deus revelam o que ele éDeus revelou-se como "EU SOU O QUE SOU”. O nome indica que Deus tem existência em si mesmo e não depende de outros. Tem existência sem restrições. É como o fogo na sarça que ardia, mas não se consumia. Seus recursos são inesgotáveis e seu poder é incansável. Ele dá, mas não se empobrece; trabalha, mas não se cansa. Sustenta sempre o que faz com o que é, de maneira que seu povo pode depender dele e ele é suficiente para suprir todas as necessidades deles.

3) "Os filhos de Israel não vão acreditar que eu sou o teu enviado" (Êx 4.1). Em resposta, o Senhor concedeu-lhe três sinais miraculosos que seriam suas credenciais. Cada sinal era significativo: A serpente fazia parte da coroa dos Faraós e era símbolo de poder no Egito; a lepra era considerada pelos hebreus como sinal do juízo de Deus (Nm 12.10, 11; II Cr 26.19); e a água representava o rio Nilo, deus do Egito, fonte de sua vida e poderio.

4) "Ah! Senhor! eu nunca fui eloquente." (Êx 4.10). É muito estranha a desculpa de Moisés, pois o texto de At 7.22 diz exatamente o contrário! Todavia, Deus fez seu servo compreender que alegava impotência ante o Deus onipotente. Acaso não podia Deus facilitar-lhe a capacidade de falar bem? Não lhe havia criado a boca? Não obstante, o Senhor designou a Arão, irmão de Moisés, como porta-voz deste. Contestadas suas escusas, Moisés aceitou seu chamado e nunca mais olhou para trás. De imediato deu início à sua missão voltando ao Egito.


III. MOISÉS RETORNA AO EGITO
Agora, depois da persuasão divina por meio do encorajamento e da confirmação de seu chamado (Êx 4.1-9,15-17), Moisés é advertido pelo Senhor sob três instâncias: 1) “Toma, pois, esta vara na mão, com a qual hás de fazer os sinais” (4.17); 2) “Vai, volta para o Egito...” (4.19); e 3) “Quando voltares ao Egito, vê que faças diante de Faraó todas as maravilhas que tenho posto na tua mão...” (4.21). Feitas as recomendações do Senhor a Moisés, este não podendo partir sem o consentimento de Jetro, disse-lhe: “Deixa-me ir, voltar a meus irmãos, que estão no Egito, para ver se ainda vivem” (4.18). Após Jetro consentir com seu pedido, Moisés percorre 320 Km de distancia até o Egito, fazendo o mesmo trajeto  de quando fugiu de lá. No entanto, antes de chegar ao Egito, Arão encontra-se com Moisés e, só então, se apresentam na sala de audiências de Faraó e lhe comunicam a exigência do Senhor.
Faraó respondeu com arrogância: "Quem é o Senhor para que eu ouça a sua voz?" Os Faraós eram vistos como filhos de Rá, o deus solar do Egito, de maneira que Faraó se considerava a si mesmo um deus. Não tardou em comunicar a Moisés e a Arão que nem eles nem Deus lhe inspiravam respeito algum. Escarneceu deles dizendo que a única razão pela qual desejavam celebrar a festa era estar demasiado ociosos, e tornou mais pesado o trabalho dos hebreus negando-lhes a palha necessária para produzir tijolos (Êx 5.7,8).
A atitude de Faraó não somente deixou os hebreus mais desejosos de sair do Egito, mas também os ajudou a perceber que somente o poder de Deus poderia livrá-los. Porém, os hebreus culparam amargamente a Moisés e este, por sua vez, protestou perante o Senhor. Foi Faraó quem disse: "Quem é o Senhor?" Contudo, Faraó e os egípcios não eram os únicos que necessitavam ver a natureza de Deus. Israel o necessitava, e Moisés também. Deus respondeu a seu desanimado servo reiterando-lhe as promessas feitas aos patriarcas e de novo prometeu livrar a seu povo.
Em Êxodo 6.3 lemos que Deus havia aparecido aos patriarcas como o "Deus Todo-poderoso" (El Saddai), mas que não se havia dado a conhecer com o nome de Senhor. Quer dizer que não se havia revelado com o nome de Senhor e que aqui o deu pela primeira vez? Parece que não. Refere-se, antes, ao fato de que os patriarcas, embora conhecendo o nome do Senhor, não sabiam o pleno significado deste título. Deus dá a conhecer este nome para revelar seu próprio caráter ao povo. Nesta ocasião, ele repetiu uma e outra vez "Eu, o Senhor", como uma nova afirmação de que o ser e a natureza de Deus sustentavam suas promessas. "Eu. . . vos livrarei de sua servidão. . vos resgatarei. . . vos levarei à terra." Em breve Israel saberia quem e que tipo de Deus é o Senhor. Abraão sabia por experiência que Deus é o Deus onipotente, porém não havia experimentado o significado do nome do Senhor como aquele que cumpre seu concerto. Recebeu a promessa de herdar Canaã, mas não se assenhoreou dela. Somente podia contemplar de longe o futuro e crer que Deus cumpriria suas promessas. A Moisés foi revelado o significado pleno do nome Senhor, o Deus que cumpre o seu pacto (ver Êx 3.14, 15), pois o pacto começou a cumprir-se neste período.


CONCLUSÃO
Diante desta lição, aprendemos que Deus é Senhor Absoluto e que “nenhum dos seus planos pode ser impedido” (Jó 42.2b). Mesmo quando tentamos nos esquivar do propósito divino para as nossas vidas, assim como fez Moisés, que inventou várias desculpas para não ser o libertador dos hebreus, assim também a nossa tentativa é vã. O Deus de Moisés está no controle de todas as coisas! Portanto, se Ele te escolheu para algo, esteja pronto para dizer: “Eis me aqui, Senhor!


REFERENCIAS
Ø  HOFF, Paul. O Pentateuco. VIDA.
Ø  MENEZES, Elizeu. Revista Obreiro, nº 01, p.16. CPAD.
Ø  GILBERTO, Antônio. Lições Bíblicas. (1º Trimestre/2014). CPAD.