Lc
24.1-8
INTRODUÇÃO
Graça e Paz a todos! Neste domingo encerraremos mais
um trimestre de Lições Bíblicas, e com um assunto que brinda nosso estudo do
Evangelho do Homem Perfeito – A Ressurreição de Jesus! Esta doutrina é viga
mestra e o pilar do Cristianismo, pois é a prova de que Sua morte foi aceita
pelo Pai (Rm 4.25). Assim, abordaremos a definição, a doutrina, os tipos, a
natureza, as evidências e, finalizaremos com as explicações das duas
ressurreições. Desejo,
então, a todos uma ótima aula e excelente encerramento de trimestre!
I. O
QUE É RESSURREIÇÃO
A ressurreição é um dos maiores milagres do
Universo. Para os materialistas e ateus, a ressurreição é uma fantasia. Não
crêem por não encontrarem explicação para tal maravilha. Porém, as coisas de
Deus não se baseiam, efetivamente, na compreensão do homem natural, mas na fé
(1 Co 2.14,15; 2 Co 5.7; Hb 10.38). A ressurreição significa que o homem morto
tornará a existir e viver fisicamente por meio de uma nova união entre espírito
e o corpo que foram separados no momento da morte. Para os que morrerem em
Cristo este milagre se realizará no dia da vinda de Jesus (1 Ts 4.13-18). Esta
é a gloriosa esperança que devemos conversar em nossos corações. Vejamos, pois,
as seguintes definições de ressurreição:
1.
Sentido original ou etimológico. Duas palavras gregas definem o termo
ressurreição. A palavra anastasis, que quer dizer “tornar à vida”,
“levantar-se”, e a palavra egeiró que significa “erguer-se”,
“despertar”, “acordar”. São termos gregos que aclaram o sentido de
ressurreição.
2.
Sentido doutrinário. Ressurreição
é a outorga da vida ao que havia se extinguido fisicamente. É o ato de fazer
voltar à vida o que estava sepultado. Várias vezes nos deparamos com a
expressão “ressurreição dos mortos”
(1 Co 15.12,13,21,42), que se refere a uma ressurreição geral, de justos e
ímpios. Porém, quando se refere aos justos, a expressão no original é
restritiva e se traduz por “ressurreição
de entre os mortos”. A expressão “de entre os mortos” quer dizer os mortos
tirados do meio de outros mortos.
II. A DOUTRINA DA RESSURREIÇÃO
A doutrina da ressurreição tem forte base
escriturística. Ela é uma das principais doutrinas da Fé Cristã, visto que a
ressurreição de Cristo é a base de nossa fé e esperança (1 Co 15.17-20). A
ressurreição de Jesus era o tema central da pregação da Igreja primitiva. Logo,
devemos tê-la também como o centro de nossa mensagem, porquanto ela é a
garantia da nossa própria ressurreição (1 Jo 3.2; Fp 3.21). Portanto, veremos a
seguir o que as Escrituras nos revelam sobre esta inquestionável doutrina:
1. No Antigo Testamento. Vários personagens
importantes da história do Antigo Testamento demonstraram sua confiança e
crença na ressurreição. Abraão cria na ressurreição (Gn 22.5, Hb 11.17-19); (Jó
19.25-27); um dos filhos de Coré, cantor, salmodiava sobre a ressurreição (Sl
49.15); o profeta Isaías cria e profetizava sobre a ressurreição (Is 26.19);
Daniel, profeta e estadista, declarou sua crença na ressurreição (Dn 12.2,3); e
Oséias, um profeta destacado em Israel, fez o mesmo (Os 13.14).
2. No Novo Testamento. A doutrina da ressurreição
foi declarada e ensinada por Jesus em seu ministério terrestre (Jo 5.28,29;
6.39,40,44,54; Lc 14.13,14; 20.35,36). Ensinada e reafirmada pelos apóstolos e
os pais da Igreja primitiva (At 2.32; 4.2). Em Atenas, na Grécia, Paulo pregou
a Jesus Cristo e Sua ressurreição (At 17.18). Repetiu isso, também, para os
filipenses (Fp 3.11), aos coríntios (1 Co 15.20), aos tessalonicenses (1 Ts 4.14-16),
perante o governador Felix (At 24.15). O apóstolo João, não só relatou o ensino
de Cristo sobre a ressurreição, mas ele mesmo ensinou sobre o assunto (Ap
20.4-6).
3. Alguns exemplos bíblicos de ressurreições
literais.
a) No Antigo Testamento. Na Antiga Aliança três
casos de ressurreição ocorrem, e estes se manifestam durante o ministério
profético de Elias e Eliseu. Em 1 Reis 17.17-24, temos o primeiro relato deste
maravilhoso milagre através do profeta Elias, que ressuscita o filho da viúva
de Sarepta. Posteriormente, temos a história dramática da ressurreição do filho
da mulher sunamita através da oração do profeta Eliseu (2 Rs 4.32-37). Há, no
entanto, um caso posterior mais
impressionante. O profeta Eliseu já havia morrido e sido sepultado, e um grupo
de moabitas, para fugir de uma perseguição inimiga, lançou o seu morto na cova
onde estavam os restos mortais de Eliseu. Ao tocar os ossos do profeta o morto
reviveu e se levantou sobre seus pés (2 Rs 13.20,21).
b) No Novo Testamento. Os exemplos são numerosos,
começando pelo ministério pessoal de Jesus Cristo: a filha de Jairo (Mt
9.24,25); o filho de uma viúva de Naim (Lc 7.13-15); seu amigo Lázaro, em
Betânia, irmão de Maria e Marta (Jo 11.43,44). Ele mesmo venceu a morte depois
de três dias no sepulcro (Lc 24.6) e, para confirmar Sua vitória sobre a morte,
alguns corpos de santos mortos anteriormente, ressuscitaram e foram vistos em
Jerusalém (Mt 27.52,53). Mais tarde, entre os apóstolos, Pedro orou ao Senhor e
fez reviver a Dorcas (At 9.37,40,41).
III. TIPOS DE RESSURREIÇÃO
1.
Nacional.
É,
em linguagem metafórica, a restauração e renovação do povo de Israel em termos
políticos, materiais e espirituais (Dt 4.23-30; 28.62-64; Lv 26.14-25; Ez
11.17; 36.24; 37.21; Jr 24.6; Ez 36.24,28). O cumprimento cabal da profecia
relativa à ressurreição nacional acontecerá na vinda pessoal do Messias, o
Senhor Jesus Cristo (Zc 14.1-5).
2.
Espiritual.
Refere-se
também metaforicamente a um renascimento espiritual dos que, tendo estado
mortos em delitos e pecados (Ef 2.1) foram vivificados espiritualmente (Rm
6.4). Há, no entanto, um sentido literal dessa ressurreição, no que tange à
ressurreição corporal. Porém, o aspecto físico da ressurreição diz respeito aos
corpos levantados das sepulturas, os quais sofrerão uma metamorfose. Isto é:
uma transformação do físico para o espiritual (1 Co 15.52; 1 Ts 4.13-17).
3.
Física.
Precisamos
distinguir esse tipo de ressurreição sob dois ângulos: o temporal e o
escatológico. No sentido temporal, temos o exemplo de pessoas que morreram,
foram sepultadas, e pelo poder de Deus ressuscitaram; posteriormente, voltaram
a morrer (2 Rs 4.32-37; Mt 9.24,25). No sentido escatológico, tanto os justos
quanto os ímpios vão ressuscitar fisicamente. Os justos levantar-se-ão dos seus
sepulcros na vinda do Senhor (1 Co 15.44,52; Jo 5.29). Os ímpios se levantarão,
não com os santos, mas no fim de todas as coisas, no Juízo Final (Ap 20.11-15).
IV. A
NATUREZA DE RESSURREIÇÃO DE JESUS
Quanto à natureza deste ato miraculoso de Deus, a ressureição
deve ser estudada sob alguns aspectos, pois Jesus deixou claro que não haverá
uma única, geral e simultânea ressurreição para os mortos, mas ela acontecerá,
em duas fases distintas: a ressurreição dos justos e dos ímpios (Jo 5.28,29).
Por isso, biblicamente pode-se afirmar que:
1.
A ressurreição será universal.
O caráter geral da ressurreição é universal, porque
justos e injustos hão de ressuscitar (Jo 5.28,29; At 24.14,15). Nesse sentido a
Bíblia descreve esse fato como a “ressurreição
dos mortos”, que tem um caráter geral.
2.
A ressurreição será dupla.
Isto por se tratar da distinção dos justos e
injustos (Jo 5.29; Dn 12.2; Ap 20.4,5). Os justos participaram da primeira
ressurreição, ao passo que os ímpios da segunda (Ap 20.13-15).
3.
A ressurreição será literal e corporal.
Jesus confirmou a doutrina da ressurreição literal e
corporal (Jo 5.25,28,29). Ele ressuscitou corporalmente, por isso, o seu corpo
ressurreto, mesmo estando revestido de espiritualidade, podia ser tocado e
visto (Lc 24.39; At 1.9-11). Assim, as Escrituras mostram-nos as
características do corpo da ressurreição do Senhor ao revelar que, após
ressuscitar, o corpo de Jesus tornou-se: a) Visível (Lc 24.39); b)
Incorruptível (1 Co 15.42,54); 3) Palpável (Jo 20.27); 4) Mesmo Corpo (2 Co 5.1-4);
e 5) Vivificado (Rm 8.11). Quando a Bíblia fala de “corpo espiritual” não anula
a realidade da ressurreição de um corpo material, porque o mesmo será revestido
por um corpo espiritual ou celestial (1 Co 15.42). Há necessidade da
ressurreição corporal dos justos e ímpios para o devido julgamento de suas
obras feitas através do corpo, bem ou mal (2 Co 5.10; Ap 20.12).
Muitos curiosamente indagam: “Como será o nosso corpo ressurreto?”.
Todavia, tal indagação já se ouvia no tempo de Paulo, por meio dos crentes de Corinto:
“Como ressuscitarão os mortos? E com
que corpo virão?” (1 Co 15.35). Ora, o corpo ressurreto de Jesus é o
maior exemplo do que ou de como será o nosso próprio corpo! Stamps comentando
este fato, diz: “Em termos gerais, o
corpo ressurreto do crente será semelhante ao corpo ressurreto de Nosso Senhor
(Rm 8.29; 1 Co 15.20,42-44,49; Fp 3.20,21; 1 Jo 3.2). Mais especificamente, o
corpo ressurreto será:
a) um corpo que terá
continuidade e identidade com o corpo atual e que, portanto, será reconhecível
(Lc 16.19-31);
b) um corpo transformado em
corpo celestial, apropriado para o novo céu e a nova terra (1 Co 1542-44,47,48;
Ap 21.1);
c) um corpo imperecível,
não sujeito à deterioração e à morte (1 Co 15.42);
d) um corpo glorificado,
como o de Cristo (1 Co 15.43; Fp 3.20,21);
e) um corpo poderoso, não
sujeito às enfermidades, nem à fraqueza (1 Co 15.43);
f) um corpo espiritual (não
natural, mas sobrenatural), não limitado pelas leis da natureza (Lc 24.31; Jo
20.19; 1 Co 15.44);
g) um corpo capaz de comer
e beber (Lc 14.15; 22.16-18,30; 24.43; At 10.41).
Quando os crentes receberem seu novo corpo se revestirão da imortalidade
(1 Co 15.53). As Escrituras indicam pelo menos três propósitos nisso: 1)
para que os crentes venham a ser tudo quanto Deus pretendeu para o ser humano,
quando o criou (1 Co 2.9); 2) para que os crentes venham a conhecer a
Deus de modo completo, conforme Ele quer que eles o conheçam (Jo 17.3); e 3)
a fim de que Deus expresse o seu amor aos seus filhos, conforme ele deseja (Jo
3.16;Ef 2.7;1 Jo 4.8-16)”.
V. EVIDÊNCIAS DA RESSURREIÇÃO DE
JESUS
A ressurreição dos mortos é uma obra de realização
exclusiva e poderosa de Deus (2 Co 1.9; Jo 6.39,40; Rm 8.11). Por essa razão, os
materialistas e ateus, como já mencionamos, afirmam ser a ressurreição pura
utopia. Isto por não encontrarem explicação para tal maravilha. Mas, eles não
são os únicos a tentarem negar esse extraordinário milagre! A teologia liberal,
bem como a Neo-ortodoxia igualmente nega e até questiona a realidade de tal
assombroso milagre. Vejamos algumas dessas teorias racionalistas usadas por
esses teólogos:
Teoria do mito – esta
diz que a ressurreição não passa de um mito como tantos outros nas grandes
religiões.
Teoria
do sepulcro desconhecido – esta alega que o corpo de
Jesus teria sido lançado em um sepulcro para indigentes e não em um túmulo
novo. Dessa forma nem mesmo os discípulos saberiam o lugar certo.
Teoria
do sepulcro errado (muito
semelhante a anterior) – diz que os discípulos tendo confundido os
sepulcros foram a um deles que se encontrava vazio e não aquele onde de fato
Jesus havia sido posto.
Teoria
da lenda – Esta afirma que o relato da ressurreição faz parte das lendas
que floresceram nos primeiros anos da cristandade.
Teoria
da ressurreição espiritual (divulgada pelas Testemunhas de Jeová) – Esta diz que o próprio Deus
destruiu o corpo de Jesus. Dessa forma Jesus teria ressuscitado em um corpo
espiritual e não material.
Teoria
da alucinação – Essa teoria diz que os discípulos pensaram ter visto Jesus
ressuscitado, mas de fato tratava-se apenas de uma alucinação ou miragem.
Teoria
da substituição (defendida pelos mulçumanos)
– Segundo essa teoria, Jesus foi substituído por uma outra pessoa na hora da
crucificação.
Como se vê, muitas são as formas de tentar negar o inegável, porém,
a ressurreição de Jesus é um dos fatos históricos mais bem documentados do Novo
Testamento. As evidências são muitas. Dentre as muitas evidências da
ressurreição de Jesus, podemos citar: O rompimento do selo romano. Todos
os sepulcros possuíam uma espécie de lacre como marca do Império Romano. Romper
esse lacre era ir contra a autoridade do Império. Não dá para acreditar que os
discípulos temerosos como se encontravam, tivessem coragem para tal. Uma outra
evidência é o túmulo vazio. Logo após a ressurreição, como atesta o livro
de Atos dos Apóstolos, os discípulos começaram a pregar que Cristo havia
ressuscitado. Se esse fato não fosse verdade as autoridades judaicas ou romanas
logo teriam provado o contrário. O fato é que não havia mais corpo no túmulo.
Possivelmente, nenhuma outra evidência seja tão forte quando o testemunho dos
primeiros cristãos.
Aliás, falando sobre testemunhas, as Escrituras citam as pessoas
que presenciaram o Cristo Ressurreto e mencionam: Maria Madalena (Mc 16.9; Jo
20.11-18), Dois discípulos no caminho de Emaús (Lc 24.13-35; Mc 16.12,13), o
Apóstolo Pedro (Lc 24.34; 1 Co 15.5), os Onze Apóstolos (Lc 24.36; Mc 16.14; Mt
28.16,17; Jo 20.19), Quinhentas testemunhas (1 Co 15.6), o Apóstolo Tiago (1 Co
15.7a) aos demais Apóstolos durante 40 dias (At 1.3; 1 Co 15.7b), e, por último,
ao Apóstolo Paulo (1 Co 15.8; At 9.3-6). Todas essas testemunhas pagaram um preço muito alto pelo
que viram e testemunharam. Foram perseguidos, presos, torturados e mortos
porque afirmaram que Jesus estava vivo (At 12.1-3). Isso está também registrado
na história, e não apenas no Novo Testamento. Quem estaria disposto a morrer
por uma mentira? Talvez algum insensato, mas não tanta gente.
Como
assevera Myer Pearlman: “Os judeus
poderiam ter refutado o testemunho dos primeiros pregadores se tivessem exibido
o corpo de Jesus. Mas não o fizeram — porque Cristo ressuscitara corporalmente
(Lc 24.3). Muitos argumentos contrários à ressurreição de Jesus são tão
inconsistentes que, por si mesmos, se auto-refutam. Negar a ressurreição de
Jesus é tolice. Se a ressurreição de Jesus não fosse um fato real, o
Cristianismo teria morrido em seu nascedouro”. Portanto, é impossível lermos as
narrativas dos Atos dos Apóstolos e o testemunho do apóstolo Paulo e ao mesmo
tempo duvidarmos que Jesus ressuscitou. Pedro curou enfermos afirmando que o
fazia em nome de Jesus que havia ressuscitado (At 3.6,12-16). Paulo empreendeu
uma das maiores investidas missionárias da história, libertando pessoas
oprimidas de demônios e curando paralíticos em nome de Jesus ressuscitado (At
13–28). A existência da igreja é a maior prova que o nosso Senhor ressuscitou! O
Próprio Senhor Jesus assegurou-nos esta verdade dizendo:
“E também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a
minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mt
16.18).
“E se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para
mim mesmo, para que onde eu estou estejais vós também” (Jo 14.3).
“Todavia, digo-vos a verdade: Convém que eu vá, porque se eu não for, o
Consolador não virá para vós; mas, se eu for, eu o enviarei” (Jo 16.7).
“Eu sou o que vivo; fui morto, mas estou vivo para todo o sempre! E
tenho as chaves da morte e do inferno” (Ap 1.18).
IV. EXPLICANDO A RESSURREIÇÃO DOS
JUSTOS E A DOS ÍMPIOS
1. A
primeira ressurreição.
a) O
tempo. Divide-se
em três fases distintas. A primeira fase refere-se à ressurreição de Cristo e
de muitos santos do Antigo Testamento, identificados como as “primícias dos
mortos” (1 Co 15.20; Mt 27.52,53); Jesus e aqueles santos ressurretos são o
primeiro molho de trigo colhido (Lv 23.10-12; 1 Co 15.23). Jesus foi o grão de
trigo que caiu na terra, morreu, e produziu muito fruto (Jo 12.24). Isto é:
aquele grupo de pessoas de Mt 27.52,53 foi a primícia, o primeiro molho. A
segunda fase refere-se à ressurreição dos mortos em Cristo na era
neotestamentária, a qual se efetuará no chamamento especial por ocasião da
volta do Senhor Jesus sobre as nuvens (1 Co 15.51,52; 1 Ts 4.14-17). A terceira
fase da primeira ressurreição refere-se àqueles mortos no período da Grande
Tribulação, os quais são chamados de “mártires da Grande Tribulação”. Refere-se
ao restolho da ceifa, isto é, as respigas da colheita (Ap 6.9-11; 7.9-17;
14.1-5; 20.4,5).
b) A
natureza dos corpos ressurretos. Não importa como os corpos foram sepultados,
se em covas na terra, ou no fundo dos mares e rios, ou queimados. Na realidade,
os mesmos corpos mortos serão ressuscitados. No caso dos mortos em Cristo, seus
corpos serão transformados (1 Co 15.35-38), iguais ao corpo ressurreto de
Cristo (Fp 3.21).
2. A
segunda ressurreição.
a) O
tempo. Já
sabemos que Jesus distinguiu duas ressurreições: a dos justos e a dos ímpios
(Jo 5.28,29). Alguns intérpretes entendem a ressurreição dos mortos como um só
evento, num mesmo tempo. Declaram que a única distinção é que “uns ressuscitam
para a vida” e outros “para a perdição”. Entretanto, essa teoria é largamente
refutada. Na verdade, o tempo da segunda ressurreição acontecerá no fim de todas
as coisas, após o período do Milênio na Terra, quando haverá o Juízo Final
diante do Grande Trono Branco (Hb 4.13).
b) A
natureza dos corpos ressuscitados dos ímpios. Quanto à ressurreição o processo será o mesmo
que o dos justos. Seus corpos terão todas as partículas físicas reunidas e
transformadas em corpos espirituais, mas sem qualquer glória. À semelhança dos
justos no Hades, as almas e espíritos se unirão aos seus corpos
sepultados para serem julgados por suas obras (Ap 20.12; Dn 12.2). Nenhuma glória,
nenhuma beleza, mas totalmente inglório, para que sejam prestadas as contas
perante o Supremo Juiz (Hb 4.13; Rm 2.5,6; Hb 9.27).
c) O
estado final dos ímpios. Na verdade, os ímpios ressuscitarão para uma “segunda morte”, Ap
21.8. Essa “segunda morte” não significa aniquilamento, mas banimento da
presença de Deus (2 Ts 1.9). Esse banimento implica que todos os ímpios serão
lançados no Geena, chamado “Lago de Fogo” (Mt 25.41,46), que arde continuamente
com fogo inapagável — o tormento eterno (Ap 14.10,11).
CONCLUSÃO
Diante do
exposto aprendemos que a esperança da Igreja está baseada na ressurreição de
Cristo. Porquanto sabemos que Sua ressurreição não consistiu apenas no fato de
Ele tornar a viver, pois, se assim fosse, não haveria diferença das
ressurreições registradas no Antigo Testamento, nem Jesus poderia ser
considerado “as primícias dos que dormem” (1 Co 15.20); nem o “primogênito
dentre os mortos” (Cl 1.18). A ressurreição de Cristo significa a sua
glorificação e exaltação (Jo 7.39; Rm 6.4; Fp 3.20,21); a vitória esmagadora
sobre Satanás, o pecado, a morte e o inferno (1 Co 15.54-56; Ap 1.17,18). Portanto,
a nossa esperança ressuscitou dos mortos para jamais voltar a morrer (1 Co
15.20). Ele é o nosso precursor, a garantia de que, no final, ressuscitaremos
para a vida eterna. Pois, disse o Apóstolo João: “Amados, agora somos filhos de Deus,
e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando Ele se
manifestar, seremos semelhantes a Ele, porque assim como é, o veremos”
(1 Jo 3.2). Maranata! Ora, vem Senhor Jesus!
Deus abençoe a todos!!
REFERÊNCIAS
Ø STAMPS,
Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal.
CPAD.
Ø GONÇALVES,
José. Lucas – O Evangelho de Jesus, o
Homem Perfeito. CPAD.
Ø GONÇALVES,
José. Lições Bíblicas. (1º Trimestre de 2015). CPAD.
Ø SOARES, Esequias. Lições
Bíblicas. (1º Trimestre de 2008). CPAD.
Ø CABRAL, Elienai. Lições
Bíblicas. (1º Trimestre de 2001). CPAD.
Ø CABRAL, Elienai. Lições
Bíblicas. (3º Trimestre de 1998). CPAD.