segunda-feira, 31 de agosto de 2015

QUESTIONÁRIOS DO 3° TRIMESTRE DE 2015






   A IGREJA E O SEU TESTEMUNHO –
As ordenanças de Cristo
nas cartas pastorais






Lição 08

Para Refletir
A respeito das Cartas Pastorais:


Paulo inicia o capítulo três falando a respeito de qual assunto?
Paulo inicia falando a respeito da extrema corrupção dos últimos dias.

O termo “últimos dias” se refere somente aos tempos escatológicos?
O termo “últimos dias” não se refere somente ao fim dos tempos escatológicos, mas faz referência ao ataque gnóstico sobre a Igreja.

Quais as características principais dos falsos mestres?
Amantes de si mesmos; avarentos; presunçosos; soberbos; blasfemos, etc.

Segundo a lição, qual era o verdadeiro propósito de Paulo?
Promover o Evangelho de Cristo.

Quais são os “instrumentos” utilizados por Satanás nesses últimos dias?
O relativismo e Leis infames.


sexta-feira, 28 de agosto de 2015

LIÇÃO 09 – A CORRUPÇÃO DOS ÚLTIMOS DIAS





 2 Tm 3.1-4; 14-16 



INTRODUÇÃO
Os tempos difíceis que a Igreja, em seus primórdios sofrera, elucida acontecimentos preliminares e simbólicos dos tempos do fim, que sobrevirão, antes do retorno de Cristo. Segundo Paulo a corrupção do gênero humano iria atingir proporções bem maiores com o passar dos tempos (2 Tm 3). Nesta lição, traremos a definição da palavra “corrupção” e das expressões tais como: “últimos dias”, “tempos trabalhosos”; veremos ainda, as marcas que comprovam a degeneração social e, por fim, como os crentes podem ser imunizados deste mal, mantendo-se irrepreensíveis em santidade, a fim de herdarem a vida eterna (1Ts 3.13; 1Co 15).


I – DEFINIÇÕES DO TERMO CORRUPÇÃO
1.1. Definição linguística. O nosso termo “corrupção” provém do latim, “corruptione”, e o Aurélio o define como “ato ou efeito de corromper; decomposição, putrefação”. Já no sentido figurado, a expressão significa: “devassidão, depravação, perversão” (FERREIRA, 2004, p. 560 – acréscimo nosso).

1.2. Definição teológica. Quando Boyer relaciona as palavras “corrupção”, “corruptível” e “corrupto”, ele dá destaque para o que é “corrompido, podre, depravado, pervertido, sujeito a putrefação, algo desmoralizado” (96, p. 201 – acréscimo nosso).

1.3. Definição Bíblica. A apresentação bíblica desse assunto é ampla, incluindo as seguintes categorias: (1) No Antigo Testamento: (a) A decadência do corpo, que é a corrupção física (Sl 16.10); (b) Os defeitos físicos em algum animal, que o tornavam impróprio para ser sacrificado, que é a corrupção cerimonial (Lv 22.20-23); (c) A ruína moral causada pelo pecado, que é a corrupção moral (Dt 9.12); (2) No Novo Testamento, encontramos as palavras gregas “phthora” e diaphthora”, ambas traduzidas por “corrupção”. A primeira delas (phthora) aparece por nove vezes denotando a decadência do corpo físico (1 Co15.42,50); do universo físico (Rm 8.21; Cl 2.22; 1Pd 2.2); da moral e religiosidade (1Pd 1.4; 2.9) (CHAMPLIN, 2013, p. 934 – acréscimo e grifo nosso).


II – A PREDIÇÃO DO APÓSTOLO PAULO
“A expressão 'últimos dias' no texto, aparece somente nas epístolas pastorais, em At 2.17 e em Tg 5.3. Porém, expressa de maneira diferente, e de ocorrência comum; um tema muito comum entre os líderes da igreja primitiva (Mt 24; At 2.17; Tg 5.3; 2 Pe 3.3; Jd 18) (CHAMPLIN 2014, p. 501 – acréscimo nosso). “Paulo passa a falar sobre o fim dos tempos, isto é, a era cristã na sua totalidade, onde as coisas se tornarão piores à medida que o fim se aproxima (2Pd 3.3; 1Jo 2.18; Jd 17,18). O que parece, é que o apóstolo acreditava que vivenciava os últimos dias, pois esta expressão abrange todo o intervalo entre o primeiro advento de Cristo, e o seu advento final, designado como o fim dos séculos (1Co 10.11) (ADEYEMO, 2010, p. 1519 – acréscimo e grifo nosso).

2.1. Tempos trabalhosos (2 Tm 3.1). “A heresia do gnosticismo era 'suave', quando contrastada com as heresias futuras que antecedem a segunda vinda de Cristo, pois haverá uma apostasia de proporções gigantescas”. Da expressão 'tempos difíceis', no grego, temos o adjetivo “chapelos”, que significa 'difícil', 'árduo', dando a entender um período de 'tensão', de 'maldade'; serão tempos difíceis de suportar, perigosos e problemáticos para a igreja em geral (CHAMPLIN, 2014, p 502 – acréscimo nosso). A expressão “difíceis” é usada para descrever a natureza selvagem de dois homens possuídos por demônios (Mt 8.28). Essas eras ou épocas selvagens ou perigosas serão cada vez mais frequentes e severas à medida que se próxima a volta de Cristo; a era da igreja está repleta desses movimentos perigosos que, pelo fato de o fim estar se aproximando, estão ganhando força (Mt 7.15; 24.11,12,24; 2Pd 2.1,2) (ALMEIDA, 2010, p. 1672).

2.2. As marcas deste tempo (2 Tm 3.2-5). “Esse período é o mesmo que o apóstolo se refere como 'últimos tempos'; Na primeira carta a Timóteo (1Tm 4.1), Paulo focaliza a proliferação de falsas doutrinas, e aqui (2Tm 3.1), o apóstolo enfatiza a degeneração social, a perversidade das pessoas que se tornam totalmente egoístas e buscam apenas satisfazer seus próprios desejos, sem nenhuma consideração pelos outros (2Tm 3.3); Elas tem pouco interesse na religião e zombam das coisas de Deus, mas gostam de cultivar uma fachada cristã (2Tm 3.4-5), amam os prazeres da carne (2Tm 3.6), e se interessam por novas ideias apenas pelo fato de serem novas, porém, não estão dispostas a chegar ao conhecimento da verdade (2Tm 3.7). “Nestas descrições, o apóstolo Paulo está usando termos familiares aos judeus e, sendo assim, o mesmo, pelo Espírito Santo, caracterizou o perfil das pessoas destes 'últimos tempos'; Como disse E. K. Simpson: “O mundo se fará mais mundano” (apud, BARCLAY, sd, p. 67 – acréscimo e grifo nosso).


III – TIPOS DE CORRUPÇÃO
A sociedade está caminhando a passos largos para o auge da corrupção. Ela, aos poucos, está se degenerando; o sistema está pervertido e corrompido. Há pessoas que mostram em seus comportamentos que a corrupção está em todas as esferas, principalmente no que tange ao relativismo moral (nada é definitivamente certo nem absolutamente errado) e as leis incoerentes. Vejamos na tabela abaixo, os possíveis tipos de corrupções e associemos aos comportamentos típicos que o apóstolo Paulo elenca na sua segunda carta a Timóteo:

TIPOS DE CORRUPÇÃO
2TM 3.1-9


1


Moral

“... amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, ingratos, profanos, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos...” (2Tm 3.1-3).
2
Teológica
“... nunca podem chegar ao conhecimento da verdade...” (2Tm 3.7).

3

Religiosa


“... irreconciliáveis, mais amigos dos deleites, aparência de piedade...” (2Tm 3.3-5).
4
Familiar
“...desobedientes a pais e mães...” (2Tm 3.2).
5
Política
“... resistem à verdade, sendo homens corruptos...” (2Tm 3.8).
6
Sentimental
“... sem afeto natural...” (2Tm 3.3).
7
Pedagógica
“... aprendem sempre...” (2Tm 3.7).


IV – IMUNIZANDO-NOS PELA PALAVRA DE DEUS
Como não é possível a igreja se isentar deste mal, o apóstolo nos mostra que é possível se imunizar, se defender. “Paulo adornava suas cartas a Timóteo com incentivos, desafios, esperanças, e confirmações. Nesta última seção, antes de suas considerações finais, ele deu a confiabilidade das Escrituras, a inspirada Palavra de Deus, e a constância do seu próprio exemplo (2 Tm 3.10-17), como duas orientações seguras para a imunização contra as corrupções citadas acima, mostrando um elo existente entre a 'Ortodoxia' (do grego “orthodoxos” “orthos”, “direito” + “doxa”, “doutrina”) e a 'Ortopraxia' (do grego “orthopraxia” “orthos”, “direito” + “praxis”, “prática”)” (RIBAS, 2009, p. 537 – acréscimo e grifo nosso). Vejamos na tabela abaixo o exemplo do apóstolo Paulo nestas duas vertentes, praticando a ortodoxia que ensinava:

ORTODOXIA
ORTOPRAXIA
1
“... ensino...” (1Tm 3.16). - instruir no Evangelho
“... o meu ensino, meu procedimento ...”
2
“... repreensão... (1Tm 3.16).- Expor os erros
“... meu propósito, a minha fé...”
3
“... correção...” (1Tm 3.16). - Redirecionar o
comportamento errado
“... a minha longanimidade, o meu amor e a minha perseverança...”
4
“... educação na justiça...” (1Tm 3.16). - Nutrir os crentes e santidade
“... as minhas perseguições e os meus sofrimentos...”
PARA O APÓSTOLO A ORTODOXIA DEVE GERAR A ORTOPRAXIA
“... aperfeiçoamento, habilidade para toda boa obra...”


CONCLUSÃO
Vivemos os dias, que previu o apóstolo Paulo, pelo Espírito Santo. Tempos difíceis. Cada dia que se passa, precisamos nos voltar para as Escrituras que por Deus são inspiradas (2 Tm 3.16), a fim de nutrirmos as nossas almas, para que possamos aguardar, irrepreensíveis em santidade, o retorno glorioso de Jesus Cristo e, assim o que é corruptível se revestirá da incorruptibilidade e o que é mortal se revestirá da imortalidade e, por toda a eternidade estaremos com o Senhor.



REFERÊNCIAS
ANDRADE, Claudionor Corrêa. Dicionário Teológico. CPAD.
BOYER, Orlando. Pequena Enciclópopédia Bíblica. IBAD.
CHAMPLIN, R. N. Dicionário de Bíblia, Teologia e Filosofia. HAGNOS.
MACARTHUR. Bíblia de Estudo MacArthur. SBB
STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.


Por Rede Brasil de Comunicação.

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

QUESTIONÁRIOS DO 3° TRIMESTRE DE 2015






   A IGREJA E O SEU TESTEMUNHO –
As ordenanças de Cristo
nas cartas pastorais





Lição 08

Para Refletir
A respeito das Cartas Pastorais:


Segundo a lição, quais as duas características do obreiro aprovado?
Obreiros que ensinam sem engano e com pureza.

O que motivava Paulo a pregar o Evangelho?
A motivação do apóstolo Paulo era pregar o Evangelho por amor dos santos (2Tm 2.9).

Qual era o alvo de Paulo?
Jesus Cristo (Fp 3.13-14).

De acordo com a lição, o que visam os falsos obreiros?
Enganar os incautos com argumentos falsos e logro.

Quais os dois tipos de vasos citados por Paulo?
Vaso para honra e para desonra.


sábado, 22 de agosto de 2015

LIÇÃO 08 – APROVADOS POR DEUS EM CRISTO JESUS





2 Tm 2.1-18



INTRODUÇÃO
Nesta lição, veremos a definição da palavra “aprovado”; em seguida, analisaremos algumas qualidades do servo aprovado, e ainda, estudaremos algumas virtudes do obreiro Timóteo como um verdadeiro exemplo a ser seguido, e por fim, terminaremos vendo algumas lições de como servir a Deus e ser um crente aprovado.


I. DEFINIÇÕES
1.1 Aprovado. O termo no grego “dokimazo” significa: “ser aprovado verdadeiramente”. Já a expressão “dokimos” descreve a “tudo o que foi provado e purificado e que está preparado para o serviço” (BARCLAY, sd, p. 57). O dicionário da língua portuguesa define a palavra aprovado como: “aquele que teve aprovação, admitido, julgado apto, aquele que é julgado verdadeiramente bom” (FERREIRA, 2004, p. 171).


II. QUALIDADES DO SALVO QUE É APROVADO DIANTE DE DEUS
2.1 Fidelidade (1Tm 4.12,13,15). 
A fidelidade é indispensável na vida de um salvo, pois, envolve todas as áreas da sua vida. Fidelidade com Deus, com o cônjuge e filhos, com a igreja, nos negócios, enfim, em todas as coisas. “... além disso, requer-se... que cada um se ache fiel” (1Co 4.1,2). 

2.2 Vigilância (1Tm 4.16)
O crente que não é vigilante pode tornar a sua vida numa tragédia. É preciso ser vigilante em todas as áreas, para que os nossos adversários, inclusive o diabo, não tenha de que nos acusar. O crente deve ficar sempre de prontidão e nunca dormir em relação ao seu testemunho pessoal; pois o inimigo não dorme, ele trabalha de dia e de noite, procurando uma brecha para entrar e destruí-lo (1Pe 5.8; 1Ts 5.6).

2.3 Resiliência (2Tm 2.3-5). 
Hoje muitos não querem mais sofrer por amor a Cristo. O crente não foi chamado só para viver um evangelho de conforto, mais também de sofrimento e provação. O apóstolo Paulo escrevendo aos filipenses, diz: “Porque a vós vos foi concedido, em relação a Cristo, não somente crer nele, como também padecer por ele, tendo o mesmo combate que já em mim tendes visto e, agora, ouvis estar em mim” (Fp 1.29,30; vejamos ainda 2Tm.2.11-13).

2.4 Verdade (2Tm 4.1-5; Tt 2.1)
O crente aprovado é verdadeiro porque vive na verdade e prega a palavra da verdade. Só pode pregar a palavra da verdade, aquele que é verdadeiro; quando o apóstolo Paulo disse: “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade”; isto significa dizer que, para se apresentar a Deus aprovado, é preciso estar vivendo a verdade. Quem vive a verdade tem aprovação de Deus, não é envergonhado por ninguém e tem autoridade de manejar bem a Palavra da verdade.

2.5 Humildade (1Tm 6.3,4, 11). 
A humildade é uma virtude que identifica o verdadeiro homem de Deus. O servo aprovado ele não deve ser orgulhoso, soberbo e de olhar altivo; e sim amigo, comunicativo, amável, generoso e humilde (Ef 4.1,2). A palavra de Deus nos diz: “A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda” (Pv 16.18). “... diante da honra, vai a humildade” (Pv 18.12).

2.6 Disposição (2Tm 2.15a). 
Quando Paulo disse ao seu discípulo Timóteo: "Procura apresentar-te a Deus aprovado", significa "procura estar sempre disponível pra Deus". Nenhuma ocupação terrena pode privar-nos desta disponibilidade (2Tm 2.4). É claro que há crentes que têm suas atividades profissionais, e que delas depende sua sobrevivência. Estes devem buscar se organizar de tal maneira o seu tempo, para que haja maior disponibilidade possível para trabalhar na Obra de Deus.


III. EXORTAÇÕES AO CRENTE TIMÓTEO
A expressão "procura apresentar-te" (2 Tm 2.15) significa: "sê diligente, zeloso". Ê traduzida por "depressa" e "apressa-te", em 2 Timóteo 4.9, 21 e Tito 3.12, respectivamente. A ênfase desse texto é sobre o fato de que o crente precisa ser diligente em seus trabalhos de modo a não ficar envergonhado quando sua obra for inspecionada. "Manejar bem" também pode ser traduzido por "dividir corretamente" ou "cortar em linha reta" e se aplica a várias tarefas diferentes: arar um sulco reto, cortar uma tábua reta, costurar uma emenda reta (WIERSBE, 2007, p.320). Vejamos:

3.1 Apresentar-se aprovado (2 Tm 2.15a). A palavra que Paulo emprega para dizer “apresentar-se” é a palavra grega “parastesai”, que significa caracteristicamente “apresentar-se apto para o serviço”, isso desenvolve a ideia de utilidade para e no serviço. Como já vimos, a palavra grega para aprovado é “dokimos” e descreve a tudo o que foi provado e purificado e que está preparado para o serviço. Descreve o ouro ou a prata que foram  purificados e limpos de toda liga no fogo. Também é a palavra que se usa para referir-se a uma pedra que foi cortada, lapidada e provada e estar pronta para ser localizada exatamente em seu lugar num edifício. Se existisse uma pedra com uma imperfeição marcava-se com a letra “A” maiúsculo, que representava a palavra grega “adokimastos”, que significava que aquela pedra foi provada e encontrada com falhas. Assim, Timóteo devia ser purificado e provado para que pudesse ser um instrumento adequado para a tarefa de Cristo e, portanto, um trabalhador que não tivesse do que envergonhar-se (BARCLAY, sd, p. 57). Assim, todo crente fiel e aprovado, deve buscar apresentar-se diante de Deus julgado apto.

3.2 Manejar bem a Palavra (2 Tm 2.15b). O apóstolo Paulo, orienta Timóteo que: “maneje bem a palavra de verdade”. A palavra grega que corresponde a esta tradução é a expressão “orthotomein”, que literalmente significa “cortar bem”. Relaciona-se como um pai que divide os mantimentos para seus filhos durante a refeição, cortando-os de tal maneira que cada membro da família receba a porção correta, necessária e adaptada e que nenhum fica sem sua porção. Os próprios gregos usavam esta palavra com significados distintos, a saber: primeiramente usavam-na para referir-se a traçar um caminho reto e sem curvas no campo e, em segundo lugar, ao referir-se à tarefa de um pedreiro ao cortar e dar forma a uma pedra de modo que se encaixasse perfeitamente em seu lugar de maneira correta na estrutura de um edifício (BARCLAY, sd, p. 57). Todo servo de Cristo, deve procurar ter intimidade com a Palavra do Senhor, tendo condições de ser apresentado como digno de toda aceitação.


IV. COMO SERVIR A DEUS SENDO UM COOPERADOR APROVADO
4.1 Bom caráter. 
O testemunho de Timóteo influenciou os seus conterrâneos de Atenas e Macedônia. Ver: Atos 17.15,34; 18.7, 8. A expressão “caráter” significa: “o conjunto das qualidades boas ou más de um indivíduo que lhe determina conduta – como a pessoa age”. Paulo escreve a Timóteo dizendo que aquele que almeja cooperar na obra do Senhor, excelente obra almeja (1 Tm 3.1). No entanto, estará apto para esse serviço se além de ter a chamada divina, seja irrepreensível no seu caráter “Convém, pois, que... seja irrepreensível” (1 Tm 3.2a). No texto de Atos 16.2 vê-se que ele era reconhecido em sua cidade Listra, e também em Icônio. É muito animador ver que existem pessoas que são capazes de causar uma boa impressão. Porém, no caso de Timóteo, o seu testemunho falava alto, a ponto de pessoas de outra cidade reconhecer a sua fé. Portanto, é imprescindível para aquele que coopera na obra de Deus possuir as qualificações morais que ela exige (At 6.3; 1Tm 3.1-16; Tt 1.5-9).

4.2 Irrepreensível. 
Paulo mencionou à Timóteo o exemplo de Jesus diante de Pôncio Pilatos “Ninguém despreze a tua mocidade; mas sê o exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, no amor, no espírito, na fé, na pureza.” (1Tm 4.12; 6.13- 16). Ter um bom testemunho perante as pessoas obedecer aos mandamentos de Cristo e guardá-los sem mácula, com um coração puro, íntegro e sincero perante Deus. Que as pessoas ao nosso redor reconheçam em nós o caráter de Jesus. Ser sal e luz, fazer toda a diferença. Timóteo imitou o modo de vida de Paulo. Escolheu alguém que agradava à Deus e seguia os passos de Cristo. Tirou para si tudo o que havia de bom na figura de Paulo. Todos aqueles que irão viver a eternidade deverão ser encontrados irrepreensíveis antes da volta de Cristo (1Tm 6.6-7; 2 Pd 3.14; Mt 5.8).

4.3 Responsável. 
O Aurélio define a palavra “responsável” como: “que tem noção exata de responsabilidade; que se responsabiliza pelos seus atos; que não é irresponsável”. O serviço ao Senhor precisa ser feito com muita responsabilidade, visto que aquilo que fazemos e a maneira como realizamos será submetido a análise no Tribunal de Cristo, onde as obras dos salvos serão julgadas (Rm 14.10; 1Co 3.13-15; 1Co 5.10).

4.4 Conhecedor e pregador da Palavra de Deus
Paulo nos aconselha a pregar Palavra de Deus. Não podemos perder as oportunidades de ministrar a Palavra aos nossos amigos e familiares, mesmo quando sabemos que os confrontaremos. Devemos atender a este mandamento do Senhor e pregar. Não calar os nossos lábios e dizer aquilo que o Senhor tem colocado em nosso coração, é um dever cristão (2Tm 4.1-2; 1Tm 6.17-21). “Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido, e que desde a tua meninice sabes as sagradas Escrituras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus” (2 Tm 3.14-15).


CONCLUSÃO
Concluímos que, ser aprovado diante de Deus, é servi-lo fielmente, sendo um exemplo para os que nos rodeiam, e testemunharmos as virtudes de Cristo. Aprendemos também com esta lição, que como servos de Cristo, devemos manter nossa vida plenamente pautada em sua Palavra para sermos tidos como aquele que “maneja bem a Palavra da verdade”.



REFERÊNCIAS
CHAMPLIN, R. N. Dicionário de Bíblia, Teologia e Filosofia. HAGNOS.
HENDRIKSEN, William. Comentário do Novo Testamento. CULTURA CRISTÃ.
STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
CHAMPLIN, R. N. Dicionário de Bíblia, Teologia e Filosofia. HAGNOS.
ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger. Comentário Bíblico Pentecostal. CPAD.



Por Rede Brasil de Comunicação.