sábado, 31 de outubro de 2015

LIÇÃO 05 – CAIM ERA DO MALIGNO

  




Gn 4.1-10



INTRODUÇÃO
Nesta lição, estudaremos o capítulo 4 do Livro de Gênesis, que abordará o incidente que houve com os irmãos Caim e Abel. Incidente este, que revela o primeiro homicídio da história da humanidade e suas implicações práticas. Após ver que a sua oferta a Deus foi rejeitada e a de seu irmão aceita, Caim, por inveja e ardendo em ira executou Abel. Este ato horrendo não ficou impune, pois Deus o castigou severamente. Os escritores do NT fazem menção desta história, a fim de alertar aos cristãos que não devemos entrar pelo caminho de Caim, nem imitarmos as suas más obras (Hb 11.4; 1 Jo 3.12; Jd v.11).


I. CAIM ERA OU NÃO O PRIMOGÊNITO DE ADÃO
Confesso que fiquei de sobremodo chocado pela afirmação feita pelo comentarista do trimestre, Pr. Claudionor de Andrade, por considerá-lo um Pastor e Teólogo de grande credibilidade e respeito. Porém, forçar o texto bíblico afirmar ou dizer o que não se propõe a dizer é ir contra todas as regras da Hermenêutica Bíblica. E o porquê do meu estado de choque? Simples. Aprendi na sala de EBD que o capítulo 4 de Gênesis não se propõe em dizer quem foi ou quem era o primogênito de Adão, mas, sim, de revelar o primeiro homicídio da história da humanidade. Afinal, o livro em estudo trata das primeiras coisas. No entanto, o que me faz ficar mais admirado (para não dizer perplexo), é o fato de que muitos estão seguindo o raciocínio do comentarista, sem, contudo, analisar se tal proposição tem ou não base bíblica. Então, a primeira indagação que nos vem é: “Qual a relevância de se saber quem foi o primogênito do primeiro homem criado por Deus?”. Ora, as Escrituras Sagradas já nos revelam o mais importante: Quem foi o primeiro homem! Além disso, nenhuma referência bíblica há que ateste ou comprove que Caim fora, de fato, o primogênito de Adão. Muito pelo contrario, elas nos dão evidencias que outros filhos, ou melhor, filhas vieram antes da existência de Caim.

Assim sendo, comecemos pelo texto de Gn 5.4 que diz: “Foram os dias de Adão, depois que gerou Sete, oitocentos anos, e gerou filhos e filhas”. O texto deixa em evidencia que Adão gerou “filhos e filhas”. Agora, observe a ordem imperativa de Deus a Adão logo após criá-lo com Eva. Em Gn 1.28, Deus diz: “Deus os abençoou e disse: Frutificai e multiplicai-vos; enchei a terra, e sujeitai-a”. Logo, é possível afirmar que Adão não gerou filhos, ou melhor, filhas só após a Queda, mas também antes da mesma. Assim, as primeiras indagações são: “Quanto tempo viveu Adão no Éden?” ou “Quantos anos de vida tinha quando desobedeceu a Deus?” Na verdade, é impossível responder as essas indagações; porém, sabe-se que Adão viveu décadas ou séculos naquele Jardim. Então, surge a indagação mais relevante: “Adão desobedeceu a ordem divina de se multiplicar e encher a terra enquanto vivia no Éden?” É evidente que não! Pois a única e fatal desobediência dele ocorre no capítulo 3 de Gênesis. Mas, talvez você me indague sobre minha ênfase sobre “filhas” e não sobre “filhos”. Simples! Porque em Gn 4.1 Eva muito se alegra com o nascimento de um “varão”, ou seja, de um “menino”. Ora, este fato pressupõe que ela, até então, só gerava meninas. Razão essa de exaltar a Deus dizendo: “Alcancei do Senhor um varão” (ARC).

Não bastasse o entendimento acima, em Gn 3.16 vemos Deus pronunciar o castigo da mulher, sendo que neste pronunciamento outra evidencia bíblica atesta que Adão gerou filhos (termo generalizado) no Éden. Deus diz: “Multiplicarei grandemente a dor da tua gestação; em dor darás à luz filhos”. Veja que só se pode multiplicar o que já acontecia ou acontece, no caso em questão a dor da gestação. Assim, Eva foi mãe bem antes da Queda e não apenas após a Queda! Observe que não foram Adão nem Eva que falaram sobre dor da gestação, mas o próprio Deus!
Como dissemos acima, o texto de Gn 4.1 pressupõe que Eva ainda não tinha gerado “filhos”. Contudo, com o devido respeito ao texto sagrado e não querendo especular o mesmo, citaremos Gn 4.1outra vez, mas em outra versão que colabora (nos dá melhor entendimento) com a sentença divina: “Adquiri um varão com o auxilio do Senhor” (ARA). Veja que, diante de tal sentença e levando em consideração as condições da época, só com o auxilio do Senhor para não ocorrer complicações no parto. Porém, as dores foram multiplicadas!

Além das evidências já apresentadas, existem ainda outras evidências, sendo que estas ocorrem por ocasião do Crime praticado por Caim. Em Gn 4.14, ao responder Caim sobre a sentença recebida, diz: “Hoje me lanças da face da terra, e da tua presença me esconderei; serei fugitivo e errante pela terra, e qualquer que comigo se encontrar me matará”. Ora, se só existiam Caim e Abel, então, quem é que vai perseguir de morte a Caim? Observa-se, então que, já existia uma civilização bem antes da existência de Caim. Em Gn 4.15, O Senhor ratifica esta verdade ao dizer: “Portanto qualquer que matar a Caim será vingado sete vezes. E pôs o Senhor um sinal em Caim, para que não o ferisse quem quer que o encontrasse”. Adão acatou a voz imperativa de Deus de “encher a terra”, que como vimos iniciou-se no Éden!

É exatamente neste momento que, após fugir e ir habitar na terra de Node (nome da civilização ao oriente do Éden), que surge uma mulher a qual Caim toma por esposa (Gn 4.16,17). Aí, então, muitos perguntam: “Com quem casou Caim?” ou “Quem era a mulher de Caim?” ou ainda “De onde ela surgiu?”. Ora, ela era moradora da região que Caim escolheu para viver escondido, ou seja, da terra de Node. O que prova mais uma vez, que Caim não era primogênito coisa nenhuma, pois se assim fosse, de onde surgiu de uma hora para outra toda uma civilização? Sem falar que, é a única revelada pelas Escrituras para contextualizar o primeiro homicídio, homicídio este consumado por Caim. Isto pressupõe, sem querer especular, que possivelmente não era a única. Contudo, fiquemos com a de Node!
  
Para encerra a reflexão deste assunto (que alguns verão como polêmica da aula), quero ratificar que me admiro de que um homem tão preparado como acredito ser o nosso comentarista não tenha observado estes detalhes da narrativa bíblica. Contudo, ressalto que ele não é o único, pois muitos outros insistem afirmar o mesmo. Mas, apendi que entre a Teologia e a Bíblia, a Bíblia sempre estará acima da Teologia e dos Teólogos. Portanto, diante desta analise eu pergunto: “Caim era ou não o primogênito de Adão?”. Reflita antes de responder!


 II. A OFERTA DA CAIM E A OFERTA DE ABEL
Segundo Gênesis capítulo 4, os dois irmãos, Caim e Abel, aparentemente agindo de forma espontânea, trazem uma oferta ao Senhor. Caim oferece parte de sua produção agrícola (Gn 4.3). Abel apresenta um dos primogênitos do rebanho (Gn 4.4). Deus aceita a oferta de Abel, mas rejeita a de Caim (Gn 4.4,5). O texto bíblico não explica diretamente o porquê da rejeição. O autor da epístola aos Hebreus dá-nos uma explicação inspirada da diferença entre as duas ofertas: “Pela fé Abel ofereceu a Deus maior sacrifício do que Caim [...] dando Deus testemunho dos seus dons” (Hb 11.4). Esta explicação centraliza-se sobre a diferença do espírito manifestado pelos dois homens. Sendo Abel um homem de fé, veio com o espírito correto e adorou de maneira agradável a Deus. Pelas aparências, ambas as ofertas expressavam ação de graças e devoção a Deus. Mas, o homem que tinha falta de fé genuína no seu coração não podia agradar a Deus, embora sua oferta material fosse imaculada. Deus não se agradou de Caim porque já olhara para ele e vira o que havia no seu coração. Abel veio a Deus com a atitude certa de um coração disposto a adorar e pela única maneira em que os homens pecadores podem se aproximar de um Deus santo. Caim não. Logo: “o sacrifício de Caim foi inferior porque a motivação deste não era boa, e a de Abel sim”. O que podemos aprender com este fato:

1. É possível fazer coisas boas com motivações ruins (Gn 4.3,4).
Caim e Abel trouxeram ofertas ao Senhor, todavia, enquanto a motivação de Abel era boa, a motivação de Caim não era, como nos revela o próprio Deus (Gn 4.7). A palavra motivação alude a intenção, propósito ou objetivo com que fazemos as coisas. Jesus exortou seus seguidores a não fazerem as coisas certas com motivações erradas (Mt 6.2,5,16).

2. Antes de atentar para a oferta, Deus atenta para o ofertante (Gn 4.3-5).
Sob a análise divina a oferta tem valor secundário, enquanto que o ofertante tem valor primário. Por diversas vezes, principalmente na literatura profética, verificamos que Deus rejeita um sacrifício ou uma oferta quando a obediência e a vida em santidade são substituídas por rituais religiosos (Is 1.11-17; Mq 6.6-8; Ml 1.6-14). Semelhante princípio foi ensinado por Jesus (Lc 21.1-4; 18.10-14).


III. A INVEJA DE CAIM E OS MALES QUE A ACOMPANHARAM
Caim sentiu inveja de seu irmão Abel, porque este alcançara o favor de Deus e ele não (Gn 4.5). A inveja é um misto de ódio, desgosto e pesar pelo bem e felicidade de outrem. A inveja é perniciosa para qualquer pessoa, pois, ela está ligada diretamente com a carnalidade e é uma das maiores demonstrações de mesquinharia humana, causada pelo pecado (Gl 5.19-20). Podemos dizer que a inveja sempre envolve um sentimento maléfico de ressentimento pelo sucesso do outro e ninguém é beneficiado por ela. Abaixo destacaremos algumas outras obras da carne decorrentes da inveja:

1. Ira (Gn 4.5,6).
Após ter a sua oferta reprovada por Deus, Caim se irou fortemente (Gn 4.5-b). “Diz o original hebraico, literalmente, “Caim incendiou-se muito”. Por muitas vezes, a ira do homem é o começo da cadeia que termina em algum ato precipitado. Com frequência, os homens se iram por causa de seus fracassos, mas não mostram nenhum interesse em se corrigirem quanto a seus erros” (CHAMPLIN, 2001, p. 43). Quando o homem não domina o seu sentimento de ira por alguém, poderá cometer as piores crueldades com os seus semelhantes (Gn 4.7). Paulo ensinou que não devemos deixar o sol se pôr sobre a nossa ira, do contrário, o diabo encontrará espaço no coração (Ef 4.26,27).

2. Homicídio premeditado (Gn 4.8).
Caim resolveu dar fim a vida do seu próprio irmão Abel. Isto se deu, quando ele convidou seu irmão para ir ao campo, criando o ambiente propício para cometer o crime. “Caim já tinha o homicídio em seu coração, e convidou propositadamente a Abel para que fosse com ele a um lugar onde lhe convinha executar seu maligno propósito. Nesse caso, o primeiro homicídio foi premeditado (CHAMPLIN, 2001, p. 45). É estarrecedor ver que o primeiro homicídio ocorrido na Terra, foi de um irmão contra o outro. Caim não se deu por satisfeito, ao ver que seu sacrifício não fora recebido e o de seu irmão sim, projetou em seu coração executar Abel e do jeito que pensou fez. A Bíblia condena o homicídio e também o ódio que poderá levar alguém a assinar outrem (Êx 20.13; Dt 5.17; Mt 5.21; 1 Jo 3.15).

3. Mentira (Gn 4.9).
Quando interpelado por Deus acerca de onde estava seu irmão, Caim respondeu com aspereza “Não sei; sou eu guardador do meu irmão?”. “O assassino mostrou que também era um mentiroso, tal como Jesus disse acerca de Satanás (Jo 8.44,45). A perversão humana é como as raízes espinhentas que espalham os seus tentáculos por toda parte e sobre tudo, estragando assim a personalidade inteira. A mente criminosa quase sempre ofende em várias áreas” (CHAMPLIN, 2001, pp. 45,66). O verdadeiro servo de Deus tem compromisso com a verdade (Lv 19.11; Cl 3.9).


IV. A PUNIÇÃO DIVINA PELO CRIME DE CAIM
Após consumado o ato de violência contra o próprio irmão, Caim foi confrontado por Deus. O Senhor o questionou onde estava Abel e o que havia feito com ele. O transgressor, prontamente e rispidamente negou saber (Gn 4.9,10). Pensou talvez que por perguntar, Deus não estava sabendo, mas ninguém pode esconder suas intenções e atitudes daquele que é Onisciente (Gn 4.11; Sl 139.1-6; Pv 21.2; Hb 4.13; Ap 2.23). A Bíblia nos revela que Deus puniu-o pelo seu crime hediondo, da seguinte forma: a) Amaldiçoando-o (Gn 4.11). Como sempre a maldição está vinculada a desobediência aos mandamentos divinos, assim como a benção ligada a obediência (Dt 11.26-28); e b) Dificultando a fertilidade da terra (Gn 4.12). Caim era agricultor, ou seja, tirava seu sustento daquilo que plantava (Gn 4.2). Todavia, após o seu pecado foi punido por Deus também nesta área. “O solo, empapado com o sangue de Abel, perpetraria vingança contra Caim. Recusar-se-ia a produzir com abundância. Caim haveria de trabalhar e suar, mas a terra mostrar-se-ia relutante. Essa maldição repete aquela que fora lançada contra Adão (Gn 3.18,19). Seu destino agora seria caminhar errante pelo deserto, visto que não demonstrou arrependimento pelos erros que cometeu (Gn 4.12,14,16). É assim que se encontram todos aqueles que se distanciam de Deus (Jz 21.25; Pv 4.19; Is 53.6).


V. ADVERTÊNCIA PARA QUE NÃO SEJAMOS COMO CAIM
1. O caminho de Caim (Jd 1.11).
Judas, o irmão do Senhor, escreveu em sua epístola, exortações aos cristãos genuínos que se mantivessem longe dos falsos cristãos, cujos ensinos eram pervertidos e podiam afastá-los do caminho certo. Judas assevera de forma contundente que estes hereges entraram pelo caminho de Caim, ou seja, como Caim matou Abel, estes podiam trazer morte espiritual aos servos de Senhor.

2. As obras de Caim (I Jo 3.12b).
Destacando o amor ao próximo como evidência de uma verdadeira espiritualidade e comunhão com Deus, o apóstolo João, exorta aos cristãos a não imitarem as obras de Caim, visto que, pela inveja e egoísmo praticou coisas más, trazendo malefícios para seu próprio irmão, sua família e para si mesmo. Para João, quem não ama seu irmão pertence ao Maligno e é imitador das obras de Caim.


CONCLUSÃO
Quando o pecado foi introduzido no mundo afetou diretamente a natureza humana, levando os homens a cometerem atrocidades inimagináveis, contra Deus, contra si mesmos e contra o próximo. Somos advertidos pelo mau exemplo de Caim, a não trilharmos o seu caminho de inveja, nem imitarmos as suas obras injustas.



REFERÊNCIAS
Ø  CHAMPLIN, R. N. O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo. Vol 1. HAGNOS.
Ø  STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.


Por Rede Brasil de Comunicação.
Adaptado pelo Amigo da EBD.

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

ENCHENDO MEU COPO




Objetivo:
Refletir sobre a importância e a eficácia do amor de Deus em nosso coração, a fim de que não sejamos dominados pelo ódio ou inveja.

Material:
- Um copo com água
- Uma bacia tamanho médio
- Um vasilhame cheio de água (que pegue em média dois litros de água)
- Um pouco de suco em pó (uva)
- Um pouco de café em pó

Procedimento:
Apresente o copo com água limpa e diga que ele representa o ser humano criado por Deus e nascido de novo: Limpo sem nenhuma mancha ou sujeira. Mas diga que à medida que vamos nos envolvendo com este mundo vamos perdendo nossa pureza espiritual, pois vamos deixando o espaço do copo com água ser ocupado também com sujeiras (coloque um pouco de suco em pó e depois de café), porquanto vamos abrindo espaço para o pecado, inveja, amarguras, ódio, falta de perdão etc.
Agora pergunte: E agora o que fazer quando perdemos nossa pureza?  Diga: Existe solução. Vá derramando a água do vasilhame grande dentro do copo até a água do vasilhame acabar. A medida que você for derramando a água no copo, sua água voltará a ficar limpa. No momento em que for enchendo o copo diga: Precisamos permitir que Deus encha a cada dia a nossa vida de amor. Cada vez que o Senhor vai nos enchendo do seu amor a sujeira do pecado, inveja, ódio, amarguras, ressentimentos, intrigas,  mágoas, falta de perdão vai desaparecendo. O copo enchendo represente o cristão recebendo o amor de Deus e ao mesmo tempo recebendo a capacitação divina para amar aquele que nos ofendeu e nos magoou.
Encha o seu coração do amor da mesma forma como Deus amou a você. Col. 3.13 diz: “Suportando-vos e perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa contra outro; assim como o Senhor vos perdoou, assim fazei vós também”. Encerre a dinâmica ministrando uma oração aos seus alunos para que eles aprendam a amar os que o ofendeu e para que Deus retire dos seus corações toda inveja, ódio e amargura.  

Por Escriba Digital

ONDE ESTÁ SEU IRMÃO?



              
     
     A  pergunta  é  séria.  Deus   poderia   ter  perguntado:  “
Caim,  por que   você   matou  seu  irmão?”   Todavia,   o   que interessa aqui não são os sentimentos de Caim e sim o convívio com seu irmão. 

  O que impressiona é que os dois prestavam culto a Deus – e o resultado disto acabou sendo a motivação para Caim cometer o crime. Eles se mostraram religiosos. Certamente viviam em paz, em harmonia. Mas, resultou em crime. E não é só isso: Caim até reconhece o seu erro. Ele declara: “Meu castigo é maior do que posso suportar.... serei um fugitivo errante pelo mundo”(Gn 4.13a, 14). Mas ele não se arrepende.

     Chega a ser assustador que a religiosidade, que deveria ser o terreno do amor e da compreensão na sociedade, é chão de desavenças, intrigas, inimizades e guerras. Por que existem tantas retaliações entre os que se consideram cristãos?

    No caso de Caim, a causa estava no seu coração. E o próprio Senhor Jesus confirma isto ao afirmar: “Do interior do coração dos homens vêm os maus pensamentos, as imoralidades, os roubos, os homicídios, os adultérios, as cobiças, as maldades, o engano, a devassidão, a inveja, a calúnia, a arrogância e a insensatez. Todos estes males vêm de dentro e tornam o homem impuro” (Mc 7.21-23). 

    Membros de igrejas vivem se hostilizando e acham que estão prestando um serviço a Deus. Enquanto isso, pergunta: “Onde está seu irmão?” É hora de dar atenção ao apelo de Isaías 55.7: “Que o ímpio abandone o seu caminho e o homem mau os meus pensamentos. Volte-se ele para o Senhor, que terá misericórdia dele”.
 Fonte: Pão Diário.

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

QUESTIONÁRIOS DO 4° TRIMESTRE DE 2015






   O COMEÇO DE TODAS AS COISAS –
Estudos sobre o livro de Gênesis





Lição 04

Para Refletir
A respeito do livro de Gênesis:


A Queda foi um fato histórico e real?
Sim. Podemos ter tal certeza porque a Bíblia nos garante.

A serpente realmente falou? 
Sim. Não se trata de uma parábola, mas de um fato histórico.

Que juízo recaiu sobre o homem e sobre a mulher?
Sobre a mulher: ela teria a sua dor na hora do parto multiplicada. Também teria que se sujeitar ao governo do homem.
Sobre o homem: O trabalho de Adão seria misturado com a dor. 
Ambos sofreriam a morte física e foram expulsos do paraíso. 

Por que Adão foi responsabilizado por Deus como o principal responsável pela Queda da humanidade?
Porque ele havia recebido a ordem diretamente de Deus.

Deus foi surpreendido pelo pecado do homem? Explique.
Deus não foi apanhado de surpresa pela queda de Adão, pois o Cordeiro, em sua presciência, já havia sido morto desde a fundação do mundo (Ap 13.8). Nossos primeiros pais, de fato, pecaram, mas foram prontamente redimidos pelo sangue de Cristo, pois Jesus morreu por toda a humanidade (Jo 1.29). 

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

LIÇÃO 04 – A QUEDA DA RAÇA HUMANA






Rm 5.12-19



INTRODUÇÃO
A queda do homem resultou na sua separação com Deus (Is 59.2); na destituição da glória de Deus (Rm 3.23), e consequentemente trouxe morte ao invés de vida (Rm 6.23). Na narrativa mais trágica e infeliz da raça humana é necessário ainda dizer que esta Queda não foi só local, pessoal e destinada aquele tempo, mas, que o pecado cometido por Adão teve abrangência total e universal (Rm 5.12).


I. DEFINIÇÃO DA PALAVRA PECADO
Pecado é a falta de conformidade com a Lei moral de Deus, quer seja em ato, disposição ou estado; é a rebelião contra a vontade de Deus (1 Jo 3.4). O termo “hamartiologia” deriva de dois vocábulos da língua grega: “hamartia” e “logos”, os quais significam “estudo acerca do pecado”. O termo “hamartia” sugere a ideia de “fracassar”, “errar o alvo” ou “desviar-se do rumo”. Porém, o termo também sugere alguém que erra o alvo propositadamente; ou seja, que atinge outro alvo intencionalmente. Em síntese, o homem não foi criado para o pecado; se pecou, foi por seu livre-arbítrio, sua livre escolha (Gn 3.1-6; Lv 16.21; Sl 1.1; 51.4; 103.10; Is 1.18; Is 48.8; Dn 9.16; Os 12.8; Rm 1.18-32; Rm 3.10) (CABRAL,
2008, p. 302).


II. DEUS NÃO É O AUTOR DO PECADO
A Bíblia apresenta o homem como transgressor por natureza. Mas, como adquiriu o homem essa natureza pecaminosa? O que a Bíblia nos diz acerca disso? Podemos afirmar categoricamente que Deus não é o autor do pecado. Evidentemente Deus, na sua presciência e onisciência, já vira a entrada do pecado no mundo, bem antes da criação do homem. Porém, deve-se ter o cuidado para que ao se utilizar esta interpretação, não venha fazer de Deus a causa ou o autor do pecado (Jó 34.10; confira ainda Dt 32.4; Sl 92.16; Tg 1.13). Deus odeia o pecado (Dt 25.16; Sl 5.4, 11.5; Zc 8.17; Lc 16.15). Assim sendo, as Escrituras rechaçam todas aquelas ideias deterministas, segundo as quais, Deus é autor e responsável pela entrada do pecado no mundo. O pecado é o resultado de uma escolha livre, porém má, do homem (Ec 7.29; Lm 3.39).


III. HOMEM, A QUEDA E A IMAGEM DE DEUS
A Bíblia é a única fonte segura concernente a criação do homem e seu estado original. De forma simples e objetiva o Gênesis declara que depois de tudo feito, especialmente, o homem, “viu Deus que era muito bom” (Gn 1.31). Contudo, a Bíblia não só revela o primeiro estado do homem, como relata a história da perda do seu primeiro estado de santidade, pela Queda, e também a possibilidade de sua restauração (Cl 3.10; Ef 4.24). O primeiro homem possuía um corpo, uma alma e um espírito perfeitamente adequado um ao outro. Não havia conflito entre os impulsos pessoais e os espirituais no homem, pois isso era um tipo de perfeição física e espiritual (Gn 3.22). Vejamos as consequências da Queda:

3.1 Criado à imagem e semelhança de Deus (Gn 1.26,27).
Em que consiste esta imagem de Deus? Ao longo da história, os teólogos vêm discutindo sobre as diferenças entre “imagem e semelhança”. Porém, a distinção entre as duas características quase se confunde com a diferença entre personalidade (ou pessoalidade) e espiritualidade. No hebraico, as palavras imagem tselem” e semelhança “demut” exprimem a ideia de algo similar, mas não idêntico à coisa que representa ou de que é uma “imagem”. A imagem de Deus no homem com a presença do pecado está deturpada, afetada, mas, não totalmente como afirmam alguns que terminam com isso atribuindo a falta de livre escolha no homem por essa total depravação.

3.2 Há uma distância infinita entre Deus o homem.
Só Cristo é a imagem expressa da Pessoa de Deus, como o Filho de Deus, que possui a mesma natureza. Na verdade, a imagem divina no homem é como a “sombra no espelho”. O homem, como imagem de Deus, foi dotado de atributo moral, isto é, de justiça original. Porém, essa justiça não era imutável; havia a possibilidade de pecado, pois ele foi dotado de livre-arbítrio (Dt 30.15-19). O homem foi criado com uma natureza santa, voltada naturalmente para Deus e sua vontade. Essa imagem divina no homem revela seu caráter e sua natureza religiosa, haja vista ter sido dotado de “espírito”, para manter comunhão com o seu Criador. 


IV. O PECADO DISTORCEU A IMAGEM DE DEUS NO HOMEM
Na teologia cristã, a doutrina do pecado ocupa grande espaço porque o cristianismo é a religião da redenção da raça humana. De todas as doutrinas bíblicas, três delas são de vasta amplitude porque tratam de Deus, do pecado e da redenção. Existe uma inter-relação entre essas três doutrinas. É impossível tratar do pecado sem mencionar a redenção do pecador e, naturalmente, a sua relação com a sua fonte: Deus (CABRAL, 2008, p. 302). A Bíblia nos revela que no Jardim do Éden o homem manifestou algumas atitudes que contribuíram para a sua Queda. Por isso, analisemos:

4.1 A Queda distorceu e avariou a imagem divina no homem.
O destaque maior no relato da criação está na palavra “imagem”: “E criou Deus o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou” (Gn 1.27). Existem alguns ensinamentos de que o ser humano na Queda perdeu totalmente a imagem de Deus inclusive o livre-arbítrio, estando assim totalmente depravado. Essa teoria é incoerente e antibíblica, pois a imagem e a semelhança, de fato, se referem aos aspectos moral e espiritual de Deus que foi colocado no homem, os quais ainda persistem mesmo depois do pecado no ser humano, apesar de desfigurados e transtornados pela Queda e os efeitos subsequentes. Quanto à imagem moral, o homem é constituído de intelecto, vontade e sentimento. Quanto à imagem espiritual, ele possui espírito e alma.


V. AS CONSEQUÊNCIAS DA QUEDA DO HOMEM
Indiscutivelmente, o pecado trouxe graves consequências ao Universo, especialmente à vida na Terra. A Bíblia faz várias declarações a respeito da universalidade do pecado (1 Rs 8.46; Rm 1.18; Rm 3.10-12,23; 6.23). Portanto, vejamos algumas consequências que o pecado trouxe ao homem depois da Queda.

CONSEQUÊNCIAS DO PECADO NA CRIAÇÃO
REFERÊNCIAS
O pecado fez com que a terra fosse amaldiçoada
(Gn 3.17.18)
O pecado trouxe ao homem a punição da morte física e espiritual
(Gn 3.19; Rm 5.12; 6.23; Tg 2.26)
O pecado acarretou punições naturais e físicas na vida do homem

(Gn 3.16; Rm 8.20-23)
O pecado deu origem a lei da morte atuante sobre a totalidade da raça humana

(1Co 15.21,22; Ef 2.1,2)
O pecado trouxe inquietação e aflige o pecador
(Jr 2.19)
O pecado escravizou o homem e interrompeu a comunhão com Deus

(Jo 8.34; Rm 3.23)
O pecado exclui o homem do céu
(Ap 22.15)


VI. O PECADO FEZ O HOMEM REBELAR-SE CONTRA DEUS  
As Escrituras afirmam que o pecado trouxe rebelião e separação do homem em relação a Deus. Vejamos:

6.1 A Queda trouxe rebelião contra Deus.
Satanás, que já havia se rebelado contra Deus e caído, veio tentar o homem para que este também desobedecesse e se rebelasse contra Deus. Então, por intermédio de uma serpente, ele esperou uma oportunidade em que a mulher estivesse a sós, lançou em dúvidas a bondade e a fidelidade de Deus e enganou a mulher para que ela comesse do fruto que Deus havia dito que não comessem (Gn 2.16,17; 3.1-5). A mulher, então, comeu do fruto e deu também a seu marido (Gn 3.6). Dessa maneira, então, o pecado entrou no mundo (Rm 5.12) e o homem rebelou-se contra o criador.

6.2 A Queda trouxe separação contra Deus.
Desde a queda do homem que Satanás tem promovido meios de separar ainda mais o homem de Deus. Seu maior desejo é que toda criatura venha se rebelar contra o criador. Por isso, ele tem se utilizado da educação, da filosofia, dos meios de comunicação, de movimentos filosóficos, humanistas e ateístas, com o intuito de separar o homem de Deus e conduzi-lo ao ateísmo (2 Co 4.4).


VII. A HEREDITARIEDADE E UNIVERSALIDADE DO PECADO
Todos os atos pecaminosos das pessoas são frutos de sua natureza pecaminosa (Rm 5.12;19). A morte, como punição do pecado, tem um caráter universal. Por causa do pecado de Adão, todos os seus descendentes tomaram-se pecadores e culpados (Rm 5.8). Portanto, o pecado é hereditário e a sua universalidade deve-se à corrupção da natureza humana. A tendência má que se revela numa criança, por exemplo, se percebe na semente dessa tendência má. A criança até certa idade é despida de consciência moral, mas congenitamente possui a natureza pecaminosa herdada. Nesse sentido, toda criança até alcançar a idade da consciência do bem e do mal é pecadora por natureza, conquanto não tenha a culpa pessoal (Sl 51.5). No Juízo Final, as pessoas serão julgadas mediante o teste da conduta pessoal, enquanto estas crianças, nesta faixa etária, mesmo tendo uma natureza para o mal, são incapazes de transgressão pessoal; por isso, cremos que elas estarão entre os salvos (Mt 19.14; 21.16; 25.45,46; Lc 10.21). 


VIII. A SALVAÇÃO EM RELAÇÃO AO PECADO
A palavra salvação significa, em primeiro lugar, “ser tirado de um perigo, livrar-se, escapar” (At 26.18; Cl 1.13). A tradução da palavra grega “soterion”, tem o sentido de “tornar ao estado perfeito”, ou “restaurar o que a queda causou”. Vejamos as bênçãos que acompanham a salvação:
      ü  O homem é salvo dos seus pecados (Mt 1.21; Lc 7.50), que lhe são perdoados (Lc 7.48; Tg 5.20). A salvação também o livra da culpa (Ef 1.7; Cl 1.14) e do poder do pecado (Rm 7.17, 20, 23, 25). O homem é salvo do juízo (1 Tm 5.24; Rm 8.1), da ira de Deus (Rm 5.9) e da morte eterna (Tg 5.20; Ap 20.6);
     ü  O homem entra em comunhão com Deus (Ef 2.13,18; Lc 1.74,75), recebe entrada na sua graça (Rm 5.2) e torna-se cidadão do céu (Ef 2.19). O homem é salvo desta geração perversa (At 2.40), isto é, recebeu uma nova posição em relação ao mundo (Fp 2.15); ele é salvo do poder de Satanás (At 26.18; Cl 1.13-15; Hb 2.14);
      ü  O homem torna-se templo e morada do Espírito Santo (Jo 14.17; 1 Co 6.19), que passa a agir em sua vida (Ef 1.13; 2.16-18). A salvação lhe dá viva esperança (1 Pe 1.3) e direito à glória eterna (2 Tm 2.10; 4.18), e assim, é salvo da ira de Deus (1 Ts 1.10; 5.9; 2 Pe 2.9).


CONCLUSÃO
O pecado causou a separação entre Deus e o homem (Rm 5.12; 6.23), mas, Cristo trouxe de volta a possibilidade da comunhão com Deus.



REFERÊNCIAS
Ø  CHAMPLIN, R. N. Dicionário de Bíblia, Teologia e Filosofia. HAGNOS.
Ø  KELLY, J.N.D. Introdução e Comentário. MUNDO CRISTÃO.
Ø  STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.


Por Rede Brasil de Comunicação.

NO JARDIM DO ÉDEN



Objetivo: Refletir sobre o pecado e suas consequências.

Material:
- 01 jarro
- Papel
- Caneta para cada aluno.

Procedimento:
- Leiam para os alunos a seguinte história que me contaram. É lógico que não é verdadeira, mas nos traz algumas reflexões:
“Conta-se que o anjo Gabriel deu para Adão e Eva um jarro e disse-lhes:
- Enquanto vocês estiverem com este jarro vocês serão muito felizes.
O casal guardou com cuidado o presente do anjo. Mas... eles pecaram e foram expulsos do Paraíso. Eva pegou o jarro e deu para Adão levá-lo, que colocou sobre a cabeça. E ao sair do Paraíso tropeçou e o jarro quebrou-se em muitas partes”.
 Autor desconhecido.
- Agora, façam algumas indagações:
1 - Neste contexto, o que pode significar o “jarro”?
O jarro significa a comunhão com Deus e a ausência de pecado.
2 - Que relação pode ter o jarro quebrado com o pecado e a expulsão do Paraíso?
O jarro quebrado pode ser comparado a quebra de comunhão com Deus, como consequência do pecado.
3 - Qual era o elemento que promovia a felicidade do casal?
 O jarro da história representava o cuidado do casal com a felicidade – a comunhão com Deus.
4 - Por que era importante guardá-lo com cuidado?
O jarro tinha que ser bem cuidado e guardado, porque representava a comunhão com Deus.
5 - O que pode simbolizar cada parte quebrada?
A soma das partes quebradas simboliza a total descontinuidade de comunhão com Deus, pois o pecado traz como consequência o distanciamento do homem com Deus, mas somente o oleiro pode reconstruir o jarro, quando o homem aceita Jesus como seu salvador, restaurando a vida espiritual.
- Depois dos questionamentos e respostas, apresentem um jarro. Mostrem que está vazio.
- Perguntem:
O que podemos colocar dentro deste jarro como partes representantes da nossa felicidade em comunhão com Deus?
O que preenche o homem interior?
Que ações podemos ter para não sofrer as consequências do pecado?
Distribuam papel para os alunos escreverem e em seguida solicitem que coloquem dentro do jarro.
- Depois retirem cada papel e leiam para a turma. Reflitam e analisem o que foi apontado pelos alunos.
- Para concluir leiam:
Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus, nosso Senhor”(Rm 6.33).

Por Sulamita Macedo.