At 19.1-12
INTRODUÇÃO
Hoje estudaremos
a sexualidade humana criada por Deus. Definiremos os termos sexualidade e sexo,
como também o que determina o sexo de uma pessoa; destacaremos o propósito da
sexualidade segundo os padrões bíblicos, contrapondo aos padrões distorcidos da
sexualidade na sociedade atual; e, por fim, veremos motivações para uma
sexualidade sadia e que glorifique a Deus.
I. DEFINIÇÃO DAS
PALAVRAS “SEXUALIDADE” E “SEXO”
O dicionarista
Antônio Houaiss (2001, p. 2563) define a palavra “sexualidade” como: “qualidade
do que é sexual. O conjunto dos fenômenos da vida sexual externos ou internos,
determinados pelo sexo do indivíduo”. A expressão “sexo” por sua vez, é usada como referência aos órgãos sexuais ou à
prática de atividades sexuais.
II. O SEXO FOI
CRIADO POR DEUS
A confissão de
Fé das Assembleias de Deus no Brasil (2017, p. 203 – grifo nosso) sobre o sexo,
assim afirma: “a diferenciação dos sexos visa à complementariedade mútua
na união conjugal (1Co 11.11), essa complementariedade mútua é necessária à
formação do casal e a procriação. Rejeitamos o comportamento pecaminoso [...]
bem como qualquer configuração social, que se denomine família, cuja existência
se fundamente em prática, união ou qualquer conduta que atente contra a monogamia
e a heterossexualidade
consoante o modelo estabelecido pelo Criador e ensinado por Jesus (Mt 19.6).
Quando criou o ser humano, a Bíblia revela que Deus os fez sexuados (Gn 1.27). A
bênção do Senhor estava sobre aquele casal heterossexual (Gn 1.28). O
sexo dentro do casamento não se constitui pecado, pois a Bíblia nos revela que
foi Deus quem o criou (Ec 9.9; Pv 5.15-19; Hb 13.4). Logo,
a natureza do sexo em si não é pecaminosa nem má, como acreditam e defendem
alguns de forma equivocada (1Tm 4.1-3). O sexo fez parte da
constituição física e emocional do ser humano, desde o momento da sua criação
(Gn 1.27). Assim, à luz das Sagradas Escrituras não é correto ver o sexo dentro
do casamento como coisa imoral, feia ou suja, pois Deus não fez nada ruim (Gn
1.31).
III. O QUE
DETERMINA O SEXO DE UMA PESSOA
Biblicamente (e
cientificamente), a orientação e o desejo sexual estão direta e
intrinsecamente relacionados às características físicas do sexo (masculino e
feminino), de acordo com as Escrituras e a ciência, existem apenas dois tipos
de gêneros: o masculino e o feminino. Vejamos:
1. A ação do Criador.
Do ponto de
vista bíblico, a sexualidade de uma pessoa é determinada por uma ação criadora
do próprio Deus de maneira bem definida: “E criou Deus [...] homem e mulher
os criou” (Gn 1.27); “Porém, desde o princípio da criação, Deus
os fez macho e fêmea” (Mc 10.6 ver Mt 19.4); “[...]
e
Isabel tua mulher, te dará um filho, e chamarás o seu nome João”
(Lc 1.13); “[...] A Noemi nasceu um filho, e chamaram
ao menino Obede [...]” (Rt 4.17). Até com os animais a Bíblia
mostra a diferença entre os sexos (Gn 6.19; 7.2,3,9,16). A ideologia de gênero
está fora de sincronia com esta criação e é contrária à ordem natural
estabelecida pelo Criador (Rm 1.24-27 ver Lv 18.1-23; Is 28.15).
2. A genética.
Os hormônios
sexuais são encarregados de conceder a uma pessoa as características físicas de
seu sexo
genético. Estes cromossomos contêm as chaves que desencadeiam a
regulação dos hormônios sexuais nos homens e mulheres. Essas instruções estão
localizadas em segmentos do DNA chamados “genes” que definirão o sexo da
pessoa [...] (TAY, 2015, p. 90 – grifo nosso). Os cromossomos sexuais são um
tipo de plasma encontrado no núcleo das células e que determina o sexo dos seres
vivos. As fêmeas normalmente possuem o mesmo tipo de cromossomos
sexuais “XX”, e por isso chamado de sexo homogamético. Os machos
são o sexo heterogamético, contendo dois tipos distintos de
cromossomos sexuais, um “X” e outro cromossomo “Y”
(TAY, 2015, p. 92 – grifo nosso). Então, alterar o fenótipo (aparência) não
consiste em alterar o genótipo (genes).
3. A fisiologia.
Fisiologia é uma
área de estudo da biologia responsável em analisar o funcionamento físico,
orgânico, mecânico e bioquímico dos seres vivos. O termo fisiologia se originou
a partir da junção do grego “physis”, que significa “funcionamento”
ou “natureza”,
com a palavra “logia”, que quer dizer “estudo” ou “conhecimento” (TAY, 2015,
p. 92 – grifo nosso). Deus criou dois sexos anatomicamente distintos
(Gn 1.27). Portanto, o órgão genital e as características físicas de nascimento
de um ser humano, também determinam sua sexualidade.
IV. PROPÓSITOS DO
SEXO SEGUNDO AS ESCRITURAS
Além da Bíblia
ensinar que o ato conjugal deve ser praticado única e exclusivamente dentro do
casamento, ela também mostra quais os propósitos pelos quais Deus criou o sexo.
Vejamos as principais:
1. Procriação.
Sem dúvida
alguma, o primeiro propósito do ato sexual é a reprodução humana (Gn 1.28; 9.1;
Sl 127.3). A procriação é o ato criador de Deus, através do homem. Para tanto,
o Senhor dotou o homem de capacidade reprodutiva, instituindo o matrimônio e a
família (Gn 2.21-24). No AT, a “lua de mel” para o soldado durava um
ano, com o fim de proporcionar ao casal a possibilidade da procriação (Dt
24.5). Quando os fez macho e fêmea, Deus tinha o propósito de tornar possível a
reprodução do gênero humano (Gn 1.28-a), visto que dois iguais não se
reproduzem, por isso a prática homossexual é vista na Bíblia como uma
abominação (Lv 18.22); e, algo antinatural (Rm 1.26,27). Portanto, “o
princípio da heterossexualidade estabelecido na criação, continua a ser parte
integrante do plano de Deus para o casamento”.
2. Satisfação.
O ato conjugal
também foi criado para proporcionar prazer ao casal. A Bíblia diz: “Bebe
água da tua fonte, e das correntes do teu poço. Derramar-se-iam as tuas fontes
por fora, e pelas ruas os ribeiros de águas? Sejam para ti só, e não para os
estranhos contigo. Seja bendito o teu manancial, e alegra-te com a mulher da
tua mocidade” (Pv 5.15-18). O sábio exorta os cônjuges a
desfrutarem do sexo, sem ao menos mencionar os filhos. Neste capítulo, o homem
é incentivado a valorizar a união conjugal honesta e santa, exaltando a
monogamia, a fidelidade e o prazer (Ec 9.9; Ct 4.1-12; 7.1-9).
V. DISTORÇÕES DA
SEXUALIDADE CONDENADAS PELAS ESCRITURAS
Já vimos que o
sexo foi criado por Deus com propósitos elevados, saudáveis e benéficos para o
ser humano. No entanto, desde a Queda, o sexo e a sexualidade têm sido
deturpados de modo irresponsável (Rm 1.24-27). Abaixo elencaremos algumas práticas
sexuais reprovadas pelas Escrituras:
1. Fornicação.
Relação sexual
entre pessoas não casadas. A Bíblia restringe o ato sexual apenas aos casados.
Portanto, praticá-
lo antes do
casamento se constitui em transgressão (Gl 5.19-21; Ef 5.3; Cl 3.5).
2. Adultério.
Relação sexual
de um homem casado com uma mulher que não é a sua esposa, ou vice-versa.
Prática condenada pela Bíblia Sagrada (Êx 20.14; Dt 5.18; Mt 5.27; Rm 13.9). A
Escritura fala da união Monossomática (mono = um) + (soma = corpo).
Este é mais um mistério da união sexual dentro do casamento: “serão
ambos uma carne” (Gn 2.24). A expressão em destaque diz respeito a um
nível de relacionamento tão íntimo entre um casal, ao ponto de fazerem com que
o marido e a esposa tornem-se uma só pessoa, de tal forma que beneficiando ou
afetando um, logo se atingirá o outro (Ef 5.28-b).
3. Homossexualidade.
Atração erótica
entre pessoas do mesmo sexo. Considerada pela Bíblia uma das perversões mais
chocantes. Por
isso, é por ela condenada (Lv 18.22; 20.13; Jz 19.22-25; Rm 1.25-27; 1Co 6.9;
1Tm 1.9,10). A Bíblia apresenta a união heterossexual (heteros = diferente)
+ (sexual
= sexo).
O relacionamento conjugal só é possível entre um homem e uma mulher, ou seja,
entre um macho e uma fêmea (Gn 1.27). Qualquer união sexual fora desse padrão
se constitui violência ao plano original divino (Lv 18.22; Dt 23.17).
4. Ideologia de Gênero.
Quanto à
sexualidade, a ideologia ensina que o gênero e a orientação do desejo sexual
não são determinados pela constituição anatômica do corpo humano
(BAPTISTA, 2018, pp. 17,18 – grifo do autor). A ideologia de gênero está
exatamente no contrário do que Deus ordenou (Rm 1.24-27 ver Is 28.15). Ao
instituir o casamento, Deus ordenou: “o
homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e eles se tornarão uma só
carne” (Gn 2.24). Isso significa que a união monogâmica (um
homem e uma mulher) e heterossexual (um macho e uma fêmea)
sempre fez parte da criação original de Deus. A diferenciação dos sexos visa à
complementaridade mútua na união conjugal: “nem o varão é sem a mulher, nem a
mulher, sem o varão” (1Co 11.11 ver Gn 1.27; 1Co 6.10; Ef 5.22-25).
VI.
AS MOTIVAÇÕES QUE DEVEM CONDUZIR O CASAL AO SEXO
1. O amor.
Ao contrário do
modo de vida das pessoas que não conhecem a Palavra de Deus e praticam o sexo
por mero prazer, o cristão é orientado a praticar o ato conjugal motivado pelo
amor: “O marido pague à mulher a devida benevolência, e da mesma sorte
a mulher ao marido” (1Co 7.3). Benevolência e amor andam juntos, pois “o
amor é benigno” (1Co 13.4).
2. Respeito.
O ato sexual
entre cristãos deve ser feito com respeito, pois o amor: “não se porta com indecência”
(1Co 13.5). O marido deve honrar o corpo da esposa, e a esposa o corpo do
marido, como nos ensina o apóstolo Pedro (1Pe 3.7). Portanto, o cônjuge não
pode ser forçado a fazer sexo quando não pode, principalmente a mulher, em
casos específicos, entre outros: período de menstruação (Lv 18.19,20), período
pós-parto, como também em casos de doenças.
3. Alegria.
O ato conjugal
não deve ser praticado com tristeza ou insatisfação; mas, com alegria, pois é
um momento de prazer mútuo entre os cônjuges. A recomendação do sábio é clara:
“alegra-te
com a mulher da tua mocidade” (Pv 5.18). Uma vez seguindo as
orientações bíblicas, virá sobre a vida íntima do casal a proteção contra
quaisquer tipos de pecados e ações de satanás (1Co 7.1-3).
CONCLUSÃO
Como pudemos
ver, o sexo foi criado por Deus. Mas, o propósito de Deus é que o sexo seja
praticado dentro do casamento, entre marido e mulher. Toda prática sexual fora
do casamento é uma transgressão à Lei divina, assim como as perversões sexuais,
tais como: adultério, homossexualismo, prostituição, etc., que são terminantemente
proibidas na Palavra de Deus, como também a ideologia de gênero. Por isso, os
cônjuges devem desfrutar dessa bênção dada por Deus, que é o ato conjugal,
desde que esteja dentro dos princípios bíblicos.
REFERÊNCIAS
Ø ARÉVALO,
Waldir Moreno. O sexo que Deus criou. MPT.
Ø BAPTISTA,
Douglas. Valores cristãos. CPAD.
Ø GEISLER,
N. L. B, Peter. Fundamentos inabaláveis. Vida
Ø STAMPS,
Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
Ø TAY,
Dr. John S.H Nascido Gay? Central Gospel.
Por Rede
Brasil de Comunicação.
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