At 2.42-47; 20.1-4
INTRODUÇÃO
Nesta lição, aprenderemos sobre o apóstolo Paulo, como exemplo de um zeloso discipulador de vidas; destacaremos que o discipulado é a missão integradora da Igreja; e, por fim, relacionaremos, à luz das Escrituras, quais as bases do autêntico discipulado cristão.
I. DEFINIÇÕES
1. Discípulo.
2. Discipulado.
II. PAULO, UM DISCIPULADOR ZELOSO
A vida do apóstolo Paulo não foi marcada apenas pela evangelização, mas também, pelo seu zelo para com a igreja de Deus. Por isso ele diz, escrevendo aos coríntios: “Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus [...]” (2Co 11.2a). Este zelo fala do seu cuidado e de sua preocupação para com a noiva de Cristo. Isto pode ser visto em vários aspectos do seu ministério. Notemos:
1. Na visita aos novos crentes.
Sua preocupação não era apenas evangelizar, mas também visitar os irmãos pelas cidades onde havia anunciado o Evangelho, para exortá-los a permanecer na fé e encorajá-los em meio às perseguições e ao sofrimento (At 14.21,22; 15.36).
2. Na sua disposição e dedicação pelas vidas.
Inúmeras vezes o apóstolo Paulo revelou profundo amor pelas almas (2Co 6.11), a ponto de abrir mão de seu bem estar pessoal (2Co 1.6), com a finalidade de ver os crentes crescerem na graça divina. Paulo não buscava benefícios pessoais, e não se negava pelo bem espiritual dos irmãos: “Eu, de muito boa vontade, gastarei e me deixarei gastar pelas vossas almas, ainda que, amando-vos cada vez mais, seja menos amado” (2Co 12.15).
3. No fato de deixar obreiros nas cidades onde havia pregado.
Após pregar o Evangelho nas cidades, o apóstolo Paulo costumava deixar obreiros para cuidar do rebanho, como deixou Timóteo em Éfeso (1Tm 1.3) e Tito, em Creta (Tt 1.5).
4. No fato de escrever cartas às igrejas.
O apóstolo Paulo procurava sempre se informar acerca das igrejas que já haviam se estabelecido (Rm 1.8; 1Ts 3.2). Baseado nestas informações (1Co 1.11), ele escrevia cartas, com o objetivo de ensiná-los, corrigir possíveis erros doutrinários e encorajá-los (1Co 4.14-17). Por isso, mesmo quando estava preso, aproveitava a oportunidade, para escrever e enviá-las para as igrejas (Ef 4.1; Fp 3.12; Cl 4.3,10).
III. DISCIPULADO, A MISSÃO INTEGRADORA DA IGREJA
O discipulado é uma ação conjunta com a evangelização. Não há como discipular, sem evangelizar. No entanto, quando falamos de discipulado, estamos nos referindo ao ato de proclamar as boas-novas de salvação aos pecadores, a fim de convertê-los a Cristo, e torná-los discípulos idôneos, fiéis a Jesus e capazes de gerarem outros seguidores (2Tm 2.2). Vejamos verdades sobre o discipulado:
1. O discipulado é um imperativo.
2. O discipulado é cultural e transcultural.
3. O discipulado inclui a observação das ordenanças de Cristo.
4. O discipulado exige comprometimento com a doutrina de Cristo.
IV. BASES DO DISCIPULADO CRISTÃO
O autêntico discipulado cristão se fundamenta sobre algumas bases. Notemos:
1. O discipulado pela instrução.
O ensino bíblico mostra que é necessário que haja alguém experiente e idôneo que ensine e pessoas dispostas a aprenderem, com o objetivo de atingir a estatura de varão perfeito (Ef 4.11-14). A Bíblia chama líderes e pais para instruírem aqueles que foram confiados aos seus cuidados (Gl 6.6; Ef 6.4; 1Ts 4.8; 1Tm 1.18; 6.3; 2Tm 2.25; 4.2). Ela também chama todos os crentes a instruírem uns aos outros: “Eu próprio, meus irmãos, certo estou, a respeito de vós, que vós mesmos estais cheios de bondade, cheios de todo o conhecimento, podendo admoestar-vos uns aos outros” (Rm 15.14).
2. O discipulado pela imitação.
Discípulos são imitadores, primeiramente de Cristo: “Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vos também” (Jo 13.15; ver Hb 12.2; 1Pd 2.21); tendo também como referência, os servos de Deus, cuja conduta se assemelha ao Senhor Jesus, como bem afirmou o apóstolo Paulo: “Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo” (1Co 11.1; ver 1Co 4.16; Fp 3.17; 4.9; 2Tm 3.10), e cuja fidelidade deve ser igualmente imitada: “Lembrai-vos dos vossos guias, os quais vos pregaram a palavra de Deus; e, considerando atentamente o fim da sua vida, imitai a fé que tiveram” (Hb 13.7). Dessa forma, uma atitude para um discipulado saudável é ser seguidor dos bons exemplos: “Amado, não imites o que é mau, senão o que é bom” (3Jo 11).
3. O discipulado pelo amor.
Um cristão que discipula com amor apresenta a melhor imagem de Cristo: “Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus” (Fp 2.5). O discípulo de Cristo precisa ter amor por outros discípulos (Jo 13.34-35). A Bíblia ensina que o amor por outros crentes é a prova de que somos membros da família de Deus (1Jo 3.10). O amor é definido em 1Co 13.1-13, e somos instruídos a pensar mais nos outros do que em nós mesmos, e a cuidar dos seus interesses (Fp 2.3-4).
CONCLUSÃO
O apóstolo Paulo, com o seu zelo pelas vidas, é o modelo a ser seguido por todos os cristãos que desejam cumprir a missão discipuladora dada por Deus à sua Igreja. Não há prazer maior do que conduzir uma pessoa a Cristo e ser um instrumento para o seu crescimento espiritual.
REFERÊNCIAS
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CIDACO,
J. A. Um grito pela vida da igreja. RJ: CPAD, 1996.
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MERRILL
C. TENNEY. Enciclopédia da Bíblia. Editora Cultura Cristã. Vol. 1.2010.
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PHILLIPS,
Keith. A formação de um discípulo. VIDA. 2010.
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STAMPS,
Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
Por Rede Brasil
de Comunicação.
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