sábado, 29 de outubro de 2022

BRINCANDO DE OVELHA

 
 

Objetivo: Ressaltar que os falsos profetas contrapõem a Palavra de Deus. 

Material: Quadro branco.
 
Procedimento:
Professor, para a aula de hoje, sugerimos que você reproduza a tabela abaixo no quadro ou tire cópias para os alunos. Explique à classe que encontramos nos livros de Jeremias e Ezequiel um retrato dos falsos profetas que se alastravam como uma praga em Israel. O mesmo retrato também pode ser aplicado aos falsos mestres do Novo Testamento. Enfatize o fato de que atualmente muitos falsos profetas também têm sido levantados para enganar a Igreja. Precisamos tomar cuidado, pois nem sempre é fácil identificá-los. Observe, juntamente com os alunos, no quadro abaixo, os equívocos dos falsos profetas apresentados pelo profeta Ezequiel no capítulo 13.
 
 
Apresentavam um quadro mentiroso a respeito do futuro (Ez 13.3).
Tinham visões falsas e adivinhações mentirosas (Ez 13.6).
Diziam que o Senhor jamais disse e nem mandou dizer (Ez 13.7).
Profetisas que confiavam em bruxaria (Ez 13.17-23).
 
 

 
Por Telma Bueno e Flavianne Vaz.
Adaptado pelo Amigo da EBD.




LIÇÃO 05 – CONTRA OS FALSOS PROFETAS





Ez 13.1-10 
 
 


INTRODUÇÃO
Nesta lição veremos a definição do termo profeta e da expressão “falso”; pontuaremos o contexto do profeta Ezequiel e os falsos profetas; estudaremos as características dos falsos profetas a luz da Bíblia; e por fim; analisaremos como saber se uma profecia é verdadeira ou falsa.
 
 
I. DEFINIÇÃO DO TERMO “PROFETA” E DA EXPRESSÃO “FALSO”
1. Definição do termo profeta.
As três principais palavras hebraicas para se referir ao profeta são: “naví, roéh e hozéh” (Cr 29.29) cuja etimologia primária é de: “porta-voz, orador” (Êx 4.10-15, 7.1). Há outros termos que também usados para os profetas como: mensageiro (2Cr 36.15,16); embaixador (Ag1.13); servo de Deus e do Senhor (1Rs 14.18; 2Rs 9.7); e homem de Deus (Dt 33.1; 1Sm 9.6). “Os sacerdotes, juízes, reis, conselheiros e os salmistas, tinham cada um, lugar distintivo na história de Israel, mas nenhum deles, logrou alcançar a estatura dos profetas” (STAMPS, 1995, p. 1001).
 
2. Definição do termo “falso”.
Segundo o dicionarista Antônio Houaiss falso é: “contrário a verdade; inexato; sem fundamento; aquilo que há mentira; enganoso; impostor; falsificado; postiço; simulado” (2011, p. 1304).
 
 
II. O CONTEXTO DO PROFETA EZEQUIEL E OS FALSOS PROFETAS
Profetizar falsamente era crime em Israel sob pena de morte conforme a lei de Moisés (Dt 13.1-5; 18.20-22). Israel já havia experimentado falsos profetas e opositores à obra de Deus (1Rs 22.11,12,24,25). O engano produzido pelos falsos profetas “pseudoprophetes” não é um assunto novo (Jr 6.13; Zc 13.2). Moisés tratou do assunto ao falar com os filhos de Israel (Dt 18.21-22). Os falsos profetas eram aqueles que prediziam paz, prosperidade, e segurança para o povo, quando este achava-se em pecado diante de Deus (Jr 15.15; 20.1-6; 26.8-11; Am 5.10). Há numerosas referências no AT aos falsos profetas (2Cr 18.4-7), um espírito mentiroso achava-se na boca destes (2Cr 18.18-22). Até o Senhor Jesus e Pedro advertiu a respeito disso (Mt 24.24; 2Pe 2.1). Essa trágica realidade também estava presente no ministério do profeta Ezequiel (Ez 13.1-10).
 
1. A mensagem dos falsos profetas.
Tanto Jeremias como Ezequiel denunciaram e enfrentaram a atuação dos falsos profetas que ainda estavam presentes, mesmo num tempo de grande sofrimento, desviando a muitos da verdadeira mensagem divina (Jr 26.6-9; 28.1-2; 29.8; Ez 13.1-10). Os falsos profetas criaram, na época, uma falsa segurança nos judeus em Jerusalém, promovendo-lhes paz e livramento falsos (Ez 13.16). Na realidade, isso só aconteceria quando se voltassem para as leis de Deus e abandonassem as rebeldias, idolatrias e profanações. Infelizmente muitos seguiam mensagens que não chamavam ao arrependimento, mas procuram tranquilizar o povo e mantê-los em suas práticas pecaminosas (Jr 7.4,8-10).
 
2. A atuação dos falsos profetas.
Entre as muitas infelicidades que visitaram o povo nesses trágicos dias, estava os falsos profetas. Homens sem convicções religiosas, apenas desejando agradar aos que dominavam, constituíam-se em entraves aos verdadeiros enviados de Deus. O livro do profeta Ezequiel compõe-se de cinco oráculos ou curtos discursos a respeito da obra danosa dos falsos profetas (Ez 12.21 – 14.11). Havia até um provérbio entre eles: “Prolongue-se o tempo e não se cumpra a profecia”, que era o mesmo que dizer: “Vamos ver se o que diz o profeta vai sair certo [...] Contra tal provérbio vem a palavra do Senhor: Farei cessar esse provérbio e já não se servirão dele em Israel” (Ez 12.23).
 
3. O engano dos falsos profetas.
Desde o início da humanidade há tentativa de enganar as pessoas com mensagens que anunciam uma mentira como se fosse verdade e procuram semear dúvidas quanto ao que o Criador falou (1Rs 22.5-28; 2Cr 18.4-27). Tal realidade sempre acompanhou a história do povo de Deus, como apontado por Ezequiel (Ez 13.2-3). Deus repudia essas práticas e se mostra contra todos os que usam de engano (Ez 13.8). Tanto o Reino do Norte como o Reino do Sul desprezaram os profetas que Deus enviou chamando o povo ao arrependimento (2Rs 17.13-14; Ne 9.26, 30). Também não aceitaram a Palavra de Deus que ordenava que se submetessem ao cativeiro, pois o mesmo era uma disciplina imposta pelo Senhor como parte do plano divino no processo de restauração do seu povo (Jr 29).
 
 
III. CARACTERÍSTICAS DOS FALSOS PROFETAS A LUZ DA BÍBLIA
A Palavra de Deus adverte-nos de que haverá entre nós falsos profetas (At 20.30; 2Pe 2.1,2; 1Tm 4.1; 1Jo 4.1). A mensagem divina contra atitudes de pseudos profetas contrárias às orientações divinas à frente do povo de Deus tanto no AT como no NT é um tema bem presente nas Escrituras Sagradas, pois causam muitos e grandes sofrimentos e dificuldades (Ez 34.7-10; 2Co 11.13). A Bíblia descreve os falsos profetas das seguintes formas:
 
1. Os falsos profetas profetizam de si mesmos (Ez 13.2,3,17).
Os falsos profetas podem até certo ponto ser sinceros, mas, ainda assim, estar errados. Alguns enganam a si mesmos e convencem-se de que a mensagem é verdadeira (Jr 23.9-11), tais mensagens provêm de suas próprias mentes, não de Deus.
 
2. Os falsos profetas são mentirosos (Ez 13.13.4,5).
Os falsos profetas são deliberadamente mentirosos e não tem intenção nenhuma de falar a verdade. O apóstolo João diz: “Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? Este é o Anticristo, o que nega o Pai e o Filho” (1Jo 2.22).
 
3. Os falsos profetas são hereges (Ez 13.6,7).
De acordo com texto bíblico, os falsos profetas introduzem encobertamente heresias de perdição (1Co 11.19; Gl 5.20). Eles pregam heresias (doutrinas falsas) e promovem a divisão da igreja. A respeito deles João disse: “Eles saíram de nosso meio; entretanto não eram nossos” (1Jo 2.19). O apóstolo Pedro disse: “Entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição ... blasfemando do que não entendem” (2Pe 2.1,12).
 
4. Os falsos profetas são enganadores (Ez 13.8-10).
Estes falsos mestres, além de promover falsas doutrinas, também negam a verdade de Deus (Jr 6.14; 14.14; Ez 13.16). Sobre estes, a Bíblia adverte: “Nos últimos dias virão escarnecedores, andando segundo as suas próprias concupiscências” (2Pe 3.3). O apóstolo Paulo chama-os de: “amantes de si mesmos [...] presunçosos, soberbos” (2Tm 3.2). Judas chama-os de: “murmuradores queixosos” (Jd 16).
 
5. Os falsos profetas buscam de benefícios pessoais (Ez 13.17).
Os falsos profetas descritos no AT estavam mais interessados em serem pessoalmente populares. Não era do seu interesse dizerem a verdade. Eles falavam para agradar o povo (Ez 6.14; 13.16). A tática dos falsos profetas é “falar o que o povo quer ouvir” (Jr 5.31; 29.8; Mq 2.11). A Bíblia diz que: “Seus sacerdotes ensinam por interesse e os seus profetas adivinham por dinheiro” (Mq 3.11). Que eles ensinam: “o que não convém, por torpe ganância” (Tt 1.11). Divulgam a piedade como causa de ganho, fazendo do Cristianismo uma atividade comercial (1Tm 6.5). Procuravam tirar proveito de suas atividades religiosas (Sl 14.4).
 
6. Os falsos profetas são blasfemos (Ez 13.19).
Aqueles que falam mal de Deus, de Cristo, do Espírito Santo, do povo de Deus, do Reino de Deus e dos atributos de Deus são chamados de blasfemos. Judas qualifica-os como homens ímpios que “dizem mal do que não sabem [...] ondas impetuosas do mar [...] estrelas errantes” (Jd 10,13). O apóstolo Paulo comenta que ele mesmo era um blasfemo antes de sua conversão (1Tm 1.13).
 
7. Os falsos profetas são sedutores (Ez 13.19,20).
Jesus alertou-nos de que alguns falsos profetas fariam sinais de milagres e maravilhas, a fim de seduzir e enganar até mesmo os eleitos, “se possível” (Mc 13.22). Nosso Senhor quer dizer que a sedução espiritual é uma ameaça real até mesmo para os crentes.
 
8. Os falsos profetas são reprováveis (Ez 13.21-23).
Na mensagem profética do próprio Jesus, proferida no monte das Oliveiras, somos alertados: “Acautelai-vos, que ninguém vos engane [...] muitos serão escandalizados [...]. E surgirão muitos falsos profetas e farão tão grande sinais e prodígios” (Mt 24.4,10,11,24). A Bíblia nos alerta sobre os perigos da sedução espiritual nas mãos dos reprovados falsos profetas (Mt 7.15; 2Tm 3.8; 1Jo 4.1; 2Pe 2.1).
 
 
IV. COMO SABER SE UMA PROFECIA É VERDADEIRA OU FALSA
As profecias podem vir de três fontes: de Deus, da mente humana, ou do diabo; obviamente, nem toda profecia vem de Deus, ou o apóstolo João não teria escrito: “Amados, não deis crédito a qualquer espírito: antes, provai os espíritos se procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo afora.” (1Jo 4.1). Há alguns princípios bíblicos para sabermos se uma profecia é verdadeira ou falsa. Vejamos então como identificar uma verdadeira profecia:
 
1. O propósito da profecia deve edificar, exortar e confortar (1Co 14.3).
Edificar é melhorar ou fortalecer, exortar é encorajar, e confortar é consolar.
 
2. A profecia deve estar de acordo com a Palavra de Deus (Dt 18.18,19).
Todas as verdadeiras profecias vêm do Espírito Santo que é o autor da Bíblia. Qualquer mensagem que não se coadune com a Bíblia deve ser rejeitada. Se uma profecia se cumprir e promover a desobediência contra Deus ou à sua Palavra, não é uma profecia verdadeira (Dt 13.5,13,14).
 
3. Se uma profecia contém predições que não se realizam, é falsa (Dt 13.1-3).
Qualquer profecia que se cumpre, mas, não glorifica a Deus não é verdadeira. O Senhor Deus advertiu o povo em Deuteronômio 18.22 ao dizer: “Quando o tal profeta falar em nome do SENHOR, e tal palavra se não cumprir, nem suceder assim, esta é palavra que o SENHOR não falou; com soberba a falou o tal profeta; não tenhas temor dele”.
 
4. A verdadeira profecia produz liberdade, não escravidão.
O apóstolo Paulo escrevendo sua carta aos romanos disse: “Porque não recebestes o espírito de escravidão, para, outra vez, estardes em temor, mas recebestes o espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai” (Rm 8.15). Qualquer forma de controle sobre outra pessoa por intimidação, manipulação, ou domínio não vem de Deus.
 
 
CONCLUSÃO
Assim como havia falsos profetas na época de Ezequiel que diziam às pessoas coisas que Deus não havia falado, há o mesmo tipo hoje em dia. Na sua falsidade eles ensinam rebelião contra a palavra verdadeira de Deus. Na sua interpretação errada da palavra de Deus eles caminham para a condenação, levando juntos aqueles que acreditam nos seus falsos ensinamentos. Portanto, tenhamos cautela e sejamos vigilantes.
  


 
REFERÊNCIAS
Ø  GONÇALVES, José. Os Ataques Contra a Igreja de Cristo: As sutilezas de Satanás nestes dias que antecedem a volta de Jesus Cristo. CPAD.
Ø  STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
Ø  SOARES, Ezequias (Org.). Declaração de Fé das Assembleias de Deus. CPAD.
Ø  BEVERE, J. Assim Diz o Senhor? Como saber quando Deus está falando através de outra pessoa. CPAD.  


Por Rede Brasil de Comunicação.

 


sexta-feira, 28 de outubro de 2022

LIÇÃO 05 - A FALTA QUE FAZ UM LÍDER (VÍDEO AULA)

 


LIÇÃO 05 - CONTRA OS FALSOS PROFETAS (VÍDEO AULA)



 

QUESTIONÁRIOS DO 4° TRIMESTRE DE 2022


 
 


LIDERANÇA NA IGREJA DE CRISTO -
Escolhidos por Deus para Servir.







 

Lição 04
 
Hora da Revisão
A respeito de “A Liderança de Josué”, responda:

1. Quem escolheu Josué para ser o sucessor de Moisés?
Foi o Senhor quem fez a escolha.
 
2. O que garantiu o sucesso de Josué em toda a sua trajetória?
Sua lealdade ao Senhor e a Moisés.
 
3. Cite uma marca importante de uma liderança.
Fidelidade é uma marca importante de uma liderança e um dos caminhos para o sucesso.
 
4. Qual a primeira referência que a Bíblia fez a Josué?
A primeira referência que a Bíblia faz da pessoa de Josué remete ao momento no qual ele está obedecendo à ordem de Moisés para que lutasse contra Amaleque (Êx 17.8-16).
 
5. Qual o significado do nome “Josué”?
O seu nome Jehoshua significa “Jeová é salvação”.
 


QUESTIONÁRIOS DO 4° TRIMESTRE DE 2022




 

A JUSTIÇA DIVINA -
A Preparação do Povo de Deus para  
os Últimos Dias no Livro de Ezequiel.
   









Lição 04
 

Revisando o Conteúdo
A respeito de “Quando Se Vai a Glória de Israel” responda: 

 
1. Qual o significado de “glória” na descrição da visão de Ezequiel?
Nas visões de Ezequiel, “glória” indica o resplendor pela presença do Senhor.
 
2. O que representa a saída da glória de Deus?
A saída da glória de Deus representa a retirada de sua presença.
 
3. Qual o pensamento do período pós-exílio sobre o retorno da glória de Deus?
O pensamento no período pós-exílio era de que o retorno da glória de Deus era escatológico (Ml 3.1).
 
4. Por que a glória da segunda Casa foi maior do que a da primeira?
A presença de Jesus nele fez a glória da segunda Casa ser maior do que a da primeira (Ag 2.9; Mt 21.12,14,15; Lc 2.46).
 
5. Quem substituiu o Templo de Jerusalém?
O Senhor Jesus substituiu de uma vez por todas o Templo.
  
  

sábado, 22 de outubro de 2022

LIÇÃO 04 – QUANDO SE VAI A GLÓRIA DE DEUS



 
 
 
Ez 9.3;10.4,18,19; 11. 22-25 
 


INTRODUÇÃO
Nesta lição veremos uma definição exegética do termo glória; pontuaremos o que causou o afastamento da glória de Deus; estudaremos o histórico do afastamento da glória de Deus e a consequente destruição do templo; analisaremos a restauração do templo e o retorno da glória de Deus; e por fim, elencaremos a santidade como um veículo da glória de Deus na vida do crente.
 
 
I. DEFINIÇÃO DO TERMO GLÓRIA NAS ESCRITURAS
1. Definição exegética do termo glória.
O vocábulo mais comum para glória é “kavôd” que significa: “glória, peso, esplendor, copiosidade, majestade, riqueza” dando a ideia de alguma coisa muito importante (Ez 1.28). A glória de Deus é a revelação de Seu próprio ser, da natureza e da Sua presença para a humanidade e leva o homem a reconhecer a grandeza de Deus e a sua pequenez e indignidade (Is 42.8; 48.9-11; 60.2). Na Bíblia, a glória de Deus está muitas vezes associada a: “brilho, esplendor e a majestade do Todo-Poderoso” (Ez 1.28; Lc 2.9; Mt 17.5). Ela descreve a presença visível de Deus como uma nuvem escura, trovões, relâmpagos (Êx 19.9,16,18; 20.18). A manifestação física de que a presença de Deus estava chegando (a glória de Deus) poderia ser a aparência de um fogo consumidor (Êx 24.17; Dt 4.24; Hb 12.29), no caso de Sua autoridade e Seu poder serem vistos. Em outros casos, quando Seu propósito era outro e Ele desejava mostrar outro aspecto do Seu caráter, ao invés de fogo (Êx 13.21; Nm 9.15-16) aparecia nuvem, fumaça, vento ou, então, o cicio suave (BÍBLIA DE ESTUDO PALAVRAS CHAVES, 2011, p. 1700).
 
 
II. O QUE CAUSOU O AFASTAMENTO DA GLÓRIA DE DEUS?
Para entendermos as consequências; “perca da glória de Deus”, precisamos antes analisar as causas que levaram a perca dela, podemos afirmar que foram “cinco princípios quebrados” que levaram a glória a se retirar, e consequentemente a ruína espiritual do templo e sua destruição:
 
1. A quebra do princípio da confiança e dependência em Deus (Ez 7.19).
Israel foi colocado na terra de Deus, para depender Dele, porém ao longo dos anos passou a confiar em si mesmo (Jr 17.5) e em suas alianças políticas (2Rs 16.7-9) neste caso com a Assíria e Egito.
 
2. A quebra do princípio do zelo (Ez 7.9; 9.6).
Israel precisava manter um padrão de excelência em relação a sua vida, mas preferiu beber em fontes rachadas (Jr 2.13), por onde entrava tudo. Isso fala da falta de zelo, de cuidado, de aceitação de padrões distintos.
 
3. A quebra do princípio da justiça (Ez 9.4-10).
Um Deus justo e Santo não pode aceitar que seu povo cometa injustiça, e Israel como as demais nações estavam vivendo de uma forma tão terrível que a justiça não era algo real, e Deus precisava intervir (Hc 1.3-4).
 
4. A quebra do princípio do conhecimento da palavra (Ez 11.12).
Conhecer a Deus, esse deve ser o objetivo de todos nós, porém ao longo dos séculos Israel se afastou da Palavra, houve grande apostasia ao ponto de o povo perderem sua Bíblia (2Rs 22.8), toda destruição inicia-se com a perca da Bíblia, por isso Oseias disse que o povo foi destruído por falta de conhecimento: “Uma vez que vocês rejeitaram o conhecimento, eu também os rejeito como meus sacerdotes; uma vez que vocês ignoraram a lei do seu Deus, eu também ignorarei seus filhos” (Os 4.6 versão NVI).
 
5. A quebra do princípio da adoração (Ez 11.19-21).
Adoração é rendição, prostar-se, reverenciar. E Israel passou a fazer tudo isso, mas não para Deus, mas para os ídolos. Havia altares para baal, azera e até mesmo para moloque. Para entender melhor o tema é necessário rever o conceito de idolatria: “O que é o ídolo? Qualquer coisa mais importante que Deus para você, que domine seu coração e sua imaginação mais do que Deus. Qualquer coisa que você busque a fim de receber o que só Deus pode dar” (KELLER, 2021, p. 20). E a consequência de todo idolatra é a insensibilidade espiritual (Sl 115.8).
 
 
III. ETAPAS DO AFASTAMENTO DA GLÓRIA DE DEUS E A DESTRUIÇÃO DO TEMPLO
Ezequiel viu a glória de Deus ir embora aos poucos (Ez. 10.18; 11.22-25), ela saiu dos Santos dos Santos, para a porta, da porta para o pátio, depois para os montes, e por fim, tornou ao trono. Vejamos detalhadamente esta cena dolorosa que levou a ruína do templo.
 
1. A glória de Deus saiu do lugar santíssimo para a porta (Ez 10.4).
Os líderes deveriam ser os primeiros a perceber que a glória não estava mais no templo, mas estes, também estavam distantes de Deus e envolvidos em idolatria (Ez 8.5-12), sua insensibilidade espiritual não os permitiu perceber que Deus estava indo embora, da mesma forma que Sansão não percebeu (Jz 16.20).
 
2. A glória de Deus saiu da porta para o pátio (Ez 10.18).
O povo que ficava no pátio também não percebeu que a glória estava indo embora, a idolatria tem esse poder, esfriar e destruir. A Bíblia já alertava: Tornem-se semelhantes a eles os que os fazem e todos os que neles confiam” (Sl 115.8). Essa é a dura realidade, muitos incessíveis a presença de Deus hoje.
 
3. A glória de Deus saiu do pátio e foi para os montes (Ez 11.23).
Na visão, a glória não se movimenta pelo recinto, mas o deixa. Ela para sobre os querubins e as rodas e os acompanha até a entrada do portão leste do templo (v. 19). E é o terceiro estágio da retirada da glória de Deus que se completará no capítulo 11 com o final da visão (SOARES, 2022 p. 56).
 
4. A glória de Deus saiu e veio a destruição (Ez 12.10-16).
Ezequiel, e não o remanescente do povo em Judá, vê a destruição do templo. Imaginemos a reação dos exilados ao ouvir sobre o que era esperado acontecer em Jerusalém por meio dessa linguagem simbólica. O templo de Salomão foi destruído pelos caldeus em 587 a.C., “no mês quarto, aos nove do mês” (2Rs 25.3-10; Jr 39.2; 52.6) [...]. O cerco de Jerusalém durou dezessete meses, os muros foram violados em 9 de Tamuz, que é o quarto mês. A violação do muro é relembrada com um dia de jejum no 17 de Tamuz. A diferença das datas se dá pelo fato de os babilônios terem demorado para passar pelas brechas do muro e entrar em Jerusalém. O templo, os palácios e grande parte da cidade foram incendiados em 7 de Av, que é o quinto mês, em 586 a.C., correspondente a 16 de agosto. O Talmud explica que no dia 7 os babilônios ganharam acesso à cidade e só no dia 9 a incendiaram (SOARES, 2022 p. 59).
 
 
IV. A RESTAURAÇÃO DO TEMPLO E O RETORNO DA GLÓRIA DE DEUS
1. A glória do Senhor retornaria para o templo (Ez 43.1-5).
Após o retorno do cativeiro babilônico, os judeus tinham uma importantíssima tarefa: reconstruir o Templo e restaurar o culto ao Senhor. Mas, além das dificuldades, a obra foi embargada por determinação do rei Artaxerxes, da Pérsia, por causa de uma denúncia acusatória dos vizinhos e inimigos do povo judeu (Ed 3.8,9; 4.7,8,17-24). Por causa disso, a obra arrastou-se, o povo perdeu ânimo e tornou-se egoísta cuidando apenas de suas moradias (Ag 1.4).
 
2. A glória retornaria com a mensagem do profeta Ageu.
Enquanto o povo edificava, novo desânimo apoderou-se deles, foi nesta ocasião que Deus levantou o profeta Ageu (Ag 2.1-9). Os mais velhos, lembrando-se do esplendor do Templo de Salomão, mostravam-se decepcionados com o novo Templo, pois era inferior no tamanho e na suntuosidade da alvenaria. Os próprios alicerces eram bem menores em extensão e os recursos eram muito limitados. Mas Ageu veio com uma palavra de ânimo, dizendo que Deus derramaria seus recursos naquele edifício e estaria no meio do novo templo: “E encherei de glória esta casa, diz o Senhor dos Exércitos” (Ag 2.7). O profeta afirmou que: “A glória desta última casa será maior do que a da primeira, diz o Senhor dos Exércitos; e neste lugar darei a paz, diz o Senhor dos Exércitos” (Ag 2.9).
 
 
V. A SANTIDADE COMO UM MEIO DA GLÓRIA DE DEUS NA VIDA DO CRENTE
A Bíblia mostra claramente a necessidade de vivermos uma vida santa por meio de várias exortações (Rm 13.13,14; Ef 4.17-24; Fp 4.8,9; Cl 3.5-10). A responsabilidade do crente quanto à santificação, é destacada pelo escritor aos Hebreus (Hb 12.14-a) (CHAMPLIN, 2002, p. 647). Sobretudo, a necessidade de uma vida santa é vista ao afirmar que: “[…] sem a santificação ninguém verá ao Senhor” (Hb 12.14b). A vontade de Deus tem sido sempre de que seus filhos reflitam seu caráter (Tt 2.14). A palavra “santo” tem os seguintes sentidos. Notemos:
 
1. Santidade é uma ordem divina.
Sendo Deus Santo exige dos seus filhos a santificação (Lv 11.44; Lv 19.1,2; Lv 20.6; 1Pe 1.16). Santidade significa ser semelhante a Deus, ser dedicado a Deus e viver para agradar a Deus (Rm 12. Ef 1.4; 2.10). A perfeita obra de Deus realiza uma santidade real que conforma ao padrão de Deus (Rm 8.3-4; 1Pe 1.15-16).
 
2. Santidade é separação.
A palavra descritiva da natureza divina é santidade, e seu significado primordial é “separação” (Lv 20.24,26; Is 52.11; Ml 3.18); portanto, a santidade representa aquilo que está em Deus, que o torna separado de tudo quanto seja imundo ou pecaminoso. Quando Ele deseja usar uma pessoa ou um objeto para seu serviço, ele separa essa pessoa ou objeto e em virtude dessa separação tomam-se “santo” (2Co 6.14,15; 2Tm 2.21).
 
3. Santidade é consagração.
No sentido de viver uma vida santa e justa, em conformidade com a palavra de Deus e dedicada ao serviço divino; o cristão passa a viver em busca da remoção de qualquer impureza que impossibilite esse serviço. Entendemos então que o padrão de vida de um povo que busca a santificação é viver uma vida de consagração (2Co 6.16b). A santificação é praticada e aplicada ao viver diário do crente (Pv 4.18; 2Co 3.18; 7.1; 2Pe 3.18), é a santificação vivencial (2Co 7.1; Hb 12.14).
 
4. Santidade é purificação.
Embora o sentimento primordial de “santo” seja separação para serviço, inclui também a ideia de purificação. O caráter de Deus age sobre tudo que lhe é consagrado. Portanto, os homens consagrados a ele participam de Sua natureza. As coisas que lhe são dedicadas devem ser puras (2Co 7.1), pois a pureza é uma condição de santidade (1Jo 3.3).
 
 
 
REFERÊNCIAS
Ø  CHAMPLIN, R. N. Dicionário de Bíblia, Teologia e Filosofia. HAGNOS.
Ø  ELISSEN, Stanley. Conheça melhor o Antigo Testamento. VIDA.
Ø  KELLER, Timothy. Deuses Falsos. Vida Nova
Ø  SOARES, Esequias. A Justiça Divina. CPAD
Ø  STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
 
 
 
 
Por Rede Brasil de Comunicação.

 

 

LIÇÃO 4 - A LIDERANÇA DE JOSUÉ (VÍDEO AULA)




LIÇÃO 04 - QUANDO SE VAI A GLÓRIA DE DEUS (VÍDEO AULA)




terça-feira, 18 de outubro de 2022

QUESTIONÁRIOS DO 4° TRIMESTRE DE 2022


 
 
 
 
LIDERANÇA NA IGREJA DE CRISTO -
Escolhidos por Deus para Servir.
  

 
 





Lição 03

Hora da Revisão
A respeito de “A Liderança de Moisés”, responda:

 
1. Segundo a lição, quais os locais onde se deu o treinamento de Moisés?
O preparo de Moisés se deu em família, no palácio de Faraó e no deserto.
 
2. O que levou Moisés a renunciar a sua vida no palácio de Faraó?
O escritor da Carta aos Hebreus deixa claro que somente pela fé Moisés foi capaz de renunciar ao que viveu e aprendeu no Egito (Hb 11.24).
 
3. Quem chamou Moisés para liderar o seu povo?
O próprio Todo-Poderoso.
 
4. Qual era o propósito da liderança de Moisés?
Glorificar a Deus e abençoar os seus liderados.
 
5. Onde Moisés se encontrava quando recebeu o chamado divino?
Ele se encontrava nas regiões desérticas de Midiã, cuidando dos rebanhos de seu sogro.

 

QUESTIONÁRIOS DO 4° TRIMESTRE DE 2022




  
 
A JUSTIÇA DIVINA -
A Preparação do Povo de Deus para  
os Últimos Dias no Livro de Ezequiel.
 

  







Lição 03 

Revisando o Conteúdo
A respeito de “As Abominações do Templo” responda:  
 

1. Por que a segunda visão de Ezequiel pode ser entendida como preterista e ao mesmo tempo futurista?
Essa visão é preterista porque se relaciona com os acontecimentos contemporâneos de Ezequiel, mas isso não exclui o futurismo, pois anuncia eventos que estavam para acontecer (8.18).
 
2. Como explicar a expressão “imagem do ciúme”?
O uso da expressão “imagem de ciúme” se explica porque a idolatria provoca ciúme de Deus pelo seu povo (5.13; 16.38,42; 36.6; 38.19).
 
3. Como os egípcios viam a zoolatria?
A zoolatria, adoração aos animais, é típica dos egípcios, pois viam neles mais que símbolos ou emblemas; eles os consideravam receptáculos das formas do poder divino.
 
4. Qual era o objetivo do ritual das carpideiras da visão de Ezequiel?
Era realizado anualmente um ritual de lamento pelas carpideiras em favor de Tamuz no segundo dia do quarto mês para que ele ressuscitasse e fizesse chover.
 
5. Onde Moisés condenou o culto do sol?
No Egito. O culto ao sol era uma afronta a Deus, Moisés havia alertado o povo dessa idolatria (Dt 4.19).