segunda-feira, 28 de novembro de 2022
QUESTIONÁRIOS DO 4° TRIMESTRE DE 2022
LIDERANÇA NA IGREJA DE CRISTO -
Escolhidos
por Deus para Servir.
Lição 08
Hora da Revisão
A
respeito de “A Liderança de Salomão”,
responda:
1. Quem
foi Salomão?
Ele era filho de Davi e foi o terceiro rei de
Israel.
2. Qual
o irmão de Salomão que conspirou para herdar o trono?
Adonias.
3. Salomão
herdou a sabedoria de seu pai?
Não. Sua sabedoria foi uma dádiva de Deus.
4. Cite
três características da liderança de Salomão, segundo a lição.
Um líder influenciador, uma liderança participativa
e uma liderança voluntária.
5. Qual
foi o maior legado de Salomão?
A construção do Templo.
QUESTIONÁRIOS DO 4° TRIMESTRE DE 2022
A JUSTIÇA DIVINA -
A
Preparação do Povo de Deus para
os
Últimos Dias no Livro de Ezequiel.
Lição 08
Revisando o Conteúdo
A
respeito de “O Bom Pastor e os Pastores
Infiéis” responda:
1. A quem a expressão “pastores de Israel” se
refere em Ezequiel e Jeremias?
A
palavra, “pastores de Israel” no contexto de Ezequiel, bem como no de Jeremias
23.1-5, se refere aos governantes.
2. Qual a função primordial do pastor?
A função
primordial do pastor é alimentar, guiar e proteger o rebanho e isso ilustra bem
o papel do líder de uma nação.
3. O que os governantes de Israel faziam?
Cuidavam
de si mesmos: “Ai dos pastores de Israel que se apascentam a si mesmos!” (v.2).
4. O que os governantes de Israel não faziam?
Eles não
cuidavam das ovelhas.
5. Quem é o Bom Pastor?
O Senhor
Jesus Cristo é o bom pastor (Jo 10.11,14).
segunda-feira, 21 de novembro de 2022
LIÇÃO 08 – O BOM PASTOR E OS PASTORES INFIÉIS
Ez 34.1-12
INTRODUÇÃO
Nesta lição estudaremos o uso da palavra “pastor” na Antigo
Testamento; falaremos sobre a metáfora do pastor na Bíblia; notaremos o
contexto de Ezequiel em relação aos pastores e as ovelhas; veremos Jesus como
exemplo de pastor; e por fim; concluiremos falando sobre o dom ministerial de
pastor.
I. O USO DA PALAVRA
PASTOR NO AT
No hebraico, “raah”, palavra que figura por
setenta e sete vezes, onde tem o sentido de pastor (Gn 49.24; Êx 2.17,19; Nm
27.17; 1Sm 17.40; Sl 23.1; Is 13.20; Jr 6.3; Ez 34.12,23; Am 1.2; 3.1; Zc
10.2,3). No seu sentido literal, “um pastor” é alguém que cuida dos rebanhos de
ovelhas. Os pastores eram conhecidos como profissionais que alimentavam e
protegiam os rebanhos (Jr 31.10; Ez 34.2,12) e que livravam dos animais ferozes
as ovelhas (Am 3.12)” (CHAMPLIN, 2004, p. 104).
1. Deus como pastor.
Com base na ideia de que o pastor é um protetor e líder do
rebanho, surgiu o conceito de Deus como o Pastor de Israel. Os próprios
pastores antigos foram os primeiros a salientar essa similaridade. Assim Jacó
se dirigiu a Deus, nos dias que antecederam a sua morte (Gn 49.24). E Davi
chamou Deus de seu Pastor (Sl 23.1), o que Asafe também fez (Sl 80.1).
2. Profetas, sacerdotes e reis.
Podemos encontrar também muitas passagens, no AT, que se
referem aos líderes e governantes do povo de Deus como pastores (Nm 27.17; 1Rs
22.17). Posteriormente, os profetas, os sacerdotes e os reis de Israel, que
haviam falhado em seu encargo, diante de Deus e de seu povo, foram condenados
como pastores que haviam desertado o rebanho ou que haviam enganado as ovelhas
(Jr 2.8; 10.21; 23.1; Ez 34.2). Enquanto o profeta é chamado de atalaia, os
governantes de Israel são aqui chamados de pastores (COMENTÁRIO BÍBLICO BEACON,
vol. 4, 2014, p. 476).
II. A METÁFORA DO PASTOR DE OVELHAS NA
BÍBLIA
As Escrituras revelam Deus como pastor do seu povo, mas isso
se aplica também aos líderes civis e reis em Israel. No livro de Ezequiel, há
uma alegoria com linguagem metafórica sobre uma atividade, no caso a de pastor
de ovelhas. Embora Ezequiel descreva as ações reais da atividade pastoril, o
foco não é esse, pois, os “pastores” referem-se aos governantes, e as
“ovelhas”, ao povo de Israel. Vejamos então:
1. A linguagem metafórica do profeta Ezequiel compara os
líderes de Israel a “pastores”.
Em diversos textos bíblicos encontramos referências
metafóricas do povo de Deus como ovelhas (Sl 23; Is 53.6; Ez 34.31; Jo 10). A
expressão “pastores de Israel” é uma metáfora para os líderes políticos de
Israel, mas também pode incluir líderes espirituais. Os líderes foram acusados
de esquecer as principais características de um guia temente a Deus. “O
discurso profético do capítulo 34 está estruturado da seguinte maneira: a) os
pastores infiéis e as ovelhas (vv. 1-10); b) Deus como o futuro bom
pastor (vv. 11-16); c) o julgamento entre as próprias ovelhas (vv.
17-22); e d) o Messias como o pastor de Deus (vv. 23-31). O
capítulo 34 de Ezequiel, estão em julgamento, os reis Jeoaquim e Zedequias e os
assessores e oficiais. (SOARES; SOARES, 2022, pp. 93,94,95).
2. A metáfora do “pastor” na Bíblia.
Em toda a Escritura, líderes são comparados a “pastores”,
mesmo aqueles que não serviam a Deus. Vejamos alguns exemplos: a) Hamurabi,
rei da Babilônia, século 18 a.C., aparece nas transcrições como “pastor”;
b) Nabucodonosor é apresentado assim também (Jr 25.9; 27.6); c)
No texto bíblico, além de Ezequiel capítulo 34 e em 2Samuel 5.2, Deus
disse que Davi (como pastor) apascentaria o seu povo; d)
O profeta Isaías 44.28 da mesma forma, apresenta Ciro como “pastor”;
e; e) No capítulo 36, verso 37, Ezequiel compara a casa de Israel, que
consiste em governantes e povo, a um rebanho. Até no NT, essa imagem de líderes
aparece (Mt 25.31-33) (SOARES; SOARES, 2022, p. 95).
III. O CONTEXTO DE EZEQUIEL EM RELAÇÃO AOS
PASTORES E AS OVELHAS
1. A
metáfora da gordura e da lã (Ez 34.3,4).
Há discussão entre os estudiosos bíblicos sobre quais eram
exatamente os problemas expressos pela metáfora da “gordura e da lã”.
Provavelmente, a reprovação é porque não se comia dos animais que se pastoreava
(Gn 31.38; 1Sm 28.24). A gordura não era para consumo humano, mas oferta para
Deus (Lv 3.17; 7.22-25). No entanto, qualquer que seja o sentido do figurado, é
evidente que o problema está na falta de cuidado das ovelhas, na prática da
crueldade e na má conduta administrativa (SOARES; SOARES, 2022, p. 96).
2. O
problema da omissão dos governantes de Israel.
A situação em que as ovelhas se encontravam: “fracas,
doentes, quebradas, desgarradas e perdidas” não era natural dos
animais, mas sim consequência do tratamento que estavam recebendo: “dominam
sobre elas com força e tirania” (Ez 34.4). A lei proibia esse
comportamento: “não domine sobre eles com tirania, mas tema o seu Deus” (Lv
25.43). Em outras passagens, há listas com as abominações praticadas pelos
chefes do povo (Ez 11.1-2, 9; 12.10; 17.11-21; 19; 21.25; 22.6, 13). Assim,
parece se tratar de tolerância em aceitar as falhas, o emprego de violência e o
abuso de autoridade. Há um paralelo com pastores em Jeremias 3.15; 23.1-4.
3. As
ovelhas se espalharam por não haver pastor (Ez 34.5,6).
A consequência das ações dos líderes em Ezequiel é
desesperadora. Trata-se de uma alusão ao cativeiro, sendo a dispersão do povo
de Deus decorrente da omissão dos governantes, ou, nas palavras do Profeta, por
“não haver pastor”. Essa linguagem de dispersão do povo aparece
também na visão de Micaías em 1Reis
22.17. No evangelho de Mateus, Jesus se depara com uma situação similar (Mt
9.36). As funções pastoris são contrastadas no evangelho de João com as ações
de mercenários (Jo 10.12,13) (SOARES; SOARES, 2022, pp. 96,97).
4. Deus é o pastor
do seu povo (Ez 34.11,12).
As palavras da
revelação do profeta Ezequiel: “porque assim diz o Senhor Deus”,
anuncia que, como os pastores não executaram sua tarefa, o próprio Deus se
dispõe a buscar as suas ovelhas: “Eis que eu mesmo procurarei as minhas
ovelhas e as buscarei”. Embora se inicie por uma lamentação, o oráculo
segue com uma mensagem de esperança. Na sequência, Deus mesmo vai pastorear
Israel, os governantes e o povo, uma ação divina que condiz com sua natureza de
amor, santidade, justiça e soberania (Ez 34.13-16). Deus, sendo o verdadeiro
pastor, age, então, em favor das ovelhas, como o pastor busca o seu rebanho (Sl
23.1-6; Mt 18.12-14; Lc 15.1-7; Jo 10.7-18).
5. Deus se dirige
também as “ovelhas, carneiros e bodes” (Ez 34.17-22).
Não só havia
problema entre os “pastores/líderes”, mas algumas “ovelhas” também não estavam
agindo corretamente. Revela-se que a falha ocorre não só entre pastores e
ovelhas, mas também entre as próprias ovelhas. Mais animais são adicionados à
metáfora, possivelmente para se referir aos governantes como “carneiros e
bodes” (Jr 50.8). O profeta menciona que está chegando o fim do tempo das “ovelhas
gordas, dos carneiros e dos bodes”, que serão julgadas pelo modo como
vêm lidando com as ovelhas fracas (SOARES; SOARES, 2022, pp. 99,100).
IV.
JESUS COMO EXEMPLO DE PASTOR
A palavra pastor
no grego é “poimén” e é usada em seu significado natural (Mt
9.36; 25.32; Mc 6.34); metaforicamente acerca de Jesus (Mt 26.31; Mc 14.27; Jo
10.11,14,16) e acerca dos que atuam como nas igrejas (Ef 4.11) (VINE, 2002, p.
856). Jesus é o maior exemplo de verdadeiro pastor (Jo 10.1-16). Ele é o Pastor
e bispo das almas (1Pe 2.25); o grande pastor das ovelhas (Hb 13.20); e o
supremo pastor (1Pe 5.4). Neste ofício, Ele se distingue por vários
qualificativos. Vejamos:
1. Jesus como
pastor dá a vida pelas suas ovelhas (Jo 10.11).
Nos tempos
bíblicos, era comum o bom pastor expor a sua vida na luta contra as feras que
assaltavam o rebanho (1Sm 17.34-36). Jesus para proteger as suas ovelhas do
“ladrão” que vem para: “matar, roubar e destruir” (Jo 10.10).
Somos “rebanho do seu pastoreio” (Sl 100.3).
2; Jesus como
pastor conhece as suas ovelhas (Jo 10.14).
Julgamos quase
impossível que um pastor conheça cada ovelha distintamente, pois todas parecem
idênticas. Todavia, o contato com as ovelhas lhe proporciona tal conhecimento.
Cristo Jesus, muito mais conhece aqueles que lhe servem com um coração puro e
se sujeitam a sua vontade.
3. Jesus como
pastor guia as suas ovelhas (Jo 10.3,4).
O pastor à frente
do rebanho era a garantia de ser conduzido aos bons pastos e de preservá-lo da
emboscada das feras. Era o motivo da expressão confiante de Davi, com a sua
própria experiência de pastor (Sl 23.1). Essa deve ser a nossa confiança pois
nosso Bom Pastor nos garante a provisão (Fp 4.6,7,19; 1Pe 5.7).
4. Jesus como
pastor busca as ovelhas perdidas (Jo 10.16).
Em Lucas 15.1-7
encontramos a famosa parábola da “ovelha perdida” que nos mostra o que o pastor
é capaz de fazer para buscar a ovelha que se perde do rebanho. Essa analogia é
usada pelo Mestre Jesus a fim de retratar o interesse que Ele tem de restaurar
os pecadores a comunhão com Deus.
V.
O DOM MINISTERIAL DE PASTOR
Entre os dons
ministeriais concedidos a igreja, encontra-se o dom de pastor (Ef 4.11). O
pastor é “o anjo da igreja” (Ap 2.1). Serve sob a direção do Bom
Pastor, a quem pertence a Igreja (1Pe 5.2,4), e deve andar nas suas pisadas (Jr
17.16) e sob a sua direção (Jr 3.15). O pastor vela pelas ovelhas, como quem
tem de dar conta delas (Hb 13.17) (BERGSTÉN, 2007, p. 116).
1. A necessidade
de um pastor para a igreja.
“O pastor é
essencial ao propósito de Deus para sua igreja. A igreja que deixar de ter
pastores piedosos e fiéis não será pastoreada segundo a mente do Espírito (1Tm
3.1-7). Será uma igreja vulnerável às forças destrutivas de Satanás e do mundo
(At 20.28-31). Haverá distorção da Palavra de Deus, e os padrões do evangelho
serão abandonados (2Tm 1.13,14). Membros da igreja e seus familiares não serão
doutrinados conforme o propósito de Deus (1Tm 4.6,14-16; 6.20,21). Muitos se
desviarão da verdade e se voltarão às fábulas (2Tm 4.4)” (STAMPS, 1995, p.
1816).
2. O pastor e as
suas muitas atribuições.
“Sua missão é
múltipla e polivalente. Ele tem que agir como ensinador, conselheiro, pregador,
evangelizador, missionário, profeta, juiz, fazer as vezes de psicólogo,
conciliador, administrador dos bens espirituais e de recursos humanos. É
administrador de bens materiais ou patrimoniais; gestor de finanças e recursos
monetários” (RENOVATO, 2014, p. 114). Ele cuidar da sã doutrina e refutar a
heresia (Tt 1.9-11); ensinar a Palavra e exercer a direção da igreja (1Ts 5.12;
1Tm 3.1-5); é um exemplo da pureza e da sã doutrina (Tt 2.7,8) e, esforçar-se
no sentido de que todos os crentes permaneçam na graça divina (At 20.28-31; Hb
12.15; 13.17; 1Pe 5.2)” (STAMPS, 1995, p. 1815).
CONCLUSÃO
Ser pastor sempre
foi uma tarefa árdua. Muitas são as demandas internas e externas da igreja
local. O dia a dia pastoral é desafiador a quem é vocacionado por Deus para
apascentar. Somente pela graça e o amor do Pai é possível encarar tão grande
responsabilidade. Oremos pelos pastores, compreendamos as suas lutas e os
apoiemos com amor, obediência e respeito.
REFERÊNCIAS
Ø CHAMPLIN,
R. N. Dicionário de Bíblia, Teologia e Filosofia. HAGNOS.
Ø STAMPS,
Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
Ø VINE,
W. E. Dicionário Vine. CPAD.
Ø COMENTÁRIO
BÍBLICO BEACON: Isaías a Daniel. vol. 4. CPAD.
Por Rede Brasil de Comunicação.
sábado, 19 de novembro de 2022
QUESTIONÁRIOS DO 4° TRIMESTRE DE 2022
LIDERANÇA NA IGREJA DE CRISTO -
Escolhidos
por Deus para Servir.
Lição 07
Hora da Revisão
A
respeito de “A Liderança de Davi”,
responda:
1. Segundo
a lição, o sucesso é resultado de quê?
É o resultado de um processo de formação, muitas
vezes lento, doloroso e marcado por grandes desafios.
2. Qual
era a função de Davi quando foi ungido por Samuel?
Ele era pastor de ovelhas.
3. O
que Davi foi fazer no campo de batalha?
Ele foi levar alimentos para seus irmãos.
4. Quantos
irmãos Davi tinha? Qual o nome do seu pai?
Sete irmãos. Jessé.
5. Qual
a característica que você acredita que seja indispensável em um líder?
Resposta pessoal.
QUESTIONÁRIOS DO 4° TRIMESTRE DE 2022
A JUSTIÇA DIVINA -
A
Preparação do Povo de Deus para
os
Últimos Dias no Livro de Ezequiel.
Lição 07
Revisando o Conteúdo
A
respeito de “A Responsabilidade é
Individual” responda:
1. O que significava a máxima “Os pais comeram uvas
verdes, e os dentes dos filhos se embotaram”?
Com base
nesse ditado, eles diziam que estavam sendo punidos por causa dos pecados de
seus antepassados.
2. Como se chama o movimento que hoje segue esse
movimento das uvas verdes e dentes embotados?
Esse movimento é
conhecido como “Batalha Espiritual” que inclui a doutrina da maldição
hereditária.
3. Por que Deus proibiu o uso desse ditado popular
em Israel?
Deus proíbe
o uso deste ditado popular porque a responsabilidade é individual. O profeta Ezequiel
fecha a porta fatalista do imaginário popular do povo de Judá e dos exilados de
Babilônia.
4. Qual a conclusão depois de Ezequiel explicar a
verdade e apresentar os fatos?
Depois de explicar essa verdade e apresentar os fatos vem a conclusão: os
caminhos do Senhor são corretos e os do povo, torcidos.
5. Qual a tendência das pessoas hoje ao explicar
suas aflições?
É tendência dessas pessoas culparem a Deus pelas suas malezas.
sábado, 12 de novembro de 2022
LIÇÃO 07 – A RESPONSABILIDADE É INDIVIDUAL
Ez 18.20-28
INTRODUÇÃO
Nesta lição, veremos uma breve definição do termo
responsabilidade, que é uma palavra chave, para a compressão do assunto aqui
tratado; destacaremos também, a condição da nação de Israel, nesse ponto do
livro do profeta Ezequiel; ressaltaremos os principais aspectos da mensagem de
Deus através do profeta; e, por fim, elencaremos quais as atitudes que Deus
esperava de seu povo, e que servem de referência para os nossos dias.
I. DEFINIÇÃO DO
TERMO RESPONSABILIDADE
1. Definição do termo.
A palavra responsabilidade procede do latim: “respondere”,
literalmente: “responder”. Usada como um termo moral, significa que: “o indivíduo dever responder ou reagir diante
de certos deveres, a fim de ajustar-se a algum padrão moral e espiritual”.
A responsabilidade pessoal, é o estado de quem sente que precisa prestar contas
de seus atos; de quem sente que precisa cumprir com as suas obrigações; de quem
sente que precisa atender a reivindicações legítimas (CHAMPLIN, 2004, p.672).
II. A CONDIÇÃO DA
NAÇÃO DE JUDÁ
1. Condição histórica.
O capítulo 18 do livro de Ezequiel, combate uma argumentação
da nação de Israel que se sentia desobrigada de responsabilidade moral pelo
juízo divino. Em forma de um provérbio, do hebraico “mashal” ou seja, “um
adágio, poema, parábola, discurso”; o povo dizia: “[...] os
pais comeram uvas verdes, e os dentes de seus filhos se embotaram?” (Ez
18.2). Afirmando com isso, que a punição de Deus era injusta e que eles estavam
sendo penalizados pelos pecados de seus antepassados (Ez 18.25,29).
2. Condição espiritual.
Os profetas Jeremias e Ezequiel trouxeram à nação de Judá uma
mensagem de Juízo e conclamação ao arrependimento. Entretanto, a nação com dura
cerviz, culpava seus antepassados pelo juízo. Com essa atitude eles
demonstravam três grandes problemas:
A) Insensibilidade ao
seu estado de pecado.
A nação não se sentia culpada. A indiferença e a
insensibilidade sempre serão frutos de uma vida sem comunhão com Deus: “[...]
porquanto
todos se apartaram de mim para seguirem os seus ídolos” (Ez 14.5b).
B) Transferência de
culpa aos familiares.
Nos dias de Ezequiel, os israelitas estavam usando o
provérbio para justificar-se e para culpar seus pais pelo infortúnio nacional.
A propósito, transferência de culpa foi o primeiro fato evidente no ato da
queda (Gn 3.12,13). Nunca devemos culpar os outros por nossas más atitudes, mas
devemos reconhecer nossas falhas, nos arrependermos e confessarmos as nossas
faltas, buscando o perdão divino: “O que encobre as suas transgressões nunca
prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia” (Pv
28.13).
C) Atribuição de
injustiça a Deus.
Não bastasse a insensibilidade de reconhecer seus pecados,
Israel atribuía culpa ao próprio Deus pelos seus métodos e castigos: “E, no
entanto, o povo de Israel continua a dizer: ‘O Senhor não é justo!’. Ó povo de
Israel, vocês é que são injustos, e não eu! (Ez 18.29 - NVT). Em uma
outra versão encontramos a seguinte expressão: “Apesar disso ser uma coisa tão
clara, os israelitas continuam reclamando: O Senhor está sendo injusto no seu
julgamento! Israelitas, vocês são os injustos, e não Eu” (Ez 18.29 -
VIVA). Há pessoas que buscam sempre culpar a Deus ou mesmo o diabo pelos
problemas de suas vidas, esquecendo-se que em muitos casos, os problemas são
frutos dos próprios erros: “De que se queixa, pois, o homem vivente?
Queixe-se cada um dos seus pecados” (Lm 3.39).
III. A MENSAGEM DE
DEUS ATRAVÉS DO PROFETA EZEQUIEL
1. Todos são iguais
perante Deus: “[...]
a
alma que pecar, essa morrerá” (Ez.
18.4b).
O profeta mostra que Deus não faz acepção de pessoas; antes,
deseja que todos se arrependam e vivam. Deus não t em filhos prediletos e nem
netos, Ele deseja que todos os seus filhos reproduzam o seu caráter no dia a
dia (Mt 5.13,16; 1Pe 1.15).
2. Nosso relacionamento
com Deus envolve compromisso moral (Ez 18.5).
Como filhos, devemos reproduzir o caráter de Deus:
- “[...] não comendo sobre os montes [...]” (Ez 18.6a). Não oferece sacrifícios e nem come das oferendas a outros supostos deuses, pois ele pertence ao Deus Verdadeiro e Santo (1Co 10.25-30; Rm. 12.1,2);
- “[...] nem levantando os olhos para os ídolos da casa de Israel [...]” (Ez 18.6b). Ele não cultua, adora, venera ou deseja nenhum ídolo (tudo aquilo que substitui a Deus em nossas vidas). Pois só o Senhor ama e adora (Dt 6.5; Mt 22.37; Mc 12.30; Lc 10.27);
- “[...] nem se contaminando com a mulher de seu próximo [...]” (Ez 18.6c). Seu corpo é templo do Espírito Santo, logo, não há espaço para prostituição, fornicação, adultério e toda sorte de práticas imorais (Rm 6.11-16; 1Co 6.13-20; Gl 5.19-21);
- “[...] não oprimindo a ninguém, tornando ao devedor o seu penhor, não roubando, dando o seu pão ao faminto, cobrindo ao nu com sua veste [...]” (Ez 18.7). O que vive em santidade não se isola do mundo, ele vive no mundo demonstrando no seu testemunho pessoal seu compromisso com Deus no seu relacionamento com a sociedade (Mt 5.13,16; 1Pe 1.15; Tg 1.22-25);
- “[...] Ele não empresta visando lucro e nem cobra juros [...]” (Ez 18.8 - NVI). O justo não pede dinheiro a agiota e nem pratica agiotagem (Ez 18.8; Êx 22.25; Lv 25.37; Dt 22.15);
- “[...] andando nos meus estatutos e guardando os meus juízos [...]” (Ez 18.9). O justo tem seu prazer na lei do Senhor (Sl 1; 119), e por isso, santidade é sua prioridade de vida;
- “[...] para proceder segundo a verdade [...]” (Ez 18.5). O filho de Deus não se deixa levar por falsos avivamentos, shows gospels, ou qualquer outra inovação; sua vida é regulada pela Palavra de Deus (Sl 119.9,11).
3. Deus exige de cada um de seus filhos uma vida de
santidade.
O capítulo 18 de Ezequiel mostra-nos que o justo, deve ter uma
vida de excelência moral, uma vida de santidade (Ez 18.5-9), fato, aliás, que
já estava previsto no Código de Santidade de Deus para os seus servos (Lv
17-26), e que marca o estilo de vida dos autênticos servos de Deus (Mt 5.20), e
que querem ver ao Senhor (Hb 12.14).
4. Cada um responderá por seus atos diante de Deus.
O que Ezequiel diz é que, mesmo que os filhos possam sofrer
por causa dos pecados dos seus pais em uma ordem natural de causa e efeito,
Deus não vai castigar um filho pelos pecados de seu pai e também não
considerará justo o filho injusto porque seu pai foi justo. O profeta deixa
claro que a “teologia da transferência de culpa” não resistirá ao juízo de Deus
(Ez. 18.29,30). Pois cada um responderá por seus atos diante de Deus, sejam
bons ou maus (Rm 14.10-12; 1Co. 4.4,5; Ap 20.11-15); nada fugirá de seu juízo
(Hb 4.12,13).
5. A possiblidade real da perda da salvação.
Deus deixa claro por meio do profeta Ezequiel, da
possibilidade de o justo perder a sua comunhão com o Senhor ao perguntar: “[...]
desviando-se
o justo da sua justiça, e cometendo a iniquidade, e fazendo conforme todas as
abominações que faz o ímpio, porventura viverá? (Ez 18.24), a resposta
obviamente é: não! Essa pessoa realmente
foi justa e realmente caiu da graça. Se ela não voltar para Deus, mas morrer em
seu estado caído, sofrerá a ira santa de Deus: “Desviando-se o justo da sua
justiça e cometendo iniquidade, morrerá por ela; na sua iniquidade que cometeu,
morrerá” (Ez 18.26). A ideia, difundida pelos calvinistas, que um
cristão não pode cair da graça e perder-se, vai contra o ensino desse texto. É
difícil entender como alguém pode conciliar a teologia de “uma vez na salvo,
sempre salvo” com o claro ensino bíblico dessa passagem e em toda a Escritura.
IV. UM CHAMADO PARA
A RESTAURAÇÃO
Ante a
situação espiritual, moral e social que vivia a nação de Israel, o profeta traz
ainda uma palavra de esperança, compartilhando um chamado de Deus. Notemos:
1. Um chamado ao arrependimento: “[...] arrependam-se!” (Ez.
18.30b – NVI). Não há outro caminho para a santidade, a não ser por
meio do arrependimento (Ez 14.6; 33.11; Jr. 25.5; 35.15).
2. Um chamado à santidade: “Desviem-se de todos os seus males”
(Ez.
18.30b – NVI). O desejo de Deus é que os homens busquem a santidade e
uma comunhão com Ele (Ez 7.19; 14.3,4,7).
3. Um chamado à mudança: “[...]e busquem um coração novo e
um espírito novo” (Ez 18.31 – NVI). Ninguém que queira
se relacionar com Deus, pode continuar do mesmo jeito (Ez 11.19,20; 36.26,27;
2Co 5.17).
4. Um chamado à vida: “[...] arrependam-se
e vivam” (Ez 18.32b - NVI). Deus não tem prazer na morte do ímpio. E por
isso chama todos ao arrependimento para que vivam (Ez 33.11); e tenham uma vida
maiúscula: “[...] eu vim para que tenham vida e a tenham com
abundância” (Jo 10.10).
CONCLUSÃO
Apesar da mensagem de juízo pela dureza do coração do povo e
as claras consequências pela responsabilidade de cada um; Deus demonstra seu
grande amor ao trazer também neste capitulo, uma palavra de esperança,
arrependimento e vida, evidenciando que não tem prazer na morte do pecador.
REFERÊNCIAS
Ø Comentário Beacon:
Isaías a Daniel. Vol. 4. CPAD.
Ø Lição do Simpósio de
Doutrinas Bíblicas 2014. IEADPE.
Ø STAMPS, Donald C. Bíblia
de Estudo Pentecostal. CPAD.
Ø CHAMPLIN, R. Norman. Enciclopédia
de Bíblia Teologia e Filosofia. HAGNOS.
Por Rede Brasil de Comunicação.
sexta-feira, 11 de novembro de 2022
QUESTIONÁRIOS DO 4° TRIMESTRE DE 2022
LIDERANÇA NA IGREJA DE CRISTO -
Escolhidos
por Deus para Servir.
Lição 06
Hora da Revisão
A
respeito de “Exemplos de Liderança
Feminina”, responda:
1. Segundo
a lição, o que significa a expressão “que esteja como diante dele”?
Significa “idônea”, “que seja capaz de”.
2. A
quem Jesus se apresentou logo que ressuscitou?
A Maria Madalena.
3. Além
de liderar e julgar a Israel, qual foi a outra função de Débora?
Ela era profetisa.
4. Qual
era a profissão de Priscila e de seu esposo?
Eles eram fazedores de tendas.
5. Lídia
era natural de qual cidade e qual era o seu ofício?
Ela era natural da cidade de Tiatira e atuava como
vendedora de púrpura.
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