sexta-feira, 3 de novembro de 2023

LIÇÃO 06 – ORANDO, CONTRIBUINDO E FAZENDO MISSÕES


 
 
 
 
Ef 6.18-20
 
 
 
INTRODUÇÃO
Nesta lição, estudaremos sobre a tríplice responsabilidade da Igreja para com a obra missionária: interceder, contribuir e fazer missões. Aprenderemos nessa aula que todos podem “fazer missões”, e não apenas aqueles que são enviados, pois, “Missões se faz com os pés dos que vão, com os joelhos dos que oram e com as mãos dos que contribuem” (autor desconhecido). Assim, discorreremos sobre a importância da intercessão e da contribuição para obra missionária; e, porque devemos fazer Missões.
 
 
I. A IMPORTÂNCIA DA ORAÇÃO E DA INTERCESSÃO PELA OBRA MISSIONÁRIA
No capítulo 6 da epístola aos Efésios, o apóstolo Paulo ensina sobre a necessidade de estarmos preparados para a batalha contra os principados e potestades (Ef 6.10-12) e exorta os servos de Deus a estarem munidos da armadura de Deus: capacete da salvação, escudo da fé, couraça da justiça, espada do Espírito, além de outras (Ef 6.13-17). Porém, nos versículos 18-20 ele convida a igreja para orar e interceder por todos os santos, e também por ele, para que ele possa pregar o evangelho livremente. Podemos dizer, então, que a eficácia da missão, depende da eficácia da oração e da intercessão.
 
1. A intercessão pela obra missionária.
A intercessão é um dos pilares que sustenta a Obra Missionária (Sl 2.8; Cl 4.3; 1Co 16.9). De acordo com Aurélio, interceder é "pedir, rogar, suplicar (por outrem); intervir (a favor de alguém ou de algo)". No sentido bíblico, interceder é pedir em favor de outros. O intercessor é quele que se coloca diante de Deus, em oração, a favor de outra pessoa. A intercessão pela obra missionária é uma prática que deve fazer parte do cotidiano de todo o cristão, pois, além de ser uma recomendação feita pelo nosso Senhor (Mt 9.38), ele mesmo viveu uma vida de intercessão (Is 53.12; Lc 23.34; Mt 5.44, 45; Jo 17.20). Encontramos diversos exemplos de intercessão no NT: 
  • A igreja de Jerusalém reuniu-se a fim de orar pela libertação de Pedro da prisão (At 12.5,12);
  • A igreja de Antioquia vivia em oração e orou também pelo êxito do ministério de Barnabé e de Paulo (At 13.1-4);
  • O apóstolo Tiago e o escritor aos Hebreus, nos exortam a orar uns pelos outros (Tg 5.16; Hb 13.18,19);
  • O apóstolo Paulo diz a Timóteo que devemos orar em favor de todos os homens (1Tm 2.1-3);
  • Paulo é um grande exemplo de intercessor. Diversas vezes ele escreve a respeito das suas orações em favor de várias igrejas e indivíduos (Rm 1.9,10; Fp 1.3-11; Cl 1.3,9-12; 1Ts 1.2,3; 2Ts 1.11,12; 2Tm 1.3; Fm 1.4-6). Vez por outra fala das suas orações intercessórias (Ef 1.16-18; 3.14-19; 1Ts 3.11-13). Paulo também pede as orações das igrejas por ele, pois sabe que somente através das orações é que o seu ministério terá plena eficácia (Rm 15.30-32; 2Co 1.11; Ef 6.18-20; Fp 1.19; Cl 4.3,4; 1Ts 5.25; 2Ts 3.1,2).
 
2. Motivos de oração pela obra missionária.
São muitos os motivos de oração. Citaremos penas alguns: 
  • Para que Deus levante mais missionários (Mt 9.37,38);
  • Para que a Igreja possa mantê-los no campo missionário (Gl 6.6; Rm 15.25-28; 1Tm 5.18; 1Co 9.9-14);
  • Para que os missionários tenham liberdade para pregar e testemunhar de Cristo (Ef 6.18-20; II Ts 3.1);
  • Para que o Senhor guarde as famílias dos missionários em meio as perseguições (2Co 12.10; 2Tm 3.11,12);
  • Para que haja conversões, milagres e manifestação de dons espirituais no campo missionário (At 8.5-8; 19.11-20);
  • Para que Deus dê estratégias aos missionários para ganhar almas para o Reino de Deus (1Co 9.19-22);
  • Pelos frutos do trabalho Missionário (novos conversos) para que eles permaneçam em Cristo (Fp 1.9-11; Cl 1.10,11);
  • Para que Deus levante obreiros locais para auxiliar as famílias dos missionários (Rm 16.3; Fp 4.3; Fm 1.24);
  • Para que Deus supra todas as necessidades no campo missionário (aluguéis, construção e manutenção de templos) e abertura de novas frentes de trabalho (2Co 9.12; Fp 4.19). 
 

II. A NECESSIDADE DA CONTRIBUIÇÃO PARA OBRA MISSIONÁRIA
Desde a fundação da igreja, o Senhor Jesus Cristo a comissionou a fim de que ela fosse missionária (Mt 16.13-28). Sendo, pois, instrumento divino no grande projeto da evangelização mundial (Mt 28.18-20; Mc 16.15; Lc 24.46-47; Jo 20.21; At 1.8), a Igreja primitiva presenciou muitas conversões operadas pelo Senhor (At 2.41, 47; 4.4; 5.14), e assim, ela entendeu que a obra do Senhor avançava com a sua ajuda (Mc 16.20, Mt 28.20; Hb 2.3-4), e através da contribuição de cada cristão em favor da igreja (At 2.42-47; 4.32-37). Desta forma, algumas igrejas desfrutaram das bênçãos de Deus, pois contribuíram financeiramente em favor da obra do Senhor (2Co 8.1-4; Fp 4.14). A prática da contribuição financeira em favor da Obra de Deus era algo frequente nas páginas do Antigo Testamento (Nm 18.21-24; Ml 3.10), de tal forma que esta prática foi reconhecida por Jesus (Mt 23.23), e vivida de forma muito natural no seio da igreja iniciante (1Co 9.1-14; 16.2; Gl 6.6-9; 1Tm 5.18; Hb 13.16). Vejamos o que a Bíblia nos ensina acerca da contribuição para a obra missionária:
 
1. O modelo bíblico de Missões.
A visão missiológica proposta pelas Sagradas Escrituras e absorvida pela Igreja Evangélica Assembleia de Deus nos faz entender que o missionário está totalmente ligado à igreja local, e essa, a ele (At 13.1-5; 14.25-28). Esse missionário é obreiro formado no seio do ministério local (At 11.19-26; 16.1-8), orientado pelo pastor da Igreja e enviado pela Igreja para fazer a obra missionária conforme a visão que o Espírito Santo concede a Igreja (At 13.1-5; At 6.6; 1.24), prestando a igreja relatório de como está o andamento do trabalho (At 14.25-28; 15.4; 12; 21.19). Portanto, a Bíblia nos ensina que aqueles que se dedicam à proclamação da Palavra de Deus, sendo reconhecidos pela Igreja, devem ser sustentados pela mesma (Gl 6.6; Rm 15.25-28; 1Tm 5.18; 1Co 9.9-14).
 
2. O exemplo da igreja de Primitiva.
Pelo ensinamento através dos apóstolos, percebemos o quanto os crentes primitivos compreenderam sobre a importância da contribuição financeira em favor da obra missionária (Gl 6.6; Rm 15.25-28; 1Tm 5.18; 1Co 9.9-14). A igreja de Filipos, por exemplo, era uma igreja generosa (Fp 4.15-19; 2.25). O apóstolo Paulo chega a mencionar que nenhuma igreja se preocupou com as necessidades dele, exceto os crentes filipenses (Fp 4.15). Essa igreja chegou a enviar mais do que ele precisava, e, certa feita, enviou oferta na hora de maior necessidade. Por isso, o apóstolo Paulo, agradeceu a Deus por essas ofertas dizendo que aquela oferta era: “...como cheiro de suavidade e sacrifício agradável e aprazível a Deus...” (Fp 4.16,18).
 
3. O ensino paulino sobre as contribuições.
Podemos aprender com os exemplos da Igreja de Corinto, lições dadas pelo apóstolo Paulo que nos ajudará a aplicarmos alguns princípios bíblicos que demonstrarão o nosso cuidado com a Obra Missionária. Vejamos: 
  • A contribuição missionária é individual: “...Cada um contribua...” (2Co 9.7);
  • A contribuição missionária é voluntária: “... segundo propôs em seu coração...” (2Co 9.7);
  • A contribuição missionária envolve o sentimento: “... dá com alegria...” (2Co 9.7);
  • A contribuição missionária é contínua: “No primeiro dia da semana...” (1Co 16.2)
  • A contribuição missionária é de acordo com a prosperidade: “...conforme a sua prosperidade...” (1Co 16.2).
  • O investimento material resulta em bênçãos espirituais (1Co 9.11; Rm 15.27). 
 
III. A IMPORTÂNCIA E A NECESSIDADE DE FAZER MISSÕES
Fazer missões não é uma sugestão, e sim, uma ordem divina. Deus não nos fez um convite, um apelo, um pedido ou uma proposta, Ele nos deu uma ORDEM: “... Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda a criatura...” (Mc 16.15). Portanto, a responsabilidade de anunciar a palavra de Deus entre todas as tribos, povos, raças, línguas e nações repousa sobre a Igreja. É bem verdade que nem todos tem o chamado para fazer missões transculturais, mas, todo crente deve ser um pregador do evangelho e uma testemunha de Cristo (Mt 28.19; Lc 24.45-49; Jo 20.21-23; At 1.8). Vejamos alguns motivos para evangelizarmos o mundo:
 
1. Devemos fazer missões porque há um clamor no céu que diz: “...a quem enviarei, e quem há de ir por nós?...” (Is 6.8). Deus está à procura de voluntários para fazer a Sua obra (At 9.6,15; 20.24; 26.19).
 
2. Devemos fazer missões porque há um clamor na terra que diz: “...passa à Macedônia, e ajuda-nos...” (At 16.9). Assim como aquele jovem da Macedônia, milhares de pessoas no mundo estão à espera de alguém que lhes anunciem a mensagem do Evangelho (Rm 1.16,17; 10.13-17).
 
3. Devemos fazer missões porque há um clamor no inferno que diz: “...rogo-te, pois, ó pai, que o mandes à casa de meu pai, para que lhes dê testemunho, a fim de que não venham também para este lugar de tormento...” (Lc 16.27,28). Para os perdidos, não há mais esperança de salvação. Mas, seus familiares, que ainda estão entre nós, precisam ouvir a mensagem do Evangelho mesmo (Mt 28.19; Mc 16.15; At 1.8).
 
 
CONCLUSÃO
A maior e mais importante tarefa da igreja aqui na Terra é levar as boas novas de salvação a todos os perdidos. Por isso, todo cristão deve estar empenhado nesta sublime e gloriosa tarefa. Fazer Missões não é tarefa de algumas pessoas, mas, de todo salvo. Cada um de nós podemos “fazer missões” pregando o evangelho, intercedendo e contribuindo para a obra missionária. Deus conta conosco!
 
 
 
REFERÊNCIAS
Ø  PAULA, Oseas Macedo. Manual de Missões. CPAD.
Ø  QUEIROZ, Edison. A Igreja Local e Missões. VIDA NOVA.
Ø  YORK, John V. Missões da Era do Espírito Santo. CPAD.
Ø  STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
 
 
Por Rede Brasil de Comunicação.





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