Vídeo Aula - Pastor Ciro
terça-feira, 30 de janeiro de 2024
QUESTIONÁRIOS DO 1° TRIMESTRE DE 2024
O FUNDAMENTO DOS
APÓSTOLOS E DOS PROFETAS -
A Doutrina
Bíblicas como Base para
uma Caminhada
Cristã Vitoriosa.
Lição 04
Hora da Revisão
A
respeito de “Os Jovens que se
Mantiveram Firmes na Doutrina ”, responda:
1. Segundo a lição, qual foi a maior recompensa que os amigos
de Daniel receberam?
A maior recompensa foi a garantia da presença do próprio
Senhor com eles desde o momento em que foram lançados na fornalha (Dn 3.25).
2. O que é uma falsa doutrina?
A falsa doutrina se caracteriza principalmente por contrariar
e, em alguns casos, em negar os fundamentos da fé cristã.
3. Qual é o principal aliado da falsa doutrina?
O engano é o principal aliado da falsa doutrina.
4. Cite, conforme a lição, um dos males que a falsa doutrina
traz.
Além de desonrar a Deus, a falsa doutrina traz confusão,
divide a igreja em grupos e impede que haja a disseminação da seiva
vivificadora do verdadeiro Evangelho de Cristo (1 Tm 6.3-5), capaz de salvar o
perdido e consolidar a sua Igreja.
5. Como confrontar a falsa doutrina?
O aprofundamento dos conhecimentos bíblicos, a intensificação da vida de
oração, a promoção de encontros saudáveis de ensino da Palavra e a ampla
distribuição de literaturas com a verdadeira doutrina são meios eficazes de
confronto à falsa doutrina.
segunda-feira, 29 de janeiro de 2024
QUESTIONÁRIOS DO 1° TRIMESTRE DE 2024
O CORPO DE CRISTO-
Origem,
Natureza e Vocação
da
Igreja no Mundo.
Lição 04
Revisando o Conteúdo
A
respeito de “A Igreja e o Reino de Deus” responda:
1. Qual é
o importante aspecto da natureza do Reino de Deus que as Escrituras revelam?
A sua
universalidade.
2. O que
o Antigo Testamento revela quanto ao Reino de Deus em relação a Israel?
O Antigo
Testamento revela que Deus escolheu um povo, Israel, para reinar sobre ele e
através dele.
3. Qual é
o aspecto importante destacado na lição, a respeito da identidade do Reino de
Deus?
A sua
realidade presente.
4. Além
da dimensão presente do Reino de Deus, qual é a outra dimensão abordada na
lição?
O Reino
de Deus também possui uma dimensão futura.
5.
Explique a distinção entre a Igreja e o Reino de Deus.
A Igreja
faz parte do Reino de Deus. Contudo, ela não é o Reino de Deus em toda a sua expressão.
O Reino de Deus é mais amplo e envolve todo o povo de Deus na Antiga bem como
na Nova Aliança.
sábado, 27 de janeiro de 2024
LIÇÃO 04 – A IGREJA E O REINO DE DEUS
Mc 1.14-17
INTRODUÇÃO
Nesta
lição enfatizaremos a natureza do Reino de Deus, assinalando dois de seus
aspectos: espiritualidade e santidade. Também abordaremos uma das mais
sintéticas, porém abrangentes definições acerca deste Reino, que foi proferida
pelo apóstolo Paulo. Há cruciantes esforços por parte do império das trevas, no
sentido de deter o crescimento do Reino de Deus, porém todos eles são debaldes,
uma vez que o Rei deste Reino domina sobre tudo e todos pelos séculos dos
séculos.
I. A NATUREZA DO
REINO DE DEUS
Dentre
muitas características do Reino de Deus no tempo presente, na atual
dispensação, podemos destacar a sua espiritualidade:
1. O
reino de Deus é espiritual.
Trata-se
de um domínio espiritual. Deus começa a dominar a partir do coração dos seus servos
(Jo 14.23), e tal domínio se dá através do Seu poder (Mc 9.1). É bom
destacarmos que o referido versículo não aponta para o Reino numa perspectiva
escatológica, isto é, o Reino Milenial de Cristo, embora reconheçamos que este reino
também tenha o aspecto escatológico. Quando Jesus diz que muitos “veriam
o Reino chegar com poder”, estava fazendo alusão ao Pentecostes, em que
a Igreja foi inaugurada pelo poder do Espírito (At 1.8; 2.1-4). Não estamos
falando de uma teocracia religio-política. O Reino não está vinculado ao
domínio social ou político sobre as nações ou reinos deste mundo (Jo 18.36). Deus
não pretende na presente era reformar o mundo mediante ativismo social ou
político, da força ou de ação violenta (Mt 26.52, 53). Vale salientar que esse
reino espiritual contrapõe-se ao reino do maligno. Vejamos o contraste entre
eles:
REINO DE DEUS (Mc 1.15)
|
REINO DAS TREVAS (Cl 1.13)
|
O rei é Deus (Mt
3.2;12.28)
|
O rei é Satanás
(Jo 12.31; 2Co 4.4)
|
O rei é Santo
(Is 6.3)
|
O rei é iníquo
(Jo 8.44)
|
Os seus
integrantes são santos (1Pe 2.9)
|
Os seus integrantes
são ímpios (Rm 1.28-32)
|
Os integrantes
nasceram de novo (Jo 3.3; 2Co 5.17)
|
Os integrantes não
nasceram de novo (1Co 2.14);
|
A verdade é
absoluta (2Tm 3.16; 1Pe 1.25; 2Pe 1.21)
|
A verdade é
relativa (Is 5.20)
|
Respeita-se a
lei dos homens até o ponto em que esta não fere a Lei de Deus (At 4.19; 5.29)
|
Cria-se leis que
contrariam a Lei de Deus (Rm 1.32)
|
O Espírito Santo
é quem domina (Jo 14.16,17)
|
O espírito do
anticristo é quem domina (1Jo 4.3; 2Ts 2.3-7)
|
2. O reino de Deus é santo.
Uma marca
claríssima do Reino de Deus é a santidade. Desde o Antigo Pacto, o Senhor estabeleceu
a santificação como premissa maior para sua dominação (Êx 19.5,6; Lv 11.44).
Interessante assinalar que no Novo Pacto, os padrões ético-morais são ampliados
pelo nosso Senhor Jesus Cristo.
3. O reino de Deus é passado.
A nação de Israel
era uma monarquia teocrática. O Senhor levantou reis para o povo judeu (Dt 17.14,15;
Dt 28.36; 1Sm 10.1; 1Sm 16.13) e estabeleceu normas reguladoras de
relacionamento político entre o governante e a nação (1Sm 8.10-22). O objetivo
de Deus era preparar o caminho para a salvação da humanidade através da nação
de Israel. Contudo, por causa dos desvios do povo judeu e da rejeição de seu
Messias, Jesus Cristo, o reino divino foi-lhes retirado, ou seja, Israel na atualidade
não tem mais a função de propagar o Reino de Deus (Mt 21.43; Rm 10.21; 11.23).
Tal missão cabe agora à Igreja. Israel, porém, será restabelecido
espiritualmente no futuro, conforme escreve Paulo (Rm 11.25-27).
4. O reino de Deus é presente.
O Reino de Deus
foi estabelecido de forma invisível na Igreja por intermédio do Rei dos reis. Na
atualidade, o reino divino está presente na vida dos filhos de Deus, a saber,
os salvos em Cristo. Estes foram libertos das trevas e transportados ao “Reino
do Filho do seu amor” (Cl 1.13). A partir desta experiência salvífica,
é possível afirmar que toda pessoa, nascida de novo em Cristo Jesus, é dirigida
pelo Espírito Santo e, consequentemente, tem a sua vida governada através dos
valores do Reino (Ef 2.10). O reino divino pode ser visto nos corações e nas
vidas de todos aqueles que se arrependem, crêem e vivem o Evangelho (Jo 3.3-5;
Cl 1.13). Não se trata de um reino político ou material que, por definição, é transitório
e passageiro, mas de uma poderosa, transformadora e eficaz operação da presença
de Deus em e através de seu povo (Mc 1.27; 2 Co
3.18; 1 Ts 4.1).
5. O reino de Deus é futuro.
O aspecto futuro
do Reino de Deus está ligado ao reino milenar de Cristo sobre a terra por ocasião
da sua segunda vinda em glória (1Co 15.23-25). Até mesmo a criação inanimada
“espera” por esse glorioso dia (Rm 8.19-23). Durante o Milênio, predito pelos
profetas do AT (Sl 89.36,37; Is 11.1-9; Dn 7.13,14), Jesus Cristo reinará
literalmente na terra durante mil anos (Ap 20.4-6). E a Igreja reinará
juntamente com Ele sobre as nações (Mt 25.34; Ap 5.10; 20.6; Dn 7.22). O reino
milenial de Cristo dará lugar ao reino eterno de Deus, que será estabelecido na
nova terra (Ap 21.1-4; 22.3-5), a Nova Jerusalém (Ap 21.9-11).
6. O
reino de Deus é eterno.
O
governo do Reino. Deus criou os céus e a terra (Gn 1.1). Ele tem o governo de
todas as coisas. Seu domínio, soberania e autoridade real jamais terão fim. Os
reinos deste mundo são transitórios, mas o de Deus é eterno. O Deus soberano
governa o mundo todo. O Eterno intervém na criação e na história, manifestando
seu poder, sua glória e suas prerrogativas contra o domínio do pecado.
II. O QUE O REINO DE
DEUS SIGNIFICA
Abordaremos
três aspectos importantíssimos do Reino de Deus, à luz do texto de Rm 14.17,
que nos diz: “porque o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas
justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo”. O Reino de Deus é muito
mais do que o simples comer ou beber, mas consistia em justiça, paz e alegria.
1. O
reino de Deus significa justiça.
A
base da justiça do Reino está no seu próprio Soberano, que é justo (Sl 7.11;
11.7). Esse Deus justo, justifica todos os integrantes do seu Reino mediante o
sacrifício de Cristo (Rm 3.26; 5.1). Ele julga as causas de sua dominação com
justiça, equidade, imparcialidade. Uma vez que fomos justificados, devemos
deixar transparecer essa justiça, a fim de que o mundo injusto se maravilhe
diante de um Reino justo. Numa perspectiva escatológica, o Senhor julgará os
salvos, no seu Tribunal (Rm 14.10), e os ímpios também (Ap 20.11-15);
2. O
reino de Deus significa paz.
A
paz que reina no Reino advém do próprio Cristo, que é o Príncipe da Paz (Is 9.6).
Não se trata de uma ausência de guerras ou perturbações externas, até porque a
Igreja sempre enfrentou, e ainda enfrenta, tribulações e perseguições (Jo
16.33; At 14.22). Estamos falando de uma paz interior gerada pelo Espírito
Santo nos salvos em Cristo (Gl 5.22). É uma quietude incondicional, que nos
leva a descansar em meio a tormenta. Destacamos os três principais aspectos desta
paz: a) Paz com Deus. Alcançada através da conversão a Cristo (Rm 5.1,2;
Ef 2.13-17); b) Paz de Deus (Jo 14.26,27; Fp 4.7; Cl 3.15); e, c) Paz
com os homens (Rm 12.18; Ef 4.3,4; Fp 2.4). Numa perspectiva escatológica,
assinalamos que o Reino Milenial de Cristo será de paz universal (Sl 72.7; Is
2.2-4).
3. O
reino de Deus significa alegria.
Referimo-nos
à alegria, ao gozo cujo fundamento é Deus, e que é produzida pelo Espírito
Santo (Gl 5.22). Ela é constante, perene, persistente, incondicional. Prova
disso é o fato do apóstolo Paulo ter escrito a carta aos filipenses, que ficou
conhecida como a “Carta da Alegria”,
de uma prisão romana. Por diversas vezes, mesmo preso injustamente, ele
recomenda o regozijo para os crentes (Fp 3.1; 4.4,11,12). Diz respeito a um
gozo inefável (1Pe 1.8) e abundante (Rm 15.13). Os integrantes do Reino estão
ungidos com o óleo da alegria (Sl 45.7). Algumas fontes de alegria para os
súditos do Reino: a) salvação (Is 61.10); b) atos poderosos de
Deus (At 8.8); c) Espírito Santo (Gl 5.22); d) A presença de Deus
(Lc 1.47; Sl 16.11; 122.1); e) A bênção de Deus (Sl 126.3; 1Ts 3.9); e,
f) A nossa esperança (Rm 12.12; Tt 2.13).
III. O REINO DE DEUS
NAS ESCRITURAS
1. O
reino de Deus no Antigo Testamento.
Apesar
da expressão Reino de Deus não aparecer no Antigo Testamento, o Senhor é apresentado
como o Rei de Israel (Is 43.15), da terra e de todo o universo (Sl 24; 47.7,8;
103.19). Estas e outras referências manifestam a prerrogativa soberana de Deus
sobre a criação. Ele reina para sempre (Sl 29.10).
2. O
reino de Deus no Novo Testamento.
A
mensagem central do ensino neotestamentário é o Reino de Deus. Este foi apregoado
por João Batista (Mt 3.2) e confirmado pelo ensino de Jesus Cristo (Mt 6.33).
João veio pregando no deserto: “Arrependei-vos porque é chegado o Reino
dos céus” (Mt 3.2). O fato de uma pessoa ser israelita e “filho da promessa” (Gl 4.28) não lhe
assegurava o direito de entrar no Reino de Deus. Era preciso produzir frutos
dignos de arrependimento. Pois, as boas obras são o resultado de um autêntico
arrependimento (Lc 3.8). A proclamação e a concretização do Reino de Deus foram
o propósito central do ministério de ensino de Jesus. O Reino dos Céus foi o
tema de sua mensagem e ensino na terra (Mt 4.17). No Sermão da Montanha, Jesus
conclamou a multidão que o ouvia a buscar, com diligência e em primeiro lugar,
o Reino de Deus (Mt 6.33). Ele estava ordenando a todos nós, seus seguidores, a
buscar a Deus resolutamente e a fazer a sua vontade.
3. O
reino de Deus ou Reino dos Céus.
Nos
evangelhos de Marcos e Lucas a expressão “Reino
de Deus” aparece com frequência. Todavia, no Evangelho de Mateus, a
expressão mais usada pelo evangelista (aparece cerca de trinta e quatro vezes) é
“Reino dos Céus”. A maioria dos
eruditos bíblicos concorda que o emprego da expressão “Reino dos Céus” foi
aplicado por Mateus devido à rejeição do povo israelita ao uso indiscriminado
do nome de Deus. Logo, as expressões “Reino de Deus” e “Reino dos Céus”, quando
comparadas entre os Evangelhos sinóticos: Mateus, Marcos e Lucas, são sinônimos
e intercambiáveis (Mt 5.3; 13.10,11; Mc 4.10,11; Lc 6.20).
CONCLUSÃO
Vimos
que na dispensação presente, o Reino é espiritual e se contrapõe veementemente
ao Reino de Satanás. Os súditos de Cristo estão separados moral e
espiritualmente dos súditos do Maligno. Esforcemo-nos, pois, e sigamos ao Régio
Dominador, uma vez que esse Reino tomará proporções universais e subjugará
definitivamente todos os seus inimigos, estando nós, para sempre, ao lado do
Rei dos Reis (Dn 2.34,44). Amém!
REFERÊNCIAS
Ø BERGSTÉN, E. Teologia
Sistemática. CPAD.
Ø SOARES, Ezequias (Org.). Declaração
de Fé das Assembleias de Deus. CPAD.
Ø BAPTISTA, Douglas. A Igreja de Cristo e o Império do Mal. CPAD.
Ø STAMPS, Donald Carrel. Bíblia
de Estudo Pentecostal. CPAD.
Por
Rede Brasil de Comunicação.
quinta-feira, 25 de janeiro de 2024
terça-feira, 23 de janeiro de 2024
QUESTIONÁRIOS DO 1° TRIMESTRE DE 2024
O FUNDAMENTO DOS
APÓSTOLOS E DOS PROFETAS -
A Doutrina
Bíblicas como Base para
uma Caminhada
Cristã Vitoriosa.
Lição 03
Hora da Revisão
A
respeito de “O Cativeiro Motivado pelo
Desprezo ao Ensino ”, responda:
1. Por ocasião do seu chamado,
Jeremias teve duas visões. Quais foram?
A primeira foi a de uma vara de
amendoeira como clara referência à infalibilidade da Palavra de Deus (Jr
1,11,12), enquanto a segunda foi a de uma panela a ferver inclinada para o
norte, indicando a mensagem de juízo que ele teria de transmitir e que viria da
região do norte (Jr 1.13,14).
2. Quanto
tempo duraria o cativeiro segundo o profeta Jeremias?
Duraria 70 anos.
3. Qual
era o propósito do Cativeiro Babilónico?
O propósito era de que seu povo
se arrependesse, se convertesse e, então, pudesse habitar na terra que deu a
vossos pais (Jr 25.5). O propósito do cativeiro não foi o de destruir e nem de
humilhar, mas o de disciplinar e corrigir (Hb 12.11).
4.
Segundo a lição, qual foi o caminho proposto pelo Senhor para a restauração?
O caminho de volta às Escrituras, pavimentado através do temor a Deus,
da consciência do próprio estado espiritual e do arrependimento sincero.
5.
Segundo a lição, como podemos vencer os falsos ensinos?
A forma mais eficaz de enfrentar e vencer os falsos ensinos é manter viva a
confiança na verdade do Evangelho, pregando-o em todo o tempo sem adulterá-lo
(2 Tm 4.2-4).
QUESTIONÁRIOS DO 1° TRIMESTRE DE 2024
O CORPO DE CRISTO-
Origem,
Natureza e Vocação
da
Igreja no Mundo.
Lição 03
Revisando o Conteúdo
A respeito de “A Natureza da Igreja”
responda:
1. Qual é a principal característica de uma igreja verdadeiramente
bíblica?
Uma igreja verdadeiramente bíblica é firmada na Palavra de
Deus.2. O que caracteriza uma igreja habitada pelo
Espírito?
A Igreja habitada pelo Espírito, dirigida e capacitada por
Ele.
3. Como podemos falar da dimensão espacial da Igreja?
A dimensão espacial da igreja diz respeito ao seu local ou ao espaço
geográfico.
4. Como a Igreja universal e invisível é formada?
Assim a Igreja universal e invisível é formada por todos os cristãos
regenerados que estão em todos os lugares e por aqueles que já estão também na
glória (Hb 12.23).
5. Explique a expressão “unidade de essência” em relação à
Trindade.
Na Trindade, o Pai, o Filho e o Espírito Santo são pessoas diferentes,
contudo, com uma mesma essência. Possuem a mesma substância e um só propósito.
domingo, 21 de janeiro de 2024
LIÇÃO 03 – A NATUREZA DA IGREJA
1Co 12.12-27
INTRODUÇÃO
Nesta lição
aprenderemos sobre as características inerentes da Igreja de Cristo à luz das
Escrituras, tanto na dimensão espiritual como social; destacaremos também o
aspecto presente como futuro da Igreja do Senhor; e, por fim, veremos algumas
correções a serem feitas de falsas concepções sobre a natureza da Igreja.
I. DEFINIÇÃO DA
PALAVRA NATUREZA
1. Definição.
De acordo com
Houaiss (2001, p. 1998), o termo natureza entre outros significados, refere-se
a: “combinação específica das qualidades originais, constitucionais ou
nativas de um indivíduo; caráter inato; aquilo com compõe a substância do ser;
essência”.
II. A IGREJA
INVISÍVEL E VISÍVEL
A Igreja é um
organismo vivo invencível (Mt 16.18), santo, dinâmico e ligado à cabeça que é
Cristo (Ef 1.22, 23). A igreja, portanto, vive em duas dimensões: espiritual
e social. Vejamos a diferença entre elas:
1 Igreja invisível.
A igreja universal
ou invisível consiste em todos os discípulos de Cristo, quer estejam vivos ou
mortos em todo o mundo e em todos os tempos. Algumas vezes a Bíblia usa a
palavra “igreja” no sentido universal
para falar de todo o povo que pertence a Cristo, não importa de onde ele possa
ser. A Igreja invisível não é um edifício construído com blocos e cimento, mas,
um edifício construído com pedras vivas (1Pe 2.5). Estas “pedras vivas” são chamadas os santos e membros da família de Deus
(Ef 2.19-22).
2. Igreja visível.
A igreja local ou
visível consiste em cristãos que se reúnem num determinado lugar. Eles podem
ser identificados e contados (At 2.41; 4.4; 8.1; 9.31; Rm 16.1,14,15; 1Co
16.19; Cl 4.15). Frequentemente, a palavra igreja é usada para descrever uma
congregação local ou assembleia de santos em um determinado lugar geográfico: “[…]
à igreja de Deus que está em Corinto […]” (1Co 1.2; Rm 16.5).
A) A Bíblia ensina
a necessidade de uma igreja local organizada.
As Escrituras
apresentam o modelo bíblico para os cultos: “Por que isto? Deus não é
Deus de confusão, mas de paz, na igreja dos santos” (1Co 14.33). A
Bíblia nos ensina que: “Não abandonando a nossa congregação, como é
costume de alguns […]” (Hb 10.25). A igreja de Cristo é composta por
crentes de todas as eras e tempos que se reúnem com cultos, liturgias,
ministérios, lideranças, coletas, contribuições e etc (At 2.46,47; 1Co 14.6;
6:1-6; 13.1-2; Ef 4.11-12; Hb 13.17; 1Co 16.1; Rm 15.26; 2Co 9.1-13; Hb 7.8; Lc
11.42). A Igreja é o Corpo de Cristo (Cl 1.24; Ef 1.22-23; 4.12). Assim
como o corpo não pode sobreviver separado da cabeça, não podemos viver sem
nosso cabeça, Jesus Cristo (Ef 5.23; Cl 1.18).
B) A Bíblia ensina
que o Senhor colocou homens para administrar a sua Igreja.
Desde o AT o
Senhor instituiu homens para liderar (Êx 18.25,26; Ne 8.4-6; Jr 3.15). A
hierarquia ministerial não existe com a pretensão de um ser melhor que o outro,
mas para o Altíssimo manter a ordem: “Lembrai-vos dos vossos pastores,
que vos falaram a palavra de Deus […]” (Hb 13.7). Paulo falou: “E
rogamo-vos, irmãos, que reconheceis os que trabalham entre vós e que presidem
sobre vós no Senhor, e vos admoestam” (1Ts 5.12). Ainda podemos ver: “Os
presbíteros que governam bem sejam estimados por dignos de duplicada honra,
principalmente os que trabalham na palavra e na doutrina” (1Tm 5.17). O
próprio Jesus constitui homens para a liderança do ministério: “E Ele
mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para
evangelistas, e outros para pastores e doutores […]” (Ef 4.11-13 ver At
20.24,28, Jo 21.17). Paulo ainda disse: “Ora, vós sois o corpo de Cristo,
e seus membros em particular. E a uns pôs Deus na igreja […]” (1Co
12.27,28). Segundo o modelo do NT os pastores representam os fiéis e hão de dar
conta do rebanho: “Obedecei a vossos pastores, e sujeitai-vos a eles […]”
(Hb 13.17). Seguir ao Senhor Jesus presume-se em pertencer ao seu
rebanho e conquanto tenhamos pastores (Ef 4.11; Hb 13.7; Jr 3.15).
III. A IGREJA
MILITANTE E A TRIUNFANTE
A Igreja é a
assembleia dos santos fundada por Cristo e que, por isso, reúne todos os seus
seguidores. Então todos os membros que o professam atualmente na terra ou o
professaram e já se encontram salvos (no céu) fazem parte desta Igreja que é
militante e triunfante. Façamos algumas considerações sobre elas:
1. A Igreja
militante ou atuante.
A Igreja militante
(da terra) designa os membros que vivem hoje sobre a terra, membros estes que
lutam incansavelmente contra os poderes do diabo, do mundo e da própria carne: “Combati
o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé” (2Tm 4.7 ver ainda 2Co
10.2-5; Gl 5.17; 1Ts 2.2; 1Pd 2.11). Ela está militando em uma guerra constante
(2Tm 2.3-12; Ef 6.11,12; Fp 1.27, 30; Hb 10.32; 12.4). O apóstolo Paulo nos diz
que: “Ninguém que milita (luta) se embaraça com negócios desta vida, a
fim de agradar àquele que o alistou para a guerra. E, se alguém milita, não é
coroado se não militar legitimamente” (2Tm 2.4,5). Na presente
dispensação, a igreja militante é convocada para uma guerra (2Co 10.3), e de
fato nela está empenhada (Ap 22.7). Na Igreja militante existe uma luta diária (Ap
2.7); “Mas aquele que perseverar até ao fim, esse será salvo” (Mt
24.13; Mc 13.13). O apóstolo Paulo disse: “Milita a boa milícia da fé, toma
posse da vida eterna, […]” (1Tm 6.12). Militar a boa milícia significa
combater o bom combate. É suportar as aflições e sem ceder as tentações (1Tm
1.18-20, 4.8; Hb 10.32).
2. A Igreja
triunfante.
Ela é composta
pelos salvos que “dormiram no Senhor” (1Ts 4.13,14). Ela já está
com o Senhor, onde os brados de guerra se transformaram em cânticos triunfais.
A luta é finda, a batalha está ganha, e os santos reinam com Cristo para todo o
sempre (2Tm 4.8). Assim sendo, a Igreja triunfante (no céu) designa aqueles
membros já falecidos que se encontram salvos, e que têm a alegria indescritível
de estar no gozo celeste: “E aconteceu que o mendigo morreu, e foi levado
pelos anjos para o seio de Abraão [...]” (Lc 16.22 ver ainda Hb 1.14).
A Igreja triunfante é vitoriosa e estará para sempre com Jesus, onde não haverá
mais labor, militância e nem regimento algum: “E Deus limpará de seus
olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor
[...]” (Ap 21.4).
IV. ERRÔNEAS
CONCEPÇÕES A RESPEITO DA NATUREZA DA IGREJA
1. A Igreja não é
os desigrejados.
Na
contemporaneidade tem surgido um movimento heterodoxo chamado de “desigrejados” que podemos definir este
grupo como os “sem igreja”. Por
motivos diversos, eles não são filiados a qualquer instituição convencional de
culto religioso cristão e são contrários a qualquer tipo de liderança. Defendem
que a fé cristã pode ser exercida fora da comunhão da Igreja com o seguinte
lema: “Jesus, sim; Igreja, não” usando os seguintes textos (Mt 18.20; Ap 18.4).
Posicionam-se contra as igrejas convencionais e suas lideranças. No entanto, o
modelo bíblico mostra que: a) a Bíblia ensina que a primeira igreja
local foi iniciada pelos apóstolos (At 15.22,23); b) existe a necessidade
de uma igreja local organizada (1Co 14.33; Hb 10.25); e, c) o Senhor
colocou homens para administrar a sua Igreja (Êx 18.25,26; Ne 8.4-6; Jr 3.15;
Hb 13.7; 1Ts 5.12; 1Tm 5.17; Ef 4.11-13 ver At 20.24,28, Jo 21.17; 1Co
12.27,28).
2. A Igreja não é
o Reino de Deus.
Segundo Andrade
(2006, p. 318), o Reino de Deus é: “o cômputo de todas as bênçãos,
promessas e alianças que o Todo Poderoso, de conformidade com os seus
conselhos, destinou aos que recebem a Cristo Jesus. É o plano de Deus em ação,
operando em favor dos que hão de herdar a vida eterna”. Portanto, a
igreja, não é o Reino de Deus em sua plenitude, porém a sua expressão entre os
homens. Como bem afirmou um respeitado erudito, “a Igreja não é senão o
resultado da vinda do Reino de Deus ao mundo por intermédio da missão de Jesus Cristo”.
Como igreja, ela não proclama a si mesma, e sim o Reino de Deus (At 14.22; 1Ts
2.12; Cl 1.13,14).
3. A Igreja não é
Israel.
Alguns teóricos
advogam à luz de Gálatas 6.16 que a Igreja substituiu Israel no plano de Deus o
que chamam de “teologia da substituição”. Segundo eles “Deus
transferiu para a Igreja todas as promessas de sua aliança com Israel, de modo
que todas as promessas ainda não cumpridas serão concretizadas na Igreja”
(LAHAYE, 2010, p. 372). No entanto, é preciso destacar que a Bíblia nunca
afirmou tal coisa. Observa-se assim, que existem promessas de Deus exclusivamente
para com a nação de Israel. Notemos: a) aliança abraâmica: Diz
respeito da terra e a descendência (Is 10.21,22; Jr 30.22; 32.38; Ez
34.24,30,31; Mq 7.19,20; Zc 13.9; Ml 3.16-18); b) aliança davídica: Fala
a respeito do rei, do trono e da casa real (Is 11.1,2; 55.3,11; Jr 23.5-8;
33.20-26; Ez 34.23-25; 37.23,24; Os 3.5; Mq 4.7,8); e, c) aliança palestina:
Trata-se da ocupação da terra prometida (Is 11.11,12; 65.9; Ez 16.60-63;
36.28,29; 39.28; Os 1.10-2.1; Mq 2.12; Zc 10.6).
CONCLUSÃO
Concluímos que a
Igreja é o ajuntamento dos santos de todos os tempos e lugares, aqueles que professaram
sua fé em Cristo, ela é tanto local (visível) como também universal
(invisível). Por fim, vimos que a Igreja como povo de Deus não se encaixa em
alguns modelos contemporâneos e heréticos, pois como povo eleito deve viver em
comunidade desfrutando da comunhão como os santos como ensina a Bíblia
submetendo-se a liderança constituída por Deus.
REFERÊNCIAS
Ø BERGSTÉN,
E. Teologia Sistemática. CPAD.
Ø BARBOSA,
José Roberto Alves. O Cremos da
Assembleia de Deus. EDITORA REFLEXÃO.
Ø SILVA,
Esequias Soares da (Org.). Declaração
de Fé das Assembleias de Deus. CPAD.
Ø COSTA,
Paulo R. F. da. Manual de Doutrina das
Assembleias de Deus no Brasil. CPAD.
Ø GEISLER,
Norman. Teologia Sistemática vol. 2.
CPAD.
Ø STAMPS,
Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal.
CPAD.
Por
Rede Brasil de Comunicação.
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