segunda-feira, 30 de julho de 2012

QUESTIONÁRIOS DO 3° TRIMESTRE DE 2012

                       (Vencendo as Aflições da Vida)


Lição 5 
1. Segundo a lição, defina viuvez.
R. A viuvez é o estado social e psicológico de um cônjuge quando da morte do outro. Assim, viúva é a mulher cujo esposo faleceu e, no entanto, não voltou a contrair novas núpcias. Tal princípio é o mesmo em relação ao homem. 

2. Que problemas sérios podem se desenvolver na vida do viúvo?
R. 2. É superar a solidão que, advinda do luto, pode comprometer a vida da viúva ou do viúvo. 

3. Cite exemplos bíblicos de superação da viuvez.
R. A profetisa Ana e a viúva de Sarepta. 

4. De acordo com a lição, qual é o melhor procedimento para superar a dor da viuvez?
R. A viúva ou o viúvo no Senhor deve servi-lo ainda que a sua condição não seja das melhores. 

5. Como deve proceder o viúvo cristão?
     R. Os viúvos jamais devem se entregar à solidão e ao isolamento, mas viverem a vida que é o dom de Deus.

sábado, 28 de julho de 2012

LIÇÃO 05 - AS AFLIÇÕES DA VIUVEZ

                                          Lc 2.35-38; Tg 1.27



INTRODUÇÃO
Dentre os temas sociais abordados na Bíblia, certamente os mais comentados estão relacionados com a orfandade e a viuvez, pois nos tempos bíblicos quando uma mulher se tornava viúva, além de sofrer a perda da companhia física e afetiva do seu cônjuge, ela também declinava vertiginosamente do ponto de vista social, passando à pobreza extrema. Por isso, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, Deus estabeleceu normas para o amparo dessas pessoas.


I - A VIUVEZ NO ANTIGO TESTAMENTO
            Já havia uma atenção específica dedicada à viuvez no Antigo Testamento. Deus advertiu de forma contundente o povo de Israel para que não desprezassem tais pessoas. O texto de Ex 22.22-24 declara o profundo zelo do Senhor para com os órfãos e viúvas que, se fossem afligidos e clamassem, certamente seriam ouvidos e a ira de Deus se acenderia contra os opressores.
            No texto de Dt 14.28,29 vemos o Senhor estabelecendo uma forma específica de arrecadação para os menos favorecidos, dentre eles, as viúvas. Interessante que se Israel não negligenciasse esse mandamento, o Senhor abençoaria o seu povo em todas as obras de suas mãos (Dt 14.29).
            No caso de uma mulher, a viuvez seria extremamente penosa, principalmente se ela não tivesse filhos. Nesses casos, ela retornaria à casa de seus pais e ficaria sujeita a lei do levirato, segundo a qual um parente próximo do falecido a desposaria para lhe dar um filho (Dt 25.5-9). 

            Há vários exemplos de viuvez no Antigo Testamento e podemos observar as características de cada um:
1.1 A viuvez de Abraão. O grande patriarca perdeu a sua querida esposa Sara quando esta completou 127 anos de idade. Ela foi profundamente lamentada pelo nosso pai na fé (Gn 23.1,2), que adquiriu um valioso território para ali sepultá-la (Gn 23.16-18). 

1.2 A viuvez de Ló. Essa foi uma trágica forma de perder o cônjuge. Certamente a mulher de Ló estava conformada com o estilo de vida mundano e pecaminoso de Sodoma, e se sentiu triste por ter que deixar aquela cidade, por isso olhou para trás e morreu tragicamente (Gn 19.26). Jesus fez menção dela como figura daqueles que não estarão preparados por ocasião da sua vinda (Lc 17.32-37). Lembremos que a viuvez precoce do patriarca deu ocasião ao terrível pecado de incesto, que deu ocasião aos terríveis inimigos do povo de Israel (Gn 19.31-37). 

1.3 A viuvez de Rute e Noemi. Esse é um dos relatos mais tristes da Bíblia em termos de perdas familiares. Noemi e suas duas noras ficaram viúvas em um pequeno espaço de tempo nos campos de Moabe. Rute e Noemi regressaram vazias à terra de Judá. O Senhor, porém, demonstrou com o passar do tempo não estar alheio às aflições dessas duas mulheres e provou ser o seu amparo. Rute, mesmo sendo gentia, contraiu novas núpcias com o judeu Boaz e o fruto dessa nova relação passou a ser contado na linhagem messiânica, sem contar que sua sogra Noemi também foi beneficiada por tal relação (Rt 1-4); 

1.4 A viuvez de Abigail. No caso dessa mulher, a viuvez acabou lhe trazendo um certo alívio, pois o seu marido Nabal era um homem ímpio, vil, avarento, egoísta e beberrão. Diante de tantos pecados, o próprio Senhor o feriu e ele acabou sem vida (I Sm 25.18-38). Vale salientar, porém, que em momento algum Abigail pediu a morte do seu marido, feri-lo de morte foi uma decisão divina. Convém clamar pela libertação e salvação do cônjuge, e não pela sua morte; 

1.5 A viúva de Sarepta. Observamos que esta viúva era uma mulher piedosa, temente a Deus e humilde. Ela foi submissa ao homem de Deus mesmo atravessando a pior das crises. O resultado disso foi que o Senhor não a desamparou e encheu sua casa de provisões (I Rs 17.9-16). A fé de tal viúva era tão grande que Deus ressuscitou o seu filho, um dos únicos casos de ressurreição em todo o Antigo Testamento (I Rs 17.17-24).


II - A VIUVEZ NO NOVO TESTAMENTO
Já nas páginas do Novo Testamento, Jesus condenou de forma contundente os escribas e fariseus, que desrespeitavam as viúvas e as exploravam financeiramente (Mt 23.14; Lc 20.47). Isso demonstra o zelo e o cuidado que ele tinha por esta classe tão sofrida. A Bíblia nos mostra que devemos honrar as verdadeiras viúvas (I Tm 5.3).

É importante também lembrar que o diaconato foi estabelecido, dentre outras coisas, por causa do desprezo que vinha sendo dispensado para com as viúvas dos gregos (At 6.1). O cuidado com essas mulheres aparece na definição do que vem a ser a verdadeira religião (Tg 1.27). Alguns exemplos de viuvez são mencionados no Novo Testamento: 

2.1 A profetisa Ana (Lc 2.26-38). Tratava-se de uma mulher piedosa que nunca se afastava do templo, servindo a Deus em jejuns e orações de noite e de dia. 

2.2 A viúva de Naim (Lc 7.11-17). Após perder o seu marido, esta pobre mulher também perdeu o seu único filho. A sua bem-aventurança foi ter se encontrado com Jesus, que não deixa desamparadas as viúvas. A Bíblia diz que ele olhou para ela e se moveu de íntima compaixão. Ele, então, consolou-a com as palavras: “Não chores”(Lc 7.13), mas principalmente com a operação de um grande milagre, pois disse ao defunto: “Jovem, eu te digo: Levanta-te”. (Lc 7.14); 

2.3 A viúva pobre (Lc 21.1-4). Temos aqui um verdadeiro exemplo de fé, devoção e desprendimento das coisas materiais. Ela estava oferecendo o melhor ao Deus que podia ampará-la em meio às aflições da viuvez;


III - CRITÉRIOS PARA SE AJUDAR AS VIÚVAS
Dentre alguns textos no Novo Testamento que tratam da questão da viuvez, a primeira carta de Paulo à Timóteo estabelece alguns pré-requisitos para que se possa amparar as viúvas: “Honra as viúvas que verdadeiramente são viúvas” (I Tm 5.3). É bom lembrar que naquela época não havia pensão alimentícia e nem outras políticas de amparo social como hoje se vê. Logo, a assistência que a igreja presta nos dias atuais é muito mais espiritual do que financeira, à exceção de alguns casos. Vejamos quem são as verdadeiras viúvas:

3.1 Aquelas que não têm quem as ampare. A Bíblia recomenda que se dê o apoio necessário àquelas que perdem o marido e não têm nenhum parente para ajudá-las. O texto é muito claro: “Mas, se alguma viúva tiver filhos ou netos, aprendam primeiro a exercer piedade para com a sua própria família e a recompensar seus pais; porque isto é bom e agradável a Deus” (I Tm 5.4); 

3.2 Aquelas que não são relaxadas, preguiçosas e tagarelas. O apóstolo Paulo é enfático na sua recomendação à Timóteo quando fala de alguns tipos de viúvas: “E, além disto, aprendem também a andar ociosas de casa em casa; e não só ociosas, mas também paroleiras e curiosas, falando o que não convém” (I Tm 5.13). Tais mulheres demonstravam um total desinteresse pela obra do Senhor e uma vida de santidade. A igreja não poderia usar os o dinheiro dos santos irmãos para ajudar mulheres totalmente comprometidas com o mundo; 

3.3 As que tivessem mais de sessenta anos de idade. Em I Tm 5.9 está escrito: “Nunca seja inscrita viúva com menos de sessenta anos, e só a que tenha sido mulher de um só marido”. A igreja não poderia sustentar mulheres que estavam mais preocupadas em conquistar um novo marido do que em se dedicar ao serviço de Deus. O apóstolo Paulo as chama no versículo 11 de “levianas”, e o termo grego usado no original significa “orgulhosas e cheias de luxúria”. Vale salientar que a Bíblia não condena que a pessoa viúva venha a contrair novas núpcias e recomeçar na vida ( I Co 7.8,9). O texto de I Tm 5.14 é claro: “Quero, portanto, que as viúvas mais novas se casem, criem filhos, sejam boas donas de casa e não deem ao adversário ocasião favorável de maledicência”. 

3.4 Aquelas que têm bom testemunho. O texto de I Tm 5.10 nos mostra pelo menos cinco qualificativos que compõem o bom testemunho de uma verdadeira viúva, que é digna de ser amparada pela igreja.


CONCLUSÃO
O cristão que está enfrentando a viuvez deve fazê-lo consciente de que o Senhor não o desamparou. Portanto, não deve entregar-se à inércia ou à melancolia, e sim, dedicar-se ao serviço divino onde encontrará consolo e graça, e poderá ser, mesmo em meio às aflições, um poderoso instrumento de Deus para abençoar a vida de muitos. 



REFERÊNCIAS
  • MACARTHUR. Bíblia de Estudo. SBB.
  • MEARS, Henrietta. Estudo panorâmico da Bíblia. VIDA.
  • DOUGLAS, J.D. O novo dicionário da Bíblia. VIDA NOVA.


Por Rede Brasil de Comunicação

CONTEXTUALIZAÇÃO BÍBLICA DO TERMO “VIÚVA”



Subsídio Teológico              
                       
A Bíblia apresenta a viúva como uma pessoa necessitada em termos de proteção e sustento, e que deve ser honrada e respeitada. Desse modo, a cidade de Jerusalém, destruída, é apresentada como uma viúva. ‘Como se acha solitária aquela cidade... Tornou-se como viúva...’ (Lm 1.1).

Sob a lei mosaica, o cuidado para com a viúva era considerado uma responsabilidade dos parentes, e era um dos deveres atribuídos ao filho mais velho, que recebia a primogenitura. Com relação a viúva casar-se outra vez, se não tivesse filhos, esperava-se que ela se casasse com o irmão ou com um parente próximo do seu falecido marido (Dt 25.5). Se alguém prejudicasse uma viúva ou um órfão, e esta pessoa, aflita, clamasse ao Senhor, Ele enviaria uma vingança rápida (Êx 22.22-24; Sl 146.9).

Na igreja cristã primitiva, o cuidado pelas viúvas recebeu uma pronta atenção quando ‘houve uma murmuração dos gregos contra os hebreus, porque suas viúvas eram desprezadas no ministério cotidiano’ (At 6.1). Sete diáconos foram escolhidos para cuidar desse importante assunto. Depois disso, uma atenção especial foi demonstrada no cuidado das viúvas: ‘Se alguém não tem cuidado dos seus e principalmente dos da sua família, negou a fé e é pior do que o infiel’ (1 Tm 5.8). (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p.2024).
 
 

QUESTIONÁRIOS DO 3° TRIMESTRE DE 2012

                     (Vencendo as Aflições da Vida)

Lição 4
1. Como o consenso médico atuai define a morte?
R. O consenso médico atual define a morte como cessamento clínico, cerebral ou cardíaco irreversível do corpo humano. 

2. De acordo com Romanos 6.23 o que é a morte?
R. “O salário do pecado”. 

3. Em quem está fundamentada a certeza da vida após a morte e da imortalidade da alma?
R. Na pessoa Jesus de Nazaré. 

4. O que o apóstolo Paulo declarou no final de sua carreira?
R. “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda”(2 Tm 4.7,8). 

5. Após o estudo desta lição, o que é a morte para você?
R. Resposta pessoal.

LIÇÃO 04 - SUPERANDO OS TRAUMAS DA VIOLÊNCIA SOCIAL


Gn 6.5-12 



INTRODUÇÃO
Nesta lição, definiremos o termo violência e abordaremos sobre a sua origem e multiplicação com o passar dos anos. Pontuaremos ainda alguns tipos de violência que existem e são praticadas atualmente. Veremos que um cristão fiel não está livre de sofrer atos de violência como roubo, assassinato entre outros, porque enquanto estivermos no mundo sofreremos aflições e também porque Deus é Soberano e pode permitir que estes males sobrevenham a qualquer pessoa. Por fim, destacaremos o papel da igreja como lugar de cura, libertação e amor, socorrendo as pessoas vitimadas por traumas decorrentes da violência social, bem como na ressocialização daqueles que foram autores da agressão.


I - DEFINIÇÃO DE VIOLÊNCIA
O dicionário Aurélio define o termo violência como: “constrangimento físico ou moral; uso da força ou coação”.  Nas páginas do Antigo Testamento o termo “violência” do hebraico “hãmãs” quer dizer: “maldade, malignidade, agravo”. Podendo ser traduzida também como uma “maldade violenta”. É este o sentido que aparece em (Gn 6.11): “A terra, porém, estava corrompida diante da face de Deus; e encheu-se a terra de violência”.


II - ORIGEM E MULTIPLICAÇÃO DA VIOLÊNCIA
Deus criou o homem um ser gregário, ou seja, tendente a se relacionar com o outro, constituindo-o em família (Gn 1.28), porém a desobediência de Adão e Eva trouxe o pecado para a raça humana (Gn 3.16-19), desestabilizando todo tipo de relacionamento (Rm 5.12). Com certeza, o casal não imaginava que sua desobediência traria tantos males ao mundo, no entanto, percebemos como a natureza pecaminosa se desenvolveu em seus descendentes (Rm 3.23; 6.23). Vejamos alguns exemplos de violência registrados pela Bíblia:

  • Caim, movido pela inveja, mata Abel seu irmão: “E falou Caim com o seu irmão Abel; e sucedeu que, estando eles no campo, se levantou Caim contra o seu irmão Abel, e o matou” (Gn 4.8).
  • Lameque gloria-se por ter cometido um duplo homícidio: “E disse Lameque a suas mulheres Ada e Zilá: Ouvi a minha voz; vós, mulheres de Lameque, escutai as minhas palavras; porque eu matei um homem por me ferir, e um jovem por me pisar” (Gn 4.23).
  • Na geração antediluviana o mal começou a multiplicar-se sobre a terra de tal forma que, o escritor do livro do Gênesis nos mostra um panorama de um mundo sem Deus, da seguinte forma: “A terra, porém, estava corrompida diante da face de Deus; e encheu-se a terra de violência. E viu Deus a terra, e eis que estava corrompida; porque toda a carne havia corrompido o seu caminho sobre a terra” (Gn 6.11,12).
  • O apóstolo Paulo nos dá uma dimensão de como estava o mundo corrrompido de sua época: “Estando cheios de toda a iniqüidade, prostituição, malícia, avareza, maldade; cheios de inveja, homicídio, contenda, engano, malignidade; sendo murmuradores, detratores, aborrecedores de Deus, injuriadores, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes aos pais e às mães; néscios, infiéis nos contratos, sem afeição natural, irreconciliáveis, sem misericórdia” (Rm 1.29-31

III - TIPOS DE VIOLÊNCIA
3.1 Violência física. Este tipo de violência diz respeito ao uso da força com o objetivo de ferir. Vivemos numa sociedade tão corrompida pelo pecado quanto no período antediluviano, pois são inúmeros os casos de violência mostrados diariamente na mídia televisiva, escrita, rádio e internet. Maus tratos com mendigos nas ruas e com idosos, brigas dentro de estádios. Os jovens principalmente, têm sido incentivados por filmes e esportes que exaltam a violência, provocando neles o desejo de vingança quando contraditados ou por nenhum motivo. 

3.1.1 Violência sexual. Este tipo de agressão tem sido muito praticada. As pessoas encontram-se estarrecidas diante de tantos estupros e casos de pedofilia que geram muitos traumas, conduzindo as vítimas ao suicídio, depressão, problemas psicológicos etc. Essas práticas pecaminosas se tornaram tão corriqueiras, que têm deixado as pessoas assombradas, com medo de saírem de casa. Alguns personagens bíblicos sofreram estes males: (Gn 34.2; II Sm 13.13,14). 

3.2 Violência psicológica. Este tipo de agressão ataca o ser humano na sua auto-estima. A violência psicológica ou agressão emocional, é tão ou mais prejudicial que a física, e é caracterizada pela rejeição, depreciação, discriminação, humilhação e desrespeito. Atualmente muitas crianças e jovens sofrem bullyng nas escolas. O dicionário Houaiss da Língua Portuguesa indica a palavra “bulir” como equivalente a mexer com, tocar, causar incômodo ou apoquentar, produzir apreensão em, fazer caçoada, zombar e falar sobre, entre outros. Este tipo de agressão atinge a alma (a sede das emoções) do homem, gerando traumas psicológicos, fazendo com que alguns não queiram mais ir a escola, contraindo complexo de inferioridade entre outros males. O patriarca Jó sofreu violência psicológica, por parte daqueles que vieram “consolá-lo”, quando na verdade acusaram o patriarca de pecado (Jó 2.11-13; 16.2).


IV - O CRENTE NÃO ESTÁ IMUNE A VIOLÊNCIA
Os adeptos da Teologia da Prosperidade afirmam que Deus têm que livrar o seu servo da aflição, no entanto, a Bíblia não ensina assim. Lembremo-nos dos cristãos primitivos que enfrentaram os piores tipos de sofrimentos e morte por causa da fé que professavam (At 6.8-15; 7.54-60; 8.1-4; 12.1-5; 14.4-28; Hb 11). E que ainda hoje muitos se deparam com situações de extrema perseguição e constrangimento em países intolerantes. O cristão não é adepto da Teologia Prosperidade (que diz que o crente não passa por aflição), mas da Teologia da Possibilidade, que ensina que Deus pode livrar se Ele quiser. Foi isso que confessaram os judeus ameacados a serem lançados na fornalha por não se curvarem diante da estátua erigida por Nabucodonosor: “Eis que o nosso Deus, a quem nós servimos, é que nos pode livrar; ele nos livrará da fornalha de fogo ardente, e da tua mão, ó rei. E, se não, fica sabendo ó rei, que não serviremos a teus deuses nem adoraremos a estátua de ouro que levantaste” (Dn 3.17). 

4.1 A vontade permissiva. Refere-se àquilo que Deus permite, ou deixa acontecer, embora Ele não deseje especificamente que ocorra. De fato, muita coisa que acontece no mundo é contrária a perfeita vontade de Deus, como por exemplo: o pecado, a conscupiscência, a violência, o ódio e a dureza de coração. Portanto, muitas aflições e males que nos acometem são permitidos por Deus (I Pe 3.17; 4.19). Portanto, os cristãos não estão livres de enfrentar esses tipos de violência acima citados. Pois enquanto estivermos no mundo estamos sujeitos a qualquer coisa (Ec 9.2). Isto significa dizer que apesar de crermos que Deus pode livrar-nos de aflições, nem sempre Ele o faz. Isto está dentro da vontade permissiva de Deus.


V- O PAPEL DA IGREJA DIANTE DO MUNDO VIOLENTO
Como sabemos, a Igreja de Cristo promove campanhas em socorro às vítimas de catástrofes, faz um serviço de utilidade pública ao desenvolver projetos que visam ressocializar indivíduos imersos nas drogas, delinquência, etc. através da ministração da Palavra e utilização de recursos afins visando a transformação social. Sem dúvida alguma, a Igreja é a luz que irradia e promove transformação nas relações humanas (Mt 5.16; 1Pe 2.9,10). Ela busca realizar a intervenção no espaço público, transformando a sociedade por meio da: oração ( At. 4.23-31; 1 Tm 2.1-5); e da evangelização (Mt 28.19,20; Mc 16.15-20), onde vidas são transformadas pelo poder do Evangelho, libertando os cativos oprimidos do diabo que antes estavam no mundo da delinquência, vícios e idolatria (Ef. 2.1-3; 4.17-31; 1 Ts 1.6-10). Vejamos como a igreja atua diante de um mundo violento: 

5.1 Como lugar de cura. Apesar de uma pessoa que tem traumas decorrentes de uma violência sofrida, procurar prioritariamente um auxílio psicológico, não podemos deixar de dizer que a Igreja é um lugar onde os traumas podem ser curados. A vítima encontra na Palavra de Deus e no poder do Espírito Santo, condições de vencer e superar toda e qualquer consequência do mal que sofreu. A exemplo disto, temos vários exemplos de pessoas que foram restabelecidas para glória de Deus (Sl 103.3; Lc 4.18; 5.17-26; Tg 5.14,15). 

5.2 Como lugar de libertação. Definitivamente as cadeias públicas não conseguem regenerar uma pessoa delinquente, apesar de ser o propósito principal pelo qual foram criadas. No entanto, na Igreja encontramos a maior agência de ressocialização para indivíduos infratores. A pregação do evangelho tem contribuído para a libertação de vidas, resgatando-as de sua vil maneira de viver e regenerando-as, fazendo com que homens violentos se tornem pessoas de bem e pacificadores (Mc 5.1-20). 

5.3 Como lugar do amor. O que as pessoas não encontram no mundo cheio de violência, encontram na Igreja, pois, o amor de Deus está derramado no coração daqueles que a compõem (Rm 5.5). A convivência com os santos proporciona bem estar físico, emocional e espiritual para todos aqueles que se tornam participantes de sua comunhão. Envolvidos nesta atmosfera somos impelidos a amarmo-nos uns aos outros, fazendo pelo próximo o bem que desejamos receber (Rm 12.10; I Ts 4.9).


CONCLUSÃO
Como pudemos ver, não temos como evitar sermos vítimas desta violência que há ho mundo. Enquanto estivermos nele estaremos sujeitos a todo tipo e forma de sofrimento. No entanto, devemos confiar em Deus que pode nos livrar, mas se Ele não quiser, continuará sendo Deus e nós permaneceremos seus servos. Neste mundo sofreremos aflições porém, aguardamos a restauração de todas as coisas e um lugar onde a maldade não habitará (II Pe 3.13)


REFERÊNCIAS
  • STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD
  • VINE, W.E et al. Dicionário Vine. CPAD
  • ANDRADE, Claudionor de. Dicionário Teológico. CPAD.


Por Rede Brasil de Comunicação

VENHA À CRUZ

Subsídio Vida Cristã

“Ao longo dos anos, quando pessoas feridas e alquebradas partilharam suas histórias doídas e dolorosas comigo, a voz interior do Espírito Santo inspirou-me a fazer um convite especial para eles: ‘Venha comigo. Venha comigo ao Calvário. Venha ficar ao pé da cruz de Jesus. Observe atentamente a figura distorcida e torturada que ali está pendurada. Observe o Filho de Deus alquebrado e ensanguentado. Pense sobre suas mágoas e feridas considerando as dEle’. A cruz não ilumina apenas nossas feridas, ela também as cura e as transforma conforme expressado em At the Cross ‘Na Cruz’, bonito louvor composto por Randy e Terry Butler:

Conheço um lugar maravilhoso/Onde acusados e condenados/Encontram misericórdia e graça/Onde nossos erros/E os erros cometidos contra nós/São pregados com Ele/Lá na cruz/Na cruz (na cruz)/Ele morreu por nossos pecados/Na cruz (na cruz)/Ele nos deu nova vida de novo

Que maravilhosa verdade! A cruz é ‘um lugar maravilhoso’ [...] para os que foram [...] profundamente feridas” (SEAMANDS, Stephen. Feridas que Curam: Levando Nossos Sofrimentos à Cruz. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p.9-13).

sexta-feira, 27 de julho de 2012

QUESTIONÁRIOS DO 3° TRIMESTRE DE 2012

                      (Vencendo as Aflições da Vida


Lição 3
1. Como o consenso médico atuai define a morte?
R. O consenso médico atual define a morte como cessamento clínico, cerebral ou cardíaco irreversível do corpo humano. 

2. De acordo com Romanos 6.23 o que é a morte?
R. “O salário do pecado”. 

3. Em quem está fundamentada a certeza da vida após a morte e da imortalidade da alma?
R. Na pessoa Jesus de Nazaré. 

4. O que o apóstolo Paulo declarou no final de sua carreira?
R. “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda”(2 Tm 4.7,8). 

5. Após o estudo desta lição, o que é a morte para você?
R. Resposta pessoal.

LIÇÃO 03 - A MORTE PARA O VERDADEIRO CRISTÃO

                                                   
                                                       1 Co 15.51-57



INTRODUÇÃO
A Morte entrou no mundo como resultado do pecado cometido pelo homem no Jardim do Éden (Gn 3.19; Rm 3.23; 6.23), que naquele momento era o representante de toda raça humana. Com a entrada da morte no contexto humano (Gn 2.16-17) todas as consequências relacionadas a ela, tais como: a dor da perda e a separação, acometem os homens indistintamente - a morte tornou-se uma realidade para todos (Rm 5.12; 6.23). Porém, para o verdadeiro cristão, a morte é lucro, pois é partindo para a eternidade que podemos estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor (Fp 1.21-23). Portanto, a morte é o momento no qual o cristão é recolhido ao celeiro celestial como trigo maduro (Mt 3.12). A Bíblia nos ensina que não devemos enxergar a morte como uma derrota, pois o evangelho ressalta a esperança da ressurreição em Cristo quando a morte será vencida (I Co 15.51-54).


I - DEFINIÇÕES DO TERMO MORTE
1.1 Definição Bíblica: É a separação da alma e espírito do corpo (Tg 2.26), pela qual o homem é introduzido no mundo invisível. Essa experiência descreve-se simbolicamente como “dormir” (Jo 11:11; Dt 31:16); “o desfazer da casa terrestre deste Tabernáculo” (II Co 5:1); “deixar este tabernáculo” (II Pe 1:14); “descer ao silêncio” (Sl 115:17); “expirar” (At 5:10); “tornar-se em pó” (Gn 3:19); e “partir” (Fp 1:23). 

1.2 Definição Teológica: No sentido físico, é o término das atividades vitais do ser humano sobre a terra. É vista, nas Sagradas Escrituras, como a consequência primordial do pecado: “mas da árvore da ciência do bem e do mal, dela não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás.” (Gn. 2.17), por conseguinte todos os homens morrem (Rm 3.23; 6.23).


II - A MORTE COMO CONSEQUÊNCIA DO PECADO
Embora, alguns creiam erroneamente que o homem foi criado mortal, que Adão teria morrido eventualmente, mesmo sem ter transgredido, a Bíblia liga a morte diretamente com o pecado (Gn 2.16-17). Portanto, a morte do heb. maweth e do gr.thanatos teve sua origem no pecado, e é o resultado final do pecado (Gn 2.17; I Co 15.21,22,56; Tg 1.15). Com a entrada da morte no contexto humano, todas as consequências relacionadas a ela, tais como: a dor da perda e a separação sobrevêm a todos. Destacaremos três verdades sobre a morte física: 

2.1 Uma sentença devido ao pecado original. A morte veio como consequência do pecado. Isto é bastante claro nas Escrituras: “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor”(Rm 6.23). 

2.2 Alcança a todos. “Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram” (Rm 5.12). 

2.3 Não é o ponto final da história do homem. A doutrina do aniquilacionismo diz que todas as almas estão sujeitas à extinção após a morte física. Tal doutrina não leva em consideração as verdades bíblicas e teológicas referentes à imortalidade da alma e a ressurreição dos mortos que, de forma tão clara e inquestionável, é ensinada pelos profetas, pelos apóstolos e por Nosso Senhor Jesus Cristo (Dn 12.2; Jo 5.28; I Co 15.58). Portanto, a morte não é o término de tudo, é o início da eternidade (Lc 16.22). Aos que morreram em Cristo, está reservada a bem aventurança dos céus (Ap 14.13); quanto aos ímpios, serão lançados no lago de fogo, que é a segunda morte (Hb 9.27; Ap 20.11-15). 


III - A MORTE FÍSICA NA PERSPECTIVA PAULINA
Para as pessoas ímpias e incrédulas a morte é algo triste, pesaroso, que elas não querem ouvir falar, pois não tem esperança (I Ts 4.13). Elas vivem sujeitas ao temor da morte durante toda a existência terrena (Hb 2.15). Mas, nós não podemos encarar a morte da mesma forma que uma pessoa que não tem Jesus. Porque a morte para o cristão o conduzirá a uma existência melhor e superior. Paulo escreveu uma carta aos filipenses onde ele declara qual a sua perspectiva sobre a morte (Fp 1.21-23). 

3.1 A morte é ganho. Por incrível que pareça, o apóstolo Paulo disse que para ele “morrer é ganho” (Fp 1.21). O dicionário Aurélio define a palavra ganho como: “lucro, vantagem, proveito”. Logo, quem morre em Cristo, não perde, mas ganha, pois encerra suas atividades aqui na terra, ciente de que receberá a coroa da vida (Ap 2.10) e aguardará o Tribunal de Cristo para receber o galardão pelas obras que fez enquanto esteve vivo (II Co 5.10). 

3.2 A morte nos leva a “estar com Cristo”. Para Paulo a morte física era apenas uma transição, de uma forma baixa de existência para uma forma mais elevada. Por isso o apóstolo, disse que se encontrava em aperto ou sem saber o que escolher, porque se permanecesse vivo contribuiria para a obra de Deus, mas se morresse “estaria com Cristo” (Fp 1.23).

3.3 Estar com Cristo é melhor. Entre estar no mundo e estar com Cristo o que preferimos? Paulo sabia o que era melhor. Por isso disse: “Mas de ambos os lados estou em aperto, tendo desejo de partir, e estar com Cristo, porque isto é ainda muito melhor” (Fp 1.23). Sem dúvida alguma, o desejo ardente de todo salvo deve ser o de encontrar o seu Senhor, mesmo que para isso tenha que passar pela morte.


IV - O QUE FAZER QUANDO ENFRENTAMOS O LUTO
Ao nascermos de novo fomos salvos da morte espiritual (Ef 2.1,5) e da morte eterna (Ap 2.11), porém não da morte física (Rm 3.23). Ser cristão não significa que não poderemos passar por essa experiência. Sem dúvida, como seres humanos, nós sentimos a dor da perda, da separação. As Escrituras não se opõem ao luto, mas, sim, à atitude de se deixar ser consumido pelo luto. Nas palavras do apóstolo Paulo, podemos ficar “abatidos, mas não destruídos“. E mais: podemos ser “atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados; perseguidos, mas não desamparados” (2 Co 4.8,9). Em Deus encontramos conforto para as nossas dores e sofrimentos (Sl 46.1). A Bíblia nos ensina o que devemos fazer quando estamos enfrentando o luto. Vejamos algumas atitudes que devemos tomar: 

4.1 Devemos buscar o consolo divino. Quando Jesus disse aos discípulos que estaria partindo, eles ficaram entristecidos, todavia prometeu-lhes que não os deixaria órfãos, prometeu-lhes enviar o Consolador (Jo 15.26). Do gr “parakletos” que significa literalmente “chamado para o lado de alguém”, ou seja, sugere a capacidade para prestar ajuda. Sob este título, o Espírito Santo apresenta-se como aquele que nos proporciona conforto (Jo 14.16). As consolações ministradas por ele, podem vir das seguintes fontes: Palavra de Deus, oração e comunhão com os santos (Sl 119.50, 76; Fp 4.6; I Pe 5.7; Rm 12.15; Gl 6.2). 

4.2 Devemos aceitar a vontade de Deus. A vontade soberana de Deus pode ser definida como a predisposição inquestionável e irrevogável dele em fazer concretizar os seus planos e decretos na história e na vida particular de cada um dos seus filhos (Dt 32.39; I Sm 2.6). Logo, se ele decide que alguém morrerá, não devemos questionar, pois é Senhor e faz o que quer, e os seus pensamentos são maiores que os nossos pensamentos (Is 55.8,9). Outra coisa deve ser destacada: é que Deus, embora permita a morte do ímpio, Ele não tem prazer nisso, antes seu desejo é que o ímpio se converta (Ez 18.32). Porém, quanto ao justo sua morte é preciosa (Sl 116.15). 

4.3 Devemos ter esperança. O apóstolo Paulo quando escreveu aos tessalonicenses deixou claro que os discípulos de Cristo não devem se entristecer com a morte, como os demais homens que não tem esperança, pois a ressurreição de Jesus é a garantia de que nós ressuscitaremos (I Ts 4.13,14). A fé cristã transcende o túmulo, ela não está limitada as coisas destas vida (I Co 15.19). Ela nos remete a uma vida porvir onde a morte, o pranto, e a dor não mais existirão (Ap 21.4).


CONCLUSÃO
Como vimos, a morte é uma realidade para todo ser vivo inclusive para o cristão. Ela veio como resultado do pecado original no Éden, daí a morte passou todos os homens. Porém, biblicamente destacamos que a morte não é um caso de extinção, mas, de separação da alma e espírito do corpo. O cristão verdadeiro consegue entender que quando estiver enfrentando luto deve recorrer a Deus que consola, e assim aceitar a sua vontade e confiar em suas promessas de que os que morrerem em Cristo serão ressuscitados para junto com os que ficarem vivos estarem sempre com o Senhor nos céus, por ocasião do arrebatamento (I Ts 4.16,17).



REFERÊNCIAS

  • STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD
  • VINE, W. E et al. Dicionário Vine. CPAD
  • ANDRADE, Claudionor de. Dicionário TeológicoCPAD.
  • KASCHEL, Werner; ZIMMER, Rudi:Dicionário Da Bíblia De Almeida. 2 ed. 2005, SBB.
  • COELHO, Alexandre; DANIEL, Silas.Vencendo as aflições da vida. CPAD.
  • CHAMPLIN, R.N. O Novo Testamento Interpretado versículo por Versículo.HAGNOS.
  • ABBAGNANO, Nícola. Dicionário de Filosofia. 2. ed. São Paulo: Mestre Jou, 1982.
  • SOCIEDADE BÍBLICA DO BRASIL. Concordância Exaustiva Do Conhecimento Bíblico. 2005. 


Por Rede Brasil de Comunicação