Os
desastres naturais geralmente são identificados como sendo “atos de Deus”. Na atualidade, sabemos
que isso significa tão somente que não há ser humano capaz de manter controle
sobre um evento em particular. Na época do Antigo Testamento, entretanto,
muitos “desastres naturais” eram
literalmente considerados atos de Deus, uma demonstração de sua soberania sobre
acontecimentos naturais para deles extrair uma lição espiritual. Em parte
alguma essa abordagem é referida de maneira mais significativa do que no livro
de Joel, ao descrever o ataque fulminante de gafanhotos que destruíram a
vegetação da terra, levando o povo de Deus à fome e os profetas a conclamarem
todo o Israel ao jejum e oração (1.13,14). Além disso, a invasão de gafanhotos
estimulara uma gloriosa visão das proximidades do Dia do Senhor. Nesse dia,
Deus irá arregimentar exércitos estrangeiros conta a Palestina para promover
uma devastação ainda mais terrível. Essa visão do julgamento futuro representa
o cenário para a própria chamada de Deus ao seu povo: “Convertei-vos a mim de todo o
vosso coração” (2.12). O livro de Joel termina com uma das mais densas
promessas do Antigo Testamento. Seja o que for que o futuro imediato possa
comportar, está chegando a hora em que Deus irá derramar o seu Espirito “sobre
toda a carne”. Ele julgará as nações pagãs e abençoará sua antiga
terra.
Autoria: Joel (1.1).
Data: 840 a.C.
Tema: O Grande e Terrível Dia do Senhor.
Contexto Histórico:
O profeta Joel (hb., Yoel), que significa “Jeová
é Deus”, quando jovem, conhecia o profeta Eliseu, e
provavelmente, o profeta Elias. Era de Judá e ministrava no reinado de Joás, 2
Cr 24. Joel profetizou numa
época de grande devastação de toda a terra de Judá. Uma enorme praga de
locustas havia despido a zona rural de toda a vegetação, destruiu até as
pastagens tanto das ovelhas como do gado, até mesmo tirou a casca das árvores de
figo. Em apenas algumas horas, o que tinha sido um terra bonita, verdejante,
havia se tornado um lugar de desolação e destruição. Descrições contemporâneas
do poder destrutivo dos enxames de locustas confirma a descrição de Joel acerca
da praga. A praga das locustas acerca do que Joel escreveu era maior que
qualquer um jamais havia visto. Toda a safra foi perdida, e as sementes da
safra para o plantio seguinte também foram destruídas. A fome e a seca se
apoderaram de toda a terra. Tanto o povo como os animais estavam morrendo. Ela
foi tão profunda e desastrosa, que Joel viu uma explicação: era o julgamento de Deus.
A Devastação dos Gafanhotos
Gafanhoto do Deserto |
Testemunhos fidedignos comentam
que os enxames de gafanhotos eram de tal monta que cobriam dezenas de alqueires,
chegando, às vezes, a cobrir 50 Km
de largura por 120 km de
comprimento. Os insetos, depois de acabar com a lavoura e as plantas, entravam
nas casas e em todos os lugares à procura de alimento. Tudo era consumido por
eles. Um único enxame pode ter bilhões de gafanhotos.
Eles alimentam-se ao amanhecer e ao entardecer, chegando a comer
3 mil toneladas de vegetação em um dia.
Mensagem:
A mensagem
principal do livro de Joel é sobre a vinda do Senhor, onde haverá muita
destruição vegetal, atmosférica e humana. Embora fosse profeta de judá sua mensagem não é exclusivamente para Judá, mas para
todos os habitantes da terra. Esta mensagem foi ocasionada por uma forte
seca e uma devastadora praga de gafanhotos. O profeta viu esses acontecimentos
como um castigo de Deus, por causa do pecado do povo. Ele, também,
retratou esta invasão de gafanhotos como um exército, um prenúncio de uma
grande campanha militar a ser desencadeada no Dia do Senhor. Assim, sua mensagem
consiste em advertências sobre o juízo de Deus, apelo contra o afastamento do povo, conclamação a um
arrependimento sincero, promessas sobre o derramamento
do Espírito Santo e de bênçãos sobre restauração
plena de Israel no fim dos tempos.
Conteúdo:
O Livro de Joel está naturalmente dividido em duas seções. A primeira
(1.1-2.27) trata do presente julgamento de Deus, um chamado ao arrependimento e
a promessa de restauração. A segunda seção (2.28-3.21) explica que essa praga,
horrível como ela pode ser, não é nada comparada ao julgamento de Deus que está
a caminho. Este era um tempo em que não somente Judá, mas também todas as
nações do mundo serão chamadas diante de Deus. Todavia, nós não podemos deixar
de notar a mais notável seção desta curta profecia. Através do Espirito Santo,
Joel olha centenas de anos à frente, para um tempo em que Deus irá derramar o
seu Espírito “sobre toda a carne”
(2.28). Isso será um prelúdio da devastação e julgamento do Dia do Senhor. Será
um tempo em que todos os crentes sentirão a habitação do Espirito Santo e irão
formar uma comunidade profética na terra. Será um tempo em que a profecia virá
de jovens e velhos, de igual modo; quando tanto homens como mulheres irão
profetizar. A salvação não será apenas a inigualável bênção sobre Judá. Será um
tempo em que “todo aquele que invocar o
nome do Senhor será salvo” (2.32).
Propósito
Joel falou e escreveu em
virtude de duas recentes calamidades naturais, e da iminência de uma invasão
militar estrangeira. Seu propósito era tríplice: (1) juntar o povo
diante do Senhor numa grande assembleia solene (1.14; 2.15,16); (2)
exortar o povo a arrepender-se e a voltar-se humildemente ao Senhor Deus com
jejuns, choro, pesar e clamor por sua misericórdia (2.12-17); e (3)
registrar a palavra profética ao seu povo por ocasião de seu sincero
arrependimento (2.18—3.21). Pela
sua linguagem clássica e elevada, depreende-se que era um homem culto e mestre
entre seus contemporâneos.
Esboços:
Teológico de Oséias
I. A PRAGA DE
GAFANHOTOS (1.1-2.27)
II. O DIA DO
SENHOR (2.28-3.21)
Geral
de Oséias
I.
A praga de gafanhotos (1.1-2.27)
A. Os gafanhotos (1.1-4)
B. A interpretação de Joel e suas
advertências (1.5-20)
1. O despertar para o perigo
(1.5-7)
2. O lamento (1.8-10)
3. O desespero (1.11,12)
4. O arrependimento (1.13-18)
5. O clamor a Deus (1.19,20)
C. O “Dia do Senhor” está próximo
(2.1-27)
1. A narrativa da invasão de um
exército (2.1-11)
2. Um apelo para o arrependimento
de coração (2.12-17)
a.
A busca da misericórdia de Deus (2.12-14)
b.
A busca da graça de Deus (2.15-17)
3. A resposta de Deus ao apelo de
Judá (2.18-27)
II.
O compromisso de Deus para com o futuro de Judá (2.28-3.21)
A. Deus derramará o seu Espírito
(2.28-31)
B. Deus salvará a todo aquele que
invocar o seu nome (2.32)
C. Deus executarão julgamento
(3.1-16)
D. Deus abençoará o seu povo
(3.17-21)
Referências:
Ø
BOYER,
Orlando. Pequena Enciclopédia Bíblica.
CPAD.
Ø
RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia. CPAD.
Ø
GILBERTO, Antônio. A Bíblia Através dos séculos. CPAD.
LEGAL , OBRIGADO !
ResponderExcluirParabéns que Deus continue usando- o com graça e sabedoria
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