quinta-feira, 25 de outubro de 2012

LIVRO DO PROFETA AMÓS

Amós, que significa “carregador de fardos”,  era um leigo, um “boieiro” em Tecoa, localizada cerca de 16 Km ao sul de Jerusalém onde era conhecido criador de ovelhas (1.1;7.14) e “colhedor de sicômoros” (v.14). A primeira atividade o identifica com os ricos, pois não se tratava de um simples pastor. Porém, a segunda, com os pobres, pois esse tipo de figo era alimento para os destituídos.  Foi assim que Deus, com muita propriedade, escolheu esse homem para falar aos ricos de Israel sobre os pobres, e a opressão praticada nesta terra.
 
Autoria: Amós (1.1)

Data: 780 a.C.

Tema: Justiça, Retidão e Retribuição Divina pelo Pecado. 
 

Contexto Histórico:
Os tempos eram de muita prosperidade. Israel, o Reino do Norte, era governado pelo dinâmico Jeroboão II. Ele alcançara sucessivas vitórias contra os vizinhos hostis de Israel e assumira o controle das rotas comerciais que levavam riqueza a Samaria. A terra era fértil, as chuvas caíam regularmente e os silos estavam abarrotados de grãos. Nesses anos dourados, foram erguidos majestosos prédios públicos, os ricos construíam espaçosas residências próximas aos centros litúrgicos populares, em Betel e Dã, onde podiam usufruir rituais esplêndidos que satisfaziam seus anseios pela pompa e ostentação. Todavia, por trás da superfície brilhante da sociedade, escondiam-se terríveis tragédias. Os ricos, em absoluta negligência à lei de Deus e para com os seus contemporâneos judeus, desalojaram fazendeiros de seus módulos hereditários de terra, acrescentando-os ao seu patrimônio pessoal. Os pobres eram os mais oprimidos ainda pelos mercadores que usavam de pesos injustos na compra e venda de cereais, ao misturarem casca às sementes de cevada. Aumentava gradativamente o número de pessoas que eram forçadas a venderem seus filhos e a si mesmas à escravidão. A justiça favorecia o autor do maior lance. As mulheres dos ricos aumentavam o luxo cada vez mais. Ninguém se importava com a angústia daqueles contra quem investiram buscando satisfazer seus próprios interesses. Numa linguagem dura e objetiva, o profeta expõe cada pecado e, assim fazendo, coloca em julgamento as injustiças onde quer que ocorram.
 

Mensagem:
A prosperidade de Israel servia apenas para aprofundar a corrupção da nação. Ao ser enviado a Betel, Amós proclamou a seguinte mensagem: “Arrependam-se ou pereçam”. Com isso o profeta foi expulso da cidade, e proibido de ali profetizar. Sua mensagem era advertir ao povo sobre o juízo divino, a não ser que se arrependessem da idolatria, imoralidade e injustiça.
 

Conteúdo:
O livro de Amós é basicamente uma mensagem de julgamento sobre as nações, oráculos e visões de julgamento divino sobre Israel. O tema central do livro é que o povo de Israel havia quebrado seu concerto com Deus. Como resultado, o castigo de Deus sobre eles por causa do pecado será severo. Amós começa com uma série de acusações contra os sete vizinhos de Israel, incluindo Judá, e, depois, ele acusa Israel (1.3-1.16). Cada nação estrangeira tem de ser castigada por ofensas especificas, seja contra Israel ou qualquer outra nação. Esse julgamento sobre as nações nos ensina que Deus é um Monarca universal. Todas as nações estão sob seu controle. Elas têm de prestar contas a Deus pelos maus tratos às outras nações e povos. Israel e Judá, todavia serão punidos porque eles quebraram seu concerto com Deus. A seção seguinte (3.1-6.14) é uma série de três oráculos ou sermões direcionados contra Israel. Eles incluem a ameaça de exílio. Uma terceira seção (7.1-9.10) é uma série de cinco visões e julgamento, em duas das quais Deus se retira. Finalmente, Amós promete restauração para Israel (9.11-15).
 

Propósito:
Parece que, pouco depois de Amós ser expressamente proibido de ali profetizar, ele volta a sua casa em Judá, onde escreve sua mensagem. Seu propósito era: (1) entregar ao rei Jeroboão II uma versão escrita de suas advertências proféticas; e (2) disseminar amplamente em Israel e Judá o oráculo da certeza do iminente juízo divino contra Israel e as nações em derredor, a não ser que estas se arrependessem de sua idolatria, imoralidade e injustiça. A destruição de Israel ocorreria três décadas mais tarde.
 

Esboços:  

Teológico de Oséias

I. JUÍZOS (1-2)
II. DENÚNCIA (3-6)
III. VISÕES (7-9)
 

Geral de Oséias

I. Autor e tema (1-2) 

II. Juízos contra as nações (2.3-2.16)
A. Síria (1.3-5)
B. Filístia (1.6-8)
C. Tiro (1.9-10)
D. Edom (1.11-12)
E. Moabe (2.1-3)
F. Judá(2.4-5)
G. Israel (2.6-16)
 

III. A denúncia de Israel (3.1-6.14)
A. Anúncio do juízo (3.1-8)
B. Ruína de Samaria (3.9-15)
C. Descaso de Samaria para com as advertências de Deus (4.1-13)
D. Samaria segue religiões falsas (5.1-27)
E. Samaria é indiferente para com o sofrimento do pobre (6.1-14)
 

IV. Visões de juízos (7.1-9.15)
A. A nuvem de gafanhotos (7.1-13)
B. O fogo (7.4-6)
C. O prumo (7.7-9)
D. Um inciante. Amós é acusado de perturbar a ordem pública em Betel (7.10-17)
E. Frutos de verão (8.1-14)
F. Deus junto ao Altar em chamas (9.1-10)
G. A restauração do futuro reino da justiça de Deus (9.11-15)
 

Referências:
Ø  BOYER, Orlando. Pequena Enciclopédia Bíblica. CPAD.
Ø  RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia. CPAD.
Ø  GILBERTO, Antônio. A Bíblia Através dos séculos. CPAD.

2 comentários:

  1. A paz do Senhor Jesus... Leonardo gostamos muito do seu blog...Mais na revista fala que Tecoa fica a 17 km ao sul de Jerusalém e já vc disse que é a 16 km...qual é o certo?

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    1. Querido anônimo, a Paz do Senhor! Fico feliz em saber que tens gostado do nosso blog, mas você quer saber sobre a exata distância de Tecoa? Bem, em primeiro lugar, é preciso que você use o bom senso e não se prenda a questões não tão relevantes. Em segundo lugar, os comentaristas não são unanimes a trata desta questão. A própria revista Lições Bíblicas de 1993 vai trazer a informação que a distancia é de 8 km de Jerusalém, já o Guia do Leitor da Bíblia diz que a distância é de 16 km de Jerusalém (observe que a informação não é propriamente minha!), e na revista Lições Bíblicas do referido ano (2012) afirma ser 17 km de distancia de Jerusalém. Outros comentaristas tomam como base Belém no lugar de Jerusalém (exemplo disto é a Pequena Enciclopédia Bíblica de Orlando Boyer), que afirmam que a distancia é de 10 km. O próprio site do Wikipédia terá como base Belém afirmando que a referida distancia é de 12 km. Portanto, esses dados são para nossa informação e não para gerar confusão. Por isso, é sempre bom nestes casos usar o bom senso e dizer que fica (para você melhor entender) entre 16 a 17 km de Jerusalém. Mas, se você disser que fica a 17 km (que é a informação da revista atual), não terá nada de errado. Até por que, foi a informação adotada a ser ensinada, então nada de dúvidas, e boas aulas!!

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