quinta-feira, 29 de novembro de 2012

LIVRO DO PROFETA HABACUQUE

No livro de Habacuque, deparamo-nos com um homem que soube transitar heroicamente da crise espiritual a uma fé singular no Todo-poderoso. Com este profeta, aprendemos a caminhar nos gloriosos caminhos da divina providência.   Ele é o mensageiro da fé. Aliás, a palavra fé só aparece uma vez no Antigo Testamento; e é justamente no livro de Habacuque. Lendo este livro, que muito influenciou o apóstolo Paulo, conscientizamo-nos de que o justo viverá pela fé. Conquanto sua obra não seja datada, a referência ao inesperado surgimento da Babilônia, como uma potência emergente (1.5,6), convincentemente sugere que ele ministrou no reinado de Josias.  

Autoria: Habacuque (1.1)                                                                          

Data: 606 a.C.

Tema: Viver pela Fé.  

Contexto Histórico:
Além de identifica-se como “profeta” (1.1; 3.1), Habacuque não oferece nenhum outro dado acerca de sua pessoa nem de sua família. Seu nome, que significa “abraço”, não aparece em nenhum outro lugar das Escrituras. A referência de Habacuque ao “cantor-mor sobre os meus instrumentos de música” (3.19), sugere que ele pode ter sido  um músico levita a serviço do santo templo em Jerusalém. Ao contrário de outros profetas, Habacuque não data a sua profecia mediante referências aos reis que foram seus contemporâneos. Mas o fato de ficar perplexo com o uso que Deus faz dos  babilônios (os “caldeus” de 1.6) como instrumento de seu juízo contra Judá, sugere um período em que Babilônia já era uma potência mundial. Portanto, a invasão de Judá era iminente (c. 608-598 a.C.). Nabucodonosor já havia derrotado os egípcios na batalha de Carquemis (605 a.C.). O Egito, aliás, foi a última potência a se opor à expansão dos babilônios. Se a descrição do exército babilônico em 1.6-11 refere-se à marcha babilônica em direção à Carquemis, conforme interpreta-se, a data da profecia de Habacuque seria entre 606-605 a.C., durante os primeiros anos do rei Joaquim de Judá. As consequências da ascensão de Babilônia como potência mundial foram devastadoras à apóstata Judá (ver 2 Rs 24,25). Retornando do Egito, Nabucodonosor invadiu Judá, e levou a Babilônia um número considerável de cativos, entre os quais Daniel e seus três amigos (605 a.C.). Em 597 a.C., as forças babilônicas tornaram a invadir Jerusalém, saqueando-lhe o templo, e levando outros 10.000 cativos para Babilônia, entre os quais o profeta Ezequiel. Quando o rei Zedequias intentou livrar Judá do controle babilônico, onze anos mais tarde (586 a.C.), Nabucodonosor, enfurecido, sitiou Jerusalém, incendiou o templo, destruiu totalmente a cidade, e deportou para Babilônia a maioria dos judeus sobreviventes. É provável que Habacuque haja vivido na maior parte deste período, onde o juízo divino revelou-se contra Judá. 
 

Mensagem:
O livro encerra uma dupla mensagem:  

O juízo de Deus. O profeta diz a Deus que não pode compreender como um povo tão ímpio como os caldeus (1.4,13;2.4) pode exercer o juízo sobre Judá. E Jeová mostra a Habacuque que os caldeus, por causa de sua soberba e de sua impiedade, serão destruídos. Eles são cincos vezes amaldiçoados por Jeová (2.6,9,12,15 e 19). Assim, o  atalaia Habacuque pôde vislumbrar a decadência dos caldeus ainda no início do período de sua hegemonia. O livro encerra, portanto, preciosas lições sobre o domínio supremo de Jeová. Vemos em 2.14 e 3.3 uma alusão ao reinado universal de Cristo, quando Ele regerá a terra como Rei dos reis, em toda a sua glória. 

Mensagem de conforto. “O justo pela sua fé viverá” (2.14). É uma das mensagens centrais da Bíblia. Encontramo-la já em Gênesis 15.6. E no NT essa mensagem é apresentada de modo muito abrangente (Rm 1.17; Gl 3.11; Hb 10.28). Habacuque, o profeta da fé triunfante, proclamou que nos dias maus que se aproximavam, em meio a toda impiedade e apostasia, a fé no Senhor era a única salvação. O crente pode, às vezes, experimentar momentos de incertezas e de dúvidas, mas as aflições pelas quais passa fortalecem-lhe a fé e dão-lhe novas forças para prosseguir. Deus não nos responde sempre que lhe preguntamos: “Por que” e “Até quando?”, mas nunca desampara os seus e dá-lhes promessas que servem de âncora à fé, que é uma força dinâmica que vence as mais difíceis circunstâncias.

A oração de Habacuque no capítulo 3 é uma das mais belas obras poéticas do AT, justificando a designação dada a Habacuque de “o salmista entre os profetas”. Todavia eu me alegrei no Senhor (3.18), mostra-nos a fé em ação. E essa é a mensagem básica de Habacuque – viver pela fé.
 

Conteúdo:
O Livro de Habacuque dá um relato de uma jornada espiritual, contando sobre a trajetória de um homem da duvida à adoração. A diferença entre o início do Livro (1.1-4) e o final do livro (3.17-19) é impressionante.
Nos primeiros quatro versículos,
Habacuque é oprimido por circunstância existente ao redor dele. Ele não consegue pensar em nada além da iniquidade e da violência que ele vê entre o seu povo. Embora Habacuque se dirija a Deus (1.2), ele crê que Deus se retirou do cenário da terra: as palavras de Deus foram esquecidas; suas mãos não se manifestam; Deus não pode ser encontra em lugar algum. Os homens estão na direção, e os homens vis, por isso mesmo, também. E eles agem como seria esperado que agissem os homens sem o controle de Deus. Estas palavras e frases descrevem a cena: “iniquidade... Vexação... Destruição... Violência... Contenda... Litígio... A lei se afrouxa... A sentença nunca sai... O ímpio cerca o justo... Sai o juízo pervertido”. Quão diferente é a cena nos três últimos versículos do livro (3.17-19)! Tudo mudou. O profeta não é mais controlado, nem ansioso por causa das circunstâncias, pois sua visão foi elevada. Questões temporais não mais ocupam seus pensamentos, mas seus pensamentos estão nas coisas do alto. Ao invés de estar sendo regido por considerações mundanas, Habacuque fixou sua esperança em Deus, pois ele percebe que Deus tem interesse em suas criaturas. Ele é a fonte da alegria e força do profeta. Habacuque descobriu que ele foi feito para algo acima: “E me fará andar sobre as minhas alturas” (3.19). As palavras do último parágrafo contrastam vividamente com aquelas no primeiro: “... Me alegrarei no Senhor, exultarei no Deus da minha salvação. Jeová, o Senhor, é a minha força... Pés como os das cervas... Andar sobre as minhas alturas” (3.18,19). Assim, Habacuque foi da queixa à confiança, da dúvida à confiança, do homem a Deus, dos vales aos montes altos. Se o centro do evangelho é a mudança e a transformação, o Livro de Habacuque demonstra essa renovação evangélica. No centro da mudança e no centro do livro, está este nítido credo da fé: “O justo, pela sua fé, viverá (2.4). Para o profeta, a promessa é para proteção física em tempo de grande sublevação. Quando a invasão, que foi predita, pelas forças estrangeiras se tornar uma realidade, aquele remanescente justo cujo Deus é o Senhor, cuja confiança e dependência estão nele, será liberto, e eles viverão. Para os escritores do NT, tais como Paulo e o autor de Hebreus, essa afirmação de fé confiante se torna uma demonstração do poder do evangelho para dar a segurança da salvação eterna. 
 

Propósito
Diferentemente da maioria dos outros profetas, Habacuque não profetiza à desviada Judá. Escreveu para ajudar o remanescente piedoso a compreender os caminhos de Deus no tocante à sua nação pecaminosa, e ao seu castigo iminente. Habacuque, após haver considerado o intrigante problema de os caldeus, uma nação deploravelmente  ímpia, serem usados por Deus para tragar o seu povo em juízo (1.6-13), garante aos fiéis que Deus lidará com toda a iniquidade no tempo determinado. Entrementes, “o justo, pela sua fé, viverá” (2.4), e não pelo seu entendimento. Em seguida, o profeta afiança: “exultarei no Deus da minha salvação” (3.18). 

 
Esboços:  

Teológico de Habacuque 
I. PROBLEMAS, cap.1-2
II. INTERCESSÃO, cap.3 

Geral de Habacuque
I. O primeiro problema (1.1-11)
A. Porque Deus permite o pecado na Comunidade da Aliança? (1.1-4)
B. O castigo de Deus virá através dos babilônios (1.5-11) 

II. O segundo problema (1.12-2.20)
A. Porque Deus permite o triunfo do iníquo? (1.12-2.3)
B. Deus não o permite. Ele está sendo castigado agora mesmo (2.4-20) 

III. A intercessão de Habacuque (3.1-19)
A. A oração (3.1,2)
B. Uma revelação do vindouro castigo divino (3.3-15)
C. O temor de Habacuque e sua confiança no Senhor (3.16-19) 

 

Referências:
Ø  BOYER, Orlando. Pequena Enciclopédia Bíblica. CPAD.
Ø  RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia. CPAD.
Ø  GILBERTO, Antônio. A Bíblia Através dos séculos. CPAD.

O ABRAÇO

Objetivos: 
- Trabalhar o significado dos nomes dos alunos e dos profetas menores, enfatizando que “abraço” é o significado do nome de Habacuque.
- Promover momento de socialização, demonstrando afeto através do abraço. 

Material:
Papel com o nome do aluno e seu significado.
Texto “Abraços” (postado no procedimento). 

Procedimento:
- Falem sobre o significado dos nomes dos profetas menores estudados até a aula de hoje.
Oseias – Salvação
Joel – O Senhor é Deus
Amós – Carregador de fardos
Obadias – Servo do Senhor
Jonas – Pombo
Miqueias – Quem é semelhante a Jeová
Naum – Consolo
Habacuque – Abraço

- Depois entreguem para cada aluno o significado do nome dele, por exemplo: 

Sulamita
Perfeição

 
Para isto, vocês devem saber os nomes dos alunos. Aliás, todo professor deve saber o nome dos seus alunos!
Depois, procurar em sites o significado do nome de cada aluno. É uma pesquisa que requer paciência, pois há necessidade de procurar em vários sites.
Há nomes que vocês não encontrarão o significado. Então, ao entregar o papel sem o significado, peçam ao aluno para que fale o que sabe sobre seu nome, quem escolheu etc.
 
- Agora, enfatizem que ABRAÇO é o significado do nome de Habacuque.
Depois, falem: Que tal dar um abraço nos colegas? Antes, porém, uma orientação: ao abraçar o colega fale para ele sobre o significado do seu nome.
Então, leiam o texto “Abraços”:
 

ABRAÇOS
É impressionante o que um abraço pode fazer,
Um abraço nos anima a continuar a viver,
Um abraço pode transmitir o amor de um amigo,
Ou dizer: "Ainda que vás, estarei contigo”.

Um abraço diz, "Que bom que você voltou".
"Que bom te ver", ou "Por onde você andou?"
Um abraço consola uma criança a chorar,
É o arco-íris depois da chuva passar.

O abraço, meu amigo, pode crer
Que sem ele ninguém poderia viver.
Como são animadores os abraços,
Foi por isso que Deus nos deu braços?

Abraços são ótimos para pais e mães,
São um ato de amor entre irmãos e irmãs.
E é bem capaz que certas tias favoritas
Os considerem uma das coisas mais bonitas.

Gatinhos os imploram. Cachorrinhos os adoram.
E nem os Chefes de Estado os ignoram.
Um abraço quebra as barreiras da linguagem,
E compensa qualquer outra desvantagem.

Não se preocupe em os poupar,
Quanto mais der, mais vai ganhar.
Então olhe para alguém ao seu lado,
E dê-lhe já um abraço bem apertado!
Autoria desconhecida.


- Após, esta socialização leiam Ec 3.1b e 5b.
“... há tempo para todo o propósito debaixo do céu. ...tempo de abraçar e tempo de afastar-se de abraçar.” 

 

- Então, falem: Devemos abraçar enquanto nossos colegas e familiares estão perto, então aproveitemos as oportunidades e tenhamos expressões de afeto, carinho etc.

Por Sulamita Macedo.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

O SIGNIFICADO DA FÉ EM HABACUQUE

Subsídio Teológico  
 
"Além de estar dizendo claramente que os justos de Judá, apesar do sofrimento pelo qual passarão no ataque caldeu, serão poupados (como aconteceu com Jeremias, Daniel e tanto outros), o Senhor mostra ao profeta que sua compreensão concernente à vida espiritual ainda era superficial. Ainda faltava a Habacuque considerar alguns aspectos essenciais da vida com Deus. Sua Teologia ainda ignorava nuanças vitais, e que agora são sintetizadas para o profeta em uma única frase: 'O justo viverá pela sua fé'.
O justo não vive pelo que vê, sente, percebe, imagina ou pensa, mas pela fé. 'Porque andamos por fé e não por vista' (2 Co 5.7). Não que essas coisas não sirvam, vez por outra, para alimentar a nossa fé, mas não podem ser considerados fundamentos para ela. Nossa fé está fundamentada no próprio Deus, em sua Palavra. O justo está baseado nela" (DANIEL, Silas. Habacuque: A vitória da fé em meio ao caos. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.90).

terça-feira, 27 de novembro de 2012

QUESTIONÁRIOS DO 4° TRIMESTRE DE 2012

                               (Os Doze Profetas Menores)
 

 
Lição 08

1. Qual cidade é apontada como local do nascimento de Naum?
R. A cidade de Cafarnaum.

2. Qual o assunto do livro de Naum?
R. A queda de Nínive.

3. O que é vingança e qual a necessidade de sua aplicação?
R. Vingança é o castigo imposto por dano ou ofensa; diz respeito a infratores contumazes da lei divina.

4. O que mostra a descrição poética dos atributos divinos ligados ao seu poder e à sua majestade?
R. Que a espera do Eterno em punir os ninivitas não se deu por falta de poder, mas por causa de sua longanimidade.

5. Quem são os “inimigos” em Naum?
R. Os assírios.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

LIVRO DO PROFETA NAUM

É comum Naum ser ignorado pelos crentes, pois parece haver pouca aplicação direta de seu texto à vida, ou experiência cristã. Não obstante, há valores básicos teológicos expressos neste pequeno livro. Deus é soberano e juiz moral, não somente de seu povo, mas de todo mundo. Ele tem autoridade para julgar o pecado onde quer que seja encontrado e cumpre essa responsabilidade. Segundo o profeta, “O Senhor é Deus zeloso e vingador (...) tardio em irar-se, mas grande em poder e jamais inocenta o culpado” (1.2,3).  

Autoria: Naum (1.1)                                                                          

Data: 630 a.C. 
 
Tema: A Destruição de Nínive. 
 

Contexto Histórico:
Império Assírio
 
Este breve livro sobre a destruição de Nínive foi escrito por um profeta cujo nome significa “consolo”. Nada se sabe a respeito de Naum, a não ser que era proveniente de Elcós (1.1), mas essa informação não ajuda muito, visto que a localização de Elcós é incerta. Jerônimo acreditava que esta cidade ficava perto de Ramá, na Galiléia. Sugere-se ainda a vizinhança de Cafarnaum, e também o sul da Judéia. Há quem afirme ainda que esta cidade (Eclós) era Cafarnaum nos dias de Jesus. Todavia, alguns afirmam também que, o fato de Cafarnaum significar “Aldeia de Naum” não prova nada com relação ao nome do profeta, sendo mera especulação. O certo, como já dito acima, é que a localização de Elcós é incerta. O mais provável é que Naum fosse profeta de Judá, pois o Reino do Norte (Israel) já fora dissolvido quando este livro foi escrito. Naum profetizou antes da queda de Nínive em 612 a.C. Em 3.8-10, refere-se ele à queda de “Nô” ou Nô-Amom” (i.e., a cidade egípcia de Tebas) como evento passado, ocorrido em 663 a.C. A profecia de Naum, portanto, foi proferida entre 663 e 612 a.C., provavelmente por volta desta última data, durante a reforma promovida pelo rei Josias (640 - 609 a.C.).
O império Assírio, havia sido uma nação próspera durante séculos (900 - 607 a.C.), quando o profeta Naum entrou em cena (há quem afirme que foi 50 anos antes da queda de Nínive). Documentos antigos atestam a crueldade dos assírios contra outras nações. Os reis assírios vangloriam-se de sua brutalidade, celebrando o abuso e a tortura que eles impuseram sobre os povos conquistados. A queda do império Assírio, cujo clímax foi a destruição da cidade de Nínive, em 612 a.C., é o assunto da profecia de Naum. Um século e meio antes, Jonas fora enviado a pregar a Nínive, capital da Assíria. Por algum tempo, os assírios arrependeram-se de seus pecados, mas logo voltaram aos seus maus caminhos. Deus usara tais ímpios como instrumento de seu juízo a fim de castigar Samaria, capital de Israel, e deportar os israelitas ao exílio. Agora, aproximava-se rapidamente o dia do juízo para a própria Assíria. O juízo que cai sobre o grande opressor do mundo é o único motivo para o pronunciamento de Naum.
 

Mensagem:
 
Nínive

A mensagem de Naum foi predizer a destruição total de Nínive e do seu império, que fora construído na base da violência. Os assírios eram grandes guerreiros. Construíram sua nação com o espólio de outros povos. Faziam tudo para inspirar terror. Diziam fazer isso em obediência ao seu deus Assur. Deus iria condenar Nínive a perecer de maneira violenta também. A profecia de Naum não era uma chamada ao arrependimento (como o foi no caso de Jonas), mas a declaração de uma condenação certa e definitiva.
 

Conteúdo:
invasão de Nínive
 
O livro de Naum focaliza-se num único interesse: a queda da cidade de Nínive. Três seções principais, correspondentes aos três capítulos, abrangem a profecia. A primeira descreve o grande poder de Deus e como aquele poder opera na forma de proteção pra o justo, mas de julgamento para o ímpio. Embora Deus nunca seja rápido em julgar, sua paciência não pode ser admitida sempre. Toda a Terra está sob o seu controle; e, quando ele aparece em poder, até mesmo a natureza treme diante dele (1.1-8). Na sua condição de miséria e aflição (1.12), Judá podia facilmente duvidar da bondade de Deus e até mesmo questionar os inimigos de seu povo (1.13-15) e remover a ameaça de uma nova angústia (1.9). A predição do juízo sobre Nínive forma uma mensagem de consolação para Judá (1.15).
A segunda seção principal, descreve a ida da destruição para Nínive (2.1-3). Tentativas de defender a cidade contra seus atacantes serão em vão, porque o Senhor já decretou a queda de Nínive e a ascensão de Judá (2.1-7). As portas do rio se abrirão, inundando a cidade e varrendo todos os poderosos, e o palácio se derreterá (2.6). O povo de Nínive será levado cativo (2.7); outros fugirão com terror (2.8). Os tesouros preciosos serão saqueados (2.9); toda a força e autoconfiança se consumirão (2.10). O covil do leão poderoso será desolado, porque “Eis que eu estou contra ti, diz o Senhor dos exércitos” (2.11-13).

soldado assírio
 
O terceiro capítulo forma a seção final do livro. O julgamento de Deus parece excessivamente cruel, mas ele é justificado em sua condenação. Nínive era uma “cidade ensanguentada” (3.1), uma cidade culpada por espalhar o sangue inocente de outras pessoas. Ele era uma cidade conhecida pela mentira, falsidade rapina e devassidão (3.1,4). Tal vício era uma ofensa a Deus; portanto, seu veredicto de julgamento era inevitável (3.2-3, 5-7). Semelhante a Nô-Amom, uma cidade egípcia que sofreu queda, apesar de numerosos aliados e fortes defesas. Nínive não pode escapar do julgamento divino (3.14-15). Tropas se espalharão, os líderes sucumbirão e o povo se derramará pelos montes (3.16-18). O julgamento de Deus sobreveio, e os povos que a Assíria fez outrora vítimas tão impiedosamente baatem palmas e celebram em resposta às boas-novas (3.19).
 

Propósito
Naum teve duplo propósito. (1) Deus o usou para pronunciar a destruição iminente da ímpia e cruel Nínive. Nenhuma nação tão ímpia, como os assírios, poderia alimentar esperança quanto ao juízo divino. Ela não ficaria impune. (2) Ao mesmo tempo, Naum entrega uma mensagem de consolo ao povo de Deus. O consolo deriva-se, não do derramamento do sangue dos inimigos, mas em saber que Deus preserva a justiça no mundo, e que um dia estabelecerá o seu reino de paz. 

 

Esboços 

Teológico de Naum

I. O SENHOR, cap.1
II. A CIDADE, cap.2 

Geral de Naum
 
I. O Deus de Israel (1.1-15)
A. A grandeza de Deus (1.1-6)
B. As ações de Deus (1.7-11)
C. Os intentos de Deus (1.12-15) 

II. A queda de Nínive (2.1-3.19)
A. O aviso (2.1)
B. Uma promessa a Israel (2.2)
C. Sua destruição (2.3-3.19)
1. A narrativa da destruição (2.3-13)
2. A recapitulação da destruição (3.1-6)
3. A celebração da destruição (3.7-11)
4. Nínive é ridicularizada (3.12-19) 

 

Referências:
Ø  BOYER, Orlando. Pequena Enciclopédia Bíblica. CPAD.
Ø  RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia. CPAD.
Ø  GILBERTO, Antônio. A Bíblia Através dos séculos. CPAD.

 

 

 

PLANEJAMENTO DE AULA

             Fazer planejamento da aula não deve ser entendido como mera formalidade, mas como um instrumento de trabalho que vai proporcionar uma melhor orientação e execução da aula.
            Ao preparar a aula, lembre-se de pedir ajuda ao Espírito Santo: “O Consolador vos ensinará...” Jo 14. 26.
            O Planejamento de Aula é composto por 5 (cinco) partes: 

1 – Objetivos: Representam aquilo que você deseja que seus alunos alcancem com a ministração do tema.
           A Lição Bíblica já contém os objetivos formados. Leia-os, observando de forma criteriosa a intenção contida neles. Você pode elaborar outros objetivos de acordo com a necessidade de sua turma; tenha cuidado quanto à concretização de cada um deles durante a aula, para isso, utilize bem o tempo disponível.

2 – Conteúdo: É o assunto da lição.
            A Lição Bíblica apresenta o conteúdo, dividido em tópicos, facilitando o entendimento gradual do tema a ser estudado. Lembre-se que você pode e deve buscar outras fontes de consulta. Leia toda a lição pelo menos duas vezes, observe o que é mais importante na lição, para expor em primeiro lugar aquilo que é mais relevante.

3 – Metodologia: Refere-se à maneira como você vai compartilhar o assunto da lição com seus alunos.
            Oriento que você utilize a aula expositiva dialogada, associada a outros recursos de ensino que possibilitem a participação dos alunos e melhor aprendizagem do tema. Veja alguns exemplos: trabalho em grupo, dramatizações, projetos pedagógicos, dinâmicas, estudo de caso, etc.
Faça aplicação do assunto estudado com a vida social e espiritual do aluno, quanto mais o ensino se aproxima da realidade, mais o aluno aprende.

4 – Recursos Didáticos: São instrumentos que facilitam o processo de ensino e a aprendizagem.
            São vários os recursos didáticos. Veja alguns que podem ser utilizados na EBD: Cartazes, TV, DVD, filmes, documentários, CD-Som, música, Data-show, retroprojetor e outros que, mesmo não sendo tecnológicos, servem para potencializar a aprendizagem.
            É interessante que o professor saiba utilizar estes recursos. Se houver dificuldade, peça ajuda. O recurso serve para auxiliar e deve ser entendido como meio motivador da aprendizagem. Caso você considere que o recurso lhe atrapalha, é porque você não está sabendo ainda como usá-lo. Mas, não desista, procure aprender e buscar auxílio.

5 Avaliação:
            Geralmente, quando se fala em avaliação é comum associá-la à prova, teste, atribuição de notas, mas avaliar vai muito mais além do que isto. A avaliação na EBD também tem sido alvo de opiniões controvertidas: na verdade, qual será a finalidade da avaliação na EBD?
 Mas, vejamos o que o professor pode realizar:
            . Durante a aula, o professor deve observar a expressão facial e corporal dos alunos, para identificar se estão entendendo o assunto.
. Também deve utilizar-se de perguntas sobre o assunto e expressões como: “Estão entendendo?” e “Alguma dúvida?”.
. Pode ainda fazer avaliação escrita ao término do trimestre, com pontuação e premiação a seu critério.
. O professor deve também oportunizar espaço para o aluno realizar autoavaliação.
. O professor pode também fazer autoavaliação ou pedir para que outro colega ou mesmo a turma fale sobre seu desempenho durante a aula.
Elaborar um planejamento dá o norte de como seguir na execução da aula, dessa forma o professor vai ministrar a aula com mais segurança, pois não vai improvisar, utilizando bem o tempo, conhecendo o conteúdo e os objetivos que deseja atingir, utilizando métodos e recursos adequados ao tema e ao aluno, pois sabe o caminho a seguir. 

Por Sulamita Macedo.