Tg
1.9-11, 16-18.
INTRODUÇÃO
Para
vencermos as provações, e obtermos sabedoria para tal vitória, se faz necessário
sermos pessoas regeneradas. É exatamente isto que Tiago busca ensinar aos
destinatários de sua epístola logo no inicio da referida epístola. Por isso,
nesta aula, abordaremos a definição, a necessidade e o processo da regeneração
na vida do pecador. Em seguida, trataremos de como deve ser o relacionamento de
um regenerado por Deus no âmbito social em que está inserido. Desejo a todos uma excelente aula!!
I. DEFININDO O TERMO “REGERENAÇÃO”
A Regeneração é um dos cinco aspectos que compõem a Doutrina da Salvação.
Em teologia, tal doutrina é conhecida por Soteriologia, e origina-se de dois
termos gregos: Soteria, que significa “salvação” ou ‘libertação”, e Logia, que
significa “discurso” ou “tratado”. Assim, Soteriologia é o “tratado as salvação”.
Mas, como já dito, além da regeneração existem outros quatros aspectos da
salvação que são: Justificação, Santificação, Adoção e Glorificação. No
entanto, nesta aula, iremos dá ênfase apenas a regeneração. A palavra “Regeneração” vem do original grego “Palinginesia” que significa “Nascer de Novo”. Ela é a obra
sobrenatural e instantânea de Deus que concede nova vida ao pecador que recebe
a Cristo como seu Salvador. O pastor Claudionor de Andrade assim define a
regeneração: “Milagre que se dá na vida
de quem aceita a Cristo, tornando-o partícipe da vida e da natureza divinas.
Através da regeneração, conhecida também como conversão e novo nascimento, o
homem passa a desfrutar de uma nova realidade espiritual. A regeneração não é
um processo; é um ato revolucionário que leva o homem a nascer da água e do
Espírito”. Assim, os dois melhores textos bíblicos que definem a
regeneração são:
“Não por obras de justiça
que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, ele nos salvou mediante
a lavagem da regeneração e da renovação pelo Espírito Santo” (Tt 3.5).
“Mas a todos os que o
receberam, àqueles que crêem no seu nome, deu-lhes o poder de serem filhos de
Deus – filhos nascidos não do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade
do homem, mas de Deus” (Jo 1.12.13).
Ressaltamos, ainda, que a palavra “regeneração”
aparece pelo menos 85 vezes no Novo
Testamento, sendo descrita de várias maneiras, como: o novo nascimento (Jo 3.5);
o nascer da parte de Deus (1 Jo 3.9); a nova vida (Ef 2.1-5); novo homem (Ef
4.24; Cl 3.9,10); e nova criação (Gl 6.15). Portanto, não confunda tais
expressões, pois todos esses termos referem-se ao fenômeno bíblico chamado de REGENERAÇÃO!
II. A NECESSIDADE E O PROCESSO DA REGENERAÇÃO
“Tendo sido regenerados, não
de semente corruptível, mas de incorruptível, pela palavra de Deus, a qual vive
e é permanente” (1 Pe 1.23).
“Segundo a sua vontade, ele
nos gerou pela palavra da verdade, para que fôssemos como que primícias das
suas criaturas” (Tg 1.18).
“Em verdade, em verdade vos
digo que quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou, tem a vida
eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida” (Jo 5.24).
Além disto, todo pecador possui a necessidade de ser regenerado. Pois, sem
esta milagrosa transformação espiritual, o pecador permanecerá escravo do
pecador (Jo 8.34-36), destituído da glória de Deus (Rm 3.23), morto em seus
delitos e pecados (Ef 2.1,5) e incapaz de conhecer a Deus num relacionamento
pessoal (1 Co 2.14). Sendo assim, observemos os versículos abaixo que enfatizam
algumas das razões por que a regeneração é imprescindível ao homem.
ü É necessária para entrar
no céu: “Se alguém não nascer de
novo, não pode ver o reino de Deus” (Jo 3.3).
ü É necessária para resistir
ao pecado: “Todo aquele que é
nascido de Deus não vive na prática do pecado” (1 Jo 3.9).
ü É necessária para viver em
retidão: “Reconhecei também que
todo aquele que pratica a justiça é nascido dele” (1 Jo 2.29).
Diante do exposto, só resta ao pecador crer na palavra de Deus para que,
por meio da fé, receba essa poderosa transformação espiritual em sua vida, que
é a regeneração!
III. O RELACIONAMENTO
DOS REGENERADOS POR DEUS
Veja que o apóstolo Paulo foi bastante esclarecedor mostrando que Cristo
é nossa paz, e que essa paz é fruto da destruição da parede de separação, ou
seja, da inimizade e, que por sua vez, foi morta na cruz promovendo a
reconciliação de Deus com os homens e do homem para com homem. O apóstolo Tiago
ao escrever sua epístola admoestou e exortou aqueles cristãos justamente a esse
respeito, pois ao que parece estava havendo no seio daquela comunidade cristã
uma série de pecados que promovia a acepção de pessoas (Tg 2.1-4). Sendo que, muitas
dessas acepções, eram motivadas por questões econômicas e sociais (Tg 1.9-11). No entanto, a prática de fazer acepção de
pessoas é, terminantemente, reprovável por Deus (Dt 10.17; Jó 34.19; 2 Cr 19.7;
Rm 2.11; At 10.34; Ef 6.9; Tg 2.9).
O Dr. Champlin ao comentar o texto de Tiago 1.9-11, diz:
“Os humildes da igreja, que
possuem pouco dinheiro, tendem também por exercer pouca autoridade e por
receber pouco respeito, quando a congregação em que estão porventura é rica. O
autor sagrado mostra que tal padrão está distante de qualquer validade cristã. Os
ricos deveriam lembrar-se que o dinheiro não somente não representa um valor permanente, como, na realidade, não tem
qualquer valor, quando olhamos espiritualmente para as coisas. Até mesmo neste
mundo temporal, a confiança na posição social e nas riquezas é um alicerce
muito frouxo, que fatalmente haverá de sucumbir sob a pressão do tempo. Com
frequência os ricos não têm senso muito agudo de sua necessidade de Deus; e,
assim, a vida centralizada em torno dessas coisas, não se reveste de especial
importância”.
De fato, o mérito da questão não está em ser rico ou ser pobre, mas como
ensinou o Doutor Paulo em: “ser uma
nova criatura” (Gl 6.15). E, como nova criatura, as Escrituras nos ensinam como
devemos nos comportar e nos relacionar com o nosso próximo, quer seja irmão em
Cristo, quer não (Lc 6.27,28; Rm 12.9-21; Cl 3.1-14; 1 Pe 2.17; 3.8-11; 4.8-10).
Portanto, toda nova criatura, independente de sua condição econômica e social
deve saber que “onde estiver o
vosso tesouro, aí estará o vosso coração” (Mt 6.21). Onde está o seu coração? Nos tesouros
celestiais ou nos tesouros da terra?
CONCLUSÃO
Diante
do exposto, aprendemos que graças à obra regenerativa do Espírito Santo em
nossas vidas, nós hoje, somos um milagre de Deus. E, por isto, devemos refletir
a glória de Deus por meio da nossa maneira de viver (Mt 5.13-16).
Independentemente de qualquer que seja nossa classe econômica ou social, em
Cristo, todos nós somos um só corpo (1 Co 12.12) e um só povo (1 Pe 2.10).
Portanto, aprendamos a viver como novas criaturas (2 Co 5.17). Que Deus em
Cristo vos Abençoe! Amém!!
REFERÊNCIAS
Ø CHAMPLIN,
Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. HAGNOS.
Ø
ANDRADE, Claudionor
Corrêa de. Dicionário Teológico.
CPAD.
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