terça-feira, 21 de outubro de 2014

QUESTIONÁRIOS DO 4° TRIMESTRE DE 2014



   Integridade Moral e Espiritual –
O Legado do Livro de Daniel
para a Igreja Hoje 





 Lição 02

1. Quem subiu ao trono de Judá depois da deposição de Jeoacaz?
R. O rei Jeoaquim.

2. Faça um breve comentário da situação espiritual em que se encontrava Judá.
R. Depois da grande reforma política e religiosa em Judá, promovida pelo rei Josias, os filhos deste se desviaram do Deus de Israel. Os sacerdotes, a casa real e todo o povo perverteram-se espiritualmente.

3. Quantas incursões Nabucodonosor fez a Jerusalém?
R. Houve três incursões do rei da Babilônia contra Judá.

4. Como os teóricos da psicologia definem caráter?
R. Os teóricos da psicologia definem caráter como “a parte enrijecida da personalidade de uma pessoa”.

5. Qual foi a atitude de Daniel e seus amigos diante das iguarias do rei?
R. Daniel e seus amigos não quiseram se contaminar.


segunda-feira, 20 de outubro de 2014

LIÇÃO 02 – A FIRMEZA DO CARÁTER MORAL E ESPIRITUAL DE DANIEL



Dn 1.1-8;17,20



INTRODUÇÃO
Viver uma vida irrepreensível diante da sociedade e principalmente diante de Deus é algo que não é tão fácil diante da sociedade contemporânea. Veremos nesta lição que é possível ser moralmente e espiritualmente firme e íntegro diante de Deus baseados na vida do Profeta Daniel. Estudaremos algumas características de seu caráter e analisaremos também algumas de suas qualidades como um bom servo do Senhor.


I – DEFINIÇÃO DAS PALAVRAS INTEGRIDADE E CARÁTER
Pode-se definir integridade como “solidez de caráter”. Pode, também, significar o estado de “ser inteiro”, “ser completo”. Deriva-se do verbo “integrar”, que significa “tornar unido para formar um todo completo ou perfeito”,“retidão, perfeição”. Qualidade de alguém de conduta reta, pessoa de honra, ética, educada, imparcial, pureza ou castidade, o que é justo. Já a palavra caráter significa o aspecto dinâmico da nossa personalidade. É aquilo que nos faz diferentes dos outros, conjunto dos traços particulares de uma pessoa (FERREIRA, 2004, pp. 1116, 402).


II – CARACTERÍSTICAS ESPECIAIS DE DANIEL (Dn 1.3)
2.1 “E disse o rei a Aspenaz chefe dos seus eunucos...” (Dn 1.3-a). Eunuco do hebraico “sarís”, era um macho castrado. Por motivos óbvios, os eunucos eram frequentemente encarregados dos haréns reais. Às vezes a palavra, por metáfora, era usada simplesmente com referência a um oficial. Há quem defenda que exista uma grande possibilidade de que Daniel e seus amigos tenham sido desvirilizados (castrados) baseados na profecia de II Rs 20.18 e Is 39.7. No entanto, essa informação não significa a literalidade da palavra, não há nada absolutamente que prove que Daniel e seus três amigos foram castrados, mais sim, que tenham apenas se afastado do contato com mulheres e preservado o seu estado de castidade por uma livre escolha e devoção “Porque há eunucos que nasceram assim; e há eunucos que pelos homens foram feitos tais; e outros há que a si mesmos se fizeram eunucos por causa do reino dos céus..." (Mt 19.12).

2.2 “....que trouxesse alguns dos filhos de Israel..” (Dn 1.3-b). Esses eram originalmente descendentes de Jacó ou Israel. Tinham a reputação de serem da linhagem de Davi. Esses quatro jovens de Judá, por intermédio dos seus nomes, testemunhavam do único e verdadeiro Deus. Quaisquer que tivessem sido as limitações do seu ambiente religioso em Judá, seus pais lhes deram nomes que serviam de testemunho ao Deus que serviam. Daniel significava: “Deus é meu juiz”; Hananias significava: “O Senhor tem sido gracioso ou bondoso”; Misael significava: “Quem é como é Deus?” e Azarias declarava: “O Senhor é meu Ajudador”.

2.3 “...e da linhagem real e dos nobres ou príncipes” (Dn 1.3-c). A palavra nobres no hebraico partemím” é um termo aparentemente usado com referência a pessoas importantes. Entre esses cativos da primeira leva estava os melhores da nação judaica, inclusive membros da casa real, provavelmente descendentes do rei Ezequias, conforme a profecia de Isaías 39.6,7. Também refere-se a ilustres famílias, e não somente à casa real de Davi. O sentido dos três termos, “Israel, linhagem real e nobres”, indica que a seleção tinha de ser feita entre os hebreus, tanto da família real como de outras famílias da nobreza.


III - TRÊS QUALIFICAÇÕES DE DANIEL
Poucas personagens no AT são tão conhecidas quanto Daniel, desarraigado da sua terra natal, educado numa sociedade estrangeira, que manteve a firmeza do caráter moral e espiritual e uma lealdade inabalável ao Deus do seu povo. As suas habilidades e a integridade inspirada pela sua fé o conduziu a altos escalões de governo. Vejamos algumas de suas qualificações:

3.1 QUALIDADES FÍSICAS - “Jovens sem nenhum defeito...” (Dn 1.4-a). Esta é a primeira de uma série de qualificações estipuladas para a seleção de homens a serem treinados na corte da Babilônia. Jovens no hebraico yeladím”, entre quatorze ou quinze anos de idade ou um pouco mais é o que parece certo. Ausência de defeito “...formoso e de boa aparência...” (Dn 1.4-b). A mesma combinação de palavras se usou em relação à beleza de Raquel (Gn 24.16; 26.7), Bate-Seba (IISm 11.3), da Rainha Vasti (Et 1.11) e de Ester (Et 2.2; 3,7). Daniel e seus amigos nobres (ou reais) eram fisicamente “perfeitos”.

3.2 QUALIDADES INTELECTUAIS - “Instruídos em toda a sabedoria, doutos em ciência, e versados no conhecimento” (Dn 1.4-c). Essas três expressões cumulativas “sabedoria, ciência e conhecimento” enfatizam a capacidade natural. A redundância da expressão hebraica é para dar ênfase e não para estabelecer distinções. Referia-se mais ao que os jovens já eram e não ao que iriam se tornar. “O programa educacional que estes jovens iriam se submeter provavelmente incluiu o estudo da agricultura, da arquitetura, da engenharia, da astrologia, da astronomia, das leis civis, da matemática e da difícil língua acádica” (CHAMPLIN, 2009, p. 3374).

3.3 QUALIDADES MORAIS - “Que fossem competentes para assistirem no palácio do rei” (Dn 1.4-d). Talentos naturais e adquiridos que capacitassem esses homens a servirem um rei esplêndido em um edifício magnífico é o que se quis dizer. Os rapazes deviam ser humildes, mas não tímidos. “E lhes ensinasse a cultura e a língua dos caldeus” (Dn 1.4-e). A frase “competentes para assistirem no palácio”, indica claramente que deveriam ter conhecimentos em diversas áreas mais também ser moralmente justos.


IV – A INTEGRIDADE DE DANIEL COMO MODELO PARA NOSSO DIAS
A decisão de não comer das iguarias do rei era muito mais do que uma questão de conveniência ou saúde (Dn 1.8). A palavra traduzida por contaminar-se “gaal”, pode significar contaminação física (Is 63.3), "mancha", contaminação moral (Sf 3.1), ou, mais frequentemente, contaminação cerimonial (Ed 2.62; Ne 7.64). Vejamos algumas lições:

4.1 Daniel um modelo de EXCELÊNCIA. Mesmo tendo sido levado muito jovem para o exílio babilônico, Daniel conhecia a Deus e não o trocaria por iguaria alguma que lhe fosse oferecida. É um modelo para os jovens (Ec 12.1), como também foram outros jovens na história bíblica como Samuel (1Sm 3.1-11), José (Gn 39.2), Davi (1Sm 16.12),Timóteo (2Tm 3.15). Durante toda a sua vida, Daniel foi um exemplo de fidelidade, integridade e de oração, pois orava três vezes ao dia, continuamente (Dn 6.10).

4.2 Daniel modelo de INTEGRIDADE numa sociedade corrupta (Dn 1.6,7). Apesar de todo o esforço de seus exatores que os trouxeram para uma terra estranha e pagã, com costumes e hábitos, dedicados a outros deuses, Daniel soube, durante toda a sua vida, manter-se íntegro moral e fisicamente. A mudança de nome não os fez esquecerem de sua fé e seu Deus Vivo e Poderoso (Dn 1.6,7).

4.3 Daniel modelo de SUPERAÇÃO pela fidelidade a Deus (Dn 1.20). Neste versículo a poderosa mão de Deus dirigiu todo o curso dos acontecimentos, bem como, a saúde física, o vigor intelectual e a capacidade de superar inteligências comuns. O texto diz que “Deus lhes deu o conhecimento e a inteligência em todas as letras e sabedoria...” (Dn 1.17), tudo aquilo que os outros príncipes do palácio não tinham.


V - OS PERIGOS E RISCOS DA ACULTURAÇÃO
Daniel era radical em sua posição e não estava aberto a mudanças, se essas interferissem em sua fidelidade a Deus. Ele e seus companheiros compreenderam que a “babilonização” era uma porta aberta para a apostasia. Daniel não negociou seus valores, não se corrompeu e nem se mundanizou. Também não satanizou a cultura, dizendo que “tudo era do diabo”, mas percorreu com sabedoria os corredores da universidade e do palácio sem se corromper. Analisemos:

5.1 O perigo da mudança dos valores (Dn 1.7). Assim que chegaram na Babilônia seus nomes foram trocados. Com isso a Babilônia queria que eles esquecessem o passado e seu Deus. A Babilônia quis remover os marcos e arrancar suas raízes. Entre os hebreus, o nome era resultado de uma experiência com Deus. A universidade da Babilônia queria tirar a convicção de Deus da mente de Daniel e de seus amigos e implantar neles novas convicções, novas crenças, novos valores, por isso mudaram seus nomes. A Babilônia mudou os nomes deles, porém, não mudou seus corações. Daniel e seus amigos não permitiram que o ambiente, as circunstâncias e as pressões externas ditassem sua conduta.

5.2 O perigo das iguarias do mundo (Dn 1.8-a). Os jovens, além de ter a melhor universidade do mundo de graça, ainda teriam comida de graça, e da melhor qualidade. Os alimentos consumidos pelos pagãos continham coisas consideradas cerimonialmente imundas para os judeus. A carne da mesa do rei era sem dúvida morta de acordo com o ritual pagão e oferecida a um deus. Os judeus estavam proibidos de comer carne sacrificada a um deus pagão (Êx 34.15). Os judeus sempre enfrentaram este problema ao comer fora de sua terra (Lv 3.17; 6.26; 17.10-14; 19.26; Os 9:3, 4; Ez 4:13, 14).

5.3 O perigo das ofertas vantajosas (Dn 1.19). Muitos judeus se dispuseram a aceitar as ofertas generosas da Babilônia. Esqueceram de Sião e dos absolutos da Palavra de Deus. A Lei já não servia mais para eles. Agora estavam num “estágio mais avançado” estudando as ciências do mundo. Além do mais, a Babilônia oferecia riquezas, prazeres e delícias. A lei de Deus, pensavam, é muito rígida, tem muitos preceitos. E assim, muitos se esqueceram de Deus e de Sua Palavra (2Rs 24.14). Para eles, tudo havia se tornado relativo e ultrapassado. No entanto, Daniel era ortodoxo, ou seja, vivia em plena obediência a Palavra do Senhor (Dn 1.8).


CONCLUSÃO
Daniel, um jovem fiel a Deus apesar de um passado de dor é um farol a ensinar-nos o caminho certo no meio da escuridão do relativismo. Seu testemunho rompeu a barreira do tempo e ainda encoraja homens e mulheres e jovens em todo o mundo a viver com integridade e santidade em nossos dias.




REFERÊNCIAS
ADEYEMO, Tokunboh. Comentário Bíblico Africano. Mundo Cristão.
CABRAL, Elienai. Integridade Moral e Espiritual: O Legado do Livro de Daniel para a Igreja Hoje. CPAD
CHAMPLIN, R. N. Dicionário de Bíblia, Teologia e Filosofia. HAGNOS.
PFEIFFER, Charles F. Comentário Bíblico Moody: Daniel. Editora Batista Regular.
STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.


Por Rede Brasil de Comunicação


segunda-feira, 13 de outubro de 2014

QUESTIONÁRIOS DO 4° TRIMESTRE DE 2014



   Integridade Moral e Espiritual –
O Legado do Livro de Daniel
para a Igreja Hoje 





Lição 01

1. Com quem tem início a história do povo judeu?
R. A história do povo judeu começa com Abraão e Sara (Gn 12.1-3).

2. Quantas tribos constituíam os reinos do Norte e do Sul?
R. O reino do Norte constituía-se de dez tribos. O do Sul, de apenas duas tribos, Judá e Benjamim.

3. Quanto tempo durou o cativeiro de Israel?
R. Setenta anos.

4. Daniel era contemporâneo de quais profetas?
R. De Jeremias e Ezequiel.

5. Quais são os dois conteúdos distintos do livro de Daniel?
R. O livro de Daniel possui dois conteúdos: o histórico e o profético.



domingo, 12 de outubro de 2014

LIÇÃO 01 - DANIEL, NOSSO “CONTEMPORÂNEO”



Dn 1.1,2; 7.1; 12.4




INTRODUÇÃO
Neste último trimestre de 2014 estudaremos mais uma riquíssima lição que tem como título: “Integridade Moral e Espiritual - o Legado de Daniel para a Igreja Hoje”. O livro de Daniel nos mostra a história de um judeu que apesar de ser deportado para a Babilônia, uma terra estranha e pagã, preservou a sua identidade moral e espiritual. Sua vida exemplar como servo de Deus se constitui num paradigma para todo aquele que deseja servir a Deus de forma agradável.


I - INFORMAÇÕES SOBRE O LIVRO DE DANIEL
1.1 Autor. O nome Daniel significa “Deus é juiz” ou “Deus é meu juiz”. A palavra Dã, significa “juízo ou justiça” (Gn 30.6; 49.16), e a expressão El é a abreviação do nome de Deus “Elohim” (Gn 1.1; Nm 23.8). Outras informações acerca de Daniel merecem destaque: “(1) era membro da família real e nasceu em Jerusalém, em 623 a.C. aproximadamente, durante a reforma de Josias e no principio do ministério de Jeremias;(2) foi levado a Babilônia por ocasião do primeiro exílio em 605 a.C., foi selecionado para o serviço real depois de um período de três anos de estudos especiais, tendo recebido o nome de “Beltessazar”, uma das divindades da Babilônia; (3) Em 603, aos 20 anos aproximadamente, Daniel foi declarado governador da província da Babilônia e chefe supremo de todos os “sábios”. (4) Durante um período de quase setenta anos, Daniel serviu a seis governadores babilônios e a dois persas. No governo de três deles (Nabucodonosor, Belsazar e Dario I) foi elevado a primeiro-ministro. Ocupou essa função durante o cativeiro final de Judá e o regresso dos cativos” (ELLISEN, 2012, p. 258).

1.2 Provas da autoria de Daniel. Seguem alguns indícios que comprovam a autoria de Daniel: “(1) Do mesmo modo que Moisés, Samuel, Esdras e outros reconhecidos autores do Antigo Testamento, Daniel registra os capítulos históricos na terceira pessoa. Ao narrar as quatro visões (Dn 7-12), escreve sempre na primeira pessoa, identificando-se muitas vezes: “eu, Daniel”(2) Ezequiel reconheceu a historicidade de Daniel na sua época, mostrando com isso que sua notável sabedoria e seu caráter integro eram legendários, comparáveis aos de Noé e Jó (Ez 14.14, 20; 28.3). (3) O autor demonstra cabal conhecimento dos hábitos, costumes, história e religiões do sexto século a.C. (Dn 1.5, 10; 2.2; 3.3, 10 etc). (4) Jesus reconheceu Daniel como o autor das visões de (Dn 9.27, 11.31 e 12.11), as últimas partes do livro (Mt 24.15). E, (5) “Josefo, historiador judeu do primeiro século, mencionou que Alexandre o Grande foi anunciado no Livro de Daniel e na sua profecia sobre o poder em ascensão na Grécia e o primeiro rei que conquistaria a Pérsia (Dn 8.21; 11.3)” (JOSEFO, apud, ELLISEN, 2012, pp. 258,259 - acréscimo nosso).

1.3 Data e Lugar. “O livro de Daniel foi escrito entre 606-534 a.C., durante o exílio do povo de Deus em Babilônia. (O exílio foi mesmo de 606 a 536 a.C.). Babilônia era a capital do império” (GILBERTO, p. 08, 2010).

1.4 Divisão do livro e tema. O livro de Daniel pode ser divido em duas partes, a saber: “(1) Parte histórica (capítulos 1 a 6) - Uma espécie de biografia de Daniel, havendo também o elemento profético, especialmente no capítulo 2. (2) Parte profética(capítulos 7 a 12) - Visão geral e pormenorizada dos últimos impérios mundiais dos tempos dos gentios, sucedidos pelo reino dos santos do Altíssimo (Dn 7.22). O tema do livro é: Deus revela o profundo e o escondido, e governa os reinos dos homens, como está escrito: “Ele revela o profundo e o escondido; conhece o que está em trevas, e com ele mora a luz” (Dn 2.22). “Até que conheças que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens, e o dá a quem quer” (Dn 4.25-b)” (GILBERTO, p. 08, 2010 - acréscimo nosso).

1.5 Características especiais desse livro. “Oito características principais assinalam o livro de Daniel. (1) É o mais breve dos quatro profetas maiores e o mais lido e estudado de todos os profetas do AT. (2) Nos trechos proféticos do NT, Daniel é mais frequentemente citado ou aludido do que qualquer outro livro do AT. (3) É o “apocalipse” do AT e, como o de Apocalipse do NT, revela grandes temas proféticos de vital importância para a igreja do tempo do fim. (4) Contém o resumo profético mais detalhado de toda a história final do AT. É a única profecia do AT que estabelece a data do primeiro advento de Cristo (Dn 9.24-27). (5) Revela mais a respeito do autor humano do que qualquer outro escrito profético do AT (com a possível exceção de Jeremias). (6)Contém o melhor exemplo de intercessão pela restauração do povo de Deus baseada nas inspiradas promessas da Palavra de Deus (ver cap. 9, baseado em Jr 25.11-16; 29.7,10-14). (7) As histórias de Daniel e dos seus amigos estão entre as mais queridas da Bíblia.(8) O episódio da “escritura na parede” durante o banquete de Belsazar é muitíssimo conhecido por toda a parte (Dn 5)” (STAMPS, 1995, p. 1243).

1.6 O livro de Daniel ante o NT. “A influência de Daniel no NT vai muito além das cinco ou seis vezes que o livro é citado diretamente. Muito da história e da profecia de Daniel reaparece nos trechos proféticos dos Evangelhos, das Epístolas e do Apocalipse. A profecia de Daniel a respeito do Messias vindouro contém uma descrição dEle como (1) a “grande pedra” que esmagaria os reinos do mundo (Dn 2.34,35,45); (2) O Filho do homem, a quem o Ancião de Dias daria o domínio, a glória e o reino (Dn 7.13,14); e (3)“O Messias, o Príncipe” que viria e seria tirado (Dn 9.25,26)” (STAMPS, 1995, p. 1243).

1.7 Propósito do livro. “Há duplo propósito no livro de Daniel: (1) dar ao povo do concerto do AT a certeza de que o juízo de seu cativeiro entre as nações gentias não seria permanente; e (2) legar ao povo de Deus, no decurso da história, as visões proféticas da soberania de Deus sobre as nações, e do triunfo final do seu reino na terra. Este duplo objetivo é demonstrado no decorrer do livro, nas vidas de Daniel e de seus três amigos, e na mensagem e ministério proféticos de Daniel. O livro afirma que as promessas de Deus, de preservar e restaurar o seu povo, são tão firmes como o reino messiânico vindouro que durará para sempre” (STAMPS, 1995, p. 1242).


II - DANIEL, O APOCALIPSE DO ANTIGO TESTAMENTO
O livro de Daniel é tido por muitos estudiosos da Bíblia como o Apocalipse do Antigo Testamento, por causa da abundância de previsões escatológicas que ambos possuem de forma que, um não pode ser entendido sem o outro. “Daniel é o primeiro grande livro do Apocalipse. Embora apocalipse seja simplesmente uma palavra grega significando “descobrimento” ou “revelação” e é portanto com bastante propriedade um nome para todas as Escrituras, especialmente as porções preditivas, os teólogos e os exegetas costumam agora aplicá-la exclusivamente a certos tipos de literatura da qual Daniel é o único exemplo no AT e o Apocalipse é o único no NT” (MOODY, sd, p. 24-acréscimo nosso). Há uma estreita afinidade entre os temas escatológicos de Daniel e Apocalipse, como se segue:

TEMAS ESCATOLÓGICOS ABORDADOS NO LIVRO DE
 DANIEL E APOCALIPSE
A grande tribulação
Dn 9.27; Ap 7.14
O anticristo
Dn 11.36-45; Ap 13.1-8
A segunda fase da segunda vinda de nosso Senhor Jesus Cristo
Dn 7.13,14; Ap 1.7
O triunfo do reino de Deus
Dn 7.18; Ap 20.4
A ressurreição dos justos e dos ímpios
Dn 12.2; Ap 20.5,6; 20.12,13
O Juízo final
Dn 7.9,10; Ap 20.11-15


III - DANIEL, UM MODELO DE SERVO DE DEUS
O conteúdo histórico do livro de Daniel relata a sua vida piedosa. Os desafios que ele enfrentou, retratam a realidade contemporânea, e a postura que assumiu diante da hostilidade a sua fé, nos ensina como devemos agir diante dos embates atuais. Elencamos aqui alguns traços do caráter desse justo servo de Deus:

VIRTUDES DO PROFETA DANIEL
Foi um homem exemplar, moderado e capaz de renunciar
(Dn 1.8-11)
Corajoso
(Dn 2.1 3 -1 6 ; 6.7-11)
Humilde
(Dn 6.4)
Grande aos olhos de Deus
(Dn 10.11,19)
Fiel em tudo
(Dn 6.4)
Pessoa de oração
(Dn 6.10 ; Ez 14.14)
Reconhecido e honrado
(Dn 2.48; 6.23; 12.13)


CONCLUSÃO
O livro da Daniel nos traz um duplo ensinamento: primeiro, sua história se constitui num testemunho de que é possível servir a Deus fielmente em uma cultura hostil; segundo que Deus tem o controle do futuro em suas mãos e que apesar da maldade humana, seu plano soberano será estabelecido.



REFERÊNCIAS
ELISSEN, Stanley. Conheça melhor o Antigo Testamento. VIDA.
GILBERTO, Antonio. Daniel & Apocalipse. CPAD.
SILVA, Severino Pedro da. Daniel versículo por versículo. CPAD.
STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.


Por Rede Brasil de Comunicação


QUESTIONÁRIOS DO 3° TRIMESTRE DE 2014



   Fé e Obras –
Ensino de Tiago para uma
Vida Cristã Autêntica





 Lição 13

1. No versículo nove, Tiago adverte-nos acerca do quê?
R. No versículo nove, Tiago adverte-nos acerca do dia do juízo divino. O Juiz está às portas!

2. Como se sentiam os crentes a quem Tiago escreveu?
R. Os crentes a quem Tiago escreveu sentiam-se orgulhosos por ser comparados aos personagens do Antigo Testamento.

3. Diante das adversidades, ou nos períodos de bonança, o que a Bíblia nos recomenda?
R.  A Bíblia nos recomenda adorar a Deus.

4. O que denota a orientação de se chamar os presbíteros, ou anciãos da comunidade cristã, para orar por um enfermo e ungi-lo com azeite?
R. A orientação de se chamar os presbíteros, ou anciãos da comunidade cristã, para orar por um enfermo e ungi-lo com azeite, denota a ideia de respeito que os crentes tinham com esses ministros.

5. Como a conversão é ilustrada nos versículos finais da Epístola de Tiago?
R. Nos versículos finais da epístola, a conversão é ilustrada como literalmente retornar à verdade original da qual alguém um dia se afastou.



quarta-feira, 8 de outubro de 2014

LIÇÃO 13 - A ATUALIDADE DOS ÚLTIMOS CONSELHOS DE TIAGO



 Tg 5.7-20




INTRODUÇÃO
Nesta última lição deste trimestre, analisaremos diversos conselhos práticos para a vida cristã ensinados por Tiago, tais como: a importância de se esperar em Deus com paciência, tendo como exemplo a figura agricultor e do patriarca Jó; o apóstolo exorta que utilizemos o eficaz recurso da oração nas aflições, enfermidades e confissão de pecados. E, por fim, exorta-nos a resgatarmos os irmãos que se desviaram fazendo-os regressarem a comunhão perdida.


I - O AGRICULTOR: UM EXEMPLO DE ESPERANÇA, PACIÊNCIA E PERSEVERANÇA
“Tiago agora passa a aconselhar o pobre oprimido. Suas instruções são no sentido do pobre suportar com paciência sua situação econômica e social à vista da iminente volta, do Senhor. Como exemplo de alguém que deve exercitar a paciência, Tiago cita o caso do lavrador que espera “o precioso fruto da terra”. Na Palestina, as primeiras chuvas (outubro/novembro) vinha depois da semeadura e as últimas chuvas (abril/maio) quando os campos já estavam amadurecendo. Ambas eram de suma importância para o sucesso da colheita. Do mesmo modo o cristão, diz Tiago, não deve perder a paciência diante das adversidades, mas deve estabelecer firmemente o seu coração à vista do fato de que “a vinda do Senhor está próxima” (MOODY, sd, p. 24 - acréscimo nosso).

CARACTERÍSTICAS DO AGRICULTOR
DEFINIÇÃO E REFERÊNCIAS
a) Esperança. “Eis que o lavrador espera o precioso fruto da terra” (Tg 5.7-a).
No grego “elpis” que quer dizer “expectativa favorável e confiante”. Tem a ver com o que não se vê e o futuro (Rm 8.24,25).
b) Paciência“aguardando-o com paciência” (Tg 5.7-b).
No grego “hupomone”, que significa literalmente“permanência em baixo de”. A paciência que só se desenvolve nas provas (Tg 1.3).
c) Perseverança“até que receba a chuva temporã e serôdia” (Tg 5.7-c).
No grego “proskarteresis” que significa“constância”“paciência”. A forma verbal desta palavra significa “aderir”“persistir”“ocupar-se em”“passar muito tempo em” (Ef 6.18).


II - TIAGO EXORTA QUANTO A PACIÊNCIA, PRUDÊNCIA E A ORAÇÃO
2.1 Exortação a paciência tendo como modelo o patriarca Jó (Tg 5.10,11). “Além dos lavradores, também, os profetas são citados como exemplos de “sofrimento e paciência”. Jó era tradicionalmente considerado um profeta, e aqui foi explicitamente citado como um exemplo de perseverança. Este é o único lugar do NT, onde Jó foi mencionado. O ponto principal da ilustração de Jó é que a paciente perseverança mantém-se sobre a convicção de que as dificuldades não são sem significado, mas que Deus tem alguma finalidade e propósito nelas, o que Ele há de realizar” (MOODY, sd, p. 24). A Bíblia ensina que a tribulação produz paciência (Rm 5.3; Tg 1.3).

2.2 Exortação quanto aos juramentos tendo como base o ensinamento de Cristo (Tg 5.12). “Uma vez mais, Tiago menciona as palavras de Jesus em seu ensino doutrinário (Mt 5.33-37). O irmão de Jesus e pastor da Igreja em Jerusalém não está condenando os juramentos solenes, pois eram uma antiga prática judaica, legalmente válida, quando se precisava atestar uma palavra empenhada (Êx 22.11). Assim como foi instado a fazer Jesus perante Caifás (Mt 26.63,64), e Paulo, ao expressar seu zelo para com a Igreja (Rm 1.9; 9.1). Tiago está condenando o uso leviano do santo nome de Deus ou de qualquer pessoa ou objeto sagrado para garantir a verdade do que se diz. Os cristãos devem ser conhecidos como pessoas cujas palavras são absolutamente dignas de crédito, sem nem mesmo a necessidade de juramentos” (JAMES, 2007, p. 09).

2.3 Exortação quanto a prática da oração tendo como exemplo o profeta Elias (Tg 5.13-18). Para exemplificar o poder da oração, Tiago cita o profeta Elias, que sendo um homem com as mesmas limitações que temos, orou ao Senhor para que não chovesse e não choveu; em seguida orou para que chovesse e assim foi (I Rs 17.1; 18.1). Segundo Tiago, a oração de um justo realiza muitas coisas (Tg 5.16-b), entre as quais podemos citar: (1) leva-o mais perto de Deus (Hb 7.25); (2) abre caminho para uma vida cheia do Espírito Santo (Lc 11.13; At 1.14); (3) dá-lhe poder para servir e para a devoção cristã (At 1.8; 4.31,33; Ef 3.14-21); (4) edifica-o espiritualmente (Jd 20); (5) dá-lhe compreensão da provisão de Cristo por nós (Ef 1.18,19); (6) ajuda-o a vencer a Satanás (Dn 10.12,13; Ef 6.12,18); (7) esclarece a vontade de Deus para ele (Sl 32.6-8; Pv 3.5,6 Mc 1.35-39); (8) capacita-o a receber dons espirituais (I Co 14.1); (9) leva-o a comunhão com Deus (Mt 6.9; Jo 7.37; 14.16,18,21) e, (10) outorga-lhe graça, misericórdia e paz (Fp 4.6,7; Hb 4.16).


III - CONSELHOS DE TIAGO PARA QUEM SOFRE, PARA QUEM ESTÁ ENFERMO E EM PECADO
Em sua epístola, Tiago deu o devido valor a prática da oração mencionando-a várias vezes (Tg 1.5,6; 4.2,3; 5.13-18). A Bíblia ensina o cristão a orar em todo tempo (I Ts 5.17). Todavia, o apóstolo elenca alguns momentos e circunstâncias na vida onde devemos buscar o socorro de Deus em oração:

3.1 Oração na aflição (Tg 5.13). Essa palavra do apóstolo visa descrever aqueles que sofrem por qualquer tribulação, aperto, necessidade, privação ou enfermidade. Diante de qualquer circunstância difícil diz Tiago “ore”. Temos diversos exemplos de pessoas que recorreram a Deus em momentos de aflição e foram por Ele aliviados (2 Cr 32.12,13; Sl 18.6; Lc 22.44; 2 Co 12.7-10). Mas, por quais razões devemos orar na aflição? (1ª)Porque a oração é um ato de fé que pode solucionar problemas e trazer alegria (Gn 25.21; I Sm 1.10-18); (2ª) porque a oração pode ajudar o crente a mostra-se capaz de suportar suas tribulações (II Co 12.8,9; Ef 6.18); (3ª) porque a oração pode distrair a mente do salvo em suas tribulações (Fp 4.6,7; I Pe 5.7); e, (4ª) porque a oração é um exercício espiritual que melhora a qualidade espiritual da alma, ainda que o homem mortal continue a padecer sob circunstâncias adversas (Lc 22.44; At 7.60).

3.2 Oração quando se está enfermo (Tg 5.14,15). Certamente o texto em foco refere-se aos doentes no corpo físico. A recomendação do apóstolo para aqueles que encontram-se nessa condição é de recorrerem ao presbítero a fim de pedir oração, crendo que sua saúde pode ser restaurada. Isto não é uma sugestão de que Deus sempre atende a oração do crente com um sim. Toda oração, inclusive a oração pela cura, fica sujeita à vontade de Deus (II Co 12.8,9; I Jo 5.14). Deve-se destacar também que a prática de ungir a cabeça do enfermo, não indica que o óleo possui poder curador. Embora na cultura judaica o azeite de oliveira era considerado com propriedades medicinais (Lc 10.34). A ideia original é que esse óleo fosse usado como um sinal visível e tangível do poder de Deus representando a unção do Espírito Santo. Biblicamente, o que pode proporcionar cura é o nome do Senhor conforme o próprio Jesus e os seus santos apóstolos ensinaram (Mc 16.17,18; At 3.6,7; Tg 5.14,15).

3.3 Confissão de pecados contra Deus e contra o próximo (Tg 5.15-16). A origem das enfermidades está no pecado original, nem sempre num pecado pessoal (Gn 3.17-19; Jo 9.1-3). Todavia, existem casos também onde a pessoa encontra-se enferma por causa de uma transgressão cometida (Sl 32.3,4; II Cr 26.19; Jo 5.14). Por isso, Tiago diz: “e, se houver cometido pecados” lançando luz sobre esta verdade. Em caso de pecado que fira a santidade da igreja, o transgressor confessa a Deus e pede orientação ao pastor e/ou presbítero para que se necessário for, seja aplicada a disciplina pela igreja, dependendo da gravidade do pecado (Tg 5.15; I Co 5;6). No segundo caso, se o pecado está no campo dos relacionamentos interpessoais, o apóstolo recomenda “confessar as suas culpas uns aos outros”. Isso visa o encorajamento mútuo, como também a busca da reconciliação e perdão dos irmãos entre si.


IV - A PERSPECTIVA DE TIAGO EM RELAÇÃO AOS IRMÃOS DESVIADOS
4.1 A possibilidade do abandono da fé (Tg 5.19). A expressão “se algum dentre vós se tem desviado” indica claramente a possibilidade do crente se afastar da verdade que abraçou. “A palavra “se desviar” usada por Tiago no grego é “planao”, que quer dizer “desviar-se” ou “fazer desviar-se”em seu uso moral significa o desvio da fé para o pecado, da verdade para o erro” (CHAMPLIN, 2005, p. 84). O apóstolo possivelmente está fazendo alusão aos judeus cristãos que sofriam perseguições por parte dos judeus patrícios por haverem deixado o judaísmo e aceitado Jesus como Messias (I Ts 2.14; At 8.1,3; 12-1-3; 17.1-8; Hb 10.33,34). Nas Escrituras encontramos alguns exemplos dessa triste realidade. Os cristãos da Galácia estavam à beira de se desviar de que a justificação diante de Deus é pela fé, sem as obras da lei (Gl 3.1; 4.8-10; 5.7). Há casos individuais como Himeneu e Alexandre (I Tm 2.20; II Tm 4.14) e Demas (II Tm 4.10). A exortação a perseverar na fé indica claramente que a ideia de uma vez salvo, salvo para sempre é enganosa e extremamente nociva (Jo 8.31; 15.1-6; At 11.23; 13.43; 14.22; I Ts 3.2-5; Ap 2.25).

4.2 A possibilidade do regresso a fé (Tg 5.19,20). Assim como existe a possibilidade do crente desviar-se da verdade, Tiago diz que ele também pode ser reconduzido (Tg 5.19). A expressão “converter” literalmente é “fazer que a pessoa se volte completamente”. Trata-se de uma reviravolta completa que as Escrituras usualmente retratam como “arrependimento” (Is 6.10; Ez 33.11; At 3.19; 9.35; 2 Co 3.16). “O cristão, que se desvia do Caminho, mas que é reintegrado, tem todos os seus pecados absolvidos pelo poder do sangue remidor de Cristo, além de produzir grande júbilo espiritual em seus irmãos na Igreja, e a manutenção do bom testemunho dos cristãos perante o mundo (Hb 6.4-8; 2 Pe 2.20-21; 1Co 11.30; 1Jo 5.16)” (JAMES, 2007, p. 10).


CONCLUSÃO
Os conselhos do apóstolo Tiago são extremamente necessários para a saúde espiritual da igreja em todo tempo. Paciência, oração, confissão de pecados e amor ao próximo são atitudes que revelam o verdadeiro cristianismo.



REFERÊNCIAS
·         STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
·         MOODY, D. L. Comentário Bíblico de Tiago. PDF.
·        CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. HAGNOS.



Por Rede Brasil de Comunicação