Lc 4.1-13
INTRODUÇÃO
Como foi sua aula anterior? Como sua
classe reagiu? Espero que tenha sido de forma positiva! Nesta lição estaremos
estudando sobre um dos assuntos polêmicos entre os teólogos – A Tentação do
Filho de Deus. No registro de Lucas existem detalhes que diferem do relato do
Evangelista Mateus, porém, nada que comprometa o conteúdo da mesma. Portanto, abordaremos a realidade e o
conceito de tentação, depois veremos a diferença de tentação e provação, em
seguida, trataremos dos ataques do Inimigo e, por fim, citaremos algumas lições
de como vencer a tentação. Desejo a todos uma Excelente aula!
I.
TENTAÇÃO: UMA REALIDADE HUMANA.
Existe um longo debate teológico sobre
a questão: “A Tentação de Jesus foi ou
não real”? E ainda: “Jesus poderia
ceder ou não à Tentação”? As respostas dessas indagações não são
consensuais entre os estudiosos, porquanto se referem à pecabilidade ou
impecabilidade do Filho do Homem. Não há, portanto, resposta fácil para esse
assunto. Todavia, à luz do ensino bíblico, a tentação de Jesus foi real e não
apenas uma encenação ou coisa semelhante. Lucas mostra nitidez em seu relato em
evidenciar o lugar, o tempo e o agente causador da tentação. Ele diz: “E
Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi levado pelo Espírito ao
deserto, onde por quarenta dias foi tentado pelo Diabo. Naqueles dias não comeu
coisa alguma, e terminados eles, teve fome” (vv.1,2).
Embora todos os evangelistas sinóticos
mencione o episódio da tentação de Jesus (Mt 4.1; Mc 1.12,13; Lc 4.1), Lucas é
único que evidencia o fato de Jesus precisar ser “cheio do Espírito Santo”
para enfrentar as investidas do Inimigo. Assim, ele deixa implícito ter Jesus
consciência da realidade da tentação, pois o mesmo ocorre após Seu batismo (Mt
3.16,17; Lc 3.21,22). A tentação, portanto, é uma realidade da qual toda raça
humana está sujeita (1 Co 10.13); realidade essa, que não isentou nem mesmo a
Jesus – o Homem Perfeito. Mas, o que é tentação?
1. Conceituando o termo “tentação”.
A Tentação é, segundo o Dicionário
Aurélio, “o ato ou efeito de tentar; disposição de ânimo para prática de coisas
diferentes ou censuráveis”. Teologicamente, a tentação é o estimulo que leva à
prática do pecado. Embora a tentação, em si, não constitua pecado, o atender às
suas reivindicações caracteriza a transgressão das leis divinas. Portanto,
biblicamente, podemos dizer que a tentação é o convite ao pecado (Tg 1.14,15).
2. Diferenciando tentação de provação.
Mas, afinal, Jesus foi provado ou
tentado? O termo grego “peirasmos” em
Lc 4.2, dependendo do contexto, pode significar “tentação” ou “provação”.
Quando, no contexto, o termo estiver sendo utilizado pela pessoa de Deus,
então, trata-se de provação; mas, se estiver sendo utilizado pelo Diabo, então,
trata-se de tentação. Em outras palavras, Deus prova-nos e o Diabo nos tenta. O
próprio irmão do Senhor, Tiago, nos ensinou: “Ninguém, sendo tentado, diga: De Deus sou
tentado; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e a ninguém tenta”
(Tg 1.13). Assim, a tentação é sempre uma indução ao mal, ao pecado. A
provação, no entanto, não tem esse sentido. Portanto, Jesus foi levado pelo
Espírito ao deserto para ser provado e, nesta mesma ocasião, recebe a visita do
Diabo para ser tentado.
Ressaltamos, ainda, que o texto de Mt 4.1
diz que “Jesus foi levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo Diabo”.
Segundo o exegeta Genival Silva, a oração “para
ser tentado pelo Diabo” é, na língua original, uma oração reduzida de
infinito subordinada adverbial consecutiva. Pois o termo grego peirasthenai, exprime uma consequência
ou resultado e não uma ideia final. Assim, numa tradução livre a ideia é: “e
como consequência lá foi tentado pelo Diabo”.
II. OS ATAQUES DO TENTADOR
A
tentação de Jesus foi uma tentativa de desviá-lo da perfeita obediência à
vontade de Deus. Porém, em cada investida, veremos que Cristo submeteu-se à
autoridade da Palavra de Deus, ao invés de submeter-se aos desejos astutos de Satanás
(Mt 4.4,7,10; Lc 4.4,8,12). Vejamos, pois, com mais detalhes cada um desses ataques:
1. Primeira investida.
A
primeira tentação ocorre na esfera das necessidades físicas (vv.3,4). Após quarenta dias de jejum, certamente que a fome de Jesus era
intensa. Então, Satanás diz: “Se tu és o Filho de Deus, dize a esta pedra
que se transforme em pão” (v.3). Sobre o jejum feito por Jesus, Donald
Stamps comenta: “Jesus jejuou 40 dias, e
‘depois teve fome’, e a seguir foi tentado por Satanás a comer. Isto pode
indicar que Cristo absteve-se de alimentos, mas não de água. Abster-se de água
por 40 dias requer um milagre. Uma vez que Cristo teve que enfrentar a
tentação, como representante do homem ele não poderia empregar nenhum outro
meio para vencê-la além do de um homem cheio do Espírito Santo”. Além
disso, o “se” aqui, segundo Lawrence Richards, significa “já
que”. Satanás sabe que Jesus está debilitado fisicamente, e não só
isso, que Ele é o Filho de Deus (Lc 4.34). Stamps comenta ainda: “Segundo a literatura médica, trinta a
quarenta dias de completos jejuns exaure as energias do corpo, causa fome
intensa e aproxima o indivíduo da exaustão”. Por isso, o inimigo induz
Jesus para que use de seus atributos divinos para satisfazer suas necessidades
pessoais. Mas, se Jesus assim procedesse, estaria desobedecendo a Deus e, consecutivamente,
falhando em Sua missão. Pois, pecaria em submeter-se às sutilezas de Satanás.
Mesmo
nesse estado de fraqueza, Jesus permanece fiel aos desígnios do Pai e responde:
“Está
escrito que nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra de Deus”
(v.4). Em sua resposta, resistindo a tentação, Jesus usa o texto de Dt 8.3, mostrando
que as coisas espirituais são mais necessárias do que as materiais (Mt 6.33; Cl
3.1,2; Tg 2.5). Logo, não existe bem-estar humano sem submissão e fé em Deus
(Lc 12.19-21; Hb 11.6; 10.38). Aliás, ainda hoje, Satanás usa a mesma artimanha
quando convence os homens de que ter abundância, fartura ou prosperidade
material é melhor do que desfrutar da comunhão com Deus. Stamps conclui: “Quem se entrega ao egoísmo, na realidade já
se rendeu a Satanás”. Este é o evangelho da ostentação e do entretenimento!
2.
Segunda investida.
A segunda tentação é a irresistível oferta de
exercer autoridades sobre os reinos da terra (vv.5-8). Visto que sua primeira investida falhou, o Diabo, então,
intensifica o segundo ataque e leva Jesus a um alto monte mostrando-lhe todos
os reinos do mundo, e diz: “Dar-te-ei toda esta autoridade e a glória
destes reinos, pois a mim foi entregue, e a dou a quem eu quiser. Portanto, se
me adorares, tudo será teu” (vv.6,7). É bem verdade que Satanás é o
príncipe deste mundo (Jo 12.31; 16.11), e que ele domina o mesmo (Ef 2.2; 1 Jo
5.19). Todavia, é ao Criador que pertencem todas as coisas, inclusive Satanás, pois:
“a
terra é do Senhor, e toda a sua plenitude” (1 Co 10.26; Sl 24.1; Dt
10.14). Logo, Jesus sabe que Satanás só trabalha com a mentira, pois disse: “não
há verdade nele” (Jo 8.44). A semelhança do ocorrido no Éden, quando o
Diabo enganou a Adão e Eva utilizando-se de meia-verdade (Gn 3.4,5); desejava
ele igualmente, utilizando a mesma técnica maligna, fazer o mesmo com Jesus.
Porém, o Mestre diz: “Está escrito: Adorarás ao Senhor teu Deus, e
só a ele servirás” (v.8). Outra vez Satanás fracassa! Jesus resiste ao seu
ataque citando Dt 6.13.
Verdadeiramente,
o Reino que Jesus veio estabelecer é muito diferente do ofertado pelo Diabo.
Donald Stamps comenta: “O reino de Jesus,
na presente era, não é um reino deste mundo (Jo 18.36,37). Ele recusa um reino
para si através dos métodos mundanos de transigência, poder terreno, artifícios
políticos, violência, domínio, popularidade, honra e glória humanas. O reino de
Jesus é um reino espiritual, no coração dos seus, os quais foram tirados do
mundo”. O Apóstolo Paulo foi bastante especifico quanto à questão: “Pois
o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito
Santo” (Rm 14.17). No entanto, quantos não estão buscando justamente a
proposta ofertada pelo Diabo a Jesus, seja na vida secular ou na eclesiástica! Como
asseverou Jesus, certa vez, sobre o Diabo: “não compreende as coisas que são
de Deus, mas, sim, as que são dos homens” (Mt 16.23). Satanás sabe que
o coração do homem busca poder, riquezas, posição, busca ser celebrado, quer
ser chamado, assim como ele, de “senhor”. Todavia, fazer negócio com Satanás é
sempre um mau negócio! Infelizmente, muitos não levando em conta esta verdade,
se encontram curvados diante o Diabo.
3.
Terceira e última investida.
A
terceira tentação é uma averiguação da veracidade das promessas de Deus
(vv.9-12). Embora o Diabo tenha fracassado duas vezes, ele não se dá por
vencido. Logo, ele revolve mudar de estratégia e intensifica ainda mais o seu fulminante
e ardiloso ataque. Vendo que Jesus sempre usava a Palavra de Deus contra ele,
sagazmente utiliza o Diabo a mesma Palavra contra Jesus, mas, de forma
distorcida. O Diabo, então, diz: “Se tu és o Filho de Deus, lança-te daqui
abaixo. Pois está escrito: Mandará aos seus anjos, acerca de ti, que te
guardem, e que te sustenham nas mãos, para que não tropeces com o teu pé em
alguma pedra” (vv.9-11).
Segundo
Lawrence Richards, o “se” da frase ‘Se tu és o filho de Deus’ do versículo 9, no termo original,
exprime a ideia de incerteza. Ou seja, diferente do outro “se” do versículo 3 que significa “já que”, o “se” do
versículo 9 exprime a ideia de dúvida. Isto acontece devido a estrutura
gramatical do grego que pode fazer com que o “Se” condicional expresse a ideia
de dúvida ou de certeza. Assim, Satanás estava dizendo: “Se realmente és Filho de Deus”.
Assim, Satanás busca colocar em Cristo dúvida sobre sua identidade. Além disso,
em sua astúcia e sagacidade, ele acrescenta ao seu jargão predileto o texto de
Salmos 91.11,12, ao dizer ‘Está Escrito’. Desta forma, o Diabo lança a
promessa divina fora de seu devido contexto com o propósito de fazer com que
Jesus renunciasse sua condição humana e agisse como Deus. Jesus encontrava-se,
segundo os evangelistas sinóticos, no Pináculo do Templo (Mt 4.5; Lc 4.9); esta
parte do Templo se unia ao Pórtico de Salomão e o Pórtico Real. Se Jesus
tivesse se jogado, haveria uma queda livre de 150 metros até o fundo do ribeiro
de Cedron. Porém, Jesus diz: “Dito está: Não tentarás o Senhor teu Deus”
(v.12).
Novamente
o Diabo é vencido, embora tenha usado a Palavra, ele não a usou legitimamente
como fez Jesus ao citar Dt 6.16. Richards comenta: “Em cada caso Jesus relembra um principio encontrado na Palavra de Deus
e age de acordo com ele. Precisamos estudar e conhecer as Escrituras, mas,
sobretudo, praticar seus princípios”. Este foi o diferencial entre Jesus e
o Diabo ao usarem a Palavra de Deus (Mt 7.21; Tg 1.22; Rm 2.13). O Mestre
pregava o que vivia, mas o Diabo pregava o que não vivia e, além disso, ainda
distorcia a verdade de Deus. Stamps comenta: “Satanás empregou a Palavra de Deus com a finalidade de tentar a Cristo
a pecar. Às vezes, o descrente emprega as Escrituras com na tentativa de
persuadir o crente a fazer algo que aquele sabe que está errado ou que é
impróprio. Alguns textos bíblicos, retirados do seu contexto, ou não comparados
com outros trechos da Palavra de Deus, podem até mesmo dar aparência de
justificar o comportamento pecaminoso” (1 Co 6.12). Por isso, o Apóstolo Pedro
adverte seus leitores ao dizer que “Nenhuma profecia da Escritura é de
particular interpretação” (2 Pe 1.20).
Diferentemente
de Jesus que, persuadido pelo Diabo, não realizou- lhe o desejo de saltar do
Pináculo do Templo, em uma demonstração sensacionalista da sua divindade. Muitos,
hoje, lamentavelmente estão caindo na tentação de ser visto, de ser notado, de ser
admirado e celebrado! Eles não metem esforços em seu exibicionismo! Ao
contrário de Cristo que nasceu em um lugar onde não havia holofotes (Lc 2.7), que
ensinou a evitar a popularidade (Mt 6.1-6,16-18), e nunca buscou ser celebridade
(Mt 8.4; Mc 5.43). Muitos, infelizmente, esqueceram o exemplo e até os
ensinamentos de Cristo! Portanto, não façamos o jogo do Diabo como muitos, mas
valorizemos o anonimato. Pois, o anonimato é o lugar onde Deus realiza grandes
coisas (Jo 3; 4; 5.17 cf Is 64.4; 1 Rs 19.11-13), onde os verdadeiros
adoradores servem a Deus (Mc 14.15,16)!
III. APRENDENDO A VENCER A TENTAÇÃO
Lucas
conclui o relato da tentação enfatizando que “Tendo o Diabo acabado toda a
tentação, ausentou-se dele até momento oportuno” (v.13). Isto deixa claro que não era a primeira e
muito menos a última tentativa de Satanás. Como já dito, mesmo vencido ele não
se dá por derrotado! Por isso, vejamos algumas recomendações para vencermos a
tentação:
1.
Vigilância – Com toda certeza essa
foi uma das armas espirituais usadas por Jesus, pois ele mesmo ensinou; “Vigiai
e orai, para que não entreis em tentação” (Mt 26.41; Mc 14.38).
2.
Oração – Mesmo sendo o Filho de
Deus, Jesus jamais se descuidou de orar, pois Ele sabia o valor dessa arma
espiritual (Lc 6.12). Aliás, foi Ele quem disse: “Orai, para que não entreis em
tentação” (Lc 22.40,46).
3.
Jejum – Jesus, certa vez, ensinou
que casta de demônios só sai com jejum e oração (Mt 17.21; Mc 9.29). Por isso,
Ele sabia que precisaria desta arma, portanto jejuou “quarenta dias e quarenta noites”
(Mt 4.2). Lucas enfatiza que Ele “naqueles dias não comeu coisa alguma”
(Lc 4.2).
4.
Palavra de Deus – Como vimos, em
todas as investidas do Diabo, Jesus sempre usou a Palavra de Deus (Lc 4.4,8,12).
Ora, sabemos hoje, através da carta de Paulo aos Efésios que a Palavra de Deus
é a espada do Espírito (Ef 6.17). Logo, trata-se da principal arma ofensiva dos
filhos da luz, da qual se faz necessário que todo salvo maneje-a bem (2 Tm
2.15). Jesus,
como nosso maior exemplo, mostrou sua habilidade usando a espada do Espírito ao
citar contra Satanás três referencias do Antigo Testamento (Dt 8.3; 6.13,16).
Que sigamos seu exemplo!
5.
O Espírito Santo – Para muitos,
hoje, o auxílio do Espírito parece não ser mais necessário, pois depositaram a
fé em seus conhecimentos intelectual e teológico. Isto sem mencionar outros recursos humanos
como psicologia, marketing, entre outros. Todavia, como vimos, o próprio Senhor
Jesus necessitou ser “cheio do Espírito Santo” (Lc 4.1)
para vencer o tentador, quanto mais cada um de nós! Por isso, observemos o
conselho de Paulo: “Enchei-vos do Espírito” (Ef 5.18).
Parece
não faltar mais nada! Concorda? Na verdade, envolvido com todos esses “ingredientes”
está a FÉ, pois está escrito: “Ora, sem fé é impossível agradar a Deus,
porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e
que é galardoador dos que o buscam” (Hb 11.6). Portanto, a fé será
sempre a mais importante arma espiritual para vencermos a tentação, e também o Diabo,
pois disse Tiago: “Sujeitai-vos, pois, a Deus. Resisti ao Diabo, e ele fugirá de vós”
(Tg 4.7).
CONCLUSÃO
Vimos
que a tentação é uma realidade que não existe cura, mas que há, sim,
tratamento. Jesus mostrou-nos como evitá-la, e até mesmo vencê-la. Este fato é
comentado pelo autor da carta aos Hebreus, que diz: “Pois não temos um sumo
sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas, porém um que, como
nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado” (Hb 4.15). O Diabo foi
derrotado no deserto (Mt 4.1; Lc 4.1) e, também, em outros embates (Lc 10.18,19;
Mc 5.1-20). Porém, foi na cruz que Jesus venceu definitivamente o Diabo (Cl
2.15; Hb 2.14). Portanto, o cristão autêntico não vive na prática do pecado (1
Jo 3.9). Todavia, se ele tropeçar pelas pedras do Inimigo, “temos um Advogado para com o Pai, Jesus
Cristo, o justo” (1 Jo 2.1). Deus abençoe a todos!!
REFERÊNCIAS
Ø RICHARDS,
Lawrence. Guia do Leitor da Bíblia.
CPAD.
Ø STAMPS,
Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal.
CPAD.
Ø ANDRADE,
Claudionor de. Dicionário Teológico. CPAD.
Ø GONÇALVES,
José. Lucas – O Evangelho de Jesus, o
Homem Perfeito. CPAD.
Ø GONÇALVES,
José. Lições Bíblicas. (2º Trimestre de 2015). CPAD.
Ø RENOVATO,
Elinaldo. Lições Bíblicas. (1º Trimestre de 1999). CPAD.