terça-feira, 28 de abril de 2015

QUESTIONÁRIOS DO 2° TRIMESTRE DE 2015





   JESUS, O HOMEM PERFEITO –
O Evangelho de Lucas,
o médico amado





Lição 04

Para Refletir
Sobre os ensinos do Evangelho de Lucas, responda:


De que forma a lição explica a tentação de Jesus?
Ela explica que a tentação é uma realidade humana. Como homem Jesus também sofreu várias tentações. Porém, Ele venceu todas.

Qual foi a primeira tentação de Jesus?
A primeira tentação foi a sugestão do Diabo de Jesus transformar as pedras do deserto em pães. Ele sabia que Jesus estava em jejum e, certamente, estava com fome.

Qual foi a segunda tentação?
A segunda tentação foi a oferta que o Diabo fez a Jesus de autoridade sobre os reinos da terra (Lc 4.5-8).

Satanás tentou derrotar Jesus usando até mesmo o quê?
Ele usou até mesmo a Palavra de Deus. Porém, que fique claro, o Diabo utilizou a Palavra de Deus de forma errada, fora do seu contexto.

Quando Jesus derrotou Satanás de forma definitiva?
Quando da sua morte e ressurreição na cruz do calvário.


sábado, 25 de abril de 2015

LIÇÃO 04 – A TENTAÇÃO DE JESUS




Lc 4.1-13



INTRODUÇÃO
Como foi sua aula anterior? Como sua classe reagiu? Espero que tenha sido de forma positiva! Nesta lição estaremos estudando sobre um dos assuntos polêmicos entre os teólogos – A Tentação do Filho de Deus. No registro de Lucas existem detalhes que diferem do relato do Evangelista Mateus, porém, nada que comprometa o conteúdo da mesma. Portanto, abordaremos a realidade e o conceito de tentação, depois veremos a diferença de tentação e provação, em seguida, trataremos dos ataques do Inimigo e, por fim, citaremos algumas lições de como vencer a tentação. Desejo a todos uma Excelente aula!


I. TENTAÇÃO: UMA REALIDADE HUMANA.
Existe um longo debate teológico sobre a questão: “A Tentação de Jesus foi ou não real”? E ainda: “Jesus poderia ceder ou não à Tentação”? As respostas dessas indagações não são consensuais entre os estudiosos, porquanto se referem à pecabilidade ou impecabilidade do Filho do Homem. Não há, portanto, resposta fácil para esse assunto. Todavia, à luz do ensino bíblico, a tentação de Jesus foi real e não apenas uma encenação ou coisa semelhante. Lucas mostra nitidez em seu relato em evidenciar o lugar, o tempo e o agente causador da tentação. Ele diz: “E Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi levado pelo Espírito ao deserto, onde por quarenta dias foi tentado pelo Diabo. Naqueles dias não comeu coisa alguma, e terminados eles, teve fome (vv.1,2).
Embora todos os evangelistas sinóticos mencione o episódio da tentação de Jesus (Mt 4.1; Mc 1.12,13; Lc 4.1), Lucas é único que evidencia o fato de Jesus precisar ser “cheio do Espírito Santo” para enfrentar as investidas do Inimigo. Assim, ele deixa implícito ter Jesus consciência da realidade da tentação, pois o mesmo ocorre após Seu batismo (Mt 3.16,17; Lc 3.21,22). A tentação, portanto, é uma realidade da qual toda raça humana está sujeita (1 Co 10.13); realidade essa, que não isentou nem mesmo a Jesus – o Homem Perfeito. Mas, o que é tentação?

1. Conceituando o termo “tentação”.
A Tentação é, segundo o Dicionário Aurélio, “o ato ou efeito de tentar; disposição de ânimo para prática de coisas diferentes ou censuráveis”. Teologicamente, a tentação é o estimulo que leva à prática do pecado. Embora a tentação, em si, não constitua pecado, o atender às suas reivindicações caracteriza a transgressão das leis divinas. Portanto, biblicamente, podemos dizer que a tentação é o convite ao pecado (Tg 1.14,15).

2. Diferenciando tentação de provação.
Mas, afinal, Jesus foi provado ou tentado? O termo grego “peirasmos” em Lc 4.2, dependendo do contexto, pode significar “tentação” ou “provação”. Quando, no contexto, o termo estiver sendo utilizado pela pessoa de Deus, então, trata-se de provação; mas, se estiver sendo utilizado pelo Diabo, então, trata-se de tentação. Em outras palavras, Deus prova-nos e o Diabo nos tenta. O próprio irmão do Senhor, Tiago, nos ensinou: “Ninguém, sendo tentado, diga: De Deus sou tentado; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e a ninguém tenta” (Tg 1.13). Assim, a tentação é sempre uma indução ao mal, ao pecado. A provação, no entanto, não tem esse sentido. Portanto, Jesus foi levado pelo Espírito ao deserto para ser provado e, nesta mesma ocasião, recebe a visita do Diabo para ser tentado.
Ressaltamos, ainda, que o texto de Mt 4.1 diz que “Jesus foi levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo Diabo”. Segundo o exegeta Genival Silva, a oração “para ser tentado pelo Diabo” é, na língua original, uma oração reduzida de infinito subordinada adverbial consecutiva. Pois o termo grego peirasthenai, exprime uma consequência ou resultado e não uma ideia final. Assim, numa tradução livre a ideia é: “e como consequência lá foi tentado pelo Diabo”.


II.  OS ATAQUES DO TENTADOR
A tentação de Jesus foi uma tentativa de desviá-lo da perfeita obediência à vontade de Deus. Porém, em cada investida, veremos que Cristo submeteu-se à autoridade da Palavra de Deus, ao invés de submeter-se aos desejos astutos de Satanás (Mt 4.4,7,10; Lc 4.4,8,12). Vejamos, pois, com mais detalhes cada um desses ataques:

1. Primeira investida.
A primeira tentação ocorre na esfera das necessidades físicas (vv.3,4). Após quarenta dias de jejum, certamente que a fome de Jesus era intensa. Então, Satanás diz: “Se tu és o Filho de Deus, dize a esta pedra que se transforme em pão” (v.3). Sobre o jejum feito por Jesus, Donald Stamps comenta: “Jesus jejuou 40 dias, e ‘depois teve fome’, e a seguir foi tentado por Satanás a comer. Isto pode indicar que Cristo absteve-se de alimentos, mas não de água. Abster-se de água por 40 dias requer um milagre. Uma vez que Cristo teve que enfrentar a tentação, como representante do homem ele não poderia empregar nenhum outro meio para vencê-la além do de um homem cheio do Espírito Santo”. Além disso, o “se” aqui, segundo Lawrence Richards, significa “já que”. Satanás sabe que Jesus está debilitado fisicamente, e não só isso, que Ele é o Filho de Deus (Lc 4.34). Stamps comenta ainda: “Segundo a literatura médica, trinta a quarenta dias de completos jejuns exaure as energias do corpo, causa fome intensa e aproxima o indivíduo da exaustão”. Por isso, o inimigo induz Jesus para que use de seus atributos divinos para satisfazer suas necessidades pessoais. Mas, se Jesus assim procedesse, estaria desobedecendo a Deus e, consecutivamente, falhando em Sua missão. Pois, pecaria em submeter-se às sutilezas de Satanás.
Mesmo nesse estado de fraqueza, Jesus permanece fiel aos desígnios do Pai e responde: “Está escrito que nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra de Deus” (v.4). Em sua resposta, resistindo a tentação, Jesus usa o texto de Dt 8.3, mostrando que as coisas espirituais são mais necessárias do que as materiais (Mt 6.33; Cl 3.1,2; Tg 2.5). Logo, não existe bem-estar humano sem submissão e fé em Deus (Lc 12.19-21; Hb 11.6; 10.38). Aliás, ainda hoje, Satanás usa a mesma artimanha quando convence os homens de que ter abundância, fartura ou prosperidade material é melhor do que desfrutar da comunhão com Deus. Stamps conclui: “Quem se entrega ao egoísmo, na realidade já se rendeu a Satanás”. Este é o evangelho da ostentação e do entretenimento!

2. Segunda investida.
A segunda tentação é a irresistível oferta de exercer autoridades sobre os reinos da terra (vv.5-8). Visto que sua primeira investida falhou, o Diabo, então, intensifica o segundo ataque e leva Jesus a um alto monte mostrando-lhe todos os reinos do mundo, e diz: “Dar-te-ei toda esta autoridade e a glória destes reinos, pois a mim foi entregue, e a dou a quem eu quiser. Portanto, se me adorares, tudo será teu” (vv.6,7). É bem verdade que Satanás é o príncipe deste mundo (Jo 12.31; 16.11), e que ele domina o mesmo (Ef 2.2; 1 Jo 5.19). Todavia, é ao Criador que pertencem todas as coisas, inclusive Satanás, pois: “a terra é do Senhor, e toda a sua plenitude” (1 Co 10.26; Sl 24.1; Dt 10.14). Logo, Jesus sabe que Satanás só trabalha com a mentira, pois disse: “não há verdade nele” (Jo 8.44). A semelhança do ocorrido no Éden, quando o Diabo enganou a Adão e Eva utilizando-se de meia-verdade (Gn 3.4,5); desejava ele igualmente, utilizando a mesma técnica maligna, fazer o mesmo com Jesus. Porém, o Mestre diz: “Está escrito: Adorarás ao Senhor teu Deus, e só a ele servirás” (v.8). Outra vez Satanás fracassa! Jesus resiste ao seu ataque citando Dt 6.13.
Verdadeiramente, o Reino que Jesus veio estabelecer é muito diferente do ofertado pelo Diabo. Donald Stamps comenta: “O reino de Jesus, na presente era, não é um reino deste mundo (Jo 18.36,37). Ele recusa um reino para si através dos métodos mundanos de transigência, poder terreno, artifícios políticos, violência, domínio, popularidade, honra e glória humanas. O reino de Jesus é um reino espiritual, no coração dos seus, os quais foram tirados do mundo”. O Apóstolo Paulo foi bastante especifico quanto à questão: “Pois o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo” (Rm 14.17). No entanto, quantos não estão buscando justamente a proposta ofertada pelo Diabo a Jesus, seja na vida secular ou na eclesiástica! Como asseverou Jesus, certa vez, sobre o Diabo: “não compreende as coisas que são de Deus, mas, sim, as que são dos homens” (Mt 16.23). Satanás sabe que o coração do homem busca poder, riquezas, posição, busca ser celebrado, quer ser chamado, assim como ele, de “senhor”. Todavia, fazer negócio com Satanás é sempre um mau negócio! Infelizmente, muitos não levando em conta esta verdade, se encontram curvados diante o Diabo.    

3. Terceira e última investida.
A terceira tentação é uma averiguação da veracidade das promessas de Deus (vv.9-12). Embora o Diabo tenha fracassado duas vezes, ele não se dá por vencido. Logo, ele revolve mudar de estratégia e intensifica ainda mais o seu fulminante e ardiloso ataque. Vendo que Jesus sempre usava a Palavra de Deus contra ele, sagazmente utiliza o Diabo a mesma Palavra contra Jesus, mas, de forma distorcida. O Diabo, então, diz: “Se tu és o Filho de Deus, lança-te daqui abaixo. Pois está escrito: Mandará aos seus anjos, acerca de ti, que te guardem, e que te sustenham nas mãos, para que não tropeces com o teu pé em alguma pedra” (vv.9-11).  
Segundo Lawrence Richards, o “se” da frase ‘Se tu és o filho de Deus’ do versículo 9, no termo original, exprime a ideia de incerteza. Ou seja, diferente do outro “se” do versículo 3 que significa “já que”, o “se” do versículo 9 exprime a ideia de dúvida. Isto acontece devido a estrutura gramatical do grego que pode fazer com que o “Se” condicional expresse a ideia de dúvida ou de certeza. Assim, Satanás estava dizendo: “Se realmente és Filho de Deus”. Assim, Satanás busca colocar em Cristo dúvida sobre sua identidade. Além disso, em sua astúcia e sagacidade, ele acrescenta ao seu jargão predileto o texto de Salmos 91.11,12, ao dizer ‘Está Escrito’. Desta forma, o Diabo lança a promessa divina fora de seu devido contexto com o propósito de fazer com que Jesus renunciasse sua condição humana e agisse como Deus. Jesus encontrava-se, segundo os evangelistas sinóticos, no Pináculo do Templo (Mt 4.5; Lc 4.9); esta parte do Templo se unia ao Pórtico de Salomão e o Pórtico Real. Se Jesus tivesse se jogado, haveria uma queda livre de 150 metros até o fundo do ribeiro de Cedron. Porém, Jesus diz: “Dito está: Não tentarás o Senhor teu Deus” (v.12).
Novamente o Diabo é vencido, embora tenha usado a Palavra, ele não a usou legitimamente como fez Jesus ao citar Dt 6.16. Richards comenta: “Em cada caso Jesus relembra um principio encontrado na Palavra de Deus e age de acordo com ele. Precisamos estudar e conhecer as Escrituras, mas, sobretudo, praticar seus princípios”. Este foi o diferencial entre Jesus e o Diabo ao usarem a Palavra de Deus (Mt 7.21; Tg 1.22; Rm 2.13). O Mestre pregava o que vivia, mas o Diabo pregava o que não vivia e, além disso, ainda distorcia a verdade de Deus. Stamps comenta: “Satanás empregou a Palavra de Deus com a finalidade de tentar a Cristo a pecar. Às vezes, o descrente emprega as Escrituras com na tentativa de persuadir o crente a fazer algo que aquele sabe que está errado ou que é impróprio. Alguns textos bíblicos, retirados do seu contexto, ou não comparados com outros trechos da Palavra de Deus, podem até mesmo dar aparência de justificar o comportamento pecaminoso” (1 Co 6.12). Por isso, o Apóstolo Pedro adverte seus leitores ao dizer que “Nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação” (2 Pe 1.20).
Diferentemente de Jesus que, persuadido pelo Diabo, não realizou- lhe o desejo de saltar do Pináculo do Templo, em uma demonstração sensacionalista da sua divindade. Muitos, hoje, lamentavelmente estão caindo na tentação de ser visto, de ser notado, de ser admirado e celebrado! Eles não metem esforços em seu exibicionismo! Ao contrário de Cristo que nasceu em um lugar onde não havia holofotes (Lc 2.7), que ensinou a evitar a popularidade (Mt 6.1-6,16-18), e nunca buscou ser celebridade (Mt 8.4; Mc 5.43). Muitos, infelizmente, esqueceram o exemplo e até os ensinamentos de Cristo! Portanto, não façamos o jogo do Diabo como muitos, mas valorizemos o anonimato. Pois, o anonimato é o lugar onde Deus realiza grandes coisas (Jo 3; 4; 5.17 cf Is 64.4; 1 Rs 19.11-13), onde os verdadeiros adoradores servem a Deus (Mc 14.15,16)!


III.  APRENDENDO A VENCER A TENTAÇÃO
Lucas conclui o relato da tentação enfatizando que “Tendo o Diabo acabado toda a tentação, ausentou-se dele até momento oportuno” (v.13).  Isto deixa claro que não era a primeira e muito menos a última tentativa de Satanás. Como já dito, mesmo vencido ele não se dá por derrotado! Por isso, vejamos algumas recomendações para vencermos a tentação:

1. Vigilância – Com toda certeza essa foi uma das armas espirituais usadas por Jesus, pois ele mesmo ensinou; “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação” (Mt 26.41; Mc 14.38).

2. Oração – Mesmo sendo o Filho de Deus, Jesus jamais se descuidou de orar, pois Ele sabia o valor dessa arma espiritual (Lc 6.12). Aliás, foi Ele quem disse: “Orai, para que não entreis em tentação” (Lc 22.40,46).

3. Jejum – Jesus, certa vez, ensinou que casta de demônios só sai com jejum e oração (Mt 17.21; Mc 9.29). Por isso, Ele sabia que precisaria desta arma, portanto jejuou “quarenta dias e quarenta noites” (Mt 4.2). Lucas enfatiza que Ele “naqueles dias não comeu coisa alguma” (Lc 4.2).

4. Palavra de Deus – Como vimos, em todas as investidas do Diabo, Jesus sempre usou a Palavra de Deus (Lc 4.4,8,12). Ora, sabemos hoje, através da carta de Paulo aos Efésios que a Palavra de Deus é a espada do Espírito (Ef 6.17). Logo, trata-se da principal arma ofensiva dos filhos da luz, da qual se faz necessário que todo salvo maneje-a bem (2 Tm 2.15). Jesus, como nosso maior exemplo, mostrou sua habilidade usando a espada do Espírito ao citar contra Satanás três referencias do Antigo Testamento (Dt 8.3; 6.13,16). Que sigamos seu exemplo!

5. O Espírito Santo – Para muitos, hoje, o auxílio do Espírito parece não ser mais necessário, pois depositaram a fé em seus conhecimentos intelectual e teológico.  Isto sem mencionar outros recursos humanos como psicologia, marketing, entre outros. Todavia, como vimos, o próprio Senhor Jesus necessitou ser “cheio do Espírito Santo” (Lc 4.1) para vencer o tentador, quanto mais cada um de nós! Por isso, observemos o conselho de Paulo: “Enchei-vos do Espírito” (Ef 5.18).

Parece não faltar mais nada! Concorda? Na verdade, envolvido com todos esses “ingredientes” está a FÉ, pois está escrito: “Ora, sem fé é impossível agradar a Deus, porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam” (Hb 11.6). Portanto, a fé será sempre a mais importante arma espiritual para vencermos a tentação, e também o Diabo, pois disse Tiago: “Sujeitai-vos, pois, a Deus. Resisti ao Diabo, e ele fugirá de vós” (Tg 4.7).  


CONCLUSÃO
Vimos que a tentação é uma realidade que não existe cura, mas que há, sim, tratamento. Jesus mostrou-nos como evitá-la, e até mesmo vencê-la. Este fato é comentado pelo autor da carta aos Hebreus, que diz: Pois não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas, porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado” (Hb 4.15). O Diabo foi derrotado no deserto (Mt 4.1; Lc 4.1) e, também, em outros embates (Lc 10.18,19; Mc 5.1-20). Porém, foi na cruz que Jesus venceu definitivamente o Diabo (Cl 2.15; Hb 2.14). Portanto, o cristão autêntico não vive na prática do pecado (1 Jo 3.9). Todavia, se ele tropeçar pelas pedras do Inimigo, “temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo” (1 Jo 2.1). Deus abençoe a todos!!
 



REFERÊNCIAS
Ø RICHARDS, Lawrence. Guia do Leitor da Bíblia. CPAD.
Ø STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
Ø ANDRADE, Claudionor de.  Dicionário Teológico. CPAD.
Ø GONÇALVES, José. Lucas – O Evangelho de Jesus, o Homem Perfeito. CPAD.
Ø GONÇALVES, José. Lições Bíblicas. (2º Trimestre de 2015). CPAD.
Ø RENOVATO, Elinaldo. Lições Bíblicas. (1º Trimestre de 1999). CPAD.

domingo, 19 de abril de 2015

QUESTIONÁRIOS DO 2° TRIMESTRE DE 2015





   JESUS, O HOMEM PERFEITO –
O Evangelho de Lucas,
o médico amado





Lição 03

Para Refletir
Sobre os ensinos do Evangelho de Lucas, responda:


De que forma a lição mostra a dimensão corpórea de Jesus?
A lição mostra que Jesus cresceu como qualquer ser humano e, como tal, Jesus viveu os limites dessa dimensão corpórea.

De que forma era estruturada a família nos dias de Jesus?
Os estudiosos observam que a família hebraica obedecia à seguinte estrutura social: endógema – casam-se com parentes; patrilinear – descendência pai-filho; patriarcal – poder do pai; patriolocal – a mulher vai para a casa do marido; ampliada – reúne os parentes próximos todos no grupo, e polígena – tem muitas pessoas.

Como as Escrituras demonstram o equilíbrio psicológico de Jesus?
As Escrituras mostram que Jesus tinha total domínio sobre suas emoções. Ele não sofria de nenhum distúrbio mental ou emocional.

De que forma a lição ilustra o crescimento de Jesus?
Ilustra como um crescimento saudável, perfeito.

Para você, o que é crescer de forma integral?
Apesar de a resposta ser pessoal, havendo entendido a lição é necessário que o aluno responda, mais ou menos, nestes termos: É crescer de forma completa – corpo, alma e espírito.


sexta-feira, 17 de abril de 2015

LIÇÃO 03 – A INFÂNCIA DE JESUS





Lc 2.46-49; 3.21,22



INTRODUÇÃO
Glória a Deus! Jesus já nasceu! Especialmente em nossas vidas! Por isso, nesta lição, iremos explorar os poucos textos que falam da mais bela e incomparável história da humanidade – A infância de Jesus. O evangelista Lucas é único a registrar alguns fatos relacionados aos primeiros anos da vida do Mestre Amado. Portanto, fazendo uma abordagem da sua pessoa humana, enfocaremos os quatro pilares que constituem todo ser humano que são: parte física, social, psicológica e espiritual. Desejo a todos uma Excelente aula!


I. JESUS CRESCEU FISICAMENTE
Os Evangelhos, especialmente o de Lucas, são as únicas fontes fidedignas para falarmos sobre a infância de Jesus. Infelizmente, existem aqueles que vão além do registro neotestamentário e procuram dar voz àquilo que as Escrituras silenciam. Este período de silêncio compreende um período de 18 anos, que vão dos 12 aos 30 anos de Jesus, quando Ele inicia seu ministério (Lc 2.49 cf 3.21,2, Mt 2.22,23 cf 3.13-17). Dentre os escritos conhecidos como apócrifos (livros não canônicos) estão os livros denominados “Os Anos Perdidos de Jesus” e “Evangelhos da Infância”. Os apócrifos foram escritos durante o período interbíblico, ou seja, entre Malaquias e Mateus. Porém, os dois livros acima mencionados foram escritos entre os séculos II e IV d.C., e tentam descrever detalhes da infância, adolescência e idade adulta de Jesus. Todavia, o mais recente apócrifo escrito, por assim dizer, foi o livro denominado O Código da Vinci de autoria de Dan Brown. Este livro narra que Jesus não é o Filho de Deus e que Ele casou-se com Maria Madalena, dando assim, o início de uma linhagem sagrada. Tal relato não possui nenhum fundamento bíblico e muito menos histórico, sendo, portanto, um Verdadeiro Absurdo! Além, é claro, de ser uma Grande Blasfêmia!
Não podendo confiar nos escritos apócrifos, o que os textos canônicos nos revelam sobre a infância de Jesus? Como teria sido, então, sua infância, seu crescimento até chegar a fase adulta? O Pr. Esequias Soares respondendo a essas indagações, diz: “Parece que muitos se esquecem de que Jesus, como homem, já foi criança. Ele cresceu junto a seus pais terrenos. Como toda criança, teve que aprender a falar, escrever, etc. A expressão “e o menino crescia”, (Lc 2.40) afirma que Ele viveu entre nós e passou por todas as etapas do desenvolvimento humano até chegar à idade adulta”. É verdade! Este processo deu-se inicialmente através do milagre da encarnação – Kenósis. O Apóstolo João é enfático: “o Verbo se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1.14a). Vê-se que Jesus, assim como nós, possuía um corpo humano como qualquer homem. Porém, sem o Vírus do pecado, pois afirma o autor da carta aos Hebreus: “Pois não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas, porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado” (Hb 4.15 cf 1 Pe 2.22; 1 Jo 3.5). Assim, Jesus não apenas possuía um corpo humano como também aprendeu a viver as limitações deste corpo. Os Evangelhos revelam que Jesus sentiu sono, fome, sede e cansaço (Mt 21.18; Mc 4.38; Jo 4.6; 19.28). Sofreu, chorou, angustiou-se (Mt 26.37; Lc 19.41; Hb 13.12) e, por fim, passou pela agonia da morte (Lc 24.34,46).
Como se vê, assim como nós, Jesus possuía um corpo sujeito às limitações do tempo e do espaço. Assim, em seu Evangelho, Lucas revela os primeiros 12 anos da vida terrena de Jesus da seguinte forma: 1º dia de nascido (Lc 2.6-20); 8º dia de nascido (Lc 2.21); 41º dia de nascido (Lc 2.22-24 cf Lv 12.2-4,6,8); fim da infância e início da adolescência de Jesus (Lc 2.39,40).  Porém, do inicio da adolescência até o inicio do ministério de Jesus, isto é, dos 12 aos 30 anos, como já dito, as Escrituras silenciam. Todavia, o fato de Jesus ser e ter um corpo humano fez surgir, ainda no século I, uma das primeiras heresias no seio da igreja denominada de gnosticismo. Os gnósticos, portanto, deram muito trabalho às igrejas dos tempos apostólicos. Seu pior período ocorreu em 135-160 d.C. Seus ensinamentos não passavam de enxertos das filosofias pagãs nas doutrinas cristãs mais importantes. Eles negavam o cristianismo histórico, afirmando que o Senhor Jesus não teve um corpo como o nosso. Segundo eles, o corpo de Cristo existia apenas aparentemente. O Apóstolo João foi quem mais os combateu em seus escritos, ele diz: “Nisto conhecereis o Espírito de Deus: Todo o espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus, mas todo espírito que não confessa a Jesus não é de Deus. Este é o espírito do anticristo, do qual já ouvistes que há de vir, e agora já está no mundo” (1 Jo 4.2,3) e acrescenta: “Muitos enganadores têm saído pelo mundo, os quais não confessam que Jesus Cristo veio em carne. Tal é o enganador e o anticristo. Se alguém vem ter convosco, e não traz esta doutrina, não o recebais em casa, nem tampouco o saudeis” (2 Jo 7,10). É bom lembrar que os escritos de João foram compostos na cidade de Éfeso, então capital da Ásia Menor, onde surgiu o gnosticismo. Vale ressaltar ainda que as Escrituras revelam também que Jesus não só tinha um corpo humano, mas cuidava do mesmo. Por exemplo, quando seu corpo estava casado, Jesus procurava dá o descanso necessário a ele (Mt 8.24; Mc 6.30,31). Portanto, não há pecado algum em cuidarmos do nosso corpo visto que o mesmo é templo do Espírito (At 17.24; 1 Co 3.16,17), porém, é necessário muita vigilância para que esse cuidado não passe a ser obsessivo e, culmine na prática do culto ao corpo (um dentre os vários tipos de idolatria vivenciada pelo mundo atual), que neste caso, constitui-se pecado (Mt 6.24; 1 Co 10.7,14; Gl 5.20,21; Tg 4.4; 1 Jo 2.15).


II. JESUS CRESCEU SOCIALMENTE
Ao abordarmos a composição física de Jesus é inevitável, como verdadeiro homem, não abordarmos sua vida social. Desse modo ao nascer, Jesus não apenas se fez carne, mas, também, habitou entre nós (Gn 3.15; Jo 1.14; Gl 4.4). Isto quer dizer que Jesus, como qualquer homem, nasceu em um contexto social. A família é, sem sombra de dúvida, o primeiro núcleo da sociedade pela qual todo o homem que vem ao mundo, já nasce fazendo parte da mesma. Com Jesus não foi diferente! Lucas assim relata este fato: “Estando eles ali, cumpriram-se os dias em que ela havia de dar à luz, e ela deu à luz a seu filho primogênito, envolvendo-o em panos, e o deitou numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria” (2.6,7). Seu nascimento não apenas trouxe Jesus para o contexto social por meio de uma família, como também foi anunciado para a sociedade daqueles dias (Lc 2.8-15). Percebe-se, então, que a família é a primeira expressão social da vida de um ser humano. Assim, as Escrituras mostram explicitamente que Jesus tinha pai (ainda que adotivo), mãe, irmãos e irmãs (Mt 1.20; 12.46,47; Mc 6.3; Lc 2.16,33,48). Lucas ainda busca dar ênfase a vida social de Jesus mostrando que Ele “era-lhes sujeito” (Lc 2.51). Revelando, pois, a obediência de Jesus aos seus pais. 
Aliás, é exatamente no povoado de Nazaré, onde Jesus fora criado (Lc 2.4,39; 4.16; Mt 2.22), que Jesus vive a cultura dos seus dias. Através desta vivencia, Ele aprende a ler (Lc 4.16), aprende uma profissão (Mc 6.3), absorve a forma de falar daquela região (Mt 26.73; Mc 14.70). Assim, nos longos 30 anos de vida que viveu em Nazaré, Jesus aprendeu, naturalmente, as tradições, os costumes, as festas, os cânticos, as histórias, enfim, tudo que nós aprendemos no convívio de uma sociedade. Isto, porém, não significa dizer que Ele concordava com tudo de sua cultura (Lc 11.38,39: Mc 7.5-7,9,13).


III. JESUS CRESCEU PSICOLOGICAMENTE
Lucas também mostra que, como todo o homem normal, Jesus também tinha consciência de sua estrutura psicológica. O texto de Lc 2.52 informa que Jesus crescia em “sabedoria”. Crescer em sabedoria é assimilar os conhecimentos da experiência humana diária, acumulada ao longo dos séculos nas tradições e costumes dos povos. O evangelista também ratifica que Jesus “enchia-se de sabedoria” (Lc 2.40). Jesus mesmo confirma essa verdade quando utiliza o termo “psichê” (alma) para descrever o que sentia no seu homem interior ao agonizar no Getsêmani, Ele diz: “A minha alma está cheia de tristeza até a morte” (Mt 26.38). 
Todavia, este não é o único texto que revela as emoções de Jesus. Em João 11.35 e Lucas 19.41 ambos mostram que Ele chorou. Em 1 Pe 2.21 e Hb 13.12 os escritos sacros mostram que Jesus, como homem, padeceu e sofreu. O profeta Isaías chama-o de “homem de dores” (Is 53.3). O mesmo profeta revela também a alegria de Jesus (Is 53.11a). Jesus, como todo homem, também sentiu ira, agindo, como nós, movido por ela (Jo 2.13-17). Percebe-se, então, que Jesus não cedia à pressão dos escribas e fariseus (Jo 8.1-11), e eles mesmos reconheceram que Jesus agia movido por suas convicções e não pelo que os outros achavam (Lc 20.19-26). Porém, era sua serenidade e paz que conquistava o povo (Jo 14.27; Lc 7.20).


IV. JESUS CRESCEU ESPIRITUALMENTE
Já abordamos a composição física, social e psicológica de Jesus, logo não deixaríamos também de abordar a sua vida espiritual. Lucas, porém, mencionando o assunto diz: “e a graça de Deus estava sobre ele” (2.40b). E acrescenta: “E crescia Jesus em sabedoria, em estatura e em graça para com Deus e os homens” (2.52). Observa-se que o evangelista destaca em ambos os textos a graça como elemento relevante no desenvolvimento espiritual de Jesus, sendo que este elemento é imprescindível para o desenvolvimento e crescimento espiritual de todo ser humano (Rm 2.4; 2 Co 12.9; Ef 2.8; Fp 2.13; Tt 2.11). A “graça” do grego “charis” é o favor imerecido de Deus aos homens. Assim, crescer na graça é descobrir a presença de Deus na vida, a sua ação em tudo que acontece, o seu chamado ao longo dos anos da vida, a vocação, a semente de Deus na raiz do próprio ser. Talvez este seja o assunto que gera uma maior dificuldade de compreensão em muitos, pois como pode Aquele que não deixou de ser Deus vir a precisar, necessitar e depender do Espírito Santo? Mas, como homem, Jesus viveu as limitações que a encarnação lhe proporcionou, por isso dependia Ele do Espírito Santo (Lc 4.14,18; Mt 12.27,28; Jo 13.15).
Como já dito, Jesus como todo menino normal de sua idade cresceu em todas as áreas da vida de um ser humano, inclusive na espiritual. É notório que todo menino judeu tinha como obrigação religiosa aprender, desde cedo, as Sagradas Letras (Dt 6.6-9; 2 Tm3.15). Lucas, inclusive, diz que Jesus aos doze anos de idade por um momento de descuido de seus pais, achava-se no templo ouvindo e interrogando os Doutores da Lei (Lc 2.46,47).  É, pois, dentro deste contexto que Lucas cita que a graça de Deus crescia na vida do menino Jesus! O Pr. Esequias Soares comentando o referido episódio, principalmente o versículo 49, diz: “O menino demonstrou ter plena consciência de que era, de fato, o Filho de Deus e o Messias de Israel”. E concluiu, chamando este fato de “O Despertar da Consciência Divina de Jesus”.
Aliás, a graça sempre acompanhou, como enfatizou Lucas, o menino Jesus seja no estudo da Lei (Mt 21.42; 22.37-40), na oração (Lc 6.12; Jo 11.41-43), no jejum (Mt 4.2) , e, evidentemente,  em todo seu ministério após adulto (Lc 8.44-48). O próprio Senhor Jesus narrou esta verdade na sinagoga de Nazaré: “O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os sobres. Enviou-me para apregoar liberdade aos cativos, dar vista aos cegos, pôr em liberdade os oprimidos, e anunciar o ano aceitável do Senhor” (Lc 4.18). E, não apenas discursou sobre o assunto, mas fez notório a todos, tal fato, em seu batismo (Lc 3.21,22).


CONCLUSÃO
Nesta lição estudamos que, como todo ser humano, Jesus teve infância, adolescência, juventude até chegar a torna-se adulto. Embora haja limitações no relato canônico sobre detalhes de todas as fases da vida de Jesus, fases essas vivenciadas por todos nós. Ainda assim, o relato apresentado é plenamente suficiente para compreensão de Sua vida infantil. Portanto, semelhantemente a Jesus que, juntamente com seus pais, cuidou de seu crescimento tanto área física, social, psicológica e, especialmente, na área espiritual. Devemos, nós, de igual forma atentarmos para Seu exemplo no fator crescimento, pois é desejo do Senhor que “todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo” (Ef 4.13). Deus abençoe a todos!!



REFERÊNCIAS
Ø GONÇALVES, José. Lucas – O Evangelho de Jesus, o Homem Perfeito. CPAD.
Ø GONÇALVES, José. Lições Bíblicas. (2º Trimestre de 2015). CPAD.
Ø SOARES, Esequias. Lições Bíblicas. (1º Trimestre de 2008). CPAD.

domingo, 12 de abril de 2015

QUESTIONÁRIOS DO 2° TRIMESTRE DE 2015

  


   JESUS, O HOMEM PERFEITO –
O Evangelho de Lucas,
o médico amado




Lição 02

Para Refletir
Sobre os ensinos do Evangelho de Lucas, responda:


De que forma devem ser entendidos os cânticos de Zacarias e Maria?
Eles devem ser entendidos como sendo de natureza profética. Esses cânticos contextualizam o nascimento de Cristo dentro das promessas de Deus ao seu povo.

Como era o relacionamento de José e Maria antes da anunciação angélica?
Eles eram noivos.

De que forma a lição conceitua os pobres?
Os pobres são os carentes tanto de bens materiais como espirituais.

De acordo com a lição, qual o propósito de Lucas mostrar Jesus cumprindo rituais judaicos?
Lucas deseja mostrar que Jesus, como Homem Perfeito, se submeteu e cumpriu os rituais judaicos, tendo, com isso, cumprido a Lei.

Dentro de que contento Lucas procura situar o nascimento de Jesus?
Lucas procura situar o nascimento de Jesus dentro do contexto histórico.


sábado, 11 de abril de 2015

LIÇÃO 02 – O NASCIMENTO DE JESUS




Lc 2.1-7 


INTRODUÇÃO
Graça e Paz querido (a) Irmão (ã)! Espero que a primeira lição tenha sido uma bênção! Como a lição anterior foi apenas de cunho introdutório, a partir de agora, ou seja, desta lição, é que trataremos de modo pormenorizado os assuntos apresentados por Lucas em seu Evangelho. Por isso, seguindo a ordem dos fatos por ele apresentado, estudaremos os eventos que contextualizaram o nascimento de Jesus antes, durante e após o seu nascimento. Desejo a todos uma Excelente aula!


I. EVENTOS QUE PRECENDEM O ANÚNCIO DO NASCIMENTO DE JESUS
1. Contexto histórico.
Após mostrar a Teófilo os motivos que o levaram a escrever seu Evangelho, Lucas segue com sua narrativa e, tendo por sua fiel testemunha a história, diz: “Existiu no tempo de Herodes, rei da Judeia, um sacerdote chamado Zacarias, da ordem de Abias” (1.5a). Ao mencionar os fatos históricos, Lucas busca convencer a Teófilo mostrando que as evidências históricas por ele apresentadas são provas incontestáveis de que fala a verdade. Mas, quem é esse Herodes? E, que tempo foi esse? Ora, o Herodes aqui citado por Lucas reinou na Judeia durante 33 anos, durante o período de 37 a.C. até 4 a.C. Este Herodes, o qual faz menção o ‘médico amado’ é Herodes – O Grande. Também conhecido como Herodes Magno ou Herodes, o tetrarca (Lc 3.1). Este era governador da Galiléia, mas sua ambição era reinar sobre a Judéia, o que de fato conseguiu por meio de sua esperteza e astúcia. Era ele, segundo Watson, "idumeu por nascimento, judeu por profissão, romano por necessi­dade, e grego por cultura". Foi ele pai de Herodes Antipas que mandou degolar a João Batista (Mt 14.10) e julgou a Jesus, o qual, fora mandado por Pilatos para esse fim (Lc 23.8). Herodes Agripa I era neto de Herodes Magno ou Herodes, O Grande. Herodes Agripa foi quem mandou matar Tiago, irmão de João, à espada (At 12.2). E, assim como seu avô, morreu comido de bicho (At 12.23).
Entretanto, ao assumir o trono tão almejado, mandou matar todos os partidários de Antígono e os membros do Sinédrio. Em seguida, temen­do sofrer conspiração do remanescente hasmoneano, Herodes, tendo já ocasionado a morte de Antígono, mandou matar o sumo sacerdote Aristóbulo III, irmão de Mariana. E matou também o velho Hircano II, tio de Mariana. Herodes continuou a molestar os judeus. Dando ouvido a denúncias falsas, movido por ciúmes, manda matar sua esposa favorita Mariana em 20 a.C. Este foi um crime aterrador. Herodes também manda matar sua sogra Alexandra, mãe de Mariana. Além destas mortes, muitas outras foram cometidas por ele. Embora seja extenso seu histórico de homicídios, Herodes foi um grande administrador. Ele reconstruiu Jerusalém, seus muros e edifícios. Também construiu palácios, inclusive o Forte Antônia, na área noroeste do templo. Todavia, o ódio dos judeus aumentava contra Herodes. Assim, para evitar que os judeus apelassem para César, ele promete-lhes um novo templo o qual foi iniciado em 19 a.C. e concluído em 27 d.C. Este foi o templo conhecido pelo Senhor Jesus.
Nos últimos anos do reinado de Herodes, no ano 5 a.C. (ano do nascimento do Senhor Jesus), é descoberta uma conspiração por parte de seu irmão Féroras e seu filho Antípater, filho de Dóris, outra esposa. Féroras é morto. Enquanto corre o processo para a morte de Antípater, chegam uns magos vindo do Oriente  perguntando: “Onde é nascido o rei dos judeus?” (Mt 2.1,2). Herodes, que como já vimos, vivia atormentado pelo fantasma da conspiração, sofreu grande perturbação (Mt 2.3). Fingidamente ele desejou adorar o recém-nascido, que era o Messias prometido nas profecias do AT. Deus via o seu plano maligno e guiou os magos a regressarem por outro caminho. Herodes vendo seus planos desfeitos ordena a matança dos inocentes de Belém. Matar já era coisa natural para ele. Deus então conduz José, Maria e o menino, ao Egito, cumprindo-se assim as profecias (Os 11.1). No ano seguinte – 4 a.C. morre Herodes de terrível enfermidade em Jericó.

2. O fim do período interbíblico.
O Período Interbíblico ou Intertestamentário (entre os dois Testamentos), vai de Malaquias ao advento de Cristo, um período de mais de 400 anos. Este período está profeticamente descrito em Daniel 11 a 12.4. Durante este período Israel esteve sob três impérios mundiais - o Persa, o Grego, e o Ro­mano. É, ainda, neste período que ocorre a revolta dos Macabeus que culminou com a independência da Palestina, entre 167-63 a.C. Assim, o termo  "Interbíblico" quer dizer "entre a Bíblia"; isto por­que é um período em branco em que não houve revelação divina escrita. Nenhum profeta se levantou nesse período. Todavia, o fim deste período havia chegado!

a) Escatologia e profecia
É, pois, baseando-se nos últimos anos do reinado de Herodes que Lucas faz uma revelação surpreendente, que o tempo do cumprimento das promessas de Deus, pelos antigos profetas, havia chegado. Então, o evangelista passa a narrar com riqueza de detalhes o anúncio do nascimento de João Batista, aquele que seria o percursor do Messias (Lc 1.5-25). Ora, sabemos que o ministério de João Batista é caracterizado como o ministério do Espírito (Lc 1.15). Assim, o surgimento de João Batista representa o retorno da profecia, fato este asseverado por Zacarias, seu pai, ao dizer: “E tu, ó menino, serás chamado profeta do Altíssimo; pois irás adiante da face do Senhor, e prepararás os seus caminhos” (Lc 1.76). Este é o alvorecer da era escatológica!

b) Poesia e profecia.
Entre o anúncio do nascimento (1.26ss) e o nascimento de Jesus (2.1ss), Lucas faz menção de duas belíssimas poesias neotestamentárias conhecidas na teologia cristã como o Magnificat de Maria (1.46-55) e o Benedictus de Zacarias (1.68-79). Neles, tanto Maria como Zacarias, exaltam a Deus pelo cumprimento de Suas promessas. Maria, por exemplo, diz: “Com o seu braço agiu valorosamente; dispersou os que no coração alimentavam pensamentos soberbos. Depôs dos tronos os poderosos, e elevou os humildes. Encheu de bens os famintos, e despediu vazios os ricos” (Lc 1.51-53). E, Zacarias diz: “Bendito seja o Senhor Deus de Israel, porque visitou e redimiu o seu povo, e nos levantou uma poderosa salvação na casa de Davi, seu servo” (Lc 1.68,69). Assim, esses dois cânticos proféticos assinalavam, sendo eles mesmos testemunhas, o cumprimento das profecias referente ao Messias prometido (Is 9.6; Mq 5.2; Mt 2.5,6; Lc 2.11). Em seu Evangelho, Lucas é o único a fazer tal revelação! E, tal revelação, mostra que a plenitude dos tempos havia chegado e o Messias agora seria revelado (Gl 4.4). A maior de todas as revelações (Hb 1.1)!
Verdadeiramente, como ressalta o Pr. José Gonçalves, não é à toa que a maioria das referências ao Espírito Santo ocorra nos dois capítulos do Evangelho de Lucas. Sendo 17 referências em Lucas, 12 em Mateus e apenas 6 em Marcos.


II. O ANÚNCIO DO NASCIMENTO DE JESUS
Ante a tal anuncio, Maria faz uma indagação enigmática: “Como se fará isto, visto que não tenho relação com homem algum?” (Lc 1.34). Então, o anjo Gabriel, faz uma revelação surpreendente: “Descerá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra” (Lc 1.35a). Sobre este ato sobrenatural de Deus, diz o Pastor Claudionor de Andrade: “Na concepção do Verbo de Deus, não houve o que se convencionou chamar de nascimento virginal; o que realmente se deu foi o mistério da concepção virginal, conforme profetizou Isaías: “Eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel” (Is 7.14; Mt 1.20-23; Lc 1.35). Maria, como as demais mulheres, sentiu as dores de parto ao dar à luz a Cristo; e, Jesus, à nossa semelhança, deixou o ventre materno, natural e não sobrenaturalmente, ao nascer em Belém de Judá. Portanto, se o seu nascimento foi natural, a sua concepção, frisamos, foi um ato miraculoso operado pelo Espírito Santo”. Portanto, vejamos dois fatores imprescindível desse grandioso milagre:

1. Kenósis – O milagre da encarnação do Messias.
A encarnação de Jesus não é um mero conceito teológico; é um dos maiores mistérios das Sagradas Escrituras, sem a qual seria impossível a nossa redenção. O Apóstolo João, em seu evangelho, é enfático ao afirmar que: “No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus” (Jo 1.1). O Apóstolo Paulo, ao escrever aos Filipenses, afirma que o Senhor Jesus em sua encarnação deu a maior prova da sua humildade quando “aniquilou-se a si mesmo” (Fp 2.7). O termo grego “kenósis” usado por Paulo deriva do verbo kenoô, que significa esvaziar, ficar vazio. Assim, o verbo esvaziar comunica melhor do que aniquilar a ideia da encarnação de Jesus; destaca que Ele esvaziou-se a si mesmo, privou-se de sua glória e tomou a natureza humana (Jo 1.14; 17.5; 1 Tm 2.5). Todavia, em momento algum veio a despojar-se da sua divindade (Mt 4.7; Jo 5.17,18; 10.30; 14.9). Jesus não trocou a sua natureza divina pela humana. Antes, voluntariamente, renunciou em parte às prerrogativas inerentes à divindade, para assumir a nossa humanidade (Jo 17.5 cf  Mt 28.18). Tornando-se verdadeiro homem, fez-se maldição por nós (Gl 3.13). E levou sobre o seu corpo todos os nossos pecados (1 Pe 2.24). Em Gálatas 4.4, Paulo escreveu que, na plenitude dos tempos, “Deus enviou seu Filho, nascido de mulher”. Isto indica que Jesus é consubstancial com toda humanidade nascida em Adão. A diferença entre Jesus e os demais seres humanos está no fato de Ele ter sido gerado miraculosamente pelo Espírito Santo e nunca ter cometido qualquer pecado (Lc 1.35; Hb 4.15; 1 Pe 2.22; 1 Jo 3.5). Ainda sobre o assunto, o Pastor Claudionor de Andrade diz: “Quando se trata de kenósis de Cristo, há que se tomar muito cuidado. É contra o espírito do Novo Testamento, afirmar que o Senhor Jesus esvaziou-se de sua divindade. Ao encarnar-se, esvaziou-se Ele apenas da sua glória. Em todo o seu ministério terreno, agiu como verdadeiro homem e verdadeiro Deus”. Portanto, como já dissemos, a kenósis de Cristo não implicou no esvaziamento de sua divindade (como afirma a teologia kenótica). Por isso, o amado Mestre é “verdadeiramente homem e verdadeiramente Deus”.

2. União Hipostática – A harmonia das duas naturezas de Cristo
A doutrina da união hipostática é, segundo o Pr. Claudionor de Andrade, ‘a doutrina que, exposta no Concílio de Calcedônia em 451 d.C., realça a perfeita e harmoniosa união entre as naturezas humana e divina de Cristo. Acentua este ensinamento ser Jesus, de fato, verdadeiro homem e verdadeiro Deus’. Por isso, convém ressaltar que Jesus não é metade Deus nem metade homem. Ele é perfeito homem e perfeito Deus, em toda a plenitude “porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade” (Cl 2.9). Logo, as Escrituras Sagradas afirmam que há uma só personalidade em Cristo, mas duas naturezas: a humana (Mt 21.18; Mc 4.38; Jo 4.6; 19.28) e a divina (Mt 18.20; 28.18; Jo 21.17; Hb 13.8). Porém, essas duas naturezas não se misturam, isto é, Jesus não ficou com a sua divindade ‘humanizada’ ou com a sua natureza humana ‘divinizada’. Quando Jesus se fez homem, continuou sendo Deus verdadeiro, mesmo estando sob a forma de homem verdadeiro (Jo 1.49; Jo 5.17,18; 10.30; 14.9; 20.28). As duas naturezas operavam simultâneas e separadamente na sua pessoa. Jamais houve conflito entre as duas naturezas, porque Jesus, como homem, seja nas suas determinações ou autoconsciência, sempre conforme a direção do Espírito Santo, sujeitava-se à vontade de Deus, de acordo com a sua natureza divina (Jo 4.34; 5.30; 6.38; Sl 40.8; Mt 26.39). Assim, possuía duas naturezas em uma só personalidade, as quais operavam de modo harmonioso e perfeito, em uma união indissolúvel e eterna (1 Tm 3.16).


III. O NASCIMENTO DE JESUS E SEUS CONTEXTOS
Outra vez Lucas inicia sua narrativa usando como base da mesma os fatos históricos (Lc 2.1,2), porém, abordaremos o assunto posteriormente. O texto de Lc 2.4 mostra que José e Maria tiveram que fazer uma viagem muito longa e difícil, mas que era necessária. Eles saíram da cidade de Nazaré (em hebraico “verdejante”) localizada na região da Galileia, no território de Zebulom (Js 19.15), e percorreram 112 Km de distancia até chegarem na cidade de Belém (em hebraico “casa de pão”), situada na região da Judeia, na parte montanhosa do território de Judá, a 9 Km ao sul de Jerusalém. Nesse tempo, a Palestina já havia sido dividida em seis distritos: JUDEIA, SAMARIA, IDUMEIA, GALILEIA, PEREIA, ITUREIA. Após chegarem a Belém, segundo o texto de Lc 2.6, Maria deu à luz ao Messias. Embora saibamos que o nascimento de Jesus está associado ao recenseamento citado por Lucas, é difícil dizer quanto tempo, após chegarem na cidade, Maria teve a criança. Todavia, sobre o assunto o Dr. Champlin comenta: “No principio do Século III d.C., em alguns círculos da igreja cristã se celebrava o aniversário natalício de Jesus a 6 de Janeiro . A partir do Século IV, essa data foi mudada para 25 de dezembro, dia que desde longa data assinalava a ocasião de uma festividade pagã associada ao renascimento de diversas divindades solares. Era a data do solstício de inverno, de acordo com o calendário Juliano. A implicação da história de Lucas é que Jesus nasceu em um período do ano em que as ovelhas ainda podiam ser conservadas ao relento, à noite, o que só poderia ter sido entre abril e novembro. Tanto Mateus quanto Lucas deixam entendido que o nascimento de Jesus teve lugar à noite”. Portanto, vejamos alguns fatos que contextualização o nascimento de Jesus:


1. Contexto Político.
Dois séculos antes de Jesus nascer, Roma iniciou sua fase de suprema­cia sobre os diversos povos de então. Em 31 a.C, surge o Império. Otávio é o primeiro impe­rador universal. Era sobrinho de Júlio César, que fora um grande general, conquistador e por último ditador de 46-44 a.C. Em 44 foi Júlio assassinado em pleno Senado Roma­no, por seu filho adotivo Júnio Bruto. Otávio reinou de 31 a.C. a 14 d.C. O Senhor Jesus nasceu quando ele dominava o mundo todo. Ele podia de fato determinar que "todo o mundo" fosse recenseado (Lc 2.1). Otávio aparece no texto bíblico como "César Augusto". "César" era o nome de família. "Augusto" foi-lhe conferido pelo Senado; eqüivale a "sublime". Seu nome completo era CAIO JÚLIO CÉ­SAR OTÁVIO. Ele concluiu as conquistas do Império. Pa­cificou o mundo pelas armas. Manteve exércitos por toda parte.
O latim era a língua da metrópole e das tropas roma­nas. O grego era falado nos meios culturais do império. O aramaico era a língua materna da liturgia. O império abre grandes estradas para uso de suas legiões e intercâmbio em geral. As estradas logo depois seriam utilizadas pelos pregoeiros do Evangelho. Dez anos antes de Jesus nascer, as portas do templo de Jano são fechadas, indicando paz. Quando Jesus nasceu, portanto, reinava paz em todo o mundo. Chegara a plenitude dos tempos, conforme diz a Escritura em Gálatas 4.4. É a "Pax Romana" da História. Nas condições acima descritas, estando tudo preparado por Deus, nasce em Belém o Messias prometido.


2. Contexto Social.
É interessante observar que, no nascimento de Jesus nenhuma autoridade da época, seja governador, rei ou imperador receberam a honrosa noticia, e muito menos, prestigiaram tão glorioso evento. Todavia, aos camponeses que pastoreavam seus rebanhos, disse o anjo: “Não temas. Eu vos trago novas de grande alegria, que o será para todo o povo. Na cidade de Davi vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor. Isto vos será por sinal: Achareis o menino envolto panos, e deitado numa manjedoura” (Lc 2.10-12). Logo após, aparece um coral de anjos cantado e dizendo: “Glória a Deus nas maiores alturas, paz na terra entre os homens, a quem Ele que bem” (Lc 2.13,14). Quanta honra a desses camponeses! Sobre este glorioso fato Matthew Henry comenta: “Os anjos foram arautos do recém-nascido Salvador, mas foram enviados somente a uns pastores pobres, humildes, piedosos, trabalhadores, que estavam ocupados em sua vocação, vigiando seus rebanhos. Não estamos fora do caminho das visitas divinas quando estamos empregados em uma vocação honesta e permanecemos com Deus nisso. Que Deus tenha a honra desta obra; glória a Deus nas alturas. A boa vontade de Deus para com os homens, manifestada no envio do Messias, redunda para sua glória. Outras obras de Deus são para sua glória, mas a redenção do mundo é para sua glória no alto. A boa vontade de Deus ao enviar o Messias trouxe a paz a este mundo inferior. A paz é aqui colocada para tudo o de bom que flui a nós desde que Cristo assumiu nossa natureza. Ditado fiel é este, avaliado por uma companhia incontável de anjos, e bem digno de toda aceitação: que a boa vontade de Deus para com os homens é glória para Deus no alto, e paz na terra. Os pastores não perderam tempo; partiram pressurosos para o lugar. ficaram satisfeitos e deram a conhecer por todas partes acerca deste menino, que era o Salvador, Cristo o Senhor”. Este, sim, é o evangelho que deve ser anunciado a todas as nações!

3. Contexto Religioso.
Ao narrar Lucas os eventos relacionados ao nascimento de Jesus, como já mencionado na lição anterior, ele busca evidenciar que os gentios, e não somente os judeus, estão incluídos no plano salvífico de Deus (Lc 2.32; 24.47). Isto é notório na mensagem angelical: “Eu vos trago novas de grande alegria, que o será para todo o povo” (Lc 2.10). E, também, nas palavras de Simeão: “luz para iluminar os gentios, e para glória do teu povo Israel” (Lc 2.32). Logo, o propósito de Lucas era mesmo mostrar que o cristianismo não era uma seita judaica sem nexo com a cultura judaica (Lc 2.21,28-32). Todos os relatos que contextualizavam o nascimento de Jesus têm como objetivo estabelecer o vínculo entre a fé judaica e a fé cristã. Portanto, o cristianismo não surgiu à parte do judaísmo, porém apenas as suas raízes é que possuem origem judaica.


CONCLUSÃO
Nesta lição estudamos sobre um dos maiores fatos testemunhado pela historia, mas que, bem mais que história, é algo demasiadamente profundo, pois Deus, por amor ao homem, resolveu também ser homem (Jo 1.14). Não há como esquecer a mensagem divina: “Eu vos trago novas de grande alegria” (Lc 2.10a). Realmente, grande é a nossa alegria, pois ele veio para “que tenham vida, e a tenham em abundância” (Jo 10.10b). Todavia, fica-nos a lição da manjedoura! Jesus, sendo Rei dos reis e Senhor dos senhores, nasceu em uma estrebaria onde guardavam os animais. Ele não nasceu em um palácio, muito menos em um berço de ouro, ainda que digno disto. Portanto, nós, seus servos, devemos nesta vida viver como Ele, de maneira humilde e simples. Deus abençoe a todos!!




REFERÊNCIAS
Ø BOYER, Orlando. Pequena Enciclopédia Bíblica. CPAD.
Ø GILBERTO, Antonio. A Bíblia através dos Séculos. CPAD.
Ø BERGSTÉN, Eurico. Teologia Sistemática. CPAD.
Ø ANDRADE, Claudionor de.  Dicionário Teológico. CPAD.
Ø CHAMPLIN, Russell Norman. O Novo Testamento Interpretado. MILENIUM
Ø GONÇALVES, José. Lucas – O Evangelho de Jesus, o Homem Perfeito. CPAD.
Ø HENRY, Matthew. Comentário Bíblico do Novo Testamento. CPAD.
Ø STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
Ø GONÇALVES, José. Lições Bíblicas. (2º Trimestre de 2015). CPAD.
Ø CABRAL, Elienai. Lições Bíblicas. (3º Trimestre de 2013). CPAD.
Ø ANDRADE, Claudionor de. Lições Bíblicas. (4º Trimestre de 2006). CPAD.