sábado, 11 de abril de 2015

LIÇÃO 02 – O NASCIMENTO DE JESUS




Lc 2.1-7 


INTRODUÇÃO
Graça e Paz querido (a) Irmão (ã)! Espero que a primeira lição tenha sido uma bênção! Como a lição anterior foi apenas de cunho introdutório, a partir de agora, ou seja, desta lição, é que trataremos de modo pormenorizado os assuntos apresentados por Lucas em seu Evangelho. Por isso, seguindo a ordem dos fatos por ele apresentado, estudaremos os eventos que contextualizaram o nascimento de Jesus antes, durante e após o seu nascimento. Desejo a todos uma Excelente aula!


I. EVENTOS QUE PRECENDEM O ANÚNCIO DO NASCIMENTO DE JESUS
1. Contexto histórico.
Após mostrar a Teófilo os motivos que o levaram a escrever seu Evangelho, Lucas segue com sua narrativa e, tendo por sua fiel testemunha a história, diz: “Existiu no tempo de Herodes, rei da Judeia, um sacerdote chamado Zacarias, da ordem de Abias” (1.5a). Ao mencionar os fatos históricos, Lucas busca convencer a Teófilo mostrando que as evidências históricas por ele apresentadas são provas incontestáveis de que fala a verdade. Mas, quem é esse Herodes? E, que tempo foi esse? Ora, o Herodes aqui citado por Lucas reinou na Judeia durante 33 anos, durante o período de 37 a.C. até 4 a.C. Este Herodes, o qual faz menção o ‘médico amado’ é Herodes – O Grande. Também conhecido como Herodes Magno ou Herodes, o tetrarca (Lc 3.1). Este era governador da Galiléia, mas sua ambição era reinar sobre a Judéia, o que de fato conseguiu por meio de sua esperteza e astúcia. Era ele, segundo Watson, "idumeu por nascimento, judeu por profissão, romano por necessi­dade, e grego por cultura". Foi ele pai de Herodes Antipas que mandou degolar a João Batista (Mt 14.10) e julgou a Jesus, o qual, fora mandado por Pilatos para esse fim (Lc 23.8). Herodes Agripa I era neto de Herodes Magno ou Herodes, O Grande. Herodes Agripa foi quem mandou matar Tiago, irmão de João, à espada (At 12.2). E, assim como seu avô, morreu comido de bicho (At 12.23).
Entretanto, ao assumir o trono tão almejado, mandou matar todos os partidários de Antígono e os membros do Sinédrio. Em seguida, temen­do sofrer conspiração do remanescente hasmoneano, Herodes, tendo já ocasionado a morte de Antígono, mandou matar o sumo sacerdote Aristóbulo III, irmão de Mariana. E matou também o velho Hircano II, tio de Mariana. Herodes continuou a molestar os judeus. Dando ouvido a denúncias falsas, movido por ciúmes, manda matar sua esposa favorita Mariana em 20 a.C. Este foi um crime aterrador. Herodes também manda matar sua sogra Alexandra, mãe de Mariana. Além destas mortes, muitas outras foram cometidas por ele. Embora seja extenso seu histórico de homicídios, Herodes foi um grande administrador. Ele reconstruiu Jerusalém, seus muros e edifícios. Também construiu palácios, inclusive o Forte Antônia, na área noroeste do templo. Todavia, o ódio dos judeus aumentava contra Herodes. Assim, para evitar que os judeus apelassem para César, ele promete-lhes um novo templo o qual foi iniciado em 19 a.C. e concluído em 27 d.C. Este foi o templo conhecido pelo Senhor Jesus.
Nos últimos anos do reinado de Herodes, no ano 5 a.C. (ano do nascimento do Senhor Jesus), é descoberta uma conspiração por parte de seu irmão Féroras e seu filho Antípater, filho de Dóris, outra esposa. Féroras é morto. Enquanto corre o processo para a morte de Antípater, chegam uns magos vindo do Oriente  perguntando: “Onde é nascido o rei dos judeus?” (Mt 2.1,2). Herodes, que como já vimos, vivia atormentado pelo fantasma da conspiração, sofreu grande perturbação (Mt 2.3). Fingidamente ele desejou adorar o recém-nascido, que era o Messias prometido nas profecias do AT. Deus via o seu plano maligno e guiou os magos a regressarem por outro caminho. Herodes vendo seus planos desfeitos ordena a matança dos inocentes de Belém. Matar já era coisa natural para ele. Deus então conduz José, Maria e o menino, ao Egito, cumprindo-se assim as profecias (Os 11.1). No ano seguinte – 4 a.C. morre Herodes de terrível enfermidade em Jericó.

2. O fim do período interbíblico.
O Período Interbíblico ou Intertestamentário (entre os dois Testamentos), vai de Malaquias ao advento de Cristo, um período de mais de 400 anos. Este período está profeticamente descrito em Daniel 11 a 12.4. Durante este período Israel esteve sob três impérios mundiais - o Persa, o Grego, e o Ro­mano. É, ainda, neste período que ocorre a revolta dos Macabeus que culminou com a independência da Palestina, entre 167-63 a.C. Assim, o termo  "Interbíblico" quer dizer "entre a Bíblia"; isto por­que é um período em branco em que não houve revelação divina escrita. Nenhum profeta se levantou nesse período. Todavia, o fim deste período havia chegado!

a) Escatologia e profecia
É, pois, baseando-se nos últimos anos do reinado de Herodes que Lucas faz uma revelação surpreendente, que o tempo do cumprimento das promessas de Deus, pelos antigos profetas, havia chegado. Então, o evangelista passa a narrar com riqueza de detalhes o anúncio do nascimento de João Batista, aquele que seria o percursor do Messias (Lc 1.5-25). Ora, sabemos que o ministério de João Batista é caracterizado como o ministério do Espírito (Lc 1.15). Assim, o surgimento de João Batista representa o retorno da profecia, fato este asseverado por Zacarias, seu pai, ao dizer: “E tu, ó menino, serás chamado profeta do Altíssimo; pois irás adiante da face do Senhor, e prepararás os seus caminhos” (Lc 1.76). Este é o alvorecer da era escatológica!

b) Poesia e profecia.
Entre o anúncio do nascimento (1.26ss) e o nascimento de Jesus (2.1ss), Lucas faz menção de duas belíssimas poesias neotestamentárias conhecidas na teologia cristã como o Magnificat de Maria (1.46-55) e o Benedictus de Zacarias (1.68-79). Neles, tanto Maria como Zacarias, exaltam a Deus pelo cumprimento de Suas promessas. Maria, por exemplo, diz: “Com o seu braço agiu valorosamente; dispersou os que no coração alimentavam pensamentos soberbos. Depôs dos tronos os poderosos, e elevou os humildes. Encheu de bens os famintos, e despediu vazios os ricos” (Lc 1.51-53). E, Zacarias diz: “Bendito seja o Senhor Deus de Israel, porque visitou e redimiu o seu povo, e nos levantou uma poderosa salvação na casa de Davi, seu servo” (Lc 1.68,69). Assim, esses dois cânticos proféticos assinalavam, sendo eles mesmos testemunhas, o cumprimento das profecias referente ao Messias prometido (Is 9.6; Mq 5.2; Mt 2.5,6; Lc 2.11). Em seu Evangelho, Lucas é o único a fazer tal revelação! E, tal revelação, mostra que a plenitude dos tempos havia chegado e o Messias agora seria revelado (Gl 4.4). A maior de todas as revelações (Hb 1.1)!
Verdadeiramente, como ressalta o Pr. José Gonçalves, não é à toa que a maioria das referências ao Espírito Santo ocorra nos dois capítulos do Evangelho de Lucas. Sendo 17 referências em Lucas, 12 em Mateus e apenas 6 em Marcos.


II. O ANÚNCIO DO NASCIMENTO DE JESUS
Ante a tal anuncio, Maria faz uma indagação enigmática: “Como se fará isto, visto que não tenho relação com homem algum?” (Lc 1.34). Então, o anjo Gabriel, faz uma revelação surpreendente: “Descerá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra” (Lc 1.35a). Sobre este ato sobrenatural de Deus, diz o Pastor Claudionor de Andrade: “Na concepção do Verbo de Deus, não houve o que se convencionou chamar de nascimento virginal; o que realmente se deu foi o mistério da concepção virginal, conforme profetizou Isaías: “Eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel” (Is 7.14; Mt 1.20-23; Lc 1.35). Maria, como as demais mulheres, sentiu as dores de parto ao dar à luz a Cristo; e, Jesus, à nossa semelhança, deixou o ventre materno, natural e não sobrenaturalmente, ao nascer em Belém de Judá. Portanto, se o seu nascimento foi natural, a sua concepção, frisamos, foi um ato miraculoso operado pelo Espírito Santo”. Portanto, vejamos dois fatores imprescindível desse grandioso milagre:

1. Kenósis – O milagre da encarnação do Messias.
A encarnação de Jesus não é um mero conceito teológico; é um dos maiores mistérios das Sagradas Escrituras, sem a qual seria impossível a nossa redenção. O Apóstolo João, em seu evangelho, é enfático ao afirmar que: “No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus” (Jo 1.1). O Apóstolo Paulo, ao escrever aos Filipenses, afirma que o Senhor Jesus em sua encarnação deu a maior prova da sua humildade quando “aniquilou-se a si mesmo” (Fp 2.7). O termo grego “kenósis” usado por Paulo deriva do verbo kenoô, que significa esvaziar, ficar vazio. Assim, o verbo esvaziar comunica melhor do que aniquilar a ideia da encarnação de Jesus; destaca que Ele esvaziou-se a si mesmo, privou-se de sua glória e tomou a natureza humana (Jo 1.14; 17.5; 1 Tm 2.5). Todavia, em momento algum veio a despojar-se da sua divindade (Mt 4.7; Jo 5.17,18; 10.30; 14.9). Jesus não trocou a sua natureza divina pela humana. Antes, voluntariamente, renunciou em parte às prerrogativas inerentes à divindade, para assumir a nossa humanidade (Jo 17.5 cf  Mt 28.18). Tornando-se verdadeiro homem, fez-se maldição por nós (Gl 3.13). E levou sobre o seu corpo todos os nossos pecados (1 Pe 2.24). Em Gálatas 4.4, Paulo escreveu que, na plenitude dos tempos, “Deus enviou seu Filho, nascido de mulher”. Isto indica que Jesus é consubstancial com toda humanidade nascida em Adão. A diferença entre Jesus e os demais seres humanos está no fato de Ele ter sido gerado miraculosamente pelo Espírito Santo e nunca ter cometido qualquer pecado (Lc 1.35; Hb 4.15; 1 Pe 2.22; 1 Jo 3.5). Ainda sobre o assunto, o Pastor Claudionor de Andrade diz: “Quando se trata de kenósis de Cristo, há que se tomar muito cuidado. É contra o espírito do Novo Testamento, afirmar que o Senhor Jesus esvaziou-se de sua divindade. Ao encarnar-se, esvaziou-se Ele apenas da sua glória. Em todo o seu ministério terreno, agiu como verdadeiro homem e verdadeiro Deus”. Portanto, como já dissemos, a kenósis de Cristo não implicou no esvaziamento de sua divindade (como afirma a teologia kenótica). Por isso, o amado Mestre é “verdadeiramente homem e verdadeiramente Deus”.

2. União Hipostática – A harmonia das duas naturezas de Cristo
A doutrina da união hipostática é, segundo o Pr. Claudionor de Andrade, ‘a doutrina que, exposta no Concílio de Calcedônia em 451 d.C., realça a perfeita e harmoniosa união entre as naturezas humana e divina de Cristo. Acentua este ensinamento ser Jesus, de fato, verdadeiro homem e verdadeiro Deus’. Por isso, convém ressaltar que Jesus não é metade Deus nem metade homem. Ele é perfeito homem e perfeito Deus, em toda a plenitude “porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade” (Cl 2.9). Logo, as Escrituras Sagradas afirmam que há uma só personalidade em Cristo, mas duas naturezas: a humana (Mt 21.18; Mc 4.38; Jo 4.6; 19.28) e a divina (Mt 18.20; 28.18; Jo 21.17; Hb 13.8). Porém, essas duas naturezas não se misturam, isto é, Jesus não ficou com a sua divindade ‘humanizada’ ou com a sua natureza humana ‘divinizada’. Quando Jesus se fez homem, continuou sendo Deus verdadeiro, mesmo estando sob a forma de homem verdadeiro (Jo 1.49; Jo 5.17,18; 10.30; 14.9; 20.28). As duas naturezas operavam simultâneas e separadamente na sua pessoa. Jamais houve conflito entre as duas naturezas, porque Jesus, como homem, seja nas suas determinações ou autoconsciência, sempre conforme a direção do Espírito Santo, sujeitava-se à vontade de Deus, de acordo com a sua natureza divina (Jo 4.34; 5.30; 6.38; Sl 40.8; Mt 26.39). Assim, possuía duas naturezas em uma só personalidade, as quais operavam de modo harmonioso e perfeito, em uma união indissolúvel e eterna (1 Tm 3.16).


III. O NASCIMENTO DE JESUS E SEUS CONTEXTOS
Outra vez Lucas inicia sua narrativa usando como base da mesma os fatos históricos (Lc 2.1,2), porém, abordaremos o assunto posteriormente. O texto de Lc 2.4 mostra que José e Maria tiveram que fazer uma viagem muito longa e difícil, mas que era necessária. Eles saíram da cidade de Nazaré (em hebraico “verdejante”) localizada na região da Galileia, no território de Zebulom (Js 19.15), e percorreram 112 Km de distancia até chegarem na cidade de Belém (em hebraico “casa de pão”), situada na região da Judeia, na parte montanhosa do território de Judá, a 9 Km ao sul de Jerusalém. Nesse tempo, a Palestina já havia sido dividida em seis distritos: JUDEIA, SAMARIA, IDUMEIA, GALILEIA, PEREIA, ITUREIA. Após chegarem a Belém, segundo o texto de Lc 2.6, Maria deu à luz ao Messias. Embora saibamos que o nascimento de Jesus está associado ao recenseamento citado por Lucas, é difícil dizer quanto tempo, após chegarem na cidade, Maria teve a criança. Todavia, sobre o assunto o Dr. Champlin comenta: “No principio do Século III d.C., em alguns círculos da igreja cristã se celebrava o aniversário natalício de Jesus a 6 de Janeiro . A partir do Século IV, essa data foi mudada para 25 de dezembro, dia que desde longa data assinalava a ocasião de uma festividade pagã associada ao renascimento de diversas divindades solares. Era a data do solstício de inverno, de acordo com o calendário Juliano. A implicação da história de Lucas é que Jesus nasceu em um período do ano em que as ovelhas ainda podiam ser conservadas ao relento, à noite, o que só poderia ter sido entre abril e novembro. Tanto Mateus quanto Lucas deixam entendido que o nascimento de Jesus teve lugar à noite”. Portanto, vejamos alguns fatos que contextualização o nascimento de Jesus:


1. Contexto Político.
Dois séculos antes de Jesus nascer, Roma iniciou sua fase de suprema­cia sobre os diversos povos de então. Em 31 a.C, surge o Império. Otávio é o primeiro impe­rador universal. Era sobrinho de Júlio César, que fora um grande general, conquistador e por último ditador de 46-44 a.C. Em 44 foi Júlio assassinado em pleno Senado Roma­no, por seu filho adotivo Júnio Bruto. Otávio reinou de 31 a.C. a 14 d.C. O Senhor Jesus nasceu quando ele dominava o mundo todo. Ele podia de fato determinar que "todo o mundo" fosse recenseado (Lc 2.1). Otávio aparece no texto bíblico como "César Augusto". "César" era o nome de família. "Augusto" foi-lhe conferido pelo Senado; eqüivale a "sublime". Seu nome completo era CAIO JÚLIO CÉ­SAR OTÁVIO. Ele concluiu as conquistas do Império. Pa­cificou o mundo pelas armas. Manteve exércitos por toda parte.
O latim era a língua da metrópole e das tropas roma­nas. O grego era falado nos meios culturais do império. O aramaico era a língua materna da liturgia. O império abre grandes estradas para uso de suas legiões e intercâmbio em geral. As estradas logo depois seriam utilizadas pelos pregoeiros do Evangelho. Dez anos antes de Jesus nascer, as portas do templo de Jano são fechadas, indicando paz. Quando Jesus nasceu, portanto, reinava paz em todo o mundo. Chegara a plenitude dos tempos, conforme diz a Escritura em Gálatas 4.4. É a "Pax Romana" da História. Nas condições acima descritas, estando tudo preparado por Deus, nasce em Belém o Messias prometido.


2. Contexto Social.
É interessante observar que, no nascimento de Jesus nenhuma autoridade da época, seja governador, rei ou imperador receberam a honrosa noticia, e muito menos, prestigiaram tão glorioso evento. Todavia, aos camponeses que pastoreavam seus rebanhos, disse o anjo: “Não temas. Eu vos trago novas de grande alegria, que o será para todo o povo. Na cidade de Davi vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor. Isto vos será por sinal: Achareis o menino envolto panos, e deitado numa manjedoura” (Lc 2.10-12). Logo após, aparece um coral de anjos cantado e dizendo: “Glória a Deus nas maiores alturas, paz na terra entre os homens, a quem Ele que bem” (Lc 2.13,14). Quanta honra a desses camponeses! Sobre este glorioso fato Matthew Henry comenta: “Os anjos foram arautos do recém-nascido Salvador, mas foram enviados somente a uns pastores pobres, humildes, piedosos, trabalhadores, que estavam ocupados em sua vocação, vigiando seus rebanhos. Não estamos fora do caminho das visitas divinas quando estamos empregados em uma vocação honesta e permanecemos com Deus nisso. Que Deus tenha a honra desta obra; glória a Deus nas alturas. A boa vontade de Deus para com os homens, manifestada no envio do Messias, redunda para sua glória. Outras obras de Deus são para sua glória, mas a redenção do mundo é para sua glória no alto. A boa vontade de Deus ao enviar o Messias trouxe a paz a este mundo inferior. A paz é aqui colocada para tudo o de bom que flui a nós desde que Cristo assumiu nossa natureza. Ditado fiel é este, avaliado por uma companhia incontável de anjos, e bem digno de toda aceitação: que a boa vontade de Deus para com os homens é glória para Deus no alto, e paz na terra. Os pastores não perderam tempo; partiram pressurosos para o lugar. ficaram satisfeitos e deram a conhecer por todas partes acerca deste menino, que era o Salvador, Cristo o Senhor”. Este, sim, é o evangelho que deve ser anunciado a todas as nações!

3. Contexto Religioso.
Ao narrar Lucas os eventos relacionados ao nascimento de Jesus, como já mencionado na lição anterior, ele busca evidenciar que os gentios, e não somente os judeus, estão incluídos no plano salvífico de Deus (Lc 2.32; 24.47). Isto é notório na mensagem angelical: “Eu vos trago novas de grande alegria, que o será para todo o povo” (Lc 2.10). E, também, nas palavras de Simeão: “luz para iluminar os gentios, e para glória do teu povo Israel” (Lc 2.32). Logo, o propósito de Lucas era mesmo mostrar que o cristianismo não era uma seita judaica sem nexo com a cultura judaica (Lc 2.21,28-32). Todos os relatos que contextualizavam o nascimento de Jesus têm como objetivo estabelecer o vínculo entre a fé judaica e a fé cristã. Portanto, o cristianismo não surgiu à parte do judaísmo, porém apenas as suas raízes é que possuem origem judaica.


CONCLUSÃO
Nesta lição estudamos sobre um dos maiores fatos testemunhado pela historia, mas que, bem mais que história, é algo demasiadamente profundo, pois Deus, por amor ao homem, resolveu também ser homem (Jo 1.14). Não há como esquecer a mensagem divina: “Eu vos trago novas de grande alegria” (Lc 2.10a). Realmente, grande é a nossa alegria, pois ele veio para “que tenham vida, e a tenham em abundância” (Jo 10.10b). Todavia, fica-nos a lição da manjedoura! Jesus, sendo Rei dos reis e Senhor dos senhores, nasceu em uma estrebaria onde guardavam os animais. Ele não nasceu em um palácio, muito menos em um berço de ouro, ainda que digno disto. Portanto, nós, seus servos, devemos nesta vida viver como Ele, de maneira humilde e simples. Deus abençoe a todos!!




REFERÊNCIAS
Ø BOYER, Orlando. Pequena Enciclopédia Bíblica. CPAD.
Ø GILBERTO, Antonio. A Bíblia através dos Séculos. CPAD.
Ø BERGSTÉN, Eurico. Teologia Sistemática. CPAD.
Ø ANDRADE, Claudionor de.  Dicionário Teológico. CPAD.
Ø CHAMPLIN, Russell Norman. O Novo Testamento Interpretado. MILENIUM
Ø GONÇALVES, José. Lucas – O Evangelho de Jesus, o Homem Perfeito. CPAD.
Ø HENRY, Matthew. Comentário Bíblico do Novo Testamento. CPAD.
Ø STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
Ø GONÇALVES, José. Lições Bíblicas. (2º Trimestre de 2015). CPAD.
Ø CABRAL, Elienai. Lições Bíblicas. (3º Trimestre de 2013). CPAD.
Ø ANDRADE, Claudionor de. Lições Bíblicas. (4º Trimestre de 2006). CPAD.

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