1 Co 7.1-16
INTRODUÇÃO
Uma das
características do presente século é a promiscuidade e a perversão sexual.
Diariamente, as famílias são bombardeadas por orientações sexuais ilícitas e
estímulos à práticas sexuais antibíblicas, principalmente através da mídia. Por
isso, faz-se necessário estudarmos sobre a sexualidade à luz da Bíblia. Veremos
nesta lição: a definição do termo sexualidade; que o sexo foi criado por Deus;
que o ato conjugal deve estar restrito ao casamento; os propósitos do sexo; quais
são as práticas sexuais ilícitas, e por fim, destacaremos os princípios
bíblicos para o ato conjugal.
I.
DEFINIÇÃO DAS PALAVRAS “SEXUALIDADE” E “SEXO”
O dicionarista
Antônio Houaiss (2001, p. 2563) define a palavra sexualidade como: “qualidade
do que é sexual. O conjunto dos fenômenos da vida sexual externos ou internos,
determinados pelo sexo do individuo”. A expressão “sexo” ainda pode ser
usada como referência aos órgãos sexuais ou à prática de atividades sexuais. À
luz da Bíblia, sexo são “as características internas e externas, que
identificam e diferenciam o homem da mulher” (Gn 1.27).
II. O SEXO FOI
CRIADO POR DEUS
III.
A RELAÇÃO SEXUAL ESTÁ CIRCUNSCRITA AO CASAMENTO
1. No Antigo
Testamento.
No
plano original divino, a ordem de crescer e multiplicar-se foi dada a um casal
(Gn 1.28). As páginas veterotestamentárias nos mostram claramente que somente
nesta condição o ato conjugal é aceito e aprovado por Deus (Gn 2.24); pois, é
por meio do casamento que marido e mulher tornam-se “uma só carne”,
segundo a vontade de Deus (Gn 2.24 comparar Mc 10.7). Portanto, os prazeres
físicos e emocionais normais, decorrentes do relacionamento conjugal fiel, são
ordenados por Deus e por Ele honrados (Pv 5.15-19).
2. No Novo
Testamento.
O
NT preservou as atitudes judaicas do AT quanto ao sexo. Jesus condenou não só
as práticas sexuais fora do casamento, como também o “simples” olhar com
intenção impura para uma mulher (Mt 5.2-32). O apóstolo Paulo, de igual forma,
ensinou aos crentes de Corinto como eles deveriam se portar quanto ao sexo (1Co
7.1-40). Aos casados, o apóstolo orienta que pratiquem o ato sexual
regularmente (1Co 7.3), e só abstenham de desfrutar do ato conjugal com
finalidades espirituais, como dedicar-se à oração, por exemplo, por um espaço
de tempo combinado entre o casal, a fim de não se exporem às tentações de
Satanás, inclusive, ao adultério (1Co 7.5). E, aos solteiros, Paulo afirmou que
aqueles que não puderem conter-se, ou seja, controlar-se, que se casem, a fim
de evitar as tentações e possam praticar o ato sexual licitamente (1Co 7.9; Hb
13.4).
IV. PROPÓSITOS
DO SEXO SEGUNDO A BÍBLIA
Além da Bíblia
ensinar que o ato conjugal deve ser praticado dentro do casamento, ela também
mostra quais os propósitos pelos quais Deus criou o sexo. Vejamos as
principais:
1. Procriação.
Sem dúvida
alguma, o primeiro propósito do ato sexual é a reprodução humana (Gn 1.28; 9.1;
Sl 127.3). A procriação é o ato criador de Deus, através do homem. Para tanto,
o Senhor dotou o homem de capacidade reprodutiva, instituindo o matrimônio e a
família (Gn 2.21-24). No AT, a “lua de mel” para o soldado durava
um ano, com o fim de proporcionar ao casal a possibilidade da procriação (Dt
24.5). Quando os fez macho e fêmea, Deus tinha o propósito de tornar possível a
reprodução do gênero humano (Gn 1.28-a), visto que dois iguais não se
reproduzem, por isso a prática homossexual é vista na Bíblia como uma
abominação (Lv 18.22); e, algo antinatural (Rm 1.26,27). Portanto, “o
princípio da heterossexualidade estabelecido na criação, continua a ser parte
integrante do plano de Deus para o casamento”.
2. Satisfação.
O ato conjugal
também foi criado para proporcionar prazer ao casal. A Bíblia diz: “Bebe
água da tua fonte, e das correntes do teu poço. Derramar-se-iam as tuas fontes
por fora, e pelas ruas os ribeiros de águas? Sejam para ti só, e não para os
estranhos contigo. Seja bendito o teu manancial, e alegra-te com a mulher da
tua mocidade” (Pv 5.15-18). O sábio exorta os cônjuges a desfrutarem do
sexo, sem ao menos mencionar os filhos. Neste capítulo, o homem é incentivado a
valorizar a união conjugal honesta e santa, exaltando a monogamia, a fidelidade
e o prazer (Ec 9.9; Ct 4.1-12; 7.1-9).
V.
PRÁTICAS SEXUAIS REPROVADAS PELA BÍBLIA
Já vimos que o
sexo foi criado por Deus com propósitos elevados, saudáveis e benéficos para o
ser humano. No entanto, desde a Queda, o sexo e a sexualidade têm sido
deturpados de modo irresponsável (Rm 1.24-27). Abaixo elencaremos algumas
práticas sexuais reprovadas pelas Escrituras:
1. Fornicação.
Relação sexual
entre pessoas não casadas. A Bíblia restringe o ato sexual apenas aos casados.
Portanto, praticá-lo antes do casamento se constitui em transgressão (Gl
5.19-21; Ef 5.3; Cl 3.5).
2. Adultério.
Relação sexual
de um homem casado com uma mulher que não é a sua esposa, ou vice-versa.
Prática
condenada pela
Bíblia Sagrada (Êx 20.14; Dt 5.18; Mt 5.27; Rm 13.9). A Escritura fala da união
monossomática (mono = um) + (soma = corpo). Este é mais um mistério da
união sexual dentro do casamento: “serão ambos uma carne” (Gn 2.24).
A expressão em destaque diz respeito a um nível de relacionamento tão íntimo
entre um casal, ao ponto de fazerem com que o marido e a esposa tornem-se uma
só pessoa, de tal forma que beneficiando ou afetando um, logo se atingirá o outro
(Ef 5.28-b).
3. Homossexualidade.
Atração
erótica entre pessoas do mesmo sexo. Considerada pela Bíblia uma das perversões
mais chocantes. Por isso, é por ela condenada (Lv 18.22; 20.13; Jz 19.22-25; Rm
1.25-27; 1 Co 6.9; 1Tm 1.9,10). A Bíblia apresenta a união heterossexual (heteros
= diferente) + (sexual = sexo). O relacionamento conjugal só é possível
entre um homem e uma mulher, ou seja, entre um macho e uma fêmea (Gn 1.27).
Qualquer união sexual fora desse padrão se constitui violência ao plano
original divino (Lv 18.22; Dt 23.17).
4. Perversões.
Nas Escrituras
Sagradas encontramos severas reprovações quanto a perversões sexuais, tais
como: masturbação (Mt 5.27; Rm 6.13,19; 1Co 6,13,15,18; Gl 5.19; Ef
5.3); zoofilia (sexo com animais) (Lv 18.23); estupro (Gn
34.2,7; 2Sm 13.12); incesto (sexo entre familiares próximos) (Lv
18.7-19; 1Co 5.1); pedofilia (sexo com crianças) (Ef 4.19-22; Gl
5.19-21); práticas sexuais fora do padrão natural criado por Deus (1Co
6.19,20; 1Pe 3.7); sexting (sexo virtual) (Ef 5.3, 4; Cl 3.5).
VI. PRINCÍPIOS
BÍBLICOS PARA O ATO CONJUGAL
Além de falar de que Deus criou o sexo e que este deve ser praticado por pessoas devidamente casadas, a Bíblia também orienta sobre quais os princípios para o ato conjugal. A palavra “princípio” significa: “o que serve de base para alguma coisa; ditame moral; regra, lei preceito” (HOUAISS, 2001, p. 2299). Vejamos alguns:
Além de falar de que Deus criou o sexo e que este deve ser praticado por pessoas devidamente casadas, a Bíblia também orienta sobre quais os princípios para o ato conjugal. A palavra “princípio” significa: “o que serve de base para alguma coisa; ditame moral; regra, lei preceito” (HOUAISS, 2001, p. 2299). Vejamos alguns:
1. Princípio do
amor.
Ao
contrário do modo de vida das pessoas que não conhecem a Palavra de Deus e
praticam o sexo por mero prazer, o cristão é orientado a praticar o ato
conjugal motivado pelo amor: “O marido pague à mulher a devida benevolência,
e da mesma sorte a mulher ao marido” (1Co 7.3). Benevolência e amor
andam juntos (1 Co 13.4).
2. Princípio do
respeito.
O
ato sexual entre cristãos deve ser feito com respeito, pois o amor “não
se porta com indecência” (1 Co 13.5). O marido deve honrar o corpo da
esposa, e a esposa o corpo do marido, como nos ensina o apóstolo Pedro (1 Pe
3.7). Portanto, o cônjuge não pode ser forçado a fazer sexo quando não quer e
não pode, principalmente a mulher, em casos específicos, tais como: período de
menstruação (Lv 18.19,20), quando a gravidez requer mais cuidado, nem no
período pós-parto até certo mês, e, por fim, em casos de doença.
3. Princípio da
alegria e prazer.
O
ato conjugal não deve ser praticado com tristeza ou insatisfação; mas, com
alegria, pois é um momento de prazer mútuo entre os cônjuges. A recomendação do
sábio é clara: “alegra-te com a mulher da tua mocidade” (Pv
5.18). Embora este não seja o único objetivo do casamento, não podemos negar
que seja um dos principais (Pv 5.18; Ec 9.9). Deus criou os seres humanos
sexuados (macho e fêmea) para lhes proporcionar a bênção do prazer conjugal (Gn
1.26,27; Hb 13.4).
4. Princípio do
relacionamento.
Deus
instituiu o casamento também para que o homem tivesse com quem se relacionar plenamente.
O texto sagrado nos mostra que através do matrimônio Deus tinha em mente
proporcionar ao homem e a mulher um relacionamento de forma: (a) Física: “e
apegar-se-á à sua mulher”; (b) Sexual: “e serão ambos
uma carne”; e (c) Emocional: o homem que “estava só” (Gn
2.1) agora tinha alguém para dirigir seu afeto (Gn 2.23).
CONCLUSÃO
O sexo foi
criado por Deus (Gn 1.28). Mas, o propósito de Deus é que o sexo seja praticado
dentro do casamento, entre marido e mulher. Os cônjuges devem desfrutar dessa
bênção dada por Deus, que é o ato conjugal, desde que esteja dentro dos
princípios bíblicos.
REFERÊNCIAS
· ARÉVALO,
Waldir Moreno. O sexo que Deus criou. MPT.
·
Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal.
CPAD.
·
CRUZ, Elaine. Sócios, Amigos e
Amados. CPAD.
·
DANIELS, Robert. Pureza Sexual. CPAD.
Por Rede
Brasil de Comunicação.
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