quarta-feira, 31 de outubro de 2018
QUESTIONÁRIOS DO 4° TRIMESTRE DE 2018
O VENTO SOPRA ONDE QUER –
O
Ensino Bíblico do Espírito Santo e
sua
Operação na Vida da Igreja.
Lição 04
Hora da Revisão
A respeito do tema “O Batismo com o Espírito Santo”,
responda:
1. Segundo
a lição, o que é o batismo com o Espírito Santo?
É um revestimento de poder cuja finalidade é levar
os crentes a testemunharem da pessoa de Cristo. Sua evidência física é o falar
em línguas.
2. Como
a Declaração de Fé das Assembleias de Deus define o batismo com o Espírito
Santo?
Na Declaração de Fé das Assembleias de Deus, é
definido como “[...] uma experiência espiritual que ocorre após ou junto à
regeneração, sendo acompanhada da evidência física inicial do falar em línguas
(At 2.4)”.
3. O
que é a conversão?
É uma experiência que ocorre no momento em que a
pessoa, arrependida de seus pecados, e tendo sido convencida pelo Espírito
Santo, decide renunciar a vida de pecados, aceitando a Jesus como seu único
Senhor e Salvador.
4. Segundo
a lição, o que não é o batismo com o Espírito Santo?
A conversão, o selo do Espírito e o fruto do
Espírito.
5. Em
quantas ocasiões Lucas mostra que o falar em línguas é evidência do batismo com
o Espírito Santo?
Resposta pessoal.
QUESTIONÁRIOS DO 4° TRIMESTRE DE 2018
AS PARÁBOLAS DE JESUS –
As
Verdades e Princípios Divinos
para
Uma Vida Abundante.
Lição 04
Para Refletir
A respeito de “Perseverando na Fé” responda:
O que devemos levar em conta na interpretação dessa
parábola?
Devemos
levar em conta o propósito que levou Jesus a contar essa parábola.
Segundo a lição, é necessário interpretar, ao pé da
letra, cada detalhe das parábolas?
Não é
preciso interpretar, ao pé da letra, cada detalhe de todas as parábolas.
Qual foi a decisão inédita tomada pela viúva da
parábola?
Ela toma
uma decisão inédita, pois não escolhe advogados (talvez sua condição nem o
permitisse), nem defensores públicos, mas contra o costume de seu ambiente,
decide apresentar, pessoalmente, a instância ao juiz.
Qual é o elemento de contraste dessa parábola?
O juiz de
nossa parábola é iníquo, injusto; Deus, a quem servimos, por outro lado, é
justo. Nisto consiste o elemento de contraste dessa parábola.
O último tópico da lição destaca três coisas que,
segundo a parábola, não devem faltar na vida do cristão. Quais são elas?
Oração,
perseverança e fé.
LIÇÃO 04 - PERSEVERANDO NA FÉ (SUBSÍDIO)
Lc 18.1-8
INTRODUÇÃO
A presente lição
comentará uma das mais conhecidas parábolas de Jesus: “a parábola do juiz
iníquo”, que fala sobre a importância da perseverança na oração;
trataremos desta parábola, destacando o seu propósito, personagens, narrativa e
a devida aplicação para a nossa vida devocional.
I. ENTENDENDO A PARÁBOLA
A narrativa
parabólica do capítulo 18 de Lucas, tem algumas coisas interessantes que
merecem ser destacadas. Vejamos: a) consta somente no evangelho conforme
Lucas (Lc 18.1-9); b) tem como epígrafe “o juiz iníquo” e
não a “viúva perseverante” o que deveria ser, pois trata da
perseverança desta; e, c) junto com a parábola do amigo persistente (Lc
11.5-8), pretendem “ensinar a respeito da oração”. Abaixo
destacaremos algumas outras importantes informações sobre esta narrativa.
Notemos:
1. O propósito
da parábola (Lc 18.1).
Assim como toda
parábola contada por Jesus tinha um propósito específico, esta do capítulo 18
de Lucas segue a mesma regra. O versículo primeiro mostra o que motivou Jesus a
contar esta parábola: “E contou-lhes também uma parábola sobre o dever de
orar sempre, e nunca desfalecer” (Lc 18.1). Deus certamente responderá,
mesmo que pareça, por algum tempo, que Ele não nos ouve quando pedimos.
2. Os
personagens da parábola (Lc 18.2-5).
Dois personagens
embora reais na cultura judaica são utilizados hipoteticamente nesta parábola.
Vejamos cada um detalhadamente:
a) O juiz.
O primeiro
personagem que aparece na parábola é “o juiz” (Lc 18.2). Estes
eram os indivíduos que tomavam decisões sobre questões civis e religiosas, as
palavras envolvidas falam sobre a tentativa de determinar causas (Êx 18.13) (CHAMPLIN,
2004, p. 636). Nos tempos de Moisés, conforme os registros bíblicos, eles
assumiam uma grande responsabilidade na aplicação da lei (Êx 18.20; Dt 1.13,15;
Dt 16.19). Deus determinou que em cada cidade deveria ter um juiz (Dt 16.18).
Exigia-se deles que fossem leais no julgamento das causas do povo (Êx 18.21,22;
Dt 1.16,17). No entanto, há registros bíblicos de corrupção nesta função. A
exemplo disto temos os dois filhos de Samuel, que foram nomeados por ele como
juízes, em Berseba, mas eles perverteram o ofício e aceitavam suborno (1 Sm
8.3). Por isso, quando na parábola Jesus diz que este juiz “nem a Deus
temia, nem respeitava o homem” (Lc 18.2-b), podia estar fazendo alusão
a corrupção que havia em sua época com esta classe de pessoas. Definitivamente
de uma pessoa mau caráter como esta, não se podia esperar justiça nem
compaixão.
b) A viúva.
O segundo
personagem que aparece na parábola é “a viúva” (Lc 18.2). A viúva
aparece aqui como símbolo daqueles que precisam ser defendidos contra a
exploração alheia, alguém relativamente sem defesa, verdadeiramente dependente
da bondade de terceiros para a sua sobrevivência. A viúva, assim como órfão, o
pobre e o deficiente estavam entre a classe de pessoas das quais Deus concedia
uma atenção especial (Êx 23.6; Lv 19.14; Dt 24.17; 27.18). Com frequência, a
viúva era tratada pelo povo de Israel com deslealdade, por isso na lei de
Moisés encontramos diversas recomendações quanto ao cuidado que se deveria ter
com elas (Êx 22.22; Dt 24.19-21). Deus inclusive orientou que não se deveria
perverter o direito da viúva (Dt 24.17), e o que não cumprisse isto seria
passivo de maldição (Dt 27.19). Os profetas protestaram contra o povo de Israel
quando desconsideravam o direito da viúva (Is 1.17; 1.23; Is 10.2; Jr 7.6;
22.3; Zc 7.10; Ml 3.5). Por isso, na parábola de Lucas 18.1-8, Jesus
utilizou-se da figura da viúva que embora hipotética, era um fato comum que
viúvas sofressem por injustiças. Alguém poderia ter tirado o pouco que ela
possuía. Ou, talvez, a tivesse impedido de receber o que lhe correspondia, o
que a levou a clamar ao juiz, pedindo: “Faze-me justiça contra o meu adversário”
(Lc 18.3-b).
3. A narrativa
da parábola (Lc 18.2-5).
Certa viúva que
tinha uma causa para ser julgada, foi a um juiz da cidade e lhe pediu socorro.
Este juiz que “nem a Deus temia, nem respeitava o homem” (Lc
18.2-b), recusou-se ajudá-la: “E por algum tempo não quis atendê-la” (Lc
18.4). No entanto, a mulher propôs-se a buscar o que desejava até conseguir, e
o juiz não suportando a sua insistência a atendeu “[…] hei de fazer-lhe
justiça, para que enfim não volte […]” (Lc 18.5). Duas virtudes desta
viúva são destacadas por Jesus, que são extremamente necessárias para a vida
daquele que ora. Vejamos:
a) A
perseverança (Lc 18.5).
As palavras do
juiz a respeito desta mulher mostram o quanto ela era perseverante: “como
esta viúva me molesta, […] e me importune muito” (Lc 18.5). Estes dois
verbos “molestar” e “importunar” mostram que “o
juiz estava farto dela”. Essa mulher era persistente a tal ponto que,
mesmo o magistrado não temendo a Deus e nem aos homens ia conceder-lhe o que
queria, pois estava convencido de que ela nunca pararia de importuná-lo até que
seu pedido fosse atendido. A arma dela foi a insistência.
b) A fé (Lc
18.8).
A mulher
destaca-se nesta parábola não somente por sua perseverança, mas também por sua
fé. Essa fé é evidenciada por meio da sua atitude resoluta de insistir em seu
pedido ainda que a um homem sem temor, pois cria que mais cedo ou mais tarde, o
juiz lhe atenderia. Uma das características da fé verdadeira é que ela não
desiste em hipótese alguma. No encerramento desta parábola, Jesus fala
profeticamente que os últimos dias que antecedem a Sua vinda, serão dias
marcados pela incredulidade: “Quando porém vier o Filho do homem,
porventura achará fé na terra?” (Lc 18.8b).
4. A aplicação
da parábola (Lc 18.6-8).
O juiz desta
parábola não atendeu a mulher porque sentiu compaixão por ela, senão porque foi
vencido pelo cansaço (Lc 18.5). Diante disso, Jesus faz a seguinte ponderação: “Ouvi
o que diz o injusto juiz. E Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que
clamam a ele de dia e de noite, ainda que tardio para com eles?” (Lc
18.6,7). Ao contrário do juiz iníquo, Deus é apresentado nas Escrituras como o
Juiz justo (Gn 18.25; Sl 7.11; 9.8; 19.9; 37.28; 50.6; 75.7; 94.2; 103.6); e,
especificamente “Juiz das viúvas” (Sl 68.5). O salmista afirmou
que o Senhor é o que “faz justiça aos oprimidos” (Sl 146.7); que
por causa da opressão do pobre e do gemido do necessitado, Ele se levanta, para
os pôr a salvo (Sl 12.5). Deus é aquele que galardoa aqueles que o buscam (Hb
11.6); Ele “trabalha para aquele que nEle espera” (Is 64.4); pois
está atendo ao clamor dos seus filhos (Gn 30.6; Êx 3.7; Sl 12.5; 18.6; 66.19).
No entanto, Deus age dentro de um tempo por Ele determinado (Gn 18.14; 21.2; 2
Rs 4.16,17; Gl 4.4; Hb 4.16).
II. A NECESSIDADE DA PERSEVERANÇA
NA ORAÇÃO
Em relação à
oração ela deve ser feita com perseverança, que é uma atitude que Deus requer
do homem a fim de que obtenha resposta daquilo que se está buscando (Rm 12.12;
Ef 6.18; Cl 4.2; 1 Ts 5.17). O verbo “perseverar” significa: “ser
constante, permanecer, conservar-se” (HOUAISS, 2001, p. 2196). No
grego, “hupomoné”, “perseverança”, “resistência”,
“constância”. Esse vocábulo grego denota a resistência paciente,
sob circunstâncias adversas, com base na ideia de alguém que leva aos ombros
uma carga pesada, mas da qual não desiste (CHAMPLIN, 2004, p. 246). Acerca da perseverança
na oração é bom destacar que:
1. Não devemos
desfalecer.
Quando Jesus
contou esta parábola tinha o intuito de ensinar “[…] sobre o dever de
orar sempre, e nunca desfalecer” (Lc 18.1-b). A expressão “desfalecer”
segundo o Houaiss (2001, p. 991) significa: “esmorecer,
enfraquecer, fraquejar”. É verdade que às vezes por não recebermos a
resposta imediata das nossas petições, somos tentados a esmorecer, tal como
aconteceu com alguns personagens bíblicos (Sl 42.5-a; 69.3; Pv 13.12). No
entanto, a fé verdadeira sobrepõe as emoções e confia no Senhor e na Sua
providência cedo ou tarde (Sl 42.5-b; 73.26; 119.81,123). Champlin (2004, p.
173 – acréscimo nosso) pontua alguns motivos pelos quais Deus “tarda” em
responder. Vejamos:
a) O motivo
dessa demora não é que Deus deixe de entender-nos, ou que relute em
responder-nos. A demora não visa ao benefício de Deus, e, sim, o nosso;
b) A oração é,
por si só, um ótimo edificador do caráter cristão, que nos ensina a buscar as
coisas lá do alto;
c) Deus adia as
respostas às nossas orações a fim de que nossos motivos e alvos sejam
purificados;
d) Deus demora
em responder-nos a fim de que o nosso desejo seja intensificado.
2. Não devemos
ser imediatistas.
Nem sempre a
nossa oração tem resposta imediata. A exemplo disto temos Davi (Sl 13.1-4;
69.3); Zacarias orava por um filho e só depois de muito tempo veio a resposta
(Lc 1.13). Enquanto a oração autêntica não é respondida, ela fica em memória
perante Deus (At 10.4). Perseveremos, pois, na oração. Muitos crentes param de
orar por não receberem logo a resposta daquilo que pedem a Deus, falta-lhes
perseverança (Rm 12.12). É preciso continuar diante do altar de Deus até
receber a resposta (Lc 24.49). Abaixo destacaremos alguns exemplos de servos de
Deus que buscaram com perseverança até conseguir resposta:
Ø O exemplo de
Isaque: “E
Isaque orou insistentemente ao SENHOR por sua mulher, porquanto era estéril; e
o SENHOR ouviu as suas orações, e Rebeca sua mulher concebeu” (Gn 25.21).
Ø O exemplo de
Ana: “E
sucedeu que, perseverando ela em orar perante o SENHOR […]” (1 Sm 1.12);
Ø O exemplo de
Elias: “E
disse ao seu servo: Sobe agora, e olha para o lado do mar. E subiu, e olhou, e
disse: Não há nada. Então disse ele: Volta lá sete vezes” (1 Re 18.43).
Ø O exemplo dos
apóstolos: “Todos
estes perseveravam unanimemente em oração e súplicas […]” (At 2.42-a). Veja
ainda: (At 2.42; 6.4).
3. Não devemos
impor nossos limites.
Há pessoas que
agem precipitadamente, demarcando tempo para o seu período de oração, achando
que “pressionando” Deus vão obter dEle a resposta mais rápido.
Tal atitude revela uma tamanha imaturidade, pois Deus só responde quando quer e
jamais será forçado ou coagido por alguém, pois “faz tudo o que lhe apraz”
(Sl 115.3). É bom lembrar também que o fato de a Bíblia nos exortar a
orar com perseverança até obter resposta, não significa dizer que está resposta
será sempre um “sim” (Gn 17.20; Êx 33.17). Deus também responde
com um “espere” (Jo 2.4); ou com um “não” (Dt
3.25,26; 2 Co 12.8-9), pois segundo a Sua vontade Ele nos ouve (1 Jo 5.14).
CONCLUSÃO
Vivemos em dias
onde as pessoas não somente tem diminuído a prática da oração, como tem deixado
de orar com perseverança. Esta parábola visa alertar-nos de que Deus está
pronto a nos ouvir e responder no tempo certo.
REFERÊNCIAS
Ø CHAMPLIN,
R. N. O Antigo Testamento Interpretado – Gênesis a Números. HAGNOS.
Ø CHAMPLIN,
R. N. Dicionário de Bíblia, Teologia e Filosofia. HAGNOS.
Ø HOUAISS,
Antônio. Dicionário da Língua Portuguesa. OBJETIVA.
Ø STAMPS,
Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD
Por Rede
Brasil de Comunicação.
sábado, 27 de outubro de 2018
BEXIGAS DE FÉ
Objetivo:
Mostrar a
importância da prática da oração e da perseverança.
Material:
Três balões
de festa (bexiga) já cheias.
Procedimento:
Inicie a dinâmica
fazendo a seguinte indagação: “Quem aqui
está orando por algo, mas ainda não obteve uma resposta de Deus?” Depois de
conversar a respeito da questão, peça que os alunos formem um círculo. Distribua
as bexigas, já cheias e peça que eles joguem as bolas com as mãos, mas sem deixá-las
cair no chão. Quem deixar cair deve sair do círculo. Brinque com os alunos
alguns minutinhos. Em seguida, explique que assim como as bexigas não podem se
sustentar no ar sozinhas, assim é a nossa fé. Ela não pode ser sustentada sem
uma vida de oração. Quem tem fé não desanima, mas persiste, assim como a viúva
da parábola. Do mesmo modo, como alguns do grupo se esforçavam para que a bola
não caísse no chão, devemos fazer o possível para continuar orando, mesmo que
pareça que não estamos sendo ouvidos. Também é importante saber que não
cansamos a Deus com as nossas orações persistentes. O Senhor como o Juiz justo,
vai nos atender e defender. Conclua pedindo que os alunos leiam Lucas 18.1-8.
Por Telma Bueno e Simone Maia.
Adaptado pelo Amigo da EBD.
QUESTIONÁRIOS DO 4° TRIMESTRE DE 2018
O VENTO SOPRA ONDE QUER –
O
Ensino Bíblico do Espírito Santo e
sua
Operação na Vida da Igreja.
Lição 03
Hora da Revisão
A respeito do tema “Os Livros de Lucas e Atos – A Base da Doutrina Pentecostal”, responda:
1. Faça
um pequeno resumo a respeito de Lucas.
Lucas foi um médico grego convertido ao
cristianismo, e que se tornou depois companheiro de Paulo em suas viagens
missionárias, De suas mãos saíram dois documentos que representa praticamente
25% do texto do Novo Testamento.
2. Quais
eram as fontes dos escritos de Lucas?
Lucas, no seu Evangelho, mostra o relato de
testemunhas oculares dos fatos narrados, Ele buscou pessoas que haviam
convivido com Jesus, visto seus milagres, ouvido seus ensinos e que foram
libertas de doenças e espíritos imundos pelo poder do Salvador. No Livro de
Atos, Lucas chega a participar de acontecimentos que ele mesmo descreve.
3. Cite,
de acordo com a lição, um dos enfoques do Evangelho de Lucas.
Sua ênfase recai na atuação do Espírito Santo tanto
na vida e ministério de Jesus como nas obras que os discípulos desenvolveram
nos primeiros anos da igreja, chegando a mostrar Paulo antes de seu martírio.
4. O
Espírito Santo agiu, atuou na vida de Jesus? Fale a esse respeito.
Jesus, já adulto, é batizado por João, e nesse
momento o Espírito Santo veio sobre Ele em “forma corpórea, como uma pomba” (Lc
3.22). Pela virtude do Espírito volta para sua terra, a Galileia, para ensinar
nas sinagogas, e tendo chegado a Nazaré, leu o texto de Isaias que dizia; “O
Espírito do Senhor é sobre mim” (Lc 4.18).
5. Segundo
a lição, o que mostram os escritos de Lucas?
Seus escritos mostram que Deus está no controle da
história, guia seus discípulos, opera milagres e fala diretamente com seus
servos.
QUESTIONÁRIOS DO 4° TRIMESTRE DE 2018
AS PARÁBOLAS DE JESUS –
As
Verdades e Princípios Divinos
para
Uma Vida Abundante.
Lição 03
Para Refletir
A respeito de “O Crescimento do Reino de Deus”,
responda:
As parábolas do Reino encaixam-se em qual
categoria?
Essas
parábolas enquadram-se bem na categoria de similitude.
Por que a parábola do grão de mostarda é
considerada uma história dos contrastes?
Por ser
uma história dos contrastes entre um começo aparentemente insignificante e uma
coroação surpreendente; entre o oculto hoje e o revelado no futuro.
Qual o detalhe que chama a atenção nessa parábola
contada por todos os Sinóticos?
O fato de
que Mateus descreve o homem semeando na terra, Marcos, no campo, enquanto Lucas
fala de horta.
O que é um discípulo de Cristo?
Um
discípulo de Cristo não é um “admirador”, mas um seguidor.
Por viver em um mundo de valores invertidos, o que
o discípulo de Cristo entende no âmbito do Reino de Deus?
O
discípulo de Cristo é alguém que vive em um mundo cujos valores estão
invertidos (Mc 8.35), por isso, entende que no âmbito do Reino de Deus “ganhar”
é perder, e “perder” é ganhar.
sábado, 20 de outubro de 2018
LIÇÃO 03 – O CRESCIMENTO DO REINO DE DEUS
Mc 4.30-32; Mt
13.31-33; Lc 13.18,19
INTRODUÇÃO
Nesta terceira
lição, analisaremos duas parábolas contadas por Jesus que tratam sobre o “Reino dos céus”; veremos informações
importantes sobre o grão de mostarda e sua aplicabilidade na parábola contada
pelo Mestre tratando do crescimento externo do Evangelho; e por fim,
pontuaremos os aspectos do fermento na segunda parábola e sua lição utilizada
por Cristo para falar do crescimento interno do Reino.
I. A PARÁBOLA DO
GRÃO DE MOSTARDA
Jesus contou uma
série de sete parábolas sobre o Reino sendo as quatro primeiras pronunciadas à
multidão (Mt 13.1,2,36), e as três últimas foram acrescentadas particularmente
aos discípulos após Jesus já ter se despedido da multidão (Mt 13.36). Notemos
algumas observações da parábola do grão de mostarda:
1. Informações
sobre o grão de mostarda.
Na Índia, no
Egito e na Palestina as sementes de mostarda são utilizadas na culinária há
milênios. A palavra mostarda é de origem egípcia “sinapis” e aparece nos
três primeiros Evangelhos (Mt 13.31; 17.20; Mc 4.31; Lc 13.10; 17.6). O grão de
mostarda é uma pequena semente que têm cerca de 2 milímetros de diâmetro
sendo uma das menores sementes do mundo com cores que vão do branco
amarelado, marrom e preto. Na Palestina da época de Jesus era conhecida
a mostarda sinapis nigra (mostarda preta) e a sinapis
alba (mostarda branca), mas, a que Jesus provavelmente usou como
exemplo foi a sinapis nigra, ou seja, a mostarda negra, que era a mais comum
naquela região. A mostardeira, segundo alguns botânicos, alcança facilmente
mais de três metros de altura (CABRAL, 2005, pp. 44,45).
2. O grão de
mostarda e as outras sementes.
Existe um grande
contraste nesta parábola: “a menor de todas as sementes” e a “maior
de todas as plantas”. Na verdade, o grão de mostarda não é a menor de
todas as sementes (Mt 31.32), mas esta era uma expressão proverbial para
algo extremamente pequeno (BEACON, 2010, p. 103). Jesus não cometeu erro ou
contradição como pensam alguns quando se referiu ao grão de mostarda como sendo
“a
menor de todas as sementes” (Mt 13.32; Mc 4.31). Hoje sabemos que a
semente de mostarda não é absolutamente a menor semente que
existe. Jesus não estava se referindo a “todas as sementes existentes no mundo”,
mas apenas àquelas que os fazendeiros palestinos de então semeavam em seus
campos. Isso está claro pela frase: “que um homem tomou e plantou no seu campo”
(Mt 13.31). E é um fato que a semente de mostarda era a menor de todas as
sementes que o fazendeiro judeu do primeiro século semeava em seu campo. O que
Jesus disse era literalmente verdadeiro no contexto em que ele falou (GEISLER;
HOWEP, 2000, p. 217).
3. O grão de
mostarda e os Evangelhos sinóticos.
A Parábola do
grão de mostarda trata do tema principal das pregações do NT que é o Reino dos
Céus, mostrando que o reino de Deus teria um começo aparentemente
insignificante (pequeno) e depois ficaria muito grande. O elemento
surpreendente nessa parábola é o começo insignificante, conforme os homens
medem as coisas; uma semente pequenina daria uma grande planta. Em Mateus a
semente é plantada no campo (Mt 13.31), em Marcos na terra
(Mc 4.31); e em Lucas na horta (Lc 13.19). Lucas coloca
ênfase no grande tamanho da planta, enquanto Mateus e Marcos enfatiza o pequeno
tamanho da semente. Marcos fala de hortaliças, já Mateus e Lucas falam
de árvore.
Estas pequenas diferenças na narrativa, em nada alteram o sentido da parábola,
ou seja, o ensino permanece o mesmo nos três Evangelhos que se completam com
estas informações. Se a parábola do semeador retrata a responsabilidade humana e
a parábola da semente mostra a soberania de Deus, a do grão de
mostarda mostra um crescimento abundante (POHL apud LOPES, 2006, p. 249).
II. O QUE
APRENDEMOS COM ESTA PARÁBOLA
1. O grão de
mostarda e a simplicidade do Reino.
O propósito
dessa parábola é mostrar que o início do Evangelho seria pequeno, mas que, no
seu final, ele aumentaria grandemente. O Reino do Messias, que estava então
sendo implantado, tinha pouca expressão. Cristo e os seus apóstolos, comparados
com “os
grandes do mundo romano”, se pareciam com a semente de mostarda.
Geralmente os homens pensam em grandes conquistas e demonstrações de força (Jo
6.15). Até os apóstolos imaginavam um reino grande e glorioso e desejavam
posições de honra e influência (Mc 10.35-37). No entanto, Jesus não iniciou Seu
Reino no auge do apoio popular, mas sim, num momento em que quase todos o
abandonaram. O começo foi aparentemente insignificante, simples e pequeno com
poucos homens e sem importância na sociedade. Eram apenas doze homens, alguns
até iletrados e incultos de uma região desprezada (At 2.7; 4.13), e havia pouco
mais de 100 pessoas (At 1.15).
2. O grão de
mostarda e o crescimento do Reino.
O grão de
mostarda, segundo alguns biólogos, é a menor de todas as sementes e em seu
estágio adulto se tornava a maior das plantas atingindo o tamanho de uma
árvore, com no mínimo três metros de altura, podendo alcançar até cinco metros;
e tal foi a Igreja de Cristo no início da sua formação no mundo. Assim, podemos
afirmar que a parábola do grão de mostarda, trata do crescimento e
desenvolvimento deste Reino na terra. Ao fazer essa comparação Jesus falou de desenvolvimento,
crescimento e expansão. Portanto, o “grão de mostarda”, quando semeado,
sendo pequeno e diminuto, tem a força para se desenvolver, crescer e
transformar-se numa grande árvore (CABRAL, 2005, p. 43). A referência à árvore
indica um império em expansão (Ez 17.23; 31.1-9; Dn 4.10-12); os pássaros
representam as nações do império (Dn 4.20-22) (SHELTON; ARRINGTON; STRONDAD,
2003, p. 90).
3. O grão de
mostarda e o avanço do Reino.
Essa planta se
torna tão imponente que até mesmo as aves do céu se aninham em seus ramos. A
semente foi plantada, e a planta cresceu, pois na mesma cidade na qual Jesus
foi morto, quase três mil pessoas foram batizadas em um só dia (At 2.41). Pouco
tempo depois, contavam-se quase cinco mil homens (At 4.4). A pequena semente
continuou crescendo ainda mais: “E crescia mais e mais a multidão de
crentes, tanto homens como mulheres, agregados ao Senhor” (At 5.14). Só
em Jerusalém, chegaram a contar milhares de cristãos (At 21.20). A palavra foi
pregada ao mundo (Cl 1.23), e o Reino continuou crescendo. O que começou com
uma minúscula semente se tornou uma grande planta. Jesus usa a hipérbole para
acentuar que plantas grandes podem crescer de uma semente muito pequena, e
assim sucederá com o poder expansivo, penetrante e gradual do Reino de Deus
(ROBERTSON, 2011, p. 389).
III. A PARÁBOLA DO
FERMENTO
A parábola do
fermento é uma das mais curtas parábolas de Jesus e só aparece em dois dos
Evangelhos sinóticos. Antes de tudo é preciso saber que a parábola do grão de
mostarda e a parábola do fermento formam um par. Aqui estão duas parábolas cuja
intenção é mostrar que o Reino devia ser muito pequeno no início, mas que ao
longo do tempo ela se tornaria um corpo considerável (Mt 13.31-33). Ao contar
estas duas parábolas, Jesus estava falando a respeito do “crescimento do Reino dos Céus”.
O escopo é basicamente o mesmo nas duas parábolas para mostrar que o Evangelho
deveria prevalecer e ter um sucesso gradual, silencioso, e sem ser percebido.
Notemos algumas informações sobre o fermento:
1. Informações
sobre o fermento.
Existem, pelo
menos, dois tipos de fermentos: o biológico e o químico. O fermento
biológico é composto por fungos benéficos microscópicos vivos.
Apesar de parecer estranho um ingrediente usado em alimentos ser feito de
fungos, temos que lembrar que o fungo não é somente aquele mofo desagradável que
contamina os alimentos, mas também ingrediente para alimentos como os
cogumelos. Existem mais de 850 tipos de fungos comestíveis que chamamos
de leveduras. Já o fermento químico é industrializado, e por isso, não é uma
levedura natural; é uma mistura de bicarbonato de sódio com ácido não tóxico e
é utilizado para dar textura esponjosa à massa.
2. Informações
sobre a parábola do fermento.
Embora o
fermento na Bíblia simbolize o pecado e a corrupção, essa posição não pode ser
sustentada nesta parábola, pois contradiz totalmente o contexto dela. Uma regra
básica para interpretar textos bíblicos é se atentar ao contexto, pois será ele
que decidirá o sentido simbólico empregado no texto, caso haja algum. No caso
dessa parábola o contexto deixa óbvio que o fermento representa o Reino do
Céu, e em nada está relacionado ao mal ou ao pecado. Esta parábola
segue imediatamente após a parábola do grão de mostarda, com quem Jesus
compartilha o mesmo tema: “O Reino de Deus que cresce de pequenos
começos”. A mulher pegou uma pequena quantidade de fermento,
misturou em uma grande quantidade de farinha. Os Evangelhos deixam claro
que a mulher utilizou três medidas de farinha, e esta
grande quantidade de farinha pode sugerir uma ocasião festiva planejada, pois o
pão produzido poderia alimentar muitas pessoas. Como o grão de mostarda e o
fermento, o Reino dos Céus teve um começo modesto, mas com um grande e
repentino desenvolvimento: “[…] A que compararei o Reino de Deus? É como
o fermento que uma mulher misturou com uma grande quantidade de farinha, e toda
a massa ficou fermentada” (Lc 13.20,21 – NVI). Fugir desta
interpretação é no mínimo malabarismo exegético.
3. A parábola do
fermento e o aspecto interior e exterior do Reino.
Uma vez que esta
parábola está intimamente relacionada com a anterior, elas bem podem ser
interpretadas juntas. Esta parábola é encontrada em Mateus 13.33 e em Lucas
13.20-21, mas não em Marcos. Jesus retratou uma mulher tomando o fermento
(levedura) e escondendo-o em três medidas de farinha. O fermento afetou toda a
quantidade de massa de pão, de forma que toda massa cresceu. Embora existam
duas interpretações principais para estas parábolas, a do grão de mostarda e do
fermento, a interpretação tradicional afirma que Jesus está descrevendo aqui a
dupla expansão do Reino. A parábola da semente de mostarda se refere ao crescimento
exterior do reino do céu, e a parábola do fermento se refere ao crescimento
interior do reino. Em outras palavras, a parábola da semente de
mostarda foca a expansão aparente do reino, enquanto a do fermento focaliza a
atenção no poder interior do reino, que, de forma invisível (Lc 17.20),
exerce influência sobre tudo. Esse é o ensino principal dessa parábola (BEACON,
2010, p. 103).
4. A parábola do
fermento e o crescimento do Reino.
Querer aplicar
significados as três medidas de farinha, ou descobrir quem é a mulher que está
fazendo a massa é entrar por um estilo interpretativo sem propósito e
alegórico, além de tirar o foco do verdadeiro ensino de Jesus nessa parábola.
Nesta parábola, Jesus falou sobre o progresso intenso do Reino de Deus
no mundo. Assim como o fermento, que penetra e se espalha dentro da massa e a
faz crescer, o Reino irá se alastrar pelos quatro cantos da Terra (Lc 17.20,21).
A função do fermento é dar volume e qualidade a uma massa, e é quase impossível
fazer um bolo, torta ou pão sem que o fermento seja acrescentado. Ao contar
essa parábola aos fariseus, Jesus afirma que, no final dos tempos, o Evangelho
irá se espalhar por todas as nações e o Reino de Deus causará efeito em toda a
humanidade (Mt 24.14). Ele disse: “[…] e toda a massa ficou fermentada”,
ou seja, o Reino expandirá em tudo e crescerá absurdamente (Mt 13.31-32).
CONCLUSÃO
Muitos não
reconhecem que o Reino esteja em ação, porque está escondido e é considerado
insignificante por muitos. Mas não devemos menosprezar o dia das coisas
pequenas. Podemos dizer que, de alguma forma, todas as parábolas de Jesus
pressupõem o Reino de Deus. Algumas, contudo, tratam especificamente do
desenvolvimento e do seu crescimento sobre a terra.
REFERÊNCIAS
Ø CABRAL,
Elienai. Parábolas de Jesus:
advertências para os dias atuais. CPAD.
Ø GEISLER,
N; HOWE, T. Manual popular de dúvidas,
enigmas e contradições da bíblia. VIDA.
Ø LOCKYER,
John. Todas as Parábolas da Bíblia.
VIDA.
Ø SHELTON,
J. ARRINGTON, F. L.; STRONDAD, R. Comentário
Bíblico Pentecostal. CPAD.
Ø STAMPS,
Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal.
CPAD.
Ø ROBERTSON,
A.T. Comentário de Mateus e Marcos.
CPAD.
Por Rede
Brasil de Comunicação.
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