quarta-feira, 31 de outubro de 2018

LIÇÃO 05 - A CONTEMPORANEIDADE DOS DONS ESPIRITUAIS (VÍDEO AULA)







LIÇÃO 05 - AMANDO E RESGATANDO A PESSOA DESGARRADA (VÍDEO AULA)







QUESTIONÁRIOS DO 4° TRIMESTRE DE 2018







   O VENTO SOPRA ONDE QUER –
O Ensino Bíblico do Espírito Santo e
sua Operação na Vida da Igreja.







Lição 04

Hora da Revisão
A respeito do tema “O Batismo com o Espírito Santo”, responda:


1. Segundo a lição, o que é o batismo com o Espírito Santo?
É um revestimento de poder cuja finalidade é levar os crentes a testemunharem da pessoa de Cristo. Sua evidência física é o falar em línguas. 

2. Como a Declaração de Fé das Assembleias de Deus define o batismo com o Espírito Santo?
Na Declaração de Fé das Assembleias de Deus, é definido como “[...] uma experiência espiritual que ocorre após ou junto à regeneração, sendo acompanhada da evidência física inicial do falar em línguas (At 2.4)”.

3. O que é a conversão?
É uma experiência que ocorre no momento em que a pessoa, arrependida de seus pecados, e tendo sido convencida pelo Espírito Santo, decide renunciar a vida de pecados, aceitando a Jesus como seu único Senhor e Salvador.

4. Segundo a lição, o que não é o batismo com o Espírito Santo?
A conversão, o selo do Espírito e o fruto do Espírito.

5. Em quantas ocasiões Lucas mostra que o falar em línguas é evidência do batismo com o Espírito Santo?
Resposta pessoal.


QUESTIONÁRIOS DO 4° TRIMESTRE DE 2018







   AS PARÁBOLAS DE JESUS –
As Verdades e Princípios Divinos
para Uma Vida Abundante.






Lição 04

Para Refletir
A respeito de “Perseverando na Fé” responda:


O que devemos levar em conta na interpretação dessa parábola?
Devemos levar em conta o propósito que levou Jesus a contar essa parábola.

Segundo a lição, é necessário interpretar, ao pé da letra, cada detalhe das parábolas?
Não é preciso interpretar, ao pé da letra, cada detalhe de todas as parábolas.

Qual foi a decisão inédita tomada pela viúva da parábola?
Ela toma uma decisão inédita, pois não escolhe advogados (talvez sua condição nem o permitisse), nem defensores públicos, mas contra o costume de seu ambiente, decide apresentar, pessoalmente, a instância ao juiz.

Qual é o elemento de contraste dessa parábola?
O juiz de nossa parábola é iníquo, injusto; Deus, a quem servimos, por outro lado, é justo. Nisto consiste o elemento de contraste dessa parábola.

O último tópico da lição destaca três coisas que, segundo a parábola, não devem faltar na vida do cristão. Quais são elas?
Oração, perseverança e fé.



LIÇÃO 04 - PERSEVERANDO NA FÉ (SUBSÍDIO)







Lc 18.1-8





INTRODUÇÃO
A presente lição comentará uma das mais conhecidas parábolas de Jesus: “a parábola do juiz iníquo”, que fala sobre a importância da perseverança na oração; trataremos desta parábola, destacando o seu propósito, personagens, narrativa e a devida aplicação para a nossa vida devocional.


I. ENTENDENDO A PARÁBOLA
A narrativa parabólica do capítulo 18 de Lucas, tem algumas coisas interessantes que merecem ser destacadas. Vejamos: a) consta somente no evangelho conforme Lucas (Lc 18.1-9); b) tem como epígrafe “o juiz iníquo” e não a “viúva perseverante” o que deveria ser, pois trata da perseverança desta; e, c) junto com a parábola do amigo persistente (Lc 11.5-8), pretendem “ensinar a respeito da oração”. Abaixo destacaremos algumas outras importantes informações sobre esta narrativa. Notemos:

1. O propósito da parábola (Lc 18.1).
Assim como toda parábola contada por Jesus tinha um propósito específico, esta do capítulo 18 de Lucas segue a mesma regra. O versículo primeiro mostra o que motivou Jesus a contar esta parábola: “E contou-lhes também uma parábola sobre o dever de orar sempre, e nunca desfalecer” (Lc 18.1). Deus certamente responderá, mesmo que pareça, por algum tempo, que Ele não nos ouve quando pedimos.

2. Os personagens da parábola (Lc 18.2-5).
Dois personagens embora reais na cultura judaica são utilizados hipoteticamente nesta parábola. Vejamos cada um detalhadamente:

a) O juiz.
O primeiro personagem que aparece na parábola é “o juiz” (Lc 18.2). Estes eram os indivíduos que tomavam decisões sobre questões civis e religiosas, as palavras envolvidas falam sobre a tentativa de determinar causas (Êx 18.13) (CHAMPLIN, 2004, p. 636). Nos tempos de Moisés, conforme os registros bíblicos, eles assumiam uma grande responsabilidade na aplicação da lei (Êx 18.20; Dt 1.13,15; Dt 16.19). Deus determinou que em cada cidade deveria ter um juiz (Dt 16.18). Exigia-se deles que fossem leais no julgamento das causas do povo (Êx 18.21,22; Dt 1.16,17). No entanto, há registros bíblicos de corrupção nesta função. A exemplo disto temos os dois filhos de Samuel, que foram nomeados por ele como juízes, em Berseba, mas eles perverteram o ofício e aceitavam suborno (1 Sm 8.3). Por isso, quando na parábola Jesus diz que este juiz “nem a Deus temia, nem respeitava o homem” (Lc 18.2-b), podia estar fazendo alusão a corrupção que havia em sua época com esta classe de pessoas. Definitivamente de uma pessoa mau caráter como esta, não se podia esperar justiça nem compaixão.

b) A viúva.
O segundo personagem que aparece na parábola é “a viúva” (Lc 18.2). A viúva aparece aqui como símbolo daqueles que precisam ser defendidos contra a exploração alheia, alguém relativamente sem defesa, verdadeiramente dependente da bondade de terceiros para a sua sobrevivência. A viúva, assim como órfão, o pobre e o deficiente estavam entre a classe de pessoas das quais Deus concedia uma atenção especial (Êx 23.6; Lv 19.14; Dt 24.17; 27.18). Com frequência, a viúva era tratada pelo povo de Israel com deslealdade, por isso na lei de Moisés encontramos diversas recomendações quanto ao cuidado que se deveria ter com elas (Êx 22.22; Dt 24.19-21). Deus inclusive orientou que não se deveria perverter o direito da viúva (Dt 24.17), e o que não cumprisse isto seria passivo de maldição (Dt 27.19). Os profetas protestaram contra o povo de Israel quando desconsideravam o direito da viúva (Is 1.17; 1.23; Is 10.2; Jr 7.6; 22.3; Zc 7.10; Ml 3.5). Por isso, na parábola de Lucas 18.1-8, Jesus utilizou-se da figura da viúva que embora hipotética, era um fato comum que viúvas sofressem por injustiças. Alguém poderia ter tirado o pouco que ela possuía. Ou, talvez, a tivesse impedido de receber o que lhe correspondia, o que a levou a clamar ao juiz, pedindo: “Faze-me justiça contra o meu adversário” (Lc 18.3-b).

3. A narrativa da parábola (Lc 18.2-5).
Certa viúva que tinha uma causa para ser julgada, foi a um juiz da cidade e lhe pediu socorro. Este juiz que “nem a Deus temia, nem respeitava o homem” (Lc 18.2-b), recusou-se ajudá-la: “E por algum tempo não quis atendê-la” (Lc 18.4). No entanto, a mulher propôs-se a buscar o que desejava até conseguir, e o juiz não suportando a sua insistência a atendeu “[…] hei de fazer-lhe justiça, para que enfim não volte […]” (Lc 18.5). Duas virtudes desta viúva são destacadas por Jesus, que são extremamente necessárias para a vida daquele que ora. Vejamos:

a) A perseverança (Lc 18.5).
As palavras do juiz a respeito desta mulher mostram o quanto ela era perseverante: “como esta viúva me molesta, […] e me importune muito” (Lc 18.5). Estes dois verbos “molestar” e “importunar” mostram que “o juiz estava farto dela”. Essa mulher era persistente a tal ponto que, mesmo o magistrado não temendo a Deus e nem aos homens ia conceder-lhe o que queria, pois estava convencido de que ela nunca pararia de importuná-lo até que seu pedido fosse atendido. A arma dela foi a insistência.

b) A fé (Lc 18.8).
A mulher destaca-se nesta parábola não somente por sua perseverança, mas também por sua fé. Essa fé é evidenciada por meio da sua atitude resoluta de insistir em seu pedido ainda que a um homem sem temor, pois cria que mais cedo ou mais tarde, o juiz lhe atenderia. Uma das características da fé verdadeira é que ela não desiste em hipótese alguma. No encerramento desta parábola, Jesus fala profeticamente que os últimos dias que antecedem a Sua vinda, serão dias marcados pela incredulidade: “Quando porém vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra?” (Lc 18.8b).

4. A aplicação da parábola (Lc 18.6-8).
O juiz desta parábola não atendeu a mulher porque sentiu compaixão por ela, senão porque foi vencido pelo cansaço (Lc 18.5). Diante disso, Jesus faz a seguinte ponderação: “Ouvi o que diz o injusto juiz. E Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele de dia e de noite, ainda que tardio para com eles?” (Lc 18.6,7). Ao contrário do juiz iníquo, Deus é apresentado nas Escrituras como o Juiz justo (Gn 18.25; Sl 7.11; 9.8; 19.9; 37.28; 50.6; 75.7; 94.2; 103.6); e, especificamente “Juiz das viúvas” (Sl 68.5). O salmista afirmou que o Senhor é o que “faz justiça aos oprimidos” (Sl 146.7); que por causa da opressão do pobre e do gemido do necessitado, Ele se levanta, para os pôr a salvo (Sl 12.5). Deus é aquele que galardoa aqueles que o buscam (Hb 11.6); Ele “trabalha para aquele que nEle espera” (Is 64.4); pois está atendo ao clamor dos seus filhos (Gn 30.6; Êx 3.7; Sl 12.5; 18.6; 66.19). No entanto, Deus age dentro de um tempo por Ele determinado (Gn 18.14; 21.2; 2 Rs 4.16,17; Gl 4.4; Hb 4.16).


II. A NECESSIDADE DA PERSEVERANÇA NA ORAÇÃO
Em relação à oração ela deve ser feita com perseverança, que é uma atitude que Deus requer do homem a fim de que obtenha resposta daquilo que se está buscando (Rm 12.12; Ef 6.18; Cl 4.2; 1 Ts 5.17). O verbo “perseverar” significa: “ser constante, permanecer, conservar-se” (HOUAISS, 2001, p. 2196). No grego, “hupomoné”, “perseverança”, “resistência”, “constância”. Esse vocábulo grego denota a resistência paciente, sob circunstâncias adversas, com base na ideia de alguém que leva aos ombros uma carga pesada, mas da qual não desiste (CHAMPLIN, 2004, p. 246). Acerca da perseverança na oração é bom destacar que:

1. Não devemos desfalecer.
Quando Jesus contou esta parábola tinha o intuito de ensinar “[…] sobre o dever de orar sempre, e nunca desfalecer” (Lc 18.1-b). A expressão “desfalecer” segundo o Houaiss (2001, p. 991) significa: “esmorecer, enfraquecer, fraquejar”. É verdade que às vezes por não recebermos a resposta imediata das nossas petições, somos tentados a esmorecer, tal como aconteceu com alguns personagens bíblicos (Sl 42.5-a; 69.3; Pv 13.12). No entanto, a fé verdadeira sobrepõe as emoções e confia no Senhor e na Sua providência cedo ou tarde (Sl 42.5-b; 73.26; 119.81,123). Champlin (2004, p. 173 – acréscimo nosso) pontua alguns motivos pelos quais Deus “tarda” em responder. Vejamos: 
a) O motivo dessa demora não é que Deus deixe de entender-nos, ou que relute em responder-nos. A demora não visa ao benefício de Deus, e, sim, o nosso;
b) A oração é, por si só, um ótimo edificador do caráter cristão, que nos ensina a buscar as coisas lá do alto;
c) Deus adia as respostas às nossas orações a fim de que nossos motivos e alvos sejam purificados;
d) Deus demora em responder-nos a fim de que o nosso desejo seja intensificado.

2. Não devemos ser imediatistas.
Nem sempre a nossa oração tem resposta imediata. A exemplo disto temos Davi (Sl 13.1-4; 69.3); Zacarias orava por um filho e só depois de muito tempo veio a resposta (Lc 1.13). Enquanto a oração autêntica não é respondida, ela fica em memória perante Deus (At 10.4). Perseveremos, pois, na oração. Muitos crentes param de orar por não receberem logo a resposta daquilo que pedem a Deus, falta-lhes perseverança (Rm 12.12). É preciso continuar diante do altar de Deus até receber a resposta (Lc 24.49). Abaixo destacaremos alguns exemplos de servos de Deus que buscaram com perseverança até conseguir resposta:

Ø  O exemplo de Isaque: “E Isaque orou insistentemente ao SENHOR por sua mulher, porquanto era estéril; e o SENHOR ouviu as suas orações, e Rebeca sua mulher concebeu” (Gn 25.21).
Ø  O exemplo de Ana: “E sucedeu que, perseverando ela em orar perante o SENHOR […]” (1 Sm 1.12);
Ø  O exemplo de Elias: “E disse ao seu servo: Sobe agora, e olha para o lado do mar. E subiu, e olhou, e disse: Não há nada. Então disse ele: Volta lá sete vezes” (1 Re 18.43).
Ø  O exemplo dos apóstolos: “Todos estes perseveravam unanimemente em oração e súplicas […]” (At 2.42-a). Veja ainda: (At 2.42; 6.4).

3. Não devemos impor nossos limites.
Há pessoas que agem precipitadamente, demarcando tempo para o seu período de oração, achando que “pressionando” Deus vão obter dEle a resposta mais rápido. Tal atitude revela uma tamanha imaturidade, pois Deus só responde quando quer e jamais será forçado ou coagido por alguém, pois “faz tudo o que lhe apraz” (Sl 115.3). É bom lembrar também que o fato de a Bíblia nos exortar a orar com perseverança até obter resposta, não significa dizer que está resposta será sempre um “sim” (Gn 17.20; Êx 33.17). Deus também responde com um “espere” (Jo 2.4); ou com um “não” (Dt 3.25,26; 2 Co 12.8-9), pois segundo a Sua vontade Ele nos ouve (1 Jo 5.14).


CONCLUSÃO
Vivemos em dias onde as pessoas não somente tem diminuído a prática da oração, como tem deixado de orar com perseverança. Esta parábola visa alertar-nos de que Deus está pronto a nos ouvir e responder no tempo certo.  




REFERÊNCIAS
Ø  CHAMPLIN, R. N. O Antigo Testamento Interpretado – Gênesis a Números. HAGNOS.
Ø  CHAMPLIN, R. N. Dicionário de Bíblia, Teologia e Filosofia. HAGNOS.
Ø  HOUAISS, Antônio. Dicionário da Língua Portuguesa. OBJETIVA.
Ø  STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD



Por Rede Brasil de Comunicação.


sábado, 27 de outubro de 2018

LIÇÃO 04 - O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO (VÍDEO SANTO)







LIÇÃO 04 - PERSEVERANDO NA FÉ (VÍDEO AULA)







BEXIGAS DE FÉ



  
Objetivo:
Mostrar a importância da prática da oração e da perseverança.


Material:
Três balões de festa (bexiga) já cheias.


Procedimento:
Inicie a dinâmica fazendo a seguinte indagação: “Quem aqui está orando por algo, mas ainda não obteve uma resposta de Deus?” Depois de conversar a respeito da questão, peça que os alunos formem um círculo. Distribua as bexigas, já cheias e peça que eles joguem as bolas com as mãos, mas sem deixá-las cair no chão. Quem deixar cair deve sair do círculo. Brinque com os alunos alguns minutinhos. Em seguida, explique que assim como as bexigas não podem se sustentar no ar sozinhas, assim é a nossa fé. Ela não pode ser sustentada sem uma vida de oração. Quem tem fé não desanima, mas persiste, assim como a viúva da parábola. Do mesmo modo, como alguns do grupo se esforçavam para que a bola não caísse no chão, devemos fazer o possível para continuar orando, mesmo que pareça que não estamos sendo ouvidos. Também é importante saber que não cansamos a Deus com as nossas orações persistentes. O Senhor como o Juiz justo, vai nos atender e defender. Conclua pedindo que os alunos leiam Lucas 18.1-8.



Por Telma Bueno e Simone Maia.
Adaptado pelo Amigo da EBD.



QUESTIONÁRIOS DO 4° TRIMESTRE DE 2018







   O VENTO SOPRA ONDE QUER –
O Ensino Bíblico do Espírito Santo e
sua Operação na Vida da Igreja.






Lição 03

Hora da Revisão
A respeito do tema “Os Livros de Lucas e Atos – A Base da Doutrina Pentecostal”, responda:


1. Faça um pequeno resumo a respeito de Lucas.
Lucas foi um médico grego convertido ao cristianismo, e que se tornou depois companheiro de Paulo em suas viagens missionárias, De suas mãos saíram dois documentos que representa praticamente 25% do texto do Novo Testamento.

2. Quais eram as fontes dos escritos de Lucas?
Lucas, no seu Evangelho, mostra o relato de testemunhas oculares dos fatos narrados, Ele buscou pessoas que haviam convivido com Jesus, visto seus milagres, ouvido seus ensinos e que foram libertas de doenças e espíritos imundos pelo poder do Salvador. No Livro de Atos, Lucas chega a participar de acontecimentos que ele mesmo descreve.

3. Cite, de acordo com a lição, um dos enfoques do Evangelho de Lucas.
Sua ênfase recai na atuação do Espírito Santo tanto na vida e ministério de Jesus como nas obras que os discípulos desenvolveram nos primeiros anos da igreja, chegando a mostrar Paulo antes de seu martírio.

4. O Espírito Santo agiu, atuou na vida de Jesus? Fale a esse respeito.
Jesus, já adulto, é batizado por João, e nesse momento o Espírito Santo veio sobre Ele em “forma corpórea, como uma pomba” (Lc 3.22). Pela virtude do Espírito volta para sua terra, a Galileia, para ensinar nas sinagogas, e tendo chegado a Nazaré, leu o texto de Isaias que dizia; “O Espírito do Senhor é sobre mim” (Lc 4.18).

5. Segundo a lição, o que mostram os escritos de Lucas?
Seus escritos mostram que Deus está no controle da história, guia seus discípulos, opera milagres e fala diretamente com seus servos.



QUESTIONÁRIOS DO 4° TRIMESTRE DE 2018






   AS PARÁBOLAS DE JESUS –
As Verdades e Princípios Divinos
para Uma Vida Abundante.






Lição 03

Para Refletir
A respeito de “O Crescimento do Reino de Deus”, responda:


As parábolas do Reino encaixam-se em qual categoria?
Essas parábolas enquadram-se bem na categoria de similitude.

Por que a parábola do grão de mostarda é considerada uma história dos contrastes?
Por ser uma história dos contrastes entre um começo aparentemente insignificante e uma coroação surpreendente; entre o oculto hoje e o revelado no futuro.

Qual o detalhe que chama a atenção nessa parábola contada por todos os Sinóticos?
O fato de que Mateus descreve o homem semeando na terra, Marcos, no campo, enquanto Lucas fala de horta.

O que é um discípulo de Cristo?
Um discípulo de Cristo não é um “admirador”, mas um seguidor.

Por viver em um mundo de valores invertidos, o que o discípulo de Cristo entende no âmbito do Reino de Deus?
O discípulo de Cristo é alguém que vive em um mundo cujos valores estão invertidos (Mc 8.35), por isso, entende que no âmbito do Reino de Deus “ganhar” é perder, e “perder” é ganhar.



sábado, 20 de outubro de 2018

LIÇÃO 03 – O CRESCIMENTO DO REINO DE DEUS







Mc 4.30-32; Mt 13.31-33; Lc 13.18,19

  


INTRODUÇÃO
Nesta terceira lição, analisaremos duas parábolas contadas por Jesus que tratam sobre o “Reino dos céus”; veremos informações importantes sobre o grão de mostarda e sua aplicabilidade na parábola contada pelo Mestre tratando do crescimento externo do Evangelho; e por fim, pontuaremos os aspectos do fermento na segunda parábola e sua lição utilizada por Cristo para falar do crescimento interno do Reino. 


I. A PARÁBOLA DO GRÃO DE MOSTARDA
Jesus contou uma série de sete parábolas sobre o Reino sendo as quatro primeiras pronunciadas à multidão (Mt 13.1,2,36), e as três últimas foram acrescentadas particularmente aos discípulos após Jesus já ter se despedido da multidão (Mt 13.36). Notemos algumas observações da parábola do grão de mostarda:

1. Informações sobre o grão de mostarda.
Na Índia, no Egito e na Palestina as sementes de mostarda são utilizadas na culinária há milênios. A palavra mostarda é de origem egípcia “sinapis” e aparece nos três primeiros Evangelhos (Mt 13.31; 17.20; Mc 4.31; Lc 13.10; 17.6). O grão de mostarda é uma pequena semente que têm cerca de 2 milímetros de diâmetro sendo uma das menores sementes do mundo com cores que vão do branco amarelado, marrom e preto. Na Palestina da época de Jesus era conhecida a mostarda sinapis nigra (mostarda preta) e a sinapis alba (mostarda branca), mas, a que Jesus provavelmente usou como exemplo foi a sinapis nigra, ou seja, a mostarda negra, que era a mais comum naquela região. A mostardeira, segundo alguns botânicos, alcança facilmente mais de três metros de altura (CABRAL, 2005, pp. 44,45).

2. O grão de mostarda e as outras sementes.
Existe um grande contraste nesta parábola: “a menor de todas as sementes” e a “maior de todas as plantas”. Na verdade, o grão de mostarda não é a menor de todas as sementes (Mt 31.32), mas esta era uma expressão proverbial para algo extremamente pequeno (BEACON, 2010, p. 103). Jesus não cometeu erro ou contradição como pensam alguns quando se referiu ao grão de mostarda como sendo “a menor de todas as sementes” (Mt 13.32; Mc 4.31). Hoje sabemos que a semente de mostarda não é absolutamente a menor semente que existe. Jesus não estava se referindo a “todas as sementes existentes no mundo”, mas apenas àquelas que os fazendeiros palestinos de então semeavam em seus campos. Isso está claro pela frase: “que um homem tomou e plantou no seu campo” (Mt 13.31). E é um fato que a semente de mostarda era a menor de todas as sementes que o fazendeiro judeu do primeiro século semeava em seu campo. O que Jesus disse era literalmente verdadeiro no contexto em que ele falou (GEISLER; HOWEP, 2000, p. 217).

3. O grão de mostarda e os Evangelhos sinóticos.
A Parábola do grão de mostarda trata do tema principal das pregações do NT que é o Reino dos Céus, mostrando que o reino de Deus teria um começo aparentemente insignificante (pequeno) e depois ficaria muito grande. O elemento surpreendente nessa parábola é o começo insignificante, conforme os homens medem as coisas; uma semente pequenina daria uma grande planta. Em Mateus a semente é plantada no campo (Mt 13.31), em Marcos na terra (Mc 4.31); e em Lucas na horta (Lc 13.19). Lucas coloca ênfase no grande tamanho da planta, enquanto Mateus e Marcos enfatiza o pequeno tamanho da semente. Marcos fala de hortaliças, já Mateus e Lucas falam de árvore. Estas pequenas diferenças na narrativa, em nada alteram o sentido da parábola, ou seja, o ensino permanece o mesmo nos três Evangelhos que se completam com estas informações. Se a parábola do semeador retrata a responsabilidade humana e a parábola da semente mostra a soberania de Deus, a do grão de mostarda mostra um crescimento abundante (POHL apud LOPES, 2006, p. 249).


II. O QUE APRENDEMOS COM ESTA PARÁBOLA
1. O grão de mostarda e a simplicidade do Reino.
O propósito dessa parábola é mostrar que o início do Evangelho seria pequeno, mas que, no seu final, ele aumentaria grandemente. O Reino do Messias, que estava então sendo implantado, tinha pouca expressão. Cristo e os seus apóstolos, comparados com “os grandes do mundo romano”, se pareciam com a semente de mostarda. Geralmente os homens pensam em grandes conquistas e demonstrações de força (Jo 6.15). Até os apóstolos imaginavam um reino grande e glorioso e desejavam posições de honra e influência (Mc 10.35-37). No entanto, Jesus não iniciou Seu Reino no auge do apoio popular, mas sim, num momento em que quase todos o abandonaram. O começo foi aparentemente insignificante, simples e pequeno com poucos homens e sem importância na sociedade. Eram apenas doze homens, alguns até iletrados e incultos de uma região desprezada (At 2.7; 4.13), e havia pouco mais de 100 pessoas (At 1.15).

2. O grão de mostarda e o crescimento do Reino.
O grão de mostarda, segundo alguns biólogos, é a menor de todas as sementes e em seu estágio adulto se tornava a maior das plantas atingindo o tamanho de uma árvore, com no mínimo três metros de altura, podendo alcançar até cinco metros; e tal foi a Igreja de Cristo no início da sua formação no mundo. Assim, podemos afirmar que a parábola do grão de mostarda, trata do crescimento e desenvolvimento deste Reino na terra. Ao fazer essa comparação Jesus falou de desenvolvimento, crescimento e expansão. Portanto, o “grão de mostarda”, quando semeado, sendo pequeno e diminuto, tem a força para se desenvolver, crescer e transformar-se numa grande árvore (CABRAL, 2005, p. 43). A referência à árvore indica um império em expansão (Ez 17.23; 31.1-9; Dn 4.10-12); os pássaros representam as nações do império (Dn 4.20-22) (SHELTON; ARRINGTON; STRONDAD, 2003, p. 90).

3. O grão de mostarda e o avanço do Reino.
Essa planta se torna tão imponente que até mesmo as aves do céu se aninham em seus ramos. A semente foi plantada, e a planta cresceu, pois na mesma cidade na qual Jesus foi morto, quase três mil pessoas foram batizadas em um só dia (At 2.41). Pouco tempo depois, contavam-se quase cinco mil homens (At 4.4). A pequena semente continuou crescendo ainda mais: “E crescia mais e mais a multidão de crentes, tanto homens como mulheres, agregados ao Senhor” (At 5.14). Só em Jerusalém, chegaram a contar milhares de cristãos (At 21.20). A palavra foi pregada ao mundo (Cl 1.23), e o Reino continuou crescendo. O que começou com uma minúscula semente se tornou uma grande planta. Jesus usa a hipérbole para acentuar que plantas grandes podem crescer de uma semente muito pequena, e assim sucederá com o poder expansivo, penetrante e gradual do Reino de Deus (ROBERTSON, 2011, p. 389).


III. A PARÁBOLA DO FERMENTO
A parábola do fermento é uma das mais curtas parábolas de Jesus e só aparece em dois dos Evangelhos sinóticos. Antes de tudo é preciso saber que a parábola do grão de mostarda e a parábola do fermento formam um par. Aqui estão duas parábolas cuja intenção é mostrar que o Reino devia ser muito pequeno no início, mas que ao longo do tempo ela se tornaria um corpo considerável (Mt 13.31-33). Ao contar estas duas parábolas, Jesus estava falando a respeito do “crescimento do Reino dos Céus”. O escopo é basicamente o mesmo nas duas parábolas para mostrar que o Evangelho deveria prevalecer e ter um sucesso gradual, silencioso, e sem ser percebido. Notemos algumas informações sobre o fermento:

1. Informações sobre o fermento.
Existem, pelo menos, dois tipos de fermentos: o biológico e o químico. O fermento biológico é composto por fungos benéficos microscópicos vivos. Apesar de parecer estranho um ingrediente usado em alimentos ser feito de fungos, temos que lembrar que o fungo não é somente aquele mofo desagradável que contamina os alimentos, mas também ingrediente para alimentos como os cogumelos. Existem mais de 850 tipos de fungos comestíveis que chamamos de leveduras. Já o fermento químico é industrializado, e por isso, não é uma levedura natural; é uma mistura de bicarbonato de sódio com ácido não tóxico e é utilizado para dar textura esponjosa à massa.

2. Informações sobre a parábola do fermento.
Embora o fermento na Bíblia simbolize o pecado e a corrupção, essa posição não pode ser sustentada nesta parábola, pois contradiz totalmente o contexto dela. Uma regra básica para interpretar textos bíblicos é se atentar ao contexto, pois será ele que decidirá o sentido simbólico empregado no texto, caso haja algum. No caso dessa parábola o contexto deixa óbvio que o fermento representa o Reino do Céu, e em nada está relacionado ao mal ou ao pecado. Esta parábola segue imediatamente após a parábola do grão de mostarda, com quem Jesus compartilha o mesmo tema: “O Reino de Deus que cresce de pequenos começos”. A mulher pegou uma pequena quantidade de fermento, misturou em uma grande quantidade de farinha. Os Evangelhos deixam claro que a mulher utilizou três medidas de farinha, e esta grande quantidade de farinha pode sugerir uma ocasião festiva planejada, pois o pão produzido poderia alimentar muitas pessoas. Como o grão de mostarda e o fermento, o Reino dos Céus teve um começo modesto, mas com um grande e repentino desenvolvimento: “[…] A que compararei o Reino de Deus? É como o fermento que uma mulher misturou com uma grande quantidade de farinha, e toda a massa ficou fermentada” (Lc 13.20,21 – NVI). Fugir desta interpretação é no mínimo malabarismo exegético.

3. A parábola do fermento e o aspecto interior e exterior do Reino.
Uma vez que esta parábola está intimamente relacionada com a anterior, elas bem podem ser interpretadas juntas. Esta parábola é encontrada em Mateus 13.33 e em Lucas 13.20-21, mas não em Marcos. Jesus retratou uma mulher tomando o fermento (levedura) e escondendo-o em três medidas de farinha. O fermento afetou toda a quantidade de massa de pão, de forma que toda massa cresceu. Embora existam duas interpretações principais para estas parábolas, a do grão de mostarda e do fermento, a interpretação tradicional afirma que Jesus está descrevendo aqui a dupla expansão do Reino. A parábola da semente de mostarda se refere ao crescimento exterior do reino do céu, e a parábola do fermento se refere ao crescimento interior do reino. Em outras palavras, a parábola da semente de mostarda foca a expansão aparente do reino, enquanto a do fermento focaliza a atenção no poder interior do reino, que, de forma invisível (Lc 17.20), exerce influência sobre tudo. Esse é o ensino principal dessa parábola (BEACON, 2010, p. 103).

4. A parábola do fermento e o crescimento do Reino.
Querer aplicar significados as três medidas de farinha, ou descobrir quem é a mulher que está fazendo a massa é entrar por um estilo interpretativo sem propósito e alegórico, além de tirar o foco do verdadeiro ensino de Jesus nessa parábola. Nesta parábola, Jesus falou sobre o progresso intenso do Reino de Deus no mundo. Assim como o fermento, que penetra e se espalha dentro da massa e a faz crescer, o Reino irá se alastrar pelos quatro cantos da Terra (Lc 17.20,21). A função do fermento é dar volume e qualidade a uma massa, e é quase impossível fazer um bolo, torta ou pão sem que o fermento seja acrescentado. Ao contar essa parábola aos fariseus, Jesus afirma que, no final dos tempos, o Evangelho irá se espalhar por todas as nações e o Reino de Deus causará efeito em toda a humanidade (Mt 24.14). Ele disse: “[…] e toda a massa ficou fermentada”, ou seja, o Reino expandirá em tudo e crescerá absurdamente (Mt 13.31-32).


CONCLUSÃO
Muitos não reconhecem que o Reino esteja em ação, porque está escondido e é considerado insignificante por muitos. Mas não devemos menosprezar o dia das coisas pequenas. Podemos dizer que, de alguma forma, todas as parábolas de Jesus pressupõem o Reino de Deus. Algumas, contudo, tratam especificamente do desenvolvimento e do seu crescimento sobre a terra.




REFERÊNCIAS
Ø  CABRAL, Elienai. Parábolas de Jesus: advertências para os dias atuais. CPAD.
Ø  GEISLER, N; HOWE, T. Manual popular de dúvidas, enigmas e contradições da bíblia. VIDA.
Ø  LOCKYER, John. Todas as Parábolas da Bíblia. VIDA.
Ø  SHELTON, J. ARRINGTON, F. L.; STRONDAD, R. Comentário Bíblico Pentecostal. CPAD.
Ø  STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
Ø  ROBERTSON, A.T. Comentário de Mateus e Marcos. CPAD.



Por Rede Brasil de Comunicação.