quarta-feira, 28 de novembro de 2018

QUESTIONÁRIOS DO 4° TRIMESTRE DE 2018







   O VENTO SOPRA ONDE QUER –
O Ensino Bíblico do Espírito Santo e
sua Operação na Vida da Igreja.







Lição 08

Hora da Revisão
A respeito do tema “A Profecia na Experiência Pentecostal”, responda:


1. Segundo a lição, como podemos definir a profecia?
A profecia é uma mensagem espontânea da parte de Deus para a sua igreja ou para indivíduos, com o objetivo de edificar, consolar, exortar e predizer o futuro.

2. Qual o significado da palavra pregação?
A palavra pregação, na língua do Novo Testamento, é kerygma, e traz a ideia de proclamação por um arauto. Kerygma é a proclamação, e keryx, o mensageiro.

3. Como eram chamados os profetas no Antigo Testamento?
No Antigo Testamento os profetas eram chamados de nabi. Se Deus mostrava ao profeta algo por meio de visões, ele era chamado de hozé, o vidente.

4. Qual o propósito da profecia?
Exortar, consolar e edificar a igreja.

5. Para que a profecia não serve?
A profecia como dom do Espírito Santo não tem a função de dirigir administrativamente a igreja. A profecia também não serve para unir pessoas peto casamento.



QUESTIONÁRIOS DO 4° TRIMESTRE DE 2018








   AS PARÁBOLAS DE JESUS –
As Verdades e Princípios Divinos
para Uma Vida Abundante.







Lição 08

Para Refletir
A respeito de “Encontrando o Nosso Próximo”, responda:


Por que Jesus conta a Parábola do Bom Samaritano?
O Mestre conta essa parábola porque um doutor da Lei, bem-sucedido, procura-o para “pô-lo à prova” (ARA) ou “tentá-lo” (ARC), conforme consta no versículo 25.

Qual era o interesse de Jesus em perguntar ao homem como estava escrito ou como se lia?
Ao perguntar sobre o conteúdo do mandamento, Jesus não questiona aquele doutor para ver se ele o conhecia, isto é, sua pergunta demonstra interesse na forma particular de interpretação do mandamento por parte daquele homem. Jesus quer saber como o doutor lê, como o interpreta e de que forma olha para o mandamento.

Para Jesus, qual é a prova de que realmente a pessoa está praticando a caridade?
Para Cristo, só existe realmente caridade se houver demonstração de amor, pois no texto de João 3.16 não diz apenas que Deus “amou”, mas também que Ele “deu” o seu Filho.

Se as boas obras não salvam, por que devemos praticá-las?
Os verdadeiros filhos de Deus, são “feitos” para as boas obras, isto é, as realizam naturalmente (Ef 2.10; Tg 2.14,17).

De acordo com o ensinamento de Jesus, quem é o “próximo”?
De acordo com o ensinamento de Jesus, o que fica claro, é que o “próximo” trata-se de qualquer pessoa que se aproxima de outras com amor verdadeiro e generoso sem levar em conta as diferenças religiosas, culturais e sociais.



sábado, 24 de novembro de 2018

LIÇÃO 08 – ENCONTRANDO O NOSSO PRÓXIMO (SUBSÍDIO)


   



Lc 10.25-37 




INTRODUÇÃO
Nesta lição será abordada uma das mais conhecidas parábolas contadas por Jesus: “a parábola do bom samaritano”; veremos algumas considerações importantes para a compreensão da mensagem central desta narrativa; pontuaremos também alguns aspectos do amor verdadeiro, ilustrados na atitude do samaritano; e por fim, destacaremos o que a Bíblia diz sobre o amor ao próximo.


I. CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE A PARÁBOLA DO BOM SAMARITANO
A parábola do bom samaritano é mais uma das narrativas do Senhor Jesus, encontrada apenas no registro do evangelista Lucas. Embora exista uma passagem semelhante (Mt 22.34-40; Mc 12.28-31), porém, há diferenças, notavelmente na cronologia e no fato de que nos demais o resumo é dado por Jesus, mas aqui na passagem em apreço pelo intérprete da lei. Notemos ainda outras informações:

1. A motivação do anúncio da parábola.
Enquanto Jesus ensinava, levantou-se um doutor da lei, fazendo uma pergunta cujo propósito era colocar o Senhor à prova, ou seja, em uma situação embaraçosa: “[…] um certo doutor da lei, tentando-o, e dizendo: Mestre, que farei para herdar a vida eterna?” (Lc 10.25); isto quer dizer que sua pergunta não foi feita sinceramente mas, para fazer com que Jesus não conseguisse responder à altura, e que tivesse uma oportunidade de se colocar em superioridade. Para corrigir tal atitude bem como mostrar, qual deve ser a conduta dos seus seguidores, a saber, fazer o bem a todas as pessoas, o Mestre conta esta famosa parábola do bom samaritano (Lc 10.25-37).

2. Personagens principais.
Nesta parábola alguns personagens são mencionados especificamente. Vejamos:

A) Um homem que descia de Jerusalém para Jericó (Lc 10.30).
Jericó estava situada a cerca de vinte e sete quilômetros a noroeste de Jerusalém, estando a cerca de mil metros abaixo desta cidade, de modo que em uma viagem como a deste homem seria necessário enfrentar uma descida bastante íngreme. Era um caminho que corria entre desfiladeiros rochosos com curvas imprevistas que o faziam um lugar ideal para os salteadores (BARCLAY, sd, p.120 – acréscimo nosso). Sobre o homem ferido não se tem qualquer informação, além dos acontecimentos de sua jornada. Seu nome não é informado, nem mesmo a sua raça é declarada: “[…] descia um certo homem de Jerusalém para Jericó” (Lc 10.30a). No entanto, a implicação da história é que ele era judeu, visto que, grande parte da essência e da força da história dependem deste fato. Embora tenha uma atenção especial no texto, ele não é a figura central, de modo que ele faz simplesmente o papel do próximo.

B) Um sacerdote (Lc 10.31).
Um grande número de sacerdotes viviam em Jericó e subiam até Jerusalém quando chegava o seu período de servir no Templo. Este sacerdote, em particular, poderia vir do Templo ao término do seu período de uma semana de serviços. Sendo assim, ele provavelmente passou para o outro lado da estrada para evitar a profanação cerimonial, o que interferiria em suas funções sacerdotais por algum tempo (Nm 19.11; Lv 21.1). De qualquer forma, alguma outra coisa era mais importante para ele do que a vida de um homem mesmo a vida de um semelhante judeu: “[…] descia pelo mesmo caminho certo sacerdote; e, vendo-o, passou de largo” (BEACON, 2006, p. 414).

C) Um levita (Lc 10.32).
Os levitas ajudavam os sacerdotes executando os serviços necessários no Templo (Nm 1.47-54). Qualquer que fosse o motivo que levou a ambos, o sacerdote e o levita, a passarem pelo seu semelhante judeu sem ajudá-lo, a ênfase é a mesma: o que importa é o que lhes faltou, e não o motivo pelo qual não agiram. Eles estavam quase (se não inteiramente) desprovidos de amor pelo seu próximo: “E, de igual modo, também um levita, chegando àquele lugar e vendo-o, passou de largo”.

D) Um samaritano (Lc 10.33).
Os samaritanos eram descendentes de casamentos mistos de judeus nos dias do cativeiro; eles inventaram sua própria adoração, uma forma mista de judaísmo e paganismo (2 Rs 17.22-31; Ed 4.1,2), com um templo próprio no monte Gerizim (Jo 4.20-23); eram considerados impuros pelos judeus (2 Rs 17.29; Mt 10.5; Jo 4.9). Por isso, os samaritanos eram odiados pelos judeus e, evidentemente, a maioria dos samaritanos tinha um sentimento similar pelos judeus (Jo 4.9; 8.48). O importante é que um homem que não tinha nenhuma razão especial para ajudar este judeu e quase toda a motivação racial para não ajudá-lo, foi movido de compaixão por um ser humano que estava sofrendo. Embora esse ser humano pertencesse a uma raça odiada, ele parou e o ajudou, fazendo por ele o máximo que podia. É muito importante destacarmos os verbos que aparecem na atitude do samaritano mostrando seu grande amor pelo próximo: “chegou, viu, moveu, aproximou, atou, aplicou, pôs, levou, cuidou, deu, pagou” (Lc 10.33-35). Um caso interessante sobre os samaritanos é o relato dos 10 leprosos curados quando apenas um voltou reconhecendo a graça de Deus, e este, era um samaritano (Lc 17.11-19).

E) Propósito da parábola.
Nenhum outro segmento dos ensinos de Jesus sofre tanto nas mãos de alguns intérpretes como as parábolas. Muitos abordam essa passagem usando o método alegórico, esse, entretanto, não é o método correto de se interpretar uma parábola. O texto mostra nitidamente que ao escriba que queria pegar Jesus em contradição com as minúcias da Lei, é surpreendido pela responsabilidade da graça: “[…] amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo. […] respondeste bem; faze isso, e viverás” (Lc 10.27,28). O doutor da Lei queria manter a discussão em nível teórico e filosófico, mas o Senhor o conduz ao campo prático do amor e da ação em benefício do próximo: “Disse, pois, Jesus: Vai, e faze da mesma maneira” (Lc 10.37). A parábola do bom samaritano destaca a verdade de que compaixão e cuidado são intrínsecas à fé salvadora e à obediência a Cristo. Amar a Deus deve ser também amar ao próximo: “Mas um samaritano que ia de viagem chegou ao pé dele e, vendo-o, moveuse de íntima compaixão” (Lc 10.33).


II. CARACTERÍSTICAS DO AMOR VERDADEIRO ILUSTRADO NO BOM SAMARITANO
1. Altruísta.
Segundo o dicionário (2001, p. 171) a palavra altruísta, quer dizer: “sentimento de quem põe o interesse alheio acima do próprio”, ou seja, uma pessoa altruísta está mais preocupada com o interesse do próximo do que com o seu. O samaritano colocou sua agenda pessoal em segundo plano para servir. Ele “[…] ia de viagem […]” (Lc 10.33), tudo ficou para trás: viagem, negócios, perigo de assaltantes, para salvar aquele homem agonizante. Notemos até que ponto o samaritano ajudou o judeu: a) Ele lhe prestou um imediato socorro emergencial; b) Ele o levou para uma hospedaria, onde o homem poderia receber os cuidados necessários enquanto convalescia; c) Ele pagou a conta antecipadamente; e d) Ofereceu mais assistência caso fosse necessário. Ele não negligenciou nenhum tipo de ajuda que pudesse prestar. Assim sendo, altruísmo é acima de tudo, uma demonstração de amor, pois, o amor não busca os seus interesses (1 Co 13.5; Fp 2.4).

2. Empático.
Um sentimento que fica evidenciado no samaritano é a empatia, ou seja, “a ação de se colocar no lugar de outra pessoa, buscando agir ou pensar da forma como ela pensaria ou agiria nas mesmas circunstâncias” (Lc 6.31). Sobre ele nos é dito: “[…] vendo-o, moveu-se de íntima compaixão” (Lc 10.33). O samaritano nem procurou saber quem era o necessitado a sua frente, sua religião ou mesmo a sua nação; agiu como que o que se passava fosse com ele mesmo ou um dos seus. Quando temos este amor de Deus servimos bem a todos, servimos bem à obra do Senhor, sem interesse em qualquer recompensa (Mt 7.12 ver ainda Lv 19.18; Mt 22.40; Rm 13.8,10). A ajuda deve ser prática, e não deve consistir simplesmente em sentir pena da pessoa (Tg 2.14-17). É provável que o sacerdote e o levita sentiram algum tipo de dó pelo ferido, mas não fizeram nada. A compaixão, para ser verdadeira, deve gerar atos (Tg 2.26; 1 Jo 3.17,18).

3. Imparcial.
Quando o doutor da Lei perguntou a Jesus: “quem é o meu próximo” (Lc 10.29), Jesus contou-lhe, então, a parábola do bom samaritano, demonstrando que o verdadeiro amor não faz acepção de pessoas (Tg 2.1,8,9); pois, o homem que havia sido assaltado e espancado não foi ajudado pelo sacerdote e nem pelo levita, mas, foi socorrido por um samaritano, que não olhou para sua nacionalidade (Lc 10.25-37). Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos são os dois maiores mandamentos na Lei (Mt 22.34-40; Mc 12.28-34; Lc 10.25-27). A acepção de pessoas é uma atitude contrária à lei do amor (At 10.4; Rm 2.11; Ef 6.9; Tg 2.9), por isso, devemos amar a todos (Gl 6.10; 1 Ts 3.12), inclusive nossos inimigos (Mt 5.44; Lc 6.27,35). “O amor não faz mal ao próximo. De sorte que o cumprimento da lei é o amor” (Rm 13.10). Qualquer pessoa que está em necessidade é nosso próximo, nossa ajuda deve ser tão ampla como o amor de Deus (Jo 3.16).


III. EXORTAÇÕES BÍBLICAS SOBRE O AMOR AO PRÓXIMO
1. Uma evidência do novo nascimento.
João deixa bem claro que é impossível dizer que conhecemos a Deus, ou seja, que nascemos de novo, se não amarmos ao próximo. Ele diz: “Nisto são manifestos os filhos de Deus, e os filhos do diabo. Qualquer que não pratica a justiça, e não ama a seu irmão, não é de Deus. Se alguém diz: Eu amo a Deus, e odeia a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama a seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu?” (1 Jo 3.10; 4.20). É pelo amor ao próximo que demonstramos que somos nascidos de Deus: “Amados, amemo-nos uns aos outros; porque o amor é de Deus; e qualquer que ama é nascido de Deus e conhece a Deus” (1 Jo 4.7). Em outras palavras, o apóstolo está afirmando que, se não amamos, é porque não conhecemos a Deus, ou seja, não somos nascidos dEle (Por mais que entendamos que uma pessoa não regenerada também possa amar seu próximo, pois mesmo depois da Queda, ainda existe, mesmo que manchada, a imagem de Deus nela). Que esta lição sirva de motivação e estímulo para amarmos a Deus e ao próximo.

2. Um mandamento.
Amar ao próximo é o segundo mandamento na Lei (Mt 22.35-40). E o apóstolo João reitera este mandamento, quando diz: “E o seu mandamento é este: que creiamos no nome de seu Filho Jesus Cristo, e nos amemos uns aos outros, segundo o seu mandamento” (1 Jo 3.23). Em outra ocasião um doutor da Lei perguntou a Jesus: “Mestre, qual é o grande mandamento na lei? E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas” (Mt 22.35-40). Portanto, amar não é apenas uma opção, e sim, um mandamento.

3. Caracteriza o autêntico cristão.
O amor deve ser a marca distintiva dos seguidores de Cristo. Por isso, como cristãos, nossa responsabilidade não é apenas ensinar ou pregar sobre o amor, mas, acima de tudo, praticar o amor no nosso dia a dia. Jesus disse: “Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros” (Jo 13.35). Quem afirma ser cristão, mas tem o coração insensível diante do sofrimento e da necessidade dos outros, demonstra cabalmente que não tem em si a vida eterna (Mt 25.41-46; 1 Jo 3.16-20).


CONCLUSÃO
Que cada cristão seja um “bom samaritano” no sentido bíblico; que cada servo de Deus seja uma bênção para seu próximo. O amor ao próximo da parte de Deus abrange todos os homens, sem qualquer distinção de raça, língua e nacionalidade. Neste particular mais uma vez Jesus é o nosso modelo (Jo 13.15).



REFERÊNCIAS
Ø  BARCLAY, William. Comentário do Novo Testamento. PDF.
Ø  HOWARD, R.E, et al. Comentário Bíblico Beacon. CPAD.
Ø  STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.



Por Rede Brasil de Comunicação.



segunda-feira, 19 de novembro de 2018

QUESTIONÁRIOS DO 4° TRIMESTRE DE 2018








   O VENTO SOPRA ONDE QUER –
O Ensino Bíblico do Espírito Santo e
sua Operação na Vida da Igreja.







Lição 07

Hora da Revisão
A respeito do tema “O Genuíno Culto Pentecostal”, responda:


1. De acordo com a lição, apresente uma característica do culto pentecostal.
Uma característica do culto genuinamente pentecostal é a certeza de que estamos entrando na presença de Deus, e que a nossa adoração ao Eterno deve ser de forma respeitosa, com temor.

2. Cite dois exemplos, no livro de Atos, de pessoas que desrespeitaram a Deus em suas atitudes.
Ananias e Safira.

3. Qual a origem da palavra liturgia e qual o seu significado?
Esta palavra é oriunda da língua grega, leitourgeion, de onde vem a nossa palavra liturgia, e traz a ideia de um serviço ou dever público. Leitougeion também é traduzida como ministério. Ela aparece em Atos 13.1,2, quando nos é dito que na igreja de Antioquia, havia doutores e profetas, e “servindo eles ao Senhor e jejuando”, o Espírito Santo ordenou que Saulo e Barnabé fossem separados para uma obra que. Deus já lhes reservara.

4. O que indica o texto bíblico de 1 Coríntios 14.33?
Esse texto indica que aqueles que têm o dom de profetizar devem se sujeitar à decência e à ordem, e não atrapalhar o andamento do culto para profetizar.

5. O que a expressão “falando entre vós” aponta?
A expressão “falando entre vós” aponta para além da adoração no culto, e avança para as esferas de relações pessoais.



QUESTIONÁRIOS DO 4° TRIMESTRE DE 2018








   AS PARÁBOLAS DE JESUS –
As Verdades e Princípios Divinos
para Uma Vida Abundante.







Lição 07

Para Refletir
A respeito de “Perdoamos Porque Fomos Perdoados” responda:


Quem são os “grandes” no Reino de Deus?
Os humildes são os verdadeiramente grandes (Mt 18.1-4).

Qual é a mensagem que a parábola quer transmitir?
A mensagem que a parábola quer transmitir é unicamente o perdão de Deus e a obrigatoriedade que os homens têm em perdoar em função de Deus tê-los perdoado.

O que Jesus queria ensinar ao dizer o valor da dívida do servo do rei?
O que Cristo quer ensinar é a completa falta de esperança de pagarmos o incomensurável débito que geramos por causa dos nossos pecados, até que eles fossem perdoados gratuitamente por Deus, por intermédio da morte do Filho de Deus na cruz do Calvário (Cl 4.13,14).

Qual era a única forma de “pagarmos” a nossa dívida diante de Deus?
A única forma de pagarmos nossa dívida seria com o derramamento de sangue e, isso, exigiria a nossa própria vida. Portanto, nossa dívida para com Deus é impagável.

Você já precisou perdoar alguém ou ser perdoado? Como se sentiu após fazê-lo?
Resposta pessoal.



sábado, 17 de novembro de 2018

LIÇÃO 07 – PERDOAMOS PORQUE FOMOS PERDOADOS


  




Lc 18.21-35





INTRODUÇÃO
Respondendo um questionamento de um dos discípulos sobre o perdão, Jesus contou a parábola denominada de “credor incompassivo”, cujo ensinamento principal foi de que assim como Deus perdoa as nossas iniquidades, de forma semelhante devemos exercer misericórdia de forma ilimitada para com aqueles que pecam contra nós.


I. INFORMAÇÕES A RESPEITO DESTA PARÁBOLA
1.1 Curiosidades.
Esta parábola destaca-se entre as demais pelas seguintes características: a) ela só é encontrada no Evangelho de Mateus (Mt 18.23-35); b) está entre as classificadas “parábolas do Reino” (Mt 18.23); e, c) é uma das poucas parábolas que trata acerca do perdão (Mt 18.35), a outra está em Lucas 7.41,42.

1.2 Pano de fundo.
O pano de fundo que levou Jesus a contar esta parábola, foi para responder uma pergunta do apóstolo Pedro. Ele queria saber quantas vezes tinha que perdoar esse irmão: “Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu lhe perdoarei?” (Mt 18.21-b). O Talmude judaico baseado em Amós caps 1 e 2, ensinava que não se devia perdoar ao ofensor além de três vezes (BEACON, 2008, p. 131 – acréscimo nosso). Talvez querendo mostrar-se generoso, Pedro sugeriu: “Até sete?” (Mt 18.21-c), quem sabe aproveitando uma fala de Jesus em outra ocasião, quando disse que devia se perdoar o irmão até “sete vezes no dia” (Lc 17.3,4). No entanto, a resposta de Jesus foi extremamente confrontadora a perspectiva humana sobre o perdão, mostrando que não deve haver limites para exercê-lo: “Não te digo que até sete; mas, até setenta vezes sete” (Mt 18.22). Se sete é um número que representa completude, setenta vezes sete deve ser plenitude absoluta (BOYER, 2009, p. 383).


II. OS PERSONAGENS DA PARÁBOLA
Embora a narrativa parabólica seja fictícia os personagens são figuras presentes do cotidiano de Israel. Vejamos quais os personagens desta parábola:

2.1 O rei (Mt 18.23).
Jesus iniciou esta parábola falando do primeiro personagem: “o reino dos céus pode comparar-se a um certo rei […]” (Mt 18.23-a). É dito que este rei resolveu ajustar as contas com seus servos, a quem ele havia emprestado um dinheiro (Mt 18.23); que ele era generoso (Mt 18.26,33); mas, também justo (Mt 18.32-34).

2.2 Um servo (Mt 18.23,24).
Quando o rei iniciou o trabalho de prestação de contas entre os seus servos “foi-lhe apresentado um que lhe devia dez mil talentos” (Mt 18.24-b). Sua dívida era muito grande visto que “um talento era o valor equivalente a seis mil denários, o que equivalia a seis mil dias úteis de trabalho ou trinta anos de trabalho. Um único talento era quase a renda de uma vida inteira” (ROBERTSON, 2011, p. 209). Na parábola é dito que ele não tinha com que pagar (Mt 18.25-a). Diante disso, o rei, valendo-se da Lei de Moisés (Êx 22.3; Lv 25.39,47), ordenou que este servo e toda a sua família fossem seus servos a fim de quitar a dívida (Mt 18.25). Ao saber que ele toda a família serviriam ao rei, este servo prostrou-se diante do rei e apelou para a sua misericórdia, rogando-lhe que lhe desse mais tempo para salvar a dívida completamente (Mt 18.26). Diante do pedido do servo, o rei, movido de íntima compaixão, decidiu perdoá-lo da dívida: “Então o senhor daquele servo, movido de íntima compaixão, soltou-o e perdoou-lhe a dívida” (Mt 18.27). Sobre este servo é dito que era apto a pedir misericórdia, mas não de exercer misericórdia (Mt 18.26,33). Por causa dessa atitude ele é chamado pelo rei de “servo malvado” (Mt 18.32a).

2.3 O conservo (Mt 18.28).
Ao sair da presença do rei com a sua dívida perdoada, o servo encontrou-se com um dos seus  conservos (Mt 18.28); e, ao abordá-lo cobrou lhe os “cem dinheiros” ou “cem denários”, que este lhe devia: “e, lançando mão dele, sufocava-o, dizendo: Paga-me o que me deves” (Mt 18.28-b). O denário equivalia a um dia de trabalho (Mt 20.2) (CHAMPLIN, 2004, p. 474). O conservo diante da cobrança se humilhou e rogou misericórdia para poder saldar o seu débito “[...] prostrando-se a seus pés, rogava-lhe, dizendo: Sê generoso para comigo, e tudo te pagarei” (Mt 18.29). No entanto, seu pedido por generosidade foi negado, e ele foi sentenciado a prisão, até que quitasse a dívida (Mt 18.30). Embora estivesse em seu poder perdoar o conservo, este homem o negou: “Ele, porém, não quis […]” (Mt 18.30). Vejamos abaixo as diferenças entre o servo e o conservo:


SERVO
CONSERVO
Foi chamado pelo rei para prestar contas (Mt 18.23,24)
Foi abordado com violência pelo seu senhor (Mt 18.28)
Devia dez mil talentos (Mt 18.24)
Devia cem dinheiros (Mt 18.28)
Prostrou-se para pedir tempo para pagar e foi perdoado (Mt 18.25-27)
Prostrou-se para pedir tempo para pagar e foi preso (Mt 18.29,30)

  
III. ENTENDENDO QUEM OS PERSONAGENS REPRESENTAM
Nem sempre os personagens de uma parábola tem significação. No entanto, nesta, percebemos que Cristo lhes dá um sentido. Vejamos:

3.1 Deus é o rei (Mt 18.35).
Embora nem sempre nas parábolas cada personagem tenha um significado, nesta especificamente, fica claro que o “rei” é uma figura de Deus, como o próprio Jesus aplica (Mt 18.35). O rei é o principal chefe ou governante de uma tribo ou nação” (CHAMPLIN, 2004, p. 617). O título de rei, nas Escrituras, tanto é aplicado ao Pai (Sl 10.16; 145.13; Jr 10.10) como ao Filho (Ap 17.14; 19.16). O monarca desta parábola retrata o caráter divino pois é apresentado como um rei que: (a) se compadece: “movido de íntima compaixão” (Ef 2.4,5; Tt 3.5; 1 Pd 2.10; Sl 103.13; Rm 12.1); (b) liberta: “soltou-o” (Ef 1.7; 1 Pd 1.18,19; Lv 17.11); e, (c) perdoa: “e perdoou-lhe a dívida” (Is 55.7; 1 Jo 1.9). Sua bondade em perdoar o servo de sua dívida e sua justiça e juízo de puní-lo por negar misericórdia ao conservo retratam perfeitamente o caráter divino que está disposto a perdoar o pecador arrependido (Mt 9.13; Lc 5.32; Rm 11.32), mas também de punir ao pecador perdoado que se recusa liberar perdão (Mt 6.15; 18.34,35; Mc 11.26).

3.2 Nós somos os servos (Mt 18.23,35).
Os servos do rei são todos aqueles que se submeteram a Cristo como Senhor e Salvador. Isto fica evidente no início da parábola, quando Jesus está falando do Reino de Deus aos súditos desse Reino, ou seja, seus discípulos (Mt 18.23). Assim como este servo tinha uma dívida da qual não tinha condições de pagar ao rei e clamando por misericórdia foi perdoado, ele retrata a nossa condição de pecadores diante de Deus (Rm 3.23) que somente por Sua imensurável graça poderíamos ser restaurados, pois o pecado é uma dívida que o homem contrai, para a qual o único recurso é o perdão (Cl 2.13; 1 Jo 1.9; 2.12).

3.3 O conservo é o nosso irmão (Mt 18.28,35).
O conservo da parábola é o nosso irmão, isto fica claro, a luz do contexto, ou seja, do texto que precede a parábola, quando vemos Jesus falar sobre o tratamento que se deve a “um irmão que peca contra o outro” (Mt 18.15). O rei perdoou o servo a sua dívida e esperava que ao menos o servo perdoado pudesse fazer o mesmo com o seu conservo, por isso disse “Não devias tu, igualmente, ter compaixão do teu companheiro, como eu também tive misericórdia de ti?” (Mt 18.33). Não podemos agir com o nosso irmão diferente da forma como Deus age conosco (Lc 10.27). Isto Jesus ensinou quando disse “e, quando estiverdes orando, perdoai, se tendes alguma coisa contra alguém, para que vosso Pai, que está nos céus, vos perdoe as vossas ofensas” (Mc 11.25). O apóstolo Paulo também firmou: “como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também” (Cl 3.13; Ef 4.32); os demais apóstolos transmitiram o mesmo ensino (1 Pd 2.21; 1 Jo 1.7; 4.7).


IV. O PRINCIPAL ENSINAMENTO DESTA PARÁBOLA: O PERDÃO
Mateus registrou os ensinamentos de Jesus mais diretamente relacionados com a conduta dos seus discípulos como membros do Reino trazido à terra por Ele. O reino dos céus tem valores essencialmente diferentes dos que caracterizam as
instituições terrenas e as organizações seculares. A sociedade dos perdoados fica sem sentido, se os que são perdoados não perdoam (TASKER, 2006, p. 138). O verbo “perdoar” significa: “renunciar a punir; desculpar; poupar; ver com bons olhos” (HOUAISS, 2001 p. 2185). Sobre o perdão, Jesus ensinou que:

4.1 O perdão não deve ser limitado (Mt 18.21,22).
A resposta de Jesus a pergunta de Pedro quantas vezes se devia perdoar o irmão ofensor com a sugestão de “até sete” (Mt 18.21-c), teve como resposta do Mestre “até setenta vezes sete” (Mt 18.22), o que significa dizer: de forma ilimitada. Assim como Deus amou o mundo de maneira ilimitada (Jo 3.16), devemos reproduzir este amor nos nossos relacionamentos (1 Jo 3.16).

4.2 O perdão não deve ser negado (Mt 18.35a).
Jesus ensinou que não podemos negar o perdão aquele que arrependido nos rogar, tendo como base o caráter generoso do próprio Deus, que sempre nos perdoa quando sinceramente lhe pedimos. A Bíblia diz que Ele “está pronto a perdoar” (Sl 86.5); e, que é “grandioso em perdoar” (Is 55.7). Veja ainda: (2 Cr 7.14; Pv 28.13; 55.7; 1 Jo 2.1). Portanto, quando perdoamos nos assemelhamos a Deus (Lc 6.36; Ef 4.32 Cl 2.13; 1 Jo 1.9; 2.12).

4.3 O perdão não deve ser superficial (Mt 18.35b).
Perdoar é mais que palavras (1 Jo 3.18). Jesus ensinou que é preciso que o perdão brote do coração, ou seja, do íntimo do nosso ser (Mt 18.35-b). A Bíblia diz que não podemos guardar ira no coração (Ef 4.26; Tg 3.14), nem permitir que nele brote raiz de amargura (Ef 4.31; Hb 12.15). Como é nele que pode se formar o ódio, é nele que o perdão deve nascer a fim de curar o mal em sua nascente. Ainda sobre o perdão é preciso destacar que: a) é uma condição para permanecermos em comunhão Deus (Mt 6.12,14-15; 18.35; Mc 11.25,26); b) ele revela se somos autênticos cristãos (Mt 3.8; 7.20; 12.33; Lc 6.44; Gl 5.22); e, c) ele é condição para Deus receber a nossa oferta (Mt 5.23,24).


CONCLUSÃO
Jesus ensinou que as ofensas que os homens cometem uns contra os outros são mínimas em comparação às ofensas que todos cometem contra Deus. Se Ele nos perdoa por Sua graça, devemos tratar o nosso próximo com a mesma graça.



REFERÊNCIAS
Ø  BOYER, Orlando. Espada Cortante. CPAD.
Ø  CHAMPLIN, R. N. Dicionário de Bíblia, Teologia e Filosofia. HAGNOS.
Ø  HOUAISS, Antônio. Dicionário da Língua Portuguesa. OBJETIVA.
Ø  HOWARD, R.E, et al. Comentário Bíblico Beacon. CPAD.
Ø  ROBERTSON, A.T. Comentário de Mateus e Marcos. CPAD.
Ø  STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.



Por Rede Brasil de Comunicação.