sexta-feira, 30 de novembro de 2018
quarta-feira, 28 de novembro de 2018
QUESTIONÁRIOS DO 4° TRIMESTRE DE 2018
O VENTO SOPRA ONDE QUER –
O
Ensino Bíblico do Espírito Santo e
sua
Operação na Vida da Igreja.
Lição 08
Hora da Revisão
A respeito do tema “A Profecia na Experiência Pentecostal”, responda:
1. Segundo
a lição, como podemos definir a profecia?
A profecia é uma mensagem espontânea da parte de
Deus para a sua igreja ou para indivíduos, com o objetivo de edificar,
consolar, exortar e predizer o futuro.
2. Qual
o significado da palavra pregação?
A palavra pregação, na língua do Novo Testamento,
é kerygma, e traz a ideia de proclamação por um arauto. Kerygma é a proclamação, e keryx, o mensageiro.
3. Como
eram chamados os profetas no Antigo Testamento?
No Antigo Testamento os profetas eram chamados
de nabi. Se Deus mostrava ao profeta algo por meio de visões, ele era chamado
de hozé, o vidente.
4. Qual
o propósito da profecia?
Exortar, consolar e edificar a igreja.
5. Para
que a profecia não serve?
A profecia como dom do Espírito Santo não tem a
função de dirigir administrativamente a igreja. A profecia também não serve
para unir pessoas peto casamento.
QUESTIONÁRIOS DO 4° TRIMESTRE DE 2018
AS PARÁBOLAS DE JESUS –
As
Verdades e Princípios Divinos
para
Uma Vida Abundante.
Lição 08
Para Refletir
A respeito de “Encontrando o Nosso Próximo”,
responda:
Por que Jesus conta a Parábola do Bom Samaritano?
O Mestre
conta essa parábola porque um doutor da Lei, bem-sucedido, procura-o para
“pô-lo à prova” (ARA) ou “tentá-lo” (ARC), conforme consta no
versículo 25.
Qual era o interesse de Jesus em perguntar ao homem
como estava escrito ou como se lia?
Ao perguntar
sobre o conteúdo do mandamento, Jesus não questiona aquele doutor para ver se
ele o conhecia, isto é, sua pergunta demonstra interesse na forma particular de
interpretação do mandamento por parte daquele homem. Jesus quer saber como o
doutor lê, como o interpreta e de que forma olha para o mandamento.
Para Jesus, qual é a prova de que realmente a
pessoa está praticando a caridade?
Para
Cristo, só existe realmente caridade se houver demonstração de amor, pois no
texto de João 3.16 não diz apenas que Deus “amou”, mas também que Ele “deu” o
seu Filho.
Se as boas obras não salvam, por que devemos
praticá-las?
Os
verdadeiros filhos de Deus, são “feitos” para as boas obras, isto é, as
realizam naturalmente (Ef 2.10; Tg 2.14,17).
De acordo com o ensinamento de Jesus, quem é o
“próximo”?
De acordo
com o ensinamento de Jesus, o que fica claro, é que o “próximo” trata-se de
qualquer pessoa que se aproxima de outras com amor verdadeiro e generoso sem
levar em conta as diferenças religiosas, culturais e sociais.
sábado, 24 de novembro de 2018
LIÇÃO 08 – ENCONTRANDO O NOSSO PRÓXIMO (SUBSÍDIO)
Lc 10.25-37
INTRODUÇÃO
Nesta lição será
abordada uma das mais conhecidas parábolas contadas por Jesus: “a parábola do bom samaritano”; veremos
algumas considerações importantes para a compreensão da mensagem central desta
narrativa; pontuaremos também alguns aspectos do amor verdadeiro, ilustrados na
atitude do samaritano; e por fim, destacaremos o que a Bíblia diz sobre o amor
ao próximo.
I.
CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE A PARÁBOLA DO BOM SAMARITANO
A parábola do
bom samaritano é mais uma das narrativas do Senhor Jesus, encontrada apenas no
registro do evangelista Lucas. Embora exista uma passagem semelhante (Mt
22.34-40; Mc 12.28-31), porém, há diferenças, notavelmente na cronologia e no
fato de que nos demais o resumo é dado por Jesus, mas aqui na passagem em
apreço pelo intérprete da lei. Notemos ainda outras informações:
1. A motivação do anúncio da parábola.
Enquanto Jesus
ensinava, levantou-se um doutor da lei, fazendo uma pergunta cujo propósito era
colocar o Senhor à prova, ou seja, em uma situação embaraçosa: “[…]
um
certo doutor da lei, tentando-o, e dizendo: Mestre, que farei para herdar a
vida eterna?” (Lc 10.25); isto quer dizer que sua pergunta não foi
feita sinceramente mas, para fazer com que Jesus não conseguisse responder à
altura, e que tivesse uma oportunidade de se colocar em superioridade. Para
corrigir tal atitude bem como mostrar, qual deve ser a conduta dos seus
seguidores, a saber, fazer o bem a todas as pessoas, o Mestre conta esta famosa
parábola do bom samaritano (Lc 10.25-37).
2. Personagens principais.
Nesta parábola
alguns personagens são mencionados especificamente. Vejamos:
A) Um homem que
descia de Jerusalém para Jericó (Lc 10.30).
Jericó estava
situada a cerca de vinte e sete quilômetros a noroeste de Jerusalém, estando a
cerca de mil metros abaixo desta cidade, de modo que em uma viagem como a deste
homem seria necessário enfrentar uma descida bastante íngreme. Era um caminho
que corria entre desfiladeiros rochosos com curvas imprevistas que o faziam um
lugar ideal para os salteadores (BARCLAY, sd, p.120 – acréscimo nosso). Sobre o
homem ferido não se tem qualquer informação, além dos acontecimentos de sua
jornada. Seu nome não é informado, nem mesmo a sua raça é declarada: “[…]
descia um certo homem de Jerusalém para Jericó” (Lc 10.30a). No
entanto, a implicação da história é que ele era judeu, visto que, grande parte
da essência e da força da história dependem deste fato. Embora tenha uma
atenção especial no texto, ele não é a figura central, de modo que ele faz
simplesmente o papel do próximo.
B) Um sacerdote
(Lc 10.31).
Um grande número
de sacerdotes viviam em Jericó e subiam até Jerusalém quando chegava o seu
período de servir no Templo. Este sacerdote, em particular, poderia vir do
Templo ao término do seu período de uma semana de serviços. Sendo assim, ele
provavelmente passou para o outro lado da estrada para evitar a profanação
cerimonial, o que interferiria em suas funções sacerdotais por algum tempo (Nm
19.11; Lv 21.1). De qualquer forma, alguma outra coisa era mais importante para
ele do que a vida de um homem mesmo a vida de um semelhante judeu: “[…]
descia pelo mesmo caminho certo sacerdote; e, vendo-o, passou de largo”
(BEACON, 2006, p. 414).
C) Um levita (Lc
10.32).
Os levitas
ajudavam os sacerdotes executando os serviços necessários no Templo (Nm
1.47-54). Qualquer que fosse o motivo que levou a ambos, o sacerdote e o
levita, a passarem pelo seu semelhante judeu sem ajudá-lo, a ênfase é a mesma:
o que importa é o que lhes faltou, e não o motivo pelo qual não agiram. Eles
estavam quase (se não inteiramente) desprovidos de amor pelo seu próximo: “E, de
igual modo, também um levita, chegando àquele lugar e vendo-o, passou de largo”.
D) Um samaritano
(Lc 10.33).
Os samaritanos
eram descendentes de casamentos mistos de judeus nos dias do cativeiro; eles
inventaram sua própria adoração, uma forma mista de judaísmo e paganismo (2 Rs
17.22-31; Ed 4.1,2), com um templo próprio no monte Gerizim (Jo 4.20-23); eram
considerados impuros pelos judeus (2 Rs 17.29; Mt 10.5; Jo 4.9). Por isso, os
samaritanos eram odiados pelos judeus e, evidentemente, a maioria dos
samaritanos tinha um sentimento similar pelos judeus (Jo 4.9; 8.48). O
importante é que um homem que não tinha nenhuma razão especial para ajudar este
judeu e quase toda a motivação racial para não ajudá-lo, foi movido de
compaixão por um ser humano que estava sofrendo. Embora esse ser humano
pertencesse a uma raça odiada, ele parou e o ajudou, fazendo por ele o máximo
que podia. É muito importante destacarmos os verbos que aparecem na atitude do
samaritano mostrando seu grande amor pelo próximo: “chegou, viu, moveu, aproximou,
atou, aplicou, pôs, levou, cuidou, deu, pagou” (Lc 10.33-35). Um caso
interessante sobre os samaritanos é o relato dos 10 leprosos curados quando
apenas um voltou reconhecendo a graça de Deus, e este, era um samaritano (Lc
17.11-19).
E) Propósito da
parábola.
Nenhum outro
segmento dos ensinos de Jesus sofre tanto nas mãos de alguns intérpretes como
as parábolas. Muitos abordam essa passagem usando o método alegórico, esse,
entretanto, não é o método correto de se interpretar uma parábola. O texto
mostra nitidamente que ao escriba que queria pegar Jesus em contradição com as
minúcias da Lei, é surpreendido pela responsabilidade da graça: “[…]
amarás
ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as
tuas forças, e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo.
[…] respondeste bem; faze isso, e viverás” (Lc 10.27,28). O doutor da
Lei queria manter a discussão em nível teórico e filosófico, mas o Senhor o
conduz ao campo prático do amor e da ação em benefício do próximo: “Disse,
pois, Jesus: Vai, e faze da mesma maneira” (Lc 10.37). A parábola do
bom samaritano destaca a verdade de que compaixão e cuidado são intrínsecas à
fé salvadora e à obediência a Cristo. Amar a Deus deve ser também amar ao
próximo: “Mas um samaritano que ia de viagem chegou ao pé dele e, vendo-o,
moveuse de íntima compaixão” (Lc 10.33).
II.
CARACTERÍSTICAS DO AMOR VERDADEIRO ILUSTRADO NO BOM SAMARITANO
1. Altruísta.
Segundo o
dicionário (2001, p. 171) a palavra altruísta, quer dizer: “sentimento
de quem põe o interesse alheio acima do próprio”, ou seja, uma pessoa
altruísta está mais preocupada com o interesse do próximo do que com o seu. O
samaritano colocou sua agenda pessoal em segundo plano para servir. Ele “[…]
ia de viagem […]” (Lc 10.33), tudo ficou para trás: viagem, negócios,
perigo de assaltantes, para salvar aquele homem agonizante. Notemos até que
ponto o samaritano ajudou o judeu: a)
Ele lhe prestou um imediato socorro emergencial; b) Ele o levou para uma hospedaria, onde o homem poderia receber os
cuidados necessários enquanto convalescia; c)
Ele pagou a conta antecipadamente; e d)
Ofereceu mais assistência caso fosse necessário. Ele não negligenciou nenhum
tipo de ajuda que pudesse prestar. Assim sendo, altruísmo é acima de tudo, uma demonstração
de amor, pois, o amor não busca os seus interesses (1 Co 13.5; Fp 2.4).
2. Empático.
Um sentimento
que fica evidenciado no samaritano é a empatia, ou seja, “a ação de se colocar no lugar de
outra pessoa, buscando agir ou pensar da forma como ela pensaria ou agiria nas
mesmas circunstâncias” (Lc 6.31). Sobre ele nos é dito: “[…]
vendo-o,
moveu-se de íntima compaixão” (Lc 10.33). O samaritano nem procurou
saber quem era o necessitado a sua frente, sua religião ou mesmo a sua nação;
agiu como que o que se passava fosse com ele mesmo ou um dos seus. Quando temos
este amor de Deus servimos bem a todos, servimos bem à obra do Senhor, sem
interesse em qualquer recompensa (Mt 7.12 ver ainda Lv 19.18; Mt 22.40; Rm
13.8,10). A ajuda deve ser prática, e não deve consistir
simplesmente em sentir pena da pessoa (Tg 2.14-17). É
provável que o sacerdote e o levita sentiram algum tipo de dó pelo ferido, mas
não fizeram nada. A compaixão, para ser verdadeira, deve gerar atos (Tg 2.26; 1 Jo 3.17,18).
3. Imparcial.
Quando o doutor
da Lei perguntou a Jesus: “quem é o meu próximo” (Lc 10.29),
Jesus contou-lhe, então, a parábola do bom samaritano, demonstrando que o
verdadeiro amor não faz acepção de pessoas (Tg 2.1,8,9); pois, o homem que
havia sido assaltado e espancado não foi ajudado pelo sacerdote e nem pelo
levita, mas, foi socorrido por um samaritano, que não olhou para sua
nacionalidade (Lc 10.25-37). Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo
como a nós mesmos são os dois maiores mandamentos na Lei (Mt 22.34-40; Mc
12.28-34; Lc 10.25-27). A acepção de pessoas é uma atitude contrária à lei do
amor (At 10.4; Rm 2.11; Ef 6.9; Tg 2.9), por isso, devemos amar a todos (Gl
6.10; 1 Ts 3.12), inclusive nossos inimigos (Mt 5.44; Lc 6.27,35). “O
amor não faz mal ao próximo. De sorte que o cumprimento da lei é o amor”
(Rm 13.10). Qualquer pessoa que está em necessidade é nosso próximo, nossa
ajuda deve ser tão ampla como o amor de Deus (Jo 3.16).
III.
EXORTAÇÕES BÍBLICAS SOBRE O AMOR AO PRÓXIMO
1. Uma evidência do novo nascimento.
João deixa bem
claro que é impossível dizer que conhecemos a Deus, ou seja, que nascemos de
novo, se não amarmos ao próximo. Ele diz: “Nisto são manifestos os filhos de Deus, e os
filhos do diabo. Qualquer que não pratica a justiça, e não ama a seu irmão, não
é de Deus. Se alguém diz: Eu amo a Deus, e odeia a seu irmão, é mentiroso. Pois
quem não ama a seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu?”
(1 Jo 3.10; 4.20). É pelo amor ao próximo que demonstramos que somos nascidos
de Deus: “Amados, amemo-nos uns aos outros; porque o amor é de Deus; e qualquer
que ama é nascido de Deus e conhece a Deus” (1 Jo 4.7). Em outras
palavras, o apóstolo está afirmando que, se não amamos, é porque não conhecemos
a Deus, ou seja, não somos nascidos dEle (Por mais que entendamos que uma
pessoa não regenerada também possa amar seu próximo, pois mesmo depois da
Queda, ainda existe, mesmo que manchada, a imagem de Deus nela). Que esta lição
sirva de motivação e estímulo para amarmos a Deus e ao próximo.
2. Um mandamento.
Amar ao próximo
é o segundo mandamento na Lei (Mt 22.35-40). E o apóstolo João reitera este
mandamento, quando diz: “E o seu mandamento é este: que creiamos no
nome de seu Filho Jesus Cristo, e nos amemos uns aos outros, segundo o seu
mandamento” (1 Jo 3.23). Em outra ocasião um doutor da Lei perguntou a
Jesus: “Mestre, qual é o grande mandamento na lei? E Jesus disse-lhe: Amarás o
Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu
pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento. E o segundo, semelhante a
este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem
toda a lei e os profetas” (Mt 22.35-40). Portanto, amar não é apenas
uma opção, e sim, um mandamento.
3. Caracteriza o autêntico cristão.
O amor deve ser
a marca distintiva dos seguidores de Cristo. Por isso, como cristãos, nossa
responsabilidade não é apenas ensinar ou pregar sobre o amor, mas, acima de
tudo, praticar o amor no nosso dia a dia. Jesus disse: “Nisto todos conhecerão que sois
meus discípulos, se vos amardes uns aos outros” (Jo 13.35). Quem afirma
ser cristão, mas tem o coração insensível diante do sofrimento e da necessidade
dos outros, demonstra cabalmente que não tem em si a vida eterna (Mt 25.41-46;
1 Jo 3.16-20).
CONCLUSÃO
Que cada cristão
seja um “bom samaritano” no sentido bíblico; que cada servo de Deus seja
uma bênção para seu próximo. O amor ao próximo da parte de Deus abrange todos
os homens, sem qualquer distinção de raça, língua e nacionalidade. Neste
particular mais uma vez Jesus é o nosso modelo (Jo 13.15).
REFERÊNCIAS
Ø BARCLAY,
William. Comentário do Novo Testamento.
PDF.
Ø HOWARD,
R.E, et al. Comentário Bíblico Beacon.
CPAD.
Ø STAMPS,
Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal.
CPAD.
Por Rede
Brasil de Comunicação.
quinta-feira, 22 de novembro de 2018
quarta-feira, 21 de novembro de 2018
segunda-feira, 19 de novembro de 2018
QUESTIONÁRIOS DO 4° TRIMESTRE DE 2018
O VENTO SOPRA ONDE QUER –
O
Ensino Bíblico do Espírito Santo e
sua
Operação na Vida da Igreja.
Lição 07
Hora da Revisão
A respeito do tema “O Genuíno Culto Pentecostal”,
responda:
1. De
acordo com a lição, apresente uma característica do culto pentecostal.
Uma característica do culto genuinamente
pentecostal é a certeza de que estamos entrando na presença de Deus, e que a
nossa adoração ao Eterno deve ser de forma respeitosa, com temor.
2. Cite
dois exemplos, no livro de Atos, de pessoas que desrespeitaram a Deus em suas
atitudes.
Ananias e Safira.
3. Qual
a origem da palavra liturgia e qual o seu significado?
Esta palavra é oriunda da língua grega, leitourgeion,
de onde vem a nossa palavra liturgia, e traz a ideia de um serviço ou dever
público. Leitougeion também
é traduzida como ministério. Ela aparece em Atos 13.1,2, quando nos é dito que
na igreja de Antioquia, havia doutores e profetas, e “servindo eles ao Senhor e
jejuando”, o Espírito Santo ordenou que Saulo e Barnabé fossem separados para
uma obra que. Deus já lhes reservara.
4. O
que indica o texto bíblico de 1 Coríntios 14.33?
Esse texto indica que aqueles que têm o dom de
profetizar devem se sujeitar à decência e à ordem, e não atrapalhar o andamento
do culto para profetizar.
5. O
que a expressão “falando entre vós” aponta?
A expressão “falando entre vós” aponta para além da
adoração no culto, e avança para as esferas de relações pessoais.
QUESTIONÁRIOS DO 4° TRIMESTRE DE 2018
AS PARÁBOLAS DE JESUS –
As
Verdades e Princípios Divinos
para
Uma Vida Abundante.
Lição 07
Para Refletir
A respeito de “Perdoamos Porque Fomos Perdoados” responda:
Quem são os “grandes” no Reino de Deus?
Os
humildes são os verdadeiramente grandes (Mt 18.1-4).
Qual é a mensagem que a parábola quer transmitir?
A
mensagem que a parábola quer transmitir é unicamente o perdão de Deus e a
obrigatoriedade que os homens têm em perdoar em função de Deus tê-los perdoado.
O que Jesus queria ensinar ao dizer o valor da
dívida do servo do rei?
O que
Cristo quer ensinar é a completa falta de esperança de pagarmos o
incomensurável débito que geramos por causa dos nossos pecados, até que eles
fossem perdoados gratuitamente por Deus, por intermédio da morte do Filho de
Deus na cruz do Calvário (Cl 4.13,14).
Qual era a única forma de “pagarmos” a nossa dívida
diante de Deus?
A única
forma de pagarmos nossa dívida seria com o derramamento de sangue e, isso,
exigiria a nossa própria vida. Portanto, nossa dívida para com Deus é
impagável.
Você já precisou perdoar alguém ou ser perdoado?
Como se sentiu após fazê-lo?
Resposta
pessoal.
sábado, 17 de novembro de 2018
LIÇÃO 07 – PERDOAMOS PORQUE FOMOS PERDOADOS
Lc 18.21-35
INTRODUÇÃO
Respondendo um
questionamento de um dos discípulos sobre o perdão, Jesus contou a parábola
denominada de “credor incompassivo”, cujo ensinamento principal
foi de que assim como Deus perdoa as nossas iniquidades, de forma semelhante
devemos exercer misericórdia de forma ilimitada para com aqueles que pecam
contra nós.
I. INFORMAÇÕES A RESPEITO DESTA
PARÁBOLA
1.1
Curiosidades.
Esta parábola
destaca-se entre as demais pelas seguintes características: a) ela só é
encontrada no Evangelho de Mateus (Mt 18.23-35); b) está entre as
classificadas “parábolas do Reino” (Mt 18.23); e, c) é uma
das poucas parábolas que trata acerca do perdão (Mt 18.35), a outra está em
Lucas 7.41,42.
1.2 Pano de
fundo.
O pano de fundo
que levou Jesus a contar esta parábola, foi para responder uma pergunta do
apóstolo Pedro. Ele queria saber quantas vezes tinha que perdoar esse irmão: “Senhor,
até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu lhe perdoarei?” (Mt
18.21-b). O Talmude judaico baseado em Amós caps 1 e 2, ensinava que não se
devia perdoar ao ofensor além de três vezes (BEACON, 2008, p. 131 – acréscimo
nosso). Talvez querendo mostrar-se generoso, Pedro sugeriu: “Até sete?” (Mt
18.21-c), quem sabe aproveitando uma fala de Jesus em outra ocasião, quando
disse que devia se perdoar o irmão até “sete vezes no dia” (Lc
17.3,4). No entanto, a resposta de Jesus foi extremamente confrontadora a perspectiva
humana sobre o perdão, mostrando que não deve haver limites para exercê-lo: “Não
te digo que até sete; mas, até setenta vezes sete” (Mt 18.22). Se sete
é um número que representa completude, setenta vezes sete deve ser plenitude
absoluta (BOYER, 2009, p. 383).
II. OS PERSONAGENS DA PARÁBOLA
Embora a
narrativa parabólica seja fictícia os personagens são figuras presentes do
cotidiano de Israel. Vejamos quais os personagens desta parábola:
2.1 O rei (Mt
18.23).
Jesus iniciou
esta parábola falando do primeiro personagem: “o reino dos céus pode
comparar-se a um certo rei […]” (Mt 18.23-a). É dito que este rei
resolveu ajustar as contas com seus servos, a quem ele havia emprestado um
dinheiro (Mt 18.23); que ele era generoso (Mt 18.26,33); mas, também justo (Mt
18.32-34).
2.2 Um servo (Mt
18.23,24).
Quando o rei
iniciou o trabalho de prestação de contas entre os seus servos “foi-lhe apresentado
um que lhe devia dez mil talentos” (Mt 18.24-b). Sua dívida era muito grande
visto que “um talento era o valor equivalente a seis mil denários, o que
equivalia a seis mil dias úteis de trabalho ou trinta anos de trabalho. Um
único talento era quase a renda de uma vida inteira” (ROBERTSON, 2011, p. 209).
Na parábola é dito que ele não tinha com que pagar (Mt 18.25-a). Diante disso,
o rei, valendo-se da Lei de Moisés (Êx 22.3; Lv 25.39,47), ordenou que este
servo e toda a sua família fossem seus servos a fim de quitar a dívida (Mt
18.25). Ao saber que ele toda a família serviriam ao rei, este servo
prostrou-se diante do rei e apelou para a sua misericórdia, rogando-lhe que lhe
desse mais tempo para salvar a dívida completamente (Mt 18.26). Diante do
pedido do servo, o rei, movido de íntima compaixão, decidiu perdoá-lo da
dívida: “Então o senhor daquele servo, movido de íntima compaixão,
soltou-o e perdoou-lhe a dívida” (Mt 18.27). Sobre este servo é dito
que era apto a pedir misericórdia, mas não de exercer misericórdia (Mt
18.26,33). Por causa dessa atitude ele é chamado pelo rei de “servo
malvado” (Mt 18.32a).
2.3 O conservo
(Mt 18.28).
Ao sair da
presença do rei com a sua dívida perdoada, o servo encontrou-se com um dos seus conservos (Mt 18.28); e, ao abordá-lo cobrou
lhe os “cem dinheiros” ou “cem denários”, que este
lhe devia: “e, lançando mão dele, sufocava-o, dizendo: Paga-me o que me
deves” (Mt 18.28-b). O denário equivalia a um dia de trabalho (Mt 20.2)
(CHAMPLIN, 2004, p. 474). O conservo diante da cobrança se humilhou e rogou
misericórdia para poder saldar o seu débito “[...] prostrando-se a seus
pés, rogava-lhe, dizendo: Sê generoso para comigo, e tudo te pagarei” (Mt
18.29). No entanto, seu pedido por generosidade foi negado, e ele foi
sentenciado a prisão, até que quitasse a dívida (Mt 18.30). Embora estivesse em
seu poder perdoar o conservo, este homem o negou: “Ele, porém, não quis
[…]” (Mt 18.30). Vejamos abaixo as diferenças entre o servo e o
conservo:
SERVO
|
CONSERVO
|
Foi chamado
pelo rei para prestar contas (Mt 18.23,24)
|
Foi abordado
com violência pelo seu senhor (Mt 18.28)
|
Devia dez mil
talentos (Mt 18.24)
|
Devia cem
dinheiros (Mt 18.28)
|
Prostrou-se
para pedir tempo para pagar e foi perdoado (Mt 18.25-27)
|
Prostrou-se
para pedir tempo para pagar e foi preso (Mt 18.29,30)
|
III. ENTENDENDO QUEM OS
PERSONAGENS REPRESENTAM
Nem sempre os
personagens de uma parábola tem significação. No entanto, nesta, percebemos que
Cristo lhes dá um sentido. Vejamos:
3.1 Deus é o rei
(Mt 18.35).
Embora nem
sempre nas parábolas cada personagem tenha um significado, nesta especificamente,
fica claro que o “rei” é uma figura de Deus, como o próprio Jesus
aplica (Mt 18.35). O rei é o principal chefe ou governante de uma tribo ou
nação” (CHAMPLIN, 2004, p. 617). O título de rei, nas Escrituras, tanto é
aplicado ao Pai (Sl 10.16; 145.13; Jr 10.10) como ao Filho (Ap 17.14; 19.16). O
monarca desta parábola retrata o caráter divino pois é apresentado como um rei
que: (a) se compadece: “movido de íntima compaixão” (Ef
2.4,5; Tt 3.5; 1 Pd 2.10; Sl 103.13; Rm 12.1); (b) liberta: “soltou-o”
(Ef 1.7; 1 Pd 1.18,19; Lv 17.11); e, (c) perdoa: “e
perdoou-lhe a dívida” (Is 55.7; 1 Jo 1.9). Sua bondade em perdoar o
servo de sua dívida e sua justiça e juízo de puní-lo por negar misericórdia ao
conservo retratam perfeitamente o caráter divino que está disposto a perdoar o
pecador arrependido (Mt 9.13; Lc 5.32; Rm 11.32), mas também de punir ao
pecador perdoado que se recusa liberar perdão (Mt 6.15; 18.34,35; Mc 11.26).
3.2 Nós somos os
servos (Mt 18.23,35).
Os servos do rei
são todos aqueles que se submeteram a Cristo como Senhor e Salvador. Isto fica
evidente no início da parábola, quando Jesus está falando do Reino de Deus aos
súditos desse Reino, ou seja, seus discípulos (Mt 18.23). Assim como este servo
tinha uma dívida da qual não tinha condições de pagar ao rei e clamando por
misericórdia foi perdoado, ele retrata a nossa condição de pecadores diante de
Deus (Rm 3.23) que somente por Sua imensurável graça poderíamos ser
restaurados, pois o pecado é uma dívida que o homem contrai, para a qual o único
recurso é o perdão (Cl 2.13; 1 Jo 1.9; 2.12).
3.3 O conservo é
o nosso irmão (Mt 18.28,35).
O conservo da
parábola é o nosso irmão, isto fica claro, a luz do contexto, ou seja, do texto
que precede a parábola, quando vemos Jesus falar sobre o tratamento que se deve
a “um irmão que peca contra o outro” (Mt 18.15). O rei perdoou o
servo a sua dívida e esperava que ao menos o servo perdoado pudesse fazer o mesmo
com o seu conservo, por isso disse “Não devias tu, igualmente, ter compaixão
do teu companheiro, como eu também tive misericórdia de ti?” (Mt
18.33). Não podemos agir com o nosso irmão diferente da forma como Deus age conosco
(Lc 10.27). Isto Jesus ensinou quando disse “e, quando estiverdes orando,
perdoai, se tendes alguma coisa contra alguém, para que vosso Pai, que está nos
céus, vos perdoe as vossas ofensas” (Mc 11.25). O apóstolo Paulo também
firmou: “como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também” (Cl
3.13; Ef 4.32); os demais apóstolos transmitiram o mesmo ensino (1 Pd 2.21; 1
Jo 1.7; 4.7).
IV. O PRINCIPAL ENSINAMENTO DESTA
PARÁBOLA: O PERDÃO
Mateus registrou
os ensinamentos de Jesus mais diretamente relacionados com a conduta dos seus
discípulos como membros do Reino trazido à terra por Ele. O reino dos céus tem valores
essencialmente diferentes dos que caracterizam as
instituições
terrenas e as organizações seculares. A sociedade dos perdoados fica sem
sentido, se os que são perdoados não perdoam (TASKER, 2006, p. 138). O verbo “perdoar”
significa: “renunciar a punir; desculpar; poupar; ver com bons olhos”
(HOUAISS, 2001 p. 2185). Sobre o perdão, Jesus ensinou que:
4.1 O perdão não
deve ser limitado (Mt 18.21,22).
A resposta de
Jesus a pergunta de Pedro quantas vezes se devia perdoar o irmão ofensor com a
sugestão de “até sete” (Mt 18.21-c), teve como resposta do Mestre
“até setenta vezes sete” (Mt 18.22), o que significa dizer: de
forma ilimitada. Assim como Deus amou o mundo de maneira ilimitada (Jo 3.16), devemos
reproduzir este amor nos nossos relacionamentos (1 Jo 3.16).
4.2 O perdão não
deve ser negado (Mt 18.35a).
Jesus ensinou
que não podemos negar o perdão aquele que arrependido nos rogar, tendo como
base o caráter generoso do próprio Deus, que sempre nos perdoa quando
sinceramente lhe pedimos. A Bíblia diz que Ele “está pronto a perdoar” (Sl
86.5); e, que é “grandioso em perdoar” (Is 55.7). Veja ainda: (2
Cr 7.14; Pv 28.13; 55.7; 1 Jo 2.1). Portanto, quando perdoamos nos assemelhamos
a Deus (Lc 6.36; Ef 4.32 Cl 2.13; 1 Jo 1.9; 2.12).
4.3 O perdão não
deve ser superficial (Mt 18.35b).
Perdoar é mais
que palavras (1 Jo 3.18). Jesus ensinou que é preciso que o perdão brote do
coração, ou seja, do íntimo do nosso ser (Mt 18.35-b). A Bíblia diz que não
podemos guardar ira no coração (Ef 4.26; Tg 3.14), nem permitir que nele brote
raiz de amargura (Ef 4.31; Hb 12.15). Como é nele que pode se formar o ódio, é
nele que o perdão deve nascer a fim de curar o mal em sua nascente. Ainda sobre
o perdão é preciso destacar que: a) é uma condição para permanecermos em
comunhão Deus (Mt 6.12,14-15; 18.35; Mc 11.25,26); b) ele revela se
somos autênticos cristãos (Mt 3.8; 7.20; 12.33; Lc 6.44; Gl 5.22); e, c) ele
é condição para Deus receber a nossa oferta (Mt 5.23,24).
CONCLUSÃO
Jesus ensinou
que as ofensas que os homens cometem uns contra os outros são mínimas em
comparação às ofensas que todos cometem contra Deus. Se Ele nos perdoa por Sua
graça, devemos tratar o nosso próximo com a mesma graça.
REFERÊNCIAS
Ø BOYER,
Orlando. Espada Cortante. CPAD.
Ø CHAMPLIN,
R. N. Dicionário de Bíblia, Teologia e Filosofia. HAGNOS.
Ø HOUAISS,
Antônio. Dicionário da Língua Portuguesa. OBJETIVA.
Ø HOWARD,
R.E, et al. Comentário Bíblico Beacon. CPAD.
Ø ROBERTSON,
A.T. Comentário de Mateus e Marcos. CPAD.
Ø STAMPS,
Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
Por Rede
Brasil de Comunicação.
Assinar:
Postagens (Atom)