sexta-feira, 30 de abril de 2021
quinta-feira, 29 de abril de 2021
LIÇÃO 05 – DONS DE ELOCUÇÃO (SUBSÍDIO)
1Co 12.7,10-12;
14.26-32
INTRODUÇÃO
Nesta
lição estudaremos a respeito dos três “dons de elocução” que
formam o último grupo dos dons espirituais mencionados pelo apóstolo Paulo em
1Co 12.10 a saber: profecia, variedade de línguas e interpretação de
línguas. Analisaremos quais os propósitos destes dons. Veremos também
como utilizá-los para glória de Deus e edificação da Igreja e falaremos ainda
sobre a grande bênção que é o batismo no Espírito Santo.
I. DEFINIÇÃO DA PALAVRA ELOCUÇÃO
Segundo
o Aurélio a palavra “elocução” vem do latim: “elocutione” e
significa: “maneira de exprimir-se, oralmente ou por escrito, escolha de
palavras ou de frases, estilo” (FERREIRA, 2004, p. 725). Os dons de
elocução que tratam da utilização da fala ou linguagem estão relacionados
diretamente ao batismo com o Espírito Santo. Podemos então afirmar que este dom
é a ação ou efeito de enunciar o pensamento por palavras.
II. O BATISMO NO
ESPÍRITO SANTO
“Falar
em línguas é expressar-se com palavras que nunca aprendemos, mas que nos são
comunicadas diretamente pelo Espírito Santo. Não se manifesta através de
palavras pensadas de antemão ou vocalizadas pela pessoa que fala... As línguas
constituem um milagre vocal e não um milagre mental” (CARLSON apud RENOVATO,
2014, p. 63). “Os dons espirituais são necessários em todas as épocas da
Igreja, porquanto o desenvolvimento da Igreja depende dos mesmos” (CHAMPLIN,
2004, p. 219). O falar noutras línguas, ou a glossolalia, era entre os crentes
do NT, um sinal da parte de Deus para evidenciar o batismo no Espírito Santo
(At 2.4; 10.45-47; 19.6). Esse padrão bíblico para o viver na plenitude do
Espírito continua o mesmo para os dias de hoje. A Palavra de Deus ensina o
seguinte sobre o batismo no Espírito Santo:
- O batismo no Espírito é para os SALVOS. Os que nasceram de novo, aqueles que experimentaram a verdadeira conversão, e, assim, receberam o Espírito Santo para neles habitar (Jo 14.17; At 2.4);
- O batismo no Espírito Santo é uma obra DISTINTA e à parte da REGENERAÇÃO. Assim como a obra santificadora do Espírito é distinta e completiva em relação à obra regeneradora, assim também o batismo no Espírito complementa a obra regeneradora e santificadora. Portanto, este batismo é uma experiência subsequente à regeneração e nunca, antes dela (Jo 20.22; Lc 24.49; At 1.5,8; 11.17; 19.6);
- Ser batizado no Espírito significa EXPERIMENTAR A PLENITUDE do Espírito (At 1.5; 2.4). Este batismo teria lugar somente a partir do dia de Pentecoste. Quanto aos que foram cheios do Espírito Santo antes do dia de Pentecoste (Lc 1.15,67), Lucas não emprega a expressão “batizados no Espírito Santo”. Este evento só ocorreria depois da ascensão de Cristo (At 1.2-5; Lc 24.49-51, Jo 16.7-14);
- O livro de Atos descreve o falar noutras línguas como O SINAL INICIAL do batismo no Espírito Santo. (At 2.4; 10.45,46; 19.6). Falar noutras línguas é uma manifestação sobrenatural do Espírito Santo, é uma expressão vocal inspirada pelo Espírito, mediante a qual o crente fala numa língua que nunca aprendeu ou estudou (At 2.4; 1Co 14.14,15). Estas línguas podem ser humanas, e atualmente faladas (At 2.6), ou desconhecidas (1Co 13.1);
- O batismo no Espírito Santo outorgará ao crente OUSADIA E PODER CELESTIAL para este realizar grandes obras em nome de Cristo e ter eficácia no seu testemunho e pregação. (At 1.8; 2.14-41; 4.31; 6.8; Rm 15.18,19; 1Co 2.4). Esse poder não se trata de uma força impessoal, mas de uma manifestação do Espírito Santo, na qual a presença, a glória e a operação de Jesus estão presentes com seu povo (Jo 14.16-18; 16.14; 1Co 12.7).
III. DOM DE PROFECIA
“No
AT, havia um “MINISTÉRIO PROFÉTICO”, reconhecido e considerado por toda nação.
Hoje, não existe esse ministério nas igrejas cristãs. Existem pessoas ou
mensageiros de Deus, que possuem o “DOM DE PROFECIA”, usado em determinadas
ocasiões, com propósitos definidos” (RENOVATO, 2014. p. 54).
Vejamos:
- Podemos dizer que de maneira bem didática o dom de profecia tem pelo menos três finalidades básicas para a Igreja, a saber: “edificação, exortação e consolação” (1Co 14.3);
- No AT, as palavras entregues pelos profetas não admitiam julgamento, exceto quanto ao seu cumprimento (Dt 18 20-22; 1Sm 3.19; Jr 9.28-32; Dt 13.5). Em o NT, os profetas e a profecia podem ser julgados ou avaliados pela igreja (1Co. 14.29, 32; 1Ts 5.20,21);
- No AT existia o “ministério profético”, já no NT profetizar trata-se de um “dom” que capacita o crente a transmitir uma palavra ou revelação diretamente de Deus, sob o impulso do Espírito Santo (At 11.27,28; 1Co 12.10, 28,29; 14.24,25, 29-31);
- A Bíblia revela que há três procedências das profecias, a saber: o espírito imundo e mentiroso (Is 8.19; Mt 8.29; At 16.16-18); o espírito humano (1Cr 17.1-4; Jr 23.21,25,28; Ez 13.1-8); e o Espírito Santo (1Co 12.7-11);
- Tanto no AT, como no NT, profetizar não é primariamente predizer o futuro, mas proclamar a vontade de Deus, exortar e levar o seu povo à retidão, à fidelidade e à paciência (1Co 14.3);
- A mensagem profética pode desmascarar a condição do coração de uma pessoa (1Co 14.25), ou prover edificação, exortação, consolo, advertência e julgamento (1Co 14.3, 25,26, 31);
- A igreja não deve ter como infalível toda profecia, porque muitos falsos profetas estarão na igreja (1Jo 4.1). Ela deverá enquadrar-se na Palavra de Deus (1Jo 4.1), e contribuir para a santidade de vida dos ouvintes e ser transmitida por alguém que de fato vive submisso e obediente a Cristo (1Co 12.3);
- O dom de profecia manifesta-se segundo a vontade de Deus e não a do homem. Não há no NT um só texto mostrando que a igreja de então buscava revelação ou orientação através dos profetas. A mensagem profética ocorria na igreja somente quando Deus tomava o profeta para isso (1Co 12.11);
- Pode-se dizer que nenhuma “profecia” excederá aos limites da Palavra, mas pode contribuir bastante para interpretar tais verdades, além de abordar necessidades específicas da Igreja local, envolvendo questões de ensino e questões morais, que pessoas sem esse dom não saberiam resolver com sucesso (CHAMPLIN, 2004, p. 221).
IV. DONS DE VARIEDADES
DE LÍNGUAS
O dom
de variedade de línguas difere das línguas como evidência do batismo no
Espírito Santo, pois é dado “a cada um como o Espírito Santo quer” (1Co
12.11,30). No tocante às “línguas” do grego: “glossa” como
manifestação sobrenatural do Espírito, notemos o seguinte mencionado na Bíblia
de Estudo Pentecostal (STAMPS, 1995, p. 1756 – acréscimo nosso). Vejamos:
- Essas línguas podem ser humanas e vivas, ou seja, línguas ainda faladas (At 2.4-6) são as chamadas “xenolálias”, ou uma língua desconhecida e/ou estranha na terra a “glossolalia” (1Co 13.1). A língua falada através deste dom não é aprendida, e quase sempre não é entendida, tanto por quem fala (1Co 14.14), como pelos ouvintes (1Co 14.16);
- A finalidade deste dom é: a) Edificação da Igreja (1Co 14.4, 26); b) Edificação pessoal (1Co 14.28); c) Glorificação a Deus (At 2.11), d) Comunicar o sobrenatural de Deus e por fim, e) Serve como sinal para os descrentes (1Co 14.13-17);
- O falar noutras línguas como dom abrange o espírito do homem e o Espírito de Deus, que entrando em mútua comunhão, faculta ao crente a comunicação direta com Deus expressando-se através do espírito mais do que da mente (1Co 14.2, 14) e orando por si mesmo ou pelo próximo sob a influência direta do Espírito Santo, à parte da atividade da mente (1Co 14.2, 15, 28; Jd 20);
- Línguas estranhas faladas no culto devem ser seguidas de sua interpretação, também pelo Espírito, para que a congregação conheça o conteúdo e o significado da mensagem (1Co 14.3, 27,28). Ela pode conter revelação, advertência, profecia ou ensino para a igreja (1Co 14.6);
- Deve haver ordem quanto ao falar em línguas em voz alta durante o culto. Quem fala em línguas pelo Espírito, nunca fica em “êxtase” ou “fora de controle” (1Co 14.27,28).
V. OUTRAS LÍNGUAS,
PORÉM FALSAS
O
simples fato de alguém falar “noutras línguas”, ou exercitar outra manifestação
sobrenatural não é evidência irrefutável da obra e da presença do Espírito
Santo. O ser humano pode IMITAR as línguas estranhas como o fazem os
demônios. A Bíblia nos adverte a não crermos em todo espírito, e averiguarmos
se estas experiências espirituais procedem realmente de Deus (1Jo 4.1).
Analisemos:
- Falar em línguas não é algo APRENDIDO, mas sim RECEBIDO. Somente devemos aceitar as línguas se elas procederem do Espírito Santo. Esse fenômeno, segundo o livro de Atos, deve ser espontâneo e resultado do derramamento inicial do Espírito Santo. Não é algo aprendido, nem ensinado, como por exemplo instruir crentes a pronunciar sílabas sem nexo como fazem alguns (1Co 12.11);
- Falar línguas não é para os FALSOS CRENTES. O Espírito Santo nos adverte claramente que nestes últimos dias surgirá apostasia dentro da igreja (1Tm 4.1,2); sinais e maravilhas operados por Satanás (Mt 7.22,23; 2Ts 2.9) e obreiros fraudulentos que fingem ser servos de Deus (2Pe 2.1,2);
- Falar línguas não é para os INCRÉDULOS, mas sim, para OS SALVOS. Se alguém afirma que fala noutras línguas, mas não é convertido e dedicado a Jesus Cristo, nem aceita a autoridade das Escrituras, nem obedece à Palavra de Deus, qualquer manifestação sobrenatural que nele ocorra não provém do Espírito Santo (1Jo 3.6-10; 4.1-3; Gl 1.9; Mt 24.11-24, Jo 8.31).
VI. DONS DE
INTERPRETAÇÃO DAS LÍNGUAS
Dom de
Interpretação de Línguas (1Co 12.10). Trata-se da capacidade concedida pelo
Espírito Santo, para o portador deste dom compreender e transmitir o
significado de uma mensagem dada em línguas. Tal mensagem interpretada para a
igreja reunida, pode conter ensino sobre a adoração e a oração, ou pode ser uma
profecia. A interpretação de uma mensagem em línguas pode ser um meio de
edificação da congregação inteira, pois toda ela recebe a mensagem (1Co 14.6,
13, 26). A interpretação pode vir através de quem deu a mensagem em línguas, ou
de outra pessoa. Quem fala em línguas deve orar para que possa interpretá-las
(1Co 14.13) (STAMPS, 1995, p. 1756).
CONCLUSÃO
Que
possamos aproveitar ao máximo o que o Espírito de Deus tem a nos oferecer
através dos dons espirituais de elocução visando a edificação, exortação e
consolação pessoal e da Igreja (1Co 14.3).
REFERÊNCIAS
Ø RENOVATO, Elinaldo. Dons Espirituais & Ministeriais.
CPAD.
Ø SILVA, Severino Pedro da. A Existência e a Pessoa do Espírito
Santo. CPAD.
Ø SOUZA, Estevam Ângelo de. Nos Domínios do Espírito. CPAD.
Ø STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
Por Rede
Brasil de Comunicação.
quarta-feira, 28 de abril de 2021
QUESTIONÁRIOS DO 2° TRIMESTRE DE 2021
O
CUIDADO DE DEUS COM
O CORPO DE CRISTO
Lições
da Carta do Apóstolo Paulo
aos
Coríntios Para os Nossos Dias.
Lição 04
Hora da Revisão
A
respeito de “A
Sabedoria Divina”, responda:
1. Segundo
a lição, o que a cruz de Cristo é para o mundo?
A cruz de Cristo é loucura para o mundo.
2. Em
que se tomou a mensagem da cruz para os gregos e romanos?
A mensagem da justiça de Deus por meio da cruz de
Cristo se tornou para os gregos, os romanos e, em especial para os judeus, uma
pedra de tropeço.
3. Para
quem era a morte de cruz, segundo os romanos?
Para os romanos a morte de cruz era para os
subversivos, os inimigos políticos.
4. A
sabedoria de Deus aponta para quem?
A sabedoria de Deus aponta para a cruz de Cristo
(1Co 1.17-25,30), para a partilha dos sofrimentos de Jesus (2Co 1.5) e para o
testemunho de uma vida transformada (Rm 8.17).
5. O
que o apóstolo Paulo deixa claro para a igreja de Corinto?
Paulo deixa claro que nenhum ser humano é
justificado pelas obras da lei (Rm 3.20).
QUESTIONÁRIOS DO 2° TRIMESTRE DE 2021
DONS
ESPIRITUAIS E MINISTERIAIS –
Servindo
a Deus e aos Homens
com
Poder Extraordinário.
Lição 04
Para Refletir
A respeito de “Dons de Poder” responda:
Defina fé segundo Hebreus 11.1.
“A fé é o
firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não
veem” (Hb 11.1).
O que é o dom da fé?
É a
capacidade que o Espírito Santo concede ao crente para este realizar coisas que
transcendem à esfera natural da vida.
O que são dons de curar?
Recursos
de caráter sobrenatural para atuarem na cura de qualquer tipo de enfermidade.
O que faz o dom de maravilhas?
A
operação de maravilhas realiza obras extraordinárias que o ser humano jamais
poderia fazer.
Cite três exemplos de operação de maravilhas no
ministério de Jesus.
A
ressurreição do filho da viúva de Naim, a ressurreição da filha de Jairo e a
ressurreição de Lázaro.
sábado, 24 de abril de 2021
LIÇÃO 04 – DONS DE PODER (SUBSÍDIO)
1Co 12.4,9-11
INTRODUÇÃO
Entre
os dons espirituais concedidos a Igreja, encontram-se o dom da fé, os dons de
curar, e operação de maravilhas que podem ser denominados de Dons de Poder.
Nesta lição, definiremos a palavra poder, veremos quais os propósitos de Deus
através destas habilidades espirituais, e, por fim, destacaremos detalhadamente
cada um destes dons e sua função para edificação do corpo de Cristo.
I. DEFINIÇÃO DA PALAVRA PODER
A
palavra poder no grego é: “dúnamis”, que significa: “força,
energia, habilidade, poder”, mas que normalmente se refere a algum
agente de poder ou força capaz de realizar um determinado trabalho. Nosso
vocábulo “dinamite” se deriva desse termo grego; e isso ilustra a
natureza da palavra. Tal palavra era usada para indicar “milagres” e
“maravilhas”, isto é, “feitos” que requerem poder
extraordinário e sobre-humano (Mt 7.22; 11.20,23; 13.54). Nos trechos de Atos
3.12 e 4.7, essa palavra é empregada para indicar o poder que Pedro usou a fim
de curar o aleijado. Em Atos 1.8, o poder referido é o do Espírito Santo, que
seria dado aos crentes primitivos no dia de Pentecostes (CHAMPLIM, 2004, p.
311).
II. DEFINIÇÃO E PROPÓSITO DOS DONS DE
PODER
Em
(1Co 12.9,10) o apóstolo Paulo fala do segundo grupo dos dons espirituais: o
dom da fé; os dons de curar e operação de maravilhas. Eles podem ser
classificados didaticamente como Dons de Poder. Como o próprio
nome já diz, estes são dons que transmitem poder, através de operações
sobrenaturais. Por isso, apesar de distintos entre si, existe uma estreita correlação
entre eles, inclusive em seus aspectos visíveis, ou seja, em seus resultados.
Assim como os outros dons, estes também “são recursos extraordinários que o
Senhor Jesus Cristo, mediante o Espírito, colocou à disposição da Igreja,
visando: a) o aperfeiçoamento dos santos; b) a ampliação do
conhecimento, de poder e da proclamação do povo de Deus; e, c) chamar a
atenção dos incrédulos à realidade divina” (ANDRADE, 2006, p. 150).
III. OS DONS DE PODER
1. O dom da fé
(1Co 12.9a).
A palavra fé no
hebraico é: “heemim” e, no grego é: “pisteuõ”. A
Bíblia diz que “a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a
prova das coisas que se não veem” (Hb 11.1). O dom da fé “é a
capacidade concedida pelo Espírito Santo para o crente realizar coisas que
transcendem à esfera natural, visando o benefício e a edificação da igreja”
(RENOVATO, 2014, p. 45). Algumas considerações devem ser feitas a respeito desse
dom: a) Esse tipo de fé não são todos que possuem (1Co 12.7-9) e b) ele
nada tem a ver com a chamada confissão positiva nem com a força do pensamento
positivo, pois é um dom que atua sob o controle do Espírito e não do homem (1Co
12.7,11). Como o termo fé é recorrente na Bíblia, destacaremos no quadro abaixo
os vários tipos de fé que existem:
TIPOS DE FÉ
|
DEFINIÇÃO
|
Natural
|
O
conhecimento produzido pela detida observação da natureza, via de regra,
conduz o ser humano a crer na existência de Deus. Este tipo de fé pode ser
encontrado, por exemplo nos filósofos gregos que, embora desconhecessem os
escritos dos profetas hebreus, lograram descobrir, nalgum ponto de suas
especulações, a presença imarcescível do Criador de todas as coisas (Rm
1.19-21).
|
Salvífica
|
Proveniente
da proclamação do Evangelho, esta fé leva-nos a receber a Cristo como o nosso
único e suficiente Salvador (Jo 3.16). A fé salvadora só nasce no coração
humano através da pregação do evangelho (Rm 10.13,16). Sem a mensagem da cruz
não pode haver fé salvadora.
|
Aspecto do Fruto
|
Elevadíssima
confiança em Deus desenvolvida a partir de uma íntima comunhão com o Espírito
Santo (Gl 5.22). É uma fé constante, paciente e regular; independe de
circunstâncias (Hb 3.17,18); ela nasce como resultado de um singular
relacionamento do crente com a Palavra de Deus.
|
Dom
|
O
dom da fé diz respeito a uma fé sobrenatural que capacita o crente a crer em
Deus, para a realização de milagres extraordinários como a cura de doenças,
ressurreição de mortos ou a realização de coisas impossíveis pelos meios
naturais. O Dom da Fé é a capacitação sobrenatural do crente para crer e
realizar o impossível no nome do Senhor (Mt 17.20; At 3.6,7; 14.9,10).
|
2. Os dons de curar (1Co 12.9a).
“Este
dom é multiforme na sua constituição e na sua operação. É uma sublime mensagem
para os enfermos não importando a sua doença. São dons de manifestação de poder
sobrenatural pelo Espírito Santo para a cura de doenças e enfermidades do
corpo, da alma e do espírito para crentes e descrentes” (GILBERTO, 2006, p.
197). A cura divina era parte fundamental no ministério de Jesus (Mt 4.23-25;
8.16; 10.1; Lc 4.14; At 10.38). O livro de Atos, o segundo tratado de Lucas,
nos mostra também que Pedro, Filipe, Estevão e Paulo eram tremendamente usados
por Deus com este dom (At 3.6-8; 6.8; 8.6-8; 19.11,12; 28.7,8; Rm 15.19; 1Co
2.4; 2Co 12.12).
A) Por
que dons?
É
interessante notar que todos os outros dons listados por Paulo estão no
singular. Mas os dons de curar estão no plural “E a outro...os dons de
curar” (1Co 12.9). Não há, portanto, um “dom de curar”, mas uma
variedade deles. A expressão “dons de curas” designa as variadas formas pelas
quais o Espírito Santo pode operar em diferentes ocasiões. Podem ser manifestos
através da pregação da Palavra, de outro dom, de uma palavra de ordem, da
imposição de mãos, da oração, dentre outras (At 3.1-8; 5.15,16; 9.32-34;
28.8,9).
B) Todos
têm este dom?
Os
dons de curar não são concedidos a todos os membros do corpo de Cristo (1Co
12.11,30), todavia, todos podem orar pelos enfermos, na autoridade do Nome de
Jesus, porque Ele prometeu realizar sinais que confirmam a Sua
Palavra (Mc 16.17,18), e havendo fé, os enfermos serão curados (Mt 21.22; Jo
11.40). Pode haver também cura de enfermidades através da unção com óleo,
conforme ensinou Tiago (Tg 5.14-16). É interessante destacar três verdades
sobre a cura: (1) a cura expressa a compaixão divina (Mt 14.14); (2) ela
encontra-se entre os benefícios divinos que compõe o pão dos filhos (Mc
7.24-30); e, (3) faz parte da obra redentora de Cristo (Is 53.4,5; Mt
8.16,17).
C) A
contemporaneidade dos dons de curar.
Embora
uma corrente da teologia cessacionista afirme que os dons do Espírito Santo não
são para os tempos hodiernos, mas estiveram restritos ao período apostólico, os
ensinos de Cristo e dos apóstolos mostram exatamente o contrário (At 2.39; I Co
12.28). A escassez ou pouca manifestação destes dons nos nossos dias pode ser
por algumas causas: a) Incredulidade (Mt 13.58; Ef 2.8; Rm 8.32; At
2.17); b) falta de interesse em buscar este dom (I Co 12.31; 14.1; II Tm
1.6); e, c) falta de temor, adoração e santidade (Pv 8.13; Js 3.5; At
2.43).
3. O
dom de Operação de Maravilhas (I Co 12.10).
Esse Dom
manifesta-se como os demais, de maneira sobrenatural, geralmente sendo uma
intervenção divina nas leis da natureza. É Deus modificando as leis naturais
para manifestar o seu supremo poder (Js 10.12-14; At 9.36-42; 20.9-12). Sempre
que o Dom de Operação de Maravilhas se manifesta, os resultados são imediatos e
visíveis (At 2.43; 8.5-8,13; 19.11). “A palavra 'maravilha' no grego: “teras”,
'algo estranho' que leva o observador a se maravilhar, sempre é usado no plural
e geralmente depois do termo: “semeia”, 'sinais'; o oposto ocorre
em At 2.22,43; 6.8; 7.36; em At 2.19, o termo 'teras' aparece
sozinho 'prodígios'. O sinal tem o propósito de apelar para o entendimento, a 'maravilha'
apela para a imaginação, o poder 'dúnamis' indica que sua fonte é
sobrenatural” (VINE, 2002, p. 774).
A) Propósitos
dos milagres.
Deus
não faz milagres apenas por fazer. Sempre que ele realiza algo sobrenatural e
extraordinário tem em mente alguns propósitos, entre os quais podemos citar:
PROPÓSITOS DE DEUS COM OS MILAGRES
|
||
A glorificação do Seu Nome
|
Os
milagres narrados nas Escrituras, tanto no Antigo como em o Novo Testamento,
objetivam a glória de Deus. Em nenhum momento encontramos os profetas e
apóstolos, buscando chamar a atenção para si (2Rs 5.15,16; At 3.8,12;
14.14,15).
|
|
Dar uma resposta a necessidade humana
|
Todos
os textos narrando os milagres realizados deixam bem claro que os mesmos
ocorreram em resposta a uma necessidade humana e em resposta ao sofrimento
humano (1Rs 17.5-7; 9-16; 2Rs 4, 5 e 6; Mt 8.23-27; Lc 7.11-17).
|
|
Propiciar evidências para que haja fé em Deus
|
Os
milagres operados pelos servos de Deus são uma clara demonstração do poder
divino. Todos eles tiveram como propósito específico despertar a fé no único
Deus Verdadeiro, que demonstra a sua graça e glória nas mais diferentes
situações na vida (1Rs 18.36-39; Jo 20.31).
|
CONCLUSÃO
Sinais,
curas e milagres ocuparam parte importante do ministério de Cristo Jesus e dos
seus santos apóstolos, com a finalidade de confirmar a mensagem do evangelho
que pregaram. Este mesmo poder, permanece com a Igreja nos dias de hoje a fim
de que, se desenvolva espiritualmente e possa conduzir muitas vidas a
experiência da salvação.
REFERÊNCIAS
Ø
STAMPS, Donald C. Bíblia
de Estudo Pentecostal. CPAD.
Ø
CHAMPLIN, R. N. Enciclopédia
de Bíblia, Teologia e Filosofia. HAGNOS.
Ø
GILBERTO, Antônio, et al. Teologia
Sistemática. CPAD.
Ø
RENOVATO, Elinaldo. Dons
Espirituais & Ministeriais. CPAD.
Ø
SOUZA, Estevam Ângelo de. Nos
Domínios do Espírito. CPAD.
Ø
ANDRADE, Claudionor de. Dicionário
Teológico. CPAD.
Ø
VINE, W.E, et al. Dicionário
Vine. CPAD.
Por Rede
Brasil de Comunicação.
sexta-feira, 23 de abril de 2021
UMA HISTÓRIA DE PODER
Objetivo:
Material:
Bexigas
(balões de aniversário, tiras de papel sulfite, canetas esferográficas.
Procedimento:
Prezado professor, escreva nas tiras de papel os dons de poder,
dobre-as e coloque-as dentro dos balões e dê um nó. Depois, divida a classe em
duplas e distribua os balões (um para cada dupla). Solicite que os alunos
estourem os balões e leiam o que está escrito. Depois peça que a dupla dê
exemplos bíblicos daquele dom descrito no papel e um exemplo pessoal (algo que
ela tenha presenciado ou mesmo provado). Explique aos alunos que a Igreja de
Cristo precisa ter os dons de poder para estes tempos trabalhosos a que se
referiu o apóstolo Paulo (1Tm 3.1). Satanás e seus anjos tentam a todo instante
fazer com que o povo de Deus não observe os dons e até mesmo os rejeite.
Comente os exemplos dados pelos alunos e afirme que os dons são presentes de
Deus aos Seus servos e que devem ser usados para o avanço do Reino de Deus.
Por Telma Bueno e Simone Maia.
Adaptado pelo Amigo da EBD.
terça-feira, 20 de abril de 2021
segunda-feira, 19 de abril de 2021
QUESTIONÁRIOS DO 2° TRIMESTRE DE 2021
O
CUIDADO DE DEUS COM
O CORPO DE CRISTO
Lições
da Carta do Apóstolo Paulo
aos
Coríntios Para os Nossos Dias.
Lição 03
Hora da Revisão
A
respeito de “Divisões
na Igreja”, responda:
1. Segundo
a lição, o que podemos encontrar em todas as Cartas Paulinas?
A exortação aos irmãos em Cristo pode ser
encontrada em todas as Cartas Paulinas.
2. Qual
o propósito de Paulo ao fazer uma exortação?
Quando o apóstolo fazia uma exortação, geralmente
era para iniciar um aconselhamento pastoral.
3. Quem
era a fonte das informações de Paulo a respeito da igreja?
O apóstolo expõe diretamente o problema das
contendas entre os irmãos e não esconde a sua fonte: “Me foi comunicado pelos
da família de Cloe”.
4. Quais
eram os quatro grupos principais da igreja de Corinto citados por Paulo?
Como resultado das dissensões, a igreja de Corinto
acaba por se dividir em quatro facções, cada uma delas seguia o seu pregador e
líder preferido: Paulo, Apoio, Pedro e até mesmo Cristo.
5. Cite,
de acordo com a lição, as especificidades dos grupos rivais citados por Paulo.
As especificidades de cada grupo eram: a) Grupo de
Paulo — os primeiros cristãos, principalmente os gentios; b) Grupo de Apolo —
membros que se converteram e se entusiasmaram com seu estilo eloquente; c)
Grupo de Pedro — judeus de origem legalista e d) Grupo de Cristo — aqueles que
se achavam mais santos do que os outros, com base na justiça própria.
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